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ID
5030215
Banca
CIESP
Órgão
CIESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder a questão.

TEXTO  (Interpretação de Texto)

Amazônia Centro do Mundo
Encontro histórico reúne, neste momento, líderes da floresta, ativistas climáticos internacionais, cientistas do clima e da Terra e alguns dos melhores pensadores do Brasil

Neste momento, na Terra do Meio, coração da maior floresta tropical do planeta, uma formação humana inédita está reunida para criar uma aliança pela Amazônia. É um encontro de diferentes em torno de uma ideia comum: barrar a destruição da floresta e dos povos da floresta, hoje devorada por predadores de toda ordem. Entre eles, as grandes corporações de mineração e o agronegócio insustentável. É também um encontro para salvar a nós mesmos e as outras espécies, estas que condenamos ao nos tornarmos uma força de destruição. Nesta luta, devemos ser liderados pelos povos da floresta – os indígenas, beiradeiros e quilombolas que mantêm a Amazônia ainda viva e em pé. Este é um encontro de descolonização. Por isso, não um encontro na Europa nem um encontro nas capitais do Sudeste do Brasil. Deslocar o que é centro e o que é periferia é imperativo para criar futuro. Na época em que nossa espécie vive a emergência climática, o maior desafio de nossa trajetória, a Amazônia é o centro do mundo. É em torno dela que nós, os que queremos viver e fazer viver, precisamos atravessar muros e superar barreiras para criar um comum global. [...]

Todas estas pessoas deixaram suas casas e seus países convidadas por mim, pelo Instituto Ibirapitanga, pelo Instituto Socioambiental e pela Associação dos Moradores da Reserva Extrativista Rio Iriri. Algumas viajaram semanas num barco à vela, para conhecer de forma profunda, com seu corpo no corpo do território, a floresta e os povos da floresta. É instinto de sobrevivência o que as move, mas é também amor. É movimento de vida numa geopolítica que impõe a morte da maioria para o benefício e os lucros da minoria que controla o planeta. É uma pequena grande COP da Floresta criada a partir das bases. Aqui, não há cúpula. [...]
No encontro Amazônia Centro do Mundo haverá população da cidade e da floresta. E também os produtores rurais que colocam alimento na mesa da população, aqueles que respeitam os povos tradicionais e atuam preservando a Amazônia, porque sabem que dela depende o seu sustento. Sabemos que há fazendeiros que destroem a floresta, mas também sabemos que há agricultores que a respeitam e têm mudado suas práticas para responder aos desafios do colapso climático que atingirá a todos, produtores que respeitam a lei e a democracia e que também querem viver em paz. Pessoas que perceberam que precisam não apenas parar de desmatar, mas reflorestar a floresta.
O fim do mundo não é um fim. É um meio. É o que os povos indígenas nos mostram em sua resistência de mais de 500 anos à força de destruição promovida pelos não indígenas. À tentativa de extermínio completo, seja pela bala, seja pela assimilação. Hoje, meio milênio depois da barbárie produzida pelos europeus, as populações indígenas não apenas não se deixaram engolir como aumentam. E erguem, mais uma vez, suas vozes para denunciar que os brancos quebraram todos os limites e constroem rapidamente um apocalipse que, desta vez, atinge também os colonizadores: a maior floresta tropical do mundo está perto de alcançar o ponto de não retorno. Dizem isso muito antes do que qualquer cientista do clima. Alguns de seus ancestrais plantaram essa floresta.
Eles sabem.
Como Raoni tem repetido há décadas: “Se continuar com as queimadas, o vento vai aumentar, o sol vai ficar muito quente, a Terra também. Todos nós, não só os indígenas, vamos ficar sem respirar. Se destruir a floresta, todos nós vamos silenciar”.
Os humanos, estes que sempre temeram a catástrofe na larga noite do mundo, tornaram-se a catástrofe que temiam. Alteraram o clima do planeta. Ameaçaram a sobrevivência da própria espécie na única casa que dispõem. Mas não todos os humanos. Uma minoria dos humanos, abrigada nos países desenvolvidos demais, consumiu o planeta. As consequências, porém, já são sentidas pelas maiorias pobres e pelos povos que não cabem nas categorias de rico e de pobre impostas pelo capitalismo. [...]

BRUM, Eliane. El País. Disponível em: <encurtador.com.br/BHTVI>. Acesso em: 16 nov. 2019.

Releia este trecho.
“Os humanos, estes que sempre temeram a catástrofe na larga noite do mundo, tornaram-se a catástrofe que temiam.”

Assinale a alternativa cuja palavra negritada não é acentuada pela mesma regra de acentuação da palavra destacada nesse trecho.

Alternativas
Comentários
  • “Os humanos, estes que sempre temeram a catástrofe na larga noite do mundo, tornaram-se a catástrofe que temiam.”

    Catástrofe é proparoxítona.

    “Ameaçaram a sobrevivência da própria espécie na única casa que dispõem.” 

    Sobrevivência é paroxítona terminada em ditongo crescente.

    GABARITO. D

  • GABARITO D

    SO-BRE-VI-VÊN-CIA é uma paroxítona terminada em ditongo crescente.

  • gab=D

    >>>catástrofe todas as proparoxítona são acentuadas.

