SóProvas


ID
4962331
Banca
FCC
Órgão
BANESE
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Podemos afirmar que existem duas unanimidades na teoria econômica, com resultados práticos inevitáveis. Salvo algumas poucas opiniões em contrário, a primeira delas diz respeito à neutralidade das atividades econômicas sobre a natureza e seus ecossistemas. Isto é, tudo que é feito neste mundo, em termos econômicos, seria incapaz de danificar a natureza, os elos biológicos e os ecossistemas. A maioria dos economistas acredita nisso, mas, olhando ao redor, nos perguntamos com base em que essa crença foi criada. A segunda unanimidade, derivada da primeira, é a obsessão pelo crescimento, como única forma de resolver os problemas humanos relacionados ao bem-estar e à felicidade. Por essa razão, a preocupação rotineira dos economistas em geral é a capacidade de as economias continuarem crescendo infinita e ininterruptamente. Vemos essa preocupação surgir nas justificativas de medidas governamentais, bem como nos textos de diversos autores no Brasil e fora dele. Um exemplo é o Consenso de Washington, cuja finalidade foi pavimentar nos países em desenvolvimento as condições necessárias para a expansão das atividades. No entanto, embora essa seja a preocupação mais corriqueira do mundo financeiro da atualidade, iniciamos o século XXI com enorme angústia em torno da nossa capacidade de crescer. Os riscos financeiros vêm se multiplicando, com ou sem as reformas do Consenso.

    A situação econômica atual é crítica e vários economistas parecem deter a solução do problema: voltar a crescer. Precisamos tomar cuidado porque nem sempre os fins justificam os meios. Em primeiro lugar, não existe uma relação direta entre crescimento econômico e maior empregabilidade, já que o avanço tecnológico produz um crescimento de empregos que não alcança o da população. Além disso, o crescimento gerado com base na exaustão e degradação dos recursos naturais já está se mostrando inviável. Essa fórmula pode ser alentadora no curto prazo, mas fornece grande preocupação quanto ao futuro. Uma passagem de um célebre economista francês, Fréderic Bastiat, ilustra essa situação: “na esfera econômica, um ato, um hábito, uma instituição, uma lei não engendram apenas um efeito, mas uma série de efeitos. Desses, só o primeiro é imediato porque se manifesta junto com sua causa (se vê); os outros se desenrolarão sucessivamente (não se veem). Somos felizes se pudermos prevê-los.”

(Adaptado de Hugo Penteado. Ecoeconomia: uma nova abordagem. São Paulo, Lazuli Editora, 2008, p. 89-92)

Um exemplo é o Consenso de Washington, cuja finalidade foi pavimentar nos países em desenvolvimento as condições necessárias para a expansão das atividades.


O elemento grifado na frase acima preenche corretamente a lacuna da frase:

Alternativas
Comentários
  • GAB: A

    >Depois do pronome ''cujo'' vem substantivo.

    >O pronome concorda com o substantivo que lhe segue. (gênero e número)

    >Tem sentido de posse.

    >Após ''cujo'' não pode artigo.

    B) As culturas de café e açúcar no século XIX, produtos ...... foram consumidos no mundo todo, tiveram efeitos negativos sobre a Mata Atlântica brasileira. ERRADO

    Cujo não antecede verbo.

    C) Por não poder criar matéria ou energia, ...... são recursos finitos, o homem continua dependente da natureza. ERRADO

    Mesmo caso da alternativa B.

    D)A agricultura mecanizada e industrial, ...... a capacidade de alimentar a população foi enormemente ampliada, representou perdas para os pequenos produtores. ERRADO

    Não se utiliza artigo após o pronome cujo.

    E) O uso de recursos naturais finitos, ...... dependem vários polos industriais, é um problema a ser enfrentado pelas grandes economias mundiais. ERRADO

    Cujo não antecede verbo.

    Equívocos, avisem-me.

  • Correta, A

    1. O vocábulo CUJO sempre é usado para denotar uma relação posse.

    2. O pronome CUJO sempre concorda com o termo posterior.

    3. O pronome CUJO nunca é seguido de artigo.

    4. O pronome CUJO pode ser antecedido por preposição.

    Professor Elias Santana - Gran Cursos.

  • GAB-A

    6 Mandamentos para um bom "CUJO"

    1. Sempre entre dois substantivos.
    2. Estabelece entre dois substantivos ideia de posse.
    3. Concorda com o substantivo seguinte.
    4. Não pode vir seguido de artigo.
    5. Pode vir antecedido de preposição.
    6. Não pode ser substituído por outro relativo ( não troque seu CUjo por nada)
  • GABARITO -A

    Regras de utilização do CUJO.

    1) — expressa posse e concorda sempre em gênero e número com o substantivo que o sucede

    2) Não pode haver artigo entre o pronome cujo e o substantivo com o qual ele concorda:

    EX: O homem cuja a mulher era manca.

    3)Depois do pronome cujo só pode aparecer substantivo. Estão erradas as frases:

    Ela é a mulher cuja ninguém conhece.

    Ela é a mulher cuja não devemos desobedecer.

    Ela é a mulher cuja jamais deixarei de amar.

    Ela é a mulher cuja ela odeia.

    4) Pode aparecer um adjetivo antes do substantivo: Esta é a fazenda cujo enorme pasto secou.

    Bons estudos!

  • "CUJA FERTILIDADE DAS TERRAS". LEIA AO CONTRÁRIO, ACRESCENTANDO A PREPOSIÇÃO "DE", A FIM DE VERIFICAR A NOÇÃO DE POSSE.

    • Não se usa artigo após cujo... Ou é cujo, ou é cujo+a : cuja

    • Cujo não antecede verbo

    • Cujo antecede substantivo