SóProvas


ID
5028190
Banca
CEV-URCA
Órgão
URCA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Texto 5 


Coronavirus has swept through tribes, killing elders and inflicting irreparable damage on tribal history, culture and medicine


   When Bep Karoti Xikrin fell ill with Covid-19, he refused to go to a hospital. The 64-year-old chief of a Xikrin indigenous village in Brazil’s Amazon was plagued by headaches and fatigue and struggled for breath. But, according to his daughter Bekuoi Raquel, he was afraid that if he were admitted to hospital he might never return.


   Instead, he died in his village – and with him, was lost decades of knowledge and leadership. “He knew so much about things we haven’t even experienced,” said Bekuoi, 21. “Everyone admired him. He was very loved.”


   As Brazil’s confirmed overall death toll from Covid-19 passes 50,000, the virus is scything through the country’s indigenous communities, killing chiefs, elders and traditional healers – and raising fears that alongside the toll of human lives, the pandemic may inflict irreparable damage on tribal knowledge of history, culture and natural medicine.


   The Munduruku people alone have lost 10 sábios, or wise ones. “We always say they are living libraries,” said Alessandra Munduruku, a tribal leader. “It’s been very painful.”


   The victims include prominent figures such as Paulinho Paiakan, a Kayapó leader who fought alongside rock star Sting against the Belo Monte dam.


   The indigenous organisation Apib has logged at least 332 Covid-19 deaths, and 7,208 coronavirus cases across 110 communities. “We are facing extermination,” said its executive coordinator, Dinamam Tuxá.


   Indigenous leaders such as Tuxá say the government of the far-right president, Jair Bolsonaro, is failing to protect the country’s 900,000 indigenous people – many of whom live in small communities, where dozens often share the same house.


   Tuxá said Brazil’s Funai indigenous agency has taken too long to send emergency food kits to people isolating in their villages, forcing them to risk infection by traveling to nearby towns for emergency government payments. Funai said it had delivered 82,000 basic food kits and 43,000 hygiene kits.


   Some leaders even blame government health workers for bringing the virus. Katia Silene Akrãtikatêjê, 51, a chief from the Gavião tribe in Pará state, believes she caught Covid-19 after a government health team visited their village to give flu vaccines. “Everyone got sick from there on,” she said.

From: shorturl.at/finAM. Accessed on 07/01/2020


As críticas que o líder indígena Tuxá fez estão relacionadas ao fato de o governo federal:

Alternativas
Comentários
  • A questão cobra interpretação de um texto sobre como o coronavírus varreu tribos, matando anciãos e infligindo danos irreparáveis à história, cultura e medicina tribal no Brasil.

    O trecho que trata das críticas que o líder indígena Tuxá fez se encontra nos parágrafos 7 e 8. Vejamos:

    Indigenous leaders such as Tuxá say the government of the far-right president, Jair Bolsonaro, is failing to protect the country's 900,000 indigenous people – many of whom live in small communities, where dozens often share the same house.
    Tuxá said Brazil's Funai indigenous agency has taken too long to send emergency food kits to people isolating in their villages, forcing them to risk infection by traveling to nearby towns for emergency government payments. Funai said it had delivered 82,000 basic food kits and 43,000 hygiene kits.
    Tradução -  Líderes indígenas como Tuxá dizem que o governo do presidente de extrema direita, Jair Bolsonaro, não está protegendo os 900 mil indígenas do país - muitos dos quais vivem em pequenas comunidades, onde dezenas costumam compartilhar a mesma casa.
     Tuxá disse que a agência indígena Funai do Brasil demorou muito para enviar kits de alimentos de emergência para pessoas isoladas em suas aldeias, forçando-as a correr o risco de infecção ao viajar para cidades próximas para pagamentos emergenciais do governo. A Funai informou que entregou 82 mil kits de alimentos básicos e 43 mil kits de higiene.


    Voltando à questão e às alternativas, as críticas que o líder indígena Tuxá fez estão relacionadas ao fato de o governo federal:

    A) Incorreto - Não ter impedido a invasão de garimpeiros nas terras indígenas.
    Fato não mencionado no texto.

    B) Correto - Ter retardado a entrega de cestas básicas, o que forçou a ida dos indígenas às cidades.
    Isso pode ser atestado pelo seguinte trecho: Tuxá disse que a agência indígena Funai do Brasil demorou muito para enviar kits de alimentos de emergência para pessoas isoladas em suas aldeias, forçando-as a correr o risco de infecção ao viajar para cidades próximas para pagamentos emergenciais do governo.

    C) Incorreto - Ter enviado equipes de saúde às vilas, as quais transmitiram o vírus.
    Houve essa crítica, mas não foi feita pelo líder indígena Tuxá, e sim por Katia Silene Akrãtikatêjê, 51, cacique da tribo Gavião, como pode ser atestado pelo seguinte trecho do último parágrafo:
    Katia Silene Akrãtikatêjê, 51, a chief from the Gavião tribe in Pará state, believes she caught Covid-19 after a government health team visited their village to give flu vaccines. “Everyone got sick from there on," she said.
    Tradução - Katia Silene Akrãtikatêjê, 51, cacique da tribo Gavião, no estado do Pará, acredita que pegou a Covid-19 depois que uma equipe de saúde do governo visitou sua aldeia para dar vacinas contra a gripe. “Todo mundo ficou doente a partir de então", disse ela.

    D) Incorreto - Não ter construído moradias nas aldeias indígenas a fim de melhorar o distanciamento social.
    Fato não mencionado no texto.

    E) Incorreto - Não ter criado hospitais de campanha nas aldeias mais atingidas pela COVID-19.
    Fato não mencionado no texto.


    Gabarito do Professor: Letra B.