O curare compete com a Ach pela ligação aos receptores nicotínicos da placa motora (junção neuromuscular). Por isso também é chamado de bloqueador da junção neuromuscular. Sua ligação a esse receptor nicotínico (ionotrópico) impede que o receptor se abra, causando paralisia muscular.
Sua ação possui uma ordem: atinge primeiro os pequenos músculos dos olhos e da face, depois os da cabeça e região cervical, daí passa a agir nas extremidades, chegando finalmente aos músculos intercostais e diafragma.
CERTO
Somente em 1938∕39, foram identificadas as substâncias químicas (alcaloides) responsáveis pelos efeitos do curare, sendo a principal, a d-tubocurarina. A d-tubocurarina atua bloqueando a passagem do estímulo, no neurônio motor, para as fibras musculares. Essa transmissão é realizada pela liberação de um neurotransmissor químico, chamado de acetilcolina, que se liga em um receptor específico na membrana da fibra muscular, desencadeando a contração muscular. A d-tubocurarina compete com a acetilcolina por esse receptor, impedindo sua ação, bloqueando a contração muscular e, portanto, induzindo a paralisia flácida. Esse receptor recebeu a denominação de receptor nicotínico da acetilcolina pois, antes da descoberta da acetilcolina, ficou constatado que a nicotina, princípio ativo do tabaco, estimulava esse receptor.
FONTE: https://dialogosdosul.operamundi.uol.com.br/cultura/60015/quanto-devemos-aos-indigenas-por-todo-sofrimento-humano-evitado-por-sua-medicina