A língua portuguesa apresenta dois processos básicos para formação de palavras: a derivação e a composição.
Há derivação quando, a partir de uma palavra primitiva, por meio do acréscimo de afixos. Isso ocorre, por exemplo, quando, a partir da palavra primitiva piche, formamos pichar, da qual por sua vez se forma pichação, pichador; também ocorre quando obtemos impessoal a partir de pessoal ou ineficiente a partir de eficiente. A derivação também pode ser feita pela supressão de morfemas ou pela troca de classe gramatical, mas nunca pelo acréscimo de radicais.
A composição ocorre quando formamos palavras pela junção de pelo menos dois radicais. Nesse sentido, diferencia-se da derivação, que não lida com radicais. As palavras resultantes do processo de composição são chamadas palavras compostas.
➡ Derivação prefixal resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva; veja, por exemplo, alguns verbos derivados de pôr: repor, dispor, compor, contrapor...
➡ Derivação sufixal resulta do acréscimo de sufixo à palavra primitiva; Veja, por exemplo: riso (risada), laranja (laranjada), folha (folhagem).
➡Derivação por parassintética ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Não se deve confundir a derivação parassintética, em que o acréscimo de sufixo e prefixo é obrigatoriamente simultâneo; Veja alguns exemplos: enrijecer, entortar, abotoar, esburacar, espreguiçar.
Tipos de composição:
➡ Composição por justaposição - ocorre quando os elementos que formam o composto são simplesmente colocados lado a lado (justapostos), sem que se verifique qualquer alteração fonética em algum deles: segunda-feira, corre-corre, guarda-roupa, amor-perfeito...
➡ composição por aglutinação - ocorre quando os elementos que formam o composto se aglutinam, o que significa que pelo menos um deles perde sua integridade sonora, sofrendo modificações. Observe os exemplos: vinagre (vinho + acre), aguardente (água + ardente), pernalta (perna + alta)...
Vistos alguns conceitos acima, podemos analisar a palavra em destaque. Vejamos:
I-Jornalista.
Palavra formada por palavra primitiva + sufixo ( jornal + ista). Portanto aqui se tem uma derivação sufixal.
II-Infeliz.
Palavra formada por palavra primitiva + prefixo (in + feliz). Portanto aqui se tem uma derivação prefixal.
III-Espairecer.
Palavra formada por dois sufixos um prefixal e outro sufixal sem que ambos possam ser retirados ( es+ pairar+ ecer). Por isso, é uma derivação parassintética, porque nenhum deles pode ser retirado.
IV-Girassol.
Palavra formada por 2 palavras sem perda de elementos gira + sol. Portanto, composição por justaposição.
V- Vinagre.
Palavra formada por duas palavras com perda de elementos Vinho + acre= vinagre. Portanto, composição por aglutinação.
Temos a ordem que se apresenta na alternativa A.
Referência bibliográfica.
CIPRO NETO, Pasquale e INFANTE, Ulisses. Gramática da língua portuguesa. 2008 (Revisada)
GABARITO: A
GABARITO: LETRA A
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS
Há dois processos mais fortes (presentes) na formação de palavras em Língua Portuguesa: a composição e a derivação. Vejamos suas principais características.
Composição: é muito mais uma criação de vocábulo. Pode ocorrer por:
*Justaposição (sem perda de elementos):
Guarda-chuva, girassol, arranha-céu, passatempo, guarda-noturno, flor-de-lis.
*Aglutinação (com perda de elementos):
Embora (em + boa + hora) | Fidalgo (filho de algo) | Aguardente (agua + ardente).
Hibridismo: consiste na união de radicais oriundos de línguas distintas:
Alcoômetro – Álcool (árabe) + metro (grego) | Burocracia – Buro (francês) + cracia (grego).
Derivação: é muito mais uma transformação no vocábulo, não se trata necessariamente da criação de uma palavra nova. Ela pode ocorrer das seguintes maneiras:
Pelo acréscimo de um prefixo (antes da raiz da palavra). Chamaremos de derivação PREFIXAL.
Reforma, anfiteatro, desfazer, reescrever, ateu, infeliz.
Pelo acréscimo de um sufixo (após a raiz da palavra). Chamaremos de derivação SUFIXAL.
Formalmente, fazimento, felizmente, mocidade, teísmo.
Pelo acréscimo de um sufixo e de um prefixo ao mesmo tempo (com possibilidade de remoção).
Chamaremos de derivação PREFIXAL E SUFIXAL.
Infelizmente, ateísmo, desordenamento.
Pelo acréscimo simultâneo e irremovível de prefixo e sufixo. É o que se convencionou chamar de PARASSÍNTESE ou DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA.
Avermelhado, anoitecer, emudecer, amanhecer.
Pela regressão de uma forma verbal. É o que chamaremos de derivação regressiva ou deverbal: advinda de um verbo. Essa derivação usualmente dá origem a substantivos abstratos.
Abalo (proveniente do verbo “abalar”) | Agito (proveniente do verbo “agitar”).
Luta (proveniente do verbo “lutar”) | Fuga (proveniente do verbo “fugir”).
Pelo processo de alteração classe gramatical. Convencionalmente chamada de CONVERSÃO OU “DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA”.
O jantar – “jantar” é um verbo, mas aqui foi transformado em substantivo.
Um não – “não” é um advérbio, mas foi transformado em substantivo.
O seu sim – “sim” é um advérbio, mas foi transformado em substantivo.
Estrangeirismo:
Pode-se entender como um tipo de empréstimo linguístico. Ele pode ocorrer de duas maneiras:
*Com aportuguesamento: abajur (do francês "abat-jour"), algodão (do árabe "al-qutun"), lanche (do inglês "lunch") etc.
*Sem aportuguesamento: networking, software, pizza, show, shopping etc.
RESUMO RETIRADO DE AULA DO PROFº PABLO JAMILK.