SóProvas


ID
4903459
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

“Qualquer ação eticamente orientada pode ajustar-se a duas máximas, fundamentalmente diferentes entre si e irremediavelmente opostas: pode orientar-se de acordo com a "ética da convicção‟ ou de acordo com a 'ética da responsabilidade‟” (WEBER, 1979, p. 85). Assim, tem-se o seguinte exemplo:

Alternativas
Comentários
  • Assertiva B

    Ética da Convicção – Kant: “virtuoso não é quem alcança a felicidade, mas quem é digno de ser feliz, por ter cumprido a lei [...] não ser realmente feliz”.

  • Chama-se ética da convicção as ações morais individuais, praticadas independentemente dos resultados a serem alcançados. Ou seja, é o "dever pelo dever", no dizer de Immanuel Kant. ... Na ética da responsabilidade, o que valida um ato é o resultado, e não a intenção.

  • Misericórdia
  • A questão em comento demanda conhecimento basilar de Weber e a ética.

    Para Weber, a ética da convicção se traduz no conjunto de normas e valores que indicam o comportamento do político na sua esfera privada. Traduzindo isto, é a ética da intenção de fins mais altruísticos, independente de resultados benéficos para quem assim se porta, buscando, portanto, o bem comum sem fins egoísticos.

    Por outro giro, a ética da responsabilidade simboliza o espectro de normas e valores que orientam a decisão do político do ponto de vista, por exemplo, da condição de governante ou legislador. É, portanto, um parâmetro ético que leva em conta os ditames de causa e efeito, caminhando, portanto, para o pragmatismo político.

    Feitas tais considerações, nos cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. Não é uma frase atrelada à ética da responsabilidade, mas sim à ética da convicção. Para Platão, viver bem não é necessariamente fazer o bem para si e colher os resultados deste bem. Platão, com tal pensar, está ligado à ética da convicção, de índole mais altruísta.

    LETRA B- CORRETA. É um pensar de ordem altruísta, inerente, com efeito, à ética da convicção. Virtuoso e digno da felicidade é quem proporciona a felicidade alheia, e não quem labora apenas para a própria felicidade, resumindo, de  maneira simplória, o pensar de Kant. Digno da felicidade é quem agiu de acordo com a lei universal, e não quem, de forma egoística, sem recíproca, apenas se valeu do agir virtuoso alheio. A ética da convicção está firme na doutrina de Kant.

    LETRA C- INCORRETA. Temos um pensar típico da ética da responsabilidade, do pensar estratégico, do pensar dos governantes, do pensar focado em pragmatismos, algo que reina firme na doutrina de Maquiável.

    LETRA D- INCORRETA. A passagem do homem que não pode se vanglorizar das esmolas dadas é típica da ética da convicção, do agir em prol do bem comum sem o regozijo próprio, e não da ética da responsabilidade.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B

  • DISCORDO