     época /proparoxítona

     indígenas/proparoxítona

     climático /proparoxítona

    <<sobrevivência>> paroxítona terminada em ditongo crescente

  • catástrofe = proparoxítona é a antepenúltima são todas acentuadas

    sobrevivência = paroxítona terminada em ditongo decrescente

    ditongo decrescente = primeira vogal com som mais forte que segunda

    ditongo crescente = segunda vogal com som mais forte que a primeira

    gab D

    ore a DEUS peça forças todos os dias..

  •  é po ca

    in dí ge nas

    cli má ti co

    so bre vi vên cia

  • Assertiva D

    “Ameaçaram a sobrevivência da própria espécie na única casa que dispõem.”= paroxítona

  • Lembrando que SOBREVIVÊNCIA pode ser uma proparoxítona eventual.

    SO-BRE-VI-VÊN-CI-A

    Porém, você irá pela mais correta ou mais errada, já que as outras alternativas estão com a regra padrão.

    Erros? Avisem-me

    Ótimos estudos para você.

  • Apenas reforçar que para algumas bancas as paroxítonas terminadas em ditongos abertos são consideradas

    proparoxítonas aparentes ou eventuais . Antes de assinalar o gabarito, é preciso estar atento ao comando da questão e às assertivas.

    Devido à flexibilidade da pronúncia dos ditongos crescentes, estes são facilmente silabados, sendo convertidos em hiatos e, consequentemente, transformando a palavra em proparoxítona.

    Assim, essas palavras também podem ser categorizadas como palavra proparoxítonas, terminadas em hiatos:

    mágoa (má-go-a);

    série (sé-ri-e);

    https://duvidas.dicio.com.br/paroxitonas-proparoxitonas-ou-proparoxitonas-aparentes/

  • não entendi essa questão. alguém pode me ajudar?

  • Não aparece quais são as palavras negritadas no celular.
  • alternativa : D , pois a anteriores são da regra da proparoxítonas ,onde todas são acentuadas , e a palavra : sobrevivência é DA REGRA DA PAROXÍTONAS TERMINADAS EM DITONGO .

  • quem estuda chega na frente.... é bom demais jr kkkkk

  • A questão em tela versa sobre regra de acentuação gráfica e teremos que indicar qual alternativa não possui a mesma acentuação que a palavra catástrofe. Vejamos o conceito da análise:

     Na língua portuguesa, a sílaba tônica pode aparecer em três diferentes posições; consequentemente, as palavras podem receber três classificações quanto a esse aspecto:

    Oxítonas são aquelas cuja sílaba tônica é a última: você, café, jiló…

    ▪Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em a(s), e(s). o(s) e em (ens) e nos ditongos abertos éi(s). éu(s), ói(s): 

     Paroxítonas são aquelas cuja sílaba tônica é a penúltima: gente, âmbar, éter…

    ▪São as palavras mais numerosas da língua e justamente por isso as que recebem menos acentos. São acentuadas as que terminam em: i, is, us, um, l, n, r, x, ps, ã, ãs, ão, ãos, , ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de s: águas, árduo, pônei…

     Proparoxítonas - são aquelas cuja sílaba tônica é a antepenúltima: lágrima, trânsito…

    ▪São todas acentuadas.

     Quanto às de apenas uma sílaba, os chamados monossílabos: má, pó, fé…

    ▪São acentuados os terminados em: a, as, e, es, o, os.

     A palavra catástrofe leva acento, porque tem sua antepenúltima sílaba mais forte, ou seja, é uma proparoxítona. Agora iremos procurar a alternativa que tem a palavra destacada que a acentuação não é por essa mesma regra. Analisemos:

     a) Incorreta.

    A palavra época é acentuada por ser proparoxítona.

     b) Incorreta.

    A palavra ingenas é acentuada por ser proparoxítona.

     c) Incorreta.

    A palavra clitico é acentuada por ser proparoxítona. 

     d) Correta.

    A palavra sobrevincia é acentuada por ser paroxítona terminada em ditongo. Portanto, essa regra de acentuação é diferente da palavra catástrofe.

     GABARITO: D

  • A palavra sobrevivência pode ser paroxítona terminada em ditongo crescente quanto proparoxítona eventual.

    SO-BRE-VI-VÊN-CIA ---- PAROXITONA TERMINADA EM DITONGO CRESCENTE

    SO-BRE-VI-VÊN-CI-A --- PROPAROXITONA EVENTUAL

  • A questão requer conhecimento sobre as regras de acentuação gráfica.

    Atentar-se ao enunciado, pois se pede a alternativa cuja regra de acentuação gráfica da palavra destacada não seja a mesma da palavra “catástrofe".

    Catástrofe é acentuada por ser proparoxítona e, pela regra, toda proparoxítona recebe acento na sílaba tônica.

    Alternativa (A) - Época é acentuada por ser proparoxítona.

    Alternativa (B) - Indígenas é acentuado por ser proparoxítono.


    Alternativa (C) - Climático é acentuado por ser proparoxítono.

    Alternativa (D) - Sobrevivência é acentuada por ser paroxítona terminada em ditongo oral.


    Logo, a alternativa cuja palavra negritada não é acentuada pela mesma regra de acentuação da palavra catástrofe é a (D).

    Gabarito da Professora: Letra D.