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ID
4893616
Banca
FCM
Órgão
IF Baiano
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão se referem ao texto a seguir. Leia-o, atentamente, antes de marcar a resposta correta.

  Claudio Pérez, enviado especial de El País a Nova York, para informar sobre a crise financeira, escreve em sua crônica da sexta feira, 19 de setembro de 2008: “Os tabloides de Nova York estão como loucos em busca de um corretor da Bolsa que se atire no vazio do alto de algum dos imponentes arranha-céus que abrigam os grandes bancos de investimento, ídolos caídos que o furacão financeiro está transformando em cinzas.” Vamos reter por um momento esta imagem na memória: uma multidão de fotógrafos, de paparazzi, espreitando as alturas com as câmaras prontas, para captar o primeiro suicida que encarne de maneira gráfica, dramática e espetacular a hecatombe financeira que fez evaporar bilhões de dólares e mergulhou na ruína grandes empresas e inúmeros cidadãos. Não creio que haja imagem que resuma melhor a civilização de que fazemos parte.

  Parece-me ser essa a melhor maneira de definirmos a civilização de nosso tempo, compartilhada pelos países ocidentais, pelos que atingiram altos níveis de desenvolvimento na Ásia e por muitos do chamado Terceiro Mundo.

  O que quer dizer civilização do espetáculo? É a civilização de um mundo onde o primeiro lugar na tabela de valores vigente é ocupado pelo entretenimento, onde divertir-se, escapar do tédio, é a paixão universal. Esse ideal de vida é perfeitamente legítimo, sem dúvida. Só um puritano fanático poderia reprovar os membros de uma sociedade que quisessem dar descontração, relaxamento, humor e diversão a vidas geralmente enquadradas em rotinas deprimentes e às vezes imbecilizantes. Mas transformar em valor supremo essa propensão natural a divertir-se tem consequências inesperadas: banalização da cultura, generalização da frivolidade e, no campo da informação, a proliferação do jornalismo irresponsável da bisbilhotice e do escândalo.

(LLOSA, Mario Vargas. A civilização do espetáculo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013. Adaptado).

“Os tabloides de Nova York estão como loucos em busca de um corretor da Bolsa que se atire no vazio do alto de algum dos imponentes arranha-céus que abrigam os grandes bancos de investimento, ídolos caídos que o furacão financeiro está transformando em cinzas.” (1º parágrafo)

As três orações introduzidas nesse período pelo pronome relativo “que” têm em comum a função de

Alternativas
Comentários
  • A partícula "QUE" está exercendo função de pronome relativo, consoante ao enunciado, iniciando Orações Subordinadas Adjetivas Restritivas que exercem a função sintática de adjetivo e restringem ou delimitam o significado de seu antecedente, e não são separadas por vírgulas.

    Gabarito: B

  • Gabarito B

    Quando se troca o QUE pelo o pronome relativo O QUAL e o sentido continua, então é oração subordinada adjetiva. Se tiver virgula é oração subordinada adjetiva explicativa, caso não tenha, é oração subordinada adjetiva restritiva.

  • ( B )

    Trocando o " que" por qual (ais) = Pronome relativo

    O pronome relativo introduz orações adjetivas.

    As orações adjetivas podem ser :

    Restritivas - sem vírgulas

    Explicativas - com vírgulas

    Para que tenhamos noção do valor semântico:

    As restritivas cumprem o papel de restringir, individualizar o sentido do termo antecedente. Observemos os exemplos:

    O aluno que obteve nota máxima na produção textual será premiado. 

    Há de se constatar que o termo que se encontra em negrito individualiza, particulariza, restringe o termo antecedente, anterior, no caso, o aluno. Assim, trocando em “miúdos”, trata-se somente daquele aluno que obteve a conquista em referência (nota máxima).

    Bons estudos!

  • Assertiva B

    As três orações introduzidas nesse período pelo pronome relativo “que” têm em comum a função de conferir qualidades a seus antecedentes.