- ID
- 4954291
- Banca
- IBADE
- Órgão
- Prefeitura de Vitória - ES
- Ano
- 2019
- Provas
- Disciplina
- Ciência Política
- Assuntos
Leia abaixo parte do discurso de Benjamim Constant no
Parlamento francês no século XIX:
“(...)não podemos mais gozar a liberdade dos antigos, que
era composta pela participação ativa e constante no poder
coletivo. A nossa liberdade, deve ser composta pelo gozo
pacífico da independência privada. A parte que na
antiguidade cada um tomava à soberania nacional não era,
como nos nossos dias, uma suposição abstrata. A vontade
de cada um tinha uma influência real: o exercício desta
vontade era um prazer vivo e repetido. Em consequência,
os antigos estavam dispostos a fazer muitos sacrifícios pela
conservação de seus direitos políticos e de sua parte na
administração do Estado. (...). Esta recompensa não existe
mais para nós. Perdido na multidão, o indivíduo não
percebe quase nunca a influência que ele exerce. Jamais
sua vontade se imprime sobre o conjunto, nada dá a ver
aos seus próprios olhos a sua cooperação. O exercício dos
direitos políticos não nos oferece, portanto, mais que uma
parte dos benefícios que os antigos encontravam nele, e
ao mesmo tempo o progresso da civilização, a tendência
comercial da época, a comunicação dos povos entre si,
multiplicaram e diversificaram ao infinito os meios para o
bem-estar particular”. (Liberdade dos Antigos comparada à
liberdade dos modernos, 1819).
No discurso, o autor se refere a dois sistemas políticos
diferentes, são eles: