SóProvas


ID
5010451
Banca
IDIB
Órgão
CRM-MT
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Educação e desigualdade

Escrito por Redação


    No Brasil, os alunos com melhores condições financeiras concluem o ensino médio na escola pública tendo aprendido o adequado em língua portuguesa, mas entre os mais pobres o mesmo não se registra. A proporção é de 83% para o primeiro grupo e de 17% para o segundo. Os números são da organização não-governamental Todos pela Educação e dão concretude a uma desigualdade antes apenas intuída.     

    A análise foi realizada a partir de informações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), mecanismo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

    Quando se avaliam os dados sobre matemática, chega-se a um cenário mais desnivelado e preocupante: 63,6% dos estudantes mais ricos aprenderam o adequado ao encerrar a temporada de ensino médio e nada mais do que 3,1% dos alunos mais pobres concluem o nível médio sabendo o mínimo suficiente na disciplina. Impõe-se, portanto, o desafio de alterar essa realidade adversa para, conforme os preceitos constitucionais, equilibrar o quadro e oferecer as mesmas condições e as mesmas possibilidades de resultados para todos.

    Estabelece a Carta Magna no artigo 5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. E, entre muitas citações relativas à educação, determina que “é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios” (...) “proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação”.

    Já no artigo 205, preconiza a Constituição que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

    O artigo 206, dispositivo seguinte, pois trata dos princípios sobre os quais o ensino será ministrado – com “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”.

    Seria possível, e legítimo, afirmar que referências como essas não são apenas um atestado de que se falha muito no sistema educacional, mas são também um guia confiável sobre o que é necessário modificar e o quão urgentes são essas mudanças. São uma incômoda, mas importante e reveladora pressão.

    Afinal, tem-se de um lado os problemas e, no oposto, os instrumentos necessários à resolução. No polo negativo, está o desacerto que revela os baixos níveis de aprendizado, já históricos, enquanto destacam-se como polo positivo uma Constituição moderna, sintonizada com demandas do cidadão, embora carecendo ser mais aplicada do que usada como componente retórico, e o engajamento de diferentes segmentos sociais – com as devidas responsabilidades – e profissionais na busca de meios de reformular o panorama.

    É preciso, então, que cada um assuma seu papel e contribua com o cumprimento do interesse comum.

    Num contexto menos condescendente com as desigualdades e menos tolerante com as injustiças, no qual o que está escrito é o que vale e o que deve ser cumprido, seria possível e indispensável agregar esforços e reservar investimentos no sentido de correção das deformidades.

Disponível em https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/opiniaoold/...-educacao-e-desigualdade-1.2078423. Acesso em 09/09/2020

Afinal, tem-se de um lado os problemas e, no oposto, os instrumentos necessários à resolução”. Na oração, a crase ocorreu porque o nome “necessários” pede a preposição A e o nome seguinte é um substantivo feminino. Assinale a alternativa em que a crase foi empregada corretamente pelo mesmo motivo do exemplo citado.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO OFICIAL - A

    B) Os médicos fizeram uma indicação medicamentosa à essa paciente mais grave.

    A regra é que não usamos crase antes dos pronomes demonstrativos esta(s), essa(s), isto, isso

    ---------------------------------------------------------------

    C) Os cientistas estão à um passo de descobrirem a vacina contra o coronavírus.

    Incorreta a utilização de crase.

    ----------------------------------------------------------------

    D) Há muito descaso com à saúde pública dos cidadãos brasileiros.

    Não usamos crase quando já for fornecida a preposição.

  • gaba A

    quem se dedica, se dedica A alguma coisa. Dedica-se A QUÊ?

    pertencelemos!

  • Houve muita dedicação ( a que ? ) dos profissionais da saúde à cura dos pacientes com Covid.

  • Assertiva A

    Houve muita dedicação dos profissionais da saúde à cura dos pacientes com Covid.

  • Gabarito A

    Houve muita dedicação dos profissionais da saúde à cura dos pacientes com Covid. Note que tanto na assertiva dada no corpo da questão como na alternativa A da pra substituir o "À" por "PARA A" mantendo o sentido e a linguistica da frase. Dessa forma a crase substitui o "para a" tranquilamente.

  • D está incorreta pois não se usa crase depois de preposição, pois a crase é, justamente, uma preposição, mais artigo definido feminino ( A + A = À)

  • Não se usa a crase antes de artigos indefinidos e após preposição.

  • Item A correto.

    Só eu achei as questões de português dessa prova de advogado aí fácil? Já é a terceira questão ridiculamente fácil.

    A nota de corte deve ter sido altíssima.

  • A) Item correto. Quem se dedica, se dedica a algo.... Logo, preposição há. Ela se junta com o artigo de "a cura...". Uso correto da crase.

    Nos itens seguintes temos erros pois antes de pronome demonstrativo não se usa crase, nem depois de preposição podemos ter outra preposição.