Sinteticamente, na definição de Napoleão Mendes de Almeida, os vícios de linguagem constituem palavras ou construções que deturpam, desvirtuam ou dificultam a manifestação do pensamento, seja pelo desconhecimento da norma culta, seja pelo descuido do emissor. Os principais são estes: barbarismo, anfibologia, cacofonia, eco, arcaísmo, vulgarismo, estrangeirismo, solecismo, obscuridade, hiato, colisão, neologismo, preciosismo, pleonasmo vicioso.
a) Não seje tolo, rapaz!
Incorreto. Há barbarismo morfológico (trocou-se "seja" por "seje"). Correção: "Não seja tolo, rapaz!";
b) Ela, uma ilhoa, não acredita que nós vá embora da ilha pra sempre.
Incorreto. Há solecismo de concordância verbal (o verbo "ir" não concorda com o sujeito "nós"). Correção: "(...) não quer que nós vamos embora...";
c) A casa dele, sita na rua dos caramanchões, vem sendo atacada por cupins.
Correto. Não há vícios de linguagens na frase acima. Obs.: "sita" significa "situada"; "caramanchões" é uma espécie de construção revestida de plantas;
d) Vamos estar devolvendo a dignidade para muitos cidadões.
Incorreto. Há dois vícios: gerundismo (uso desnecessário do gerúndio) e um barbarismo morfológico (erro na flexão da palavra). Correções: "Vamos devolver a dignidade para muitos cidadãos";
e) Os artesãos avisaram que vão vim cedo para a praça.
Incorreto. Há barbarismo morfológico (trocou-se "vir" por "vim"). Correção: "Os artesãos avisaram que vão vir cedo para a praça".
Letra C