A questão se referem ao texto a
seguir. Leia-o, atentamente, antes de marcar a resposta correta.
Claudio Pérez, enviado especial de El País a Nova York, para
informar sobre a crise financeira, escreve em sua crônica da sexta
feira, 19 de setembro de 2008: “Os tabloides de Nova York estão como loucos em busca de um corretor da Bolsa que se atire no vazio do alto de algum dos imponentes arranha-céus que
abrigam os grandes bancos de investimento, ídolos caídos que o
furacão financeiro está transformando em cinzas.” Vamos reter
por um momento esta imagem na memória: uma multidão de
fotógrafos, de paparazzi, espreitando as alturas com as câmaras
prontas, para captar o primeiro suicida que encarne de maneira gráfica, dramática e espetacular a hecatombe financeira que
fez evaporar bilhões de dólares e mergulhou na ruína grandes
empresas e inúmeros cidadãos. Não creio que haja imagem que
resuma melhor a civilização de que fazemos parte.
Parece-me ser essa a melhor maneira de definirmos a civilização de nosso tempo, compartilhada pelos países ocidentais,
pelos que atingiram altos níveis de desenvolvimento na Ásia e por
muitos do chamado Terceiro Mundo.
O que quer dizer civilização do espetáculo? É a civilização de
um mundo onde o primeiro lugar na tabela de valores vigente é
ocupado pelo entretenimento, onde divertir-se, escapar do tédio,
é a paixão universal. Esse ideal de vida é perfeitamente legítimo,
sem dúvida. Só um puritano fanático poderia reprovar os membros de uma sociedade que quisessem dar descontração, relaxamento, humor e diversão a vidas geralmente enquadradas em
rotinas deprimentes e às vezes imbecilizantes. Mas transformar
em valor supremo essa propensão natural a divertir-se tem consequências inesperadas: banalização da cultura, generalização da
frivolidade e, no campo da informação, a proliferação do jornalismo irresponsável da bisbilhotice e do escândalo.
(LLOSA, Mario Vargas. A civilização do espetáculo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013. Adaptado).
“Os tabloides de Nova York estão como loucos em busca de um
corretor da Bolsa que se atire no vazio do alto de algum dos
imponentes arranha-céus que abrigam os grandes bancos de investimento, ídolos caídos que o furacão financeiro está transformando em cinzas.” (1º parágrafo)
As três orações introduzidas nesse período pelo pronome relativo
“que” têm em comum a função de