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ID
5049211
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
HUB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

No que se refere à dor e sua neurofisiologia, julgue o item subsequente.


A dor pode ser classificada em dor referida ou dor patológica.

Alternativas
Comentários
  • Dor crônica e dor aguda.

    gab: errado.

  •  A classificação neurofisiológica da dor baseia-se nos mecanismos dolorosos desencadeantes, diferenciando as dores em Nociceptivas e Não Nociceptivas. A dor Nociceptiva aquela que resulta da ativação de nociceptores (fibras A-delta e C) através de estímulos dolorosos, os quais podem ser mecânicos, térmicos ou químicos. Os nociceptores podem ser sensibilizados por estímulos químicos endógenos (substâncias algogênicas), como a serotonina, a substância P, a bradicinina, as prostaglandinas, e a histamina.
            Divide-se em:

    • Dor Somática: sensação dolorosa rude, exacerbada ao movimento (dor "incidental"). É aliviada pelo repouso, é bem localizada e variável, conforme a lesão básica. Ex.: dores ósseas, pós-operatórias, dores músculo -esqueléticas, dores artríticas, etc.

    • Dor Visceral: é provocada por distensão de víscera oca, mal localizada, profunda, opressiva, constritiva. Frequentemente associa-se a sensações de náuseas, vômitos, e sudorese. Muitas vezes há dores locais referidas, como por exemplo, em ombro ou mandíbula relacionadas ao coração, em escápula referente a vesícula biliar, e em dorso, referente ao pâncreas. Ex.: câncer de pâncreas, obstrução intestinal, metástase intraperitoneal, etc.
            Já a Dor Não - Nociceptiva subdivide-se em Dor Neuropática e Psicogênica.

    • Dor Neuropática: é fruto da lesão ou disfunção do Sistema Nervoso Central (SNC) ou Sistema Nervoso Periférico (SNP). Em geral, persistem por longo tempo após o evento precipitante. A dor neuropática pode ser episódica, temporária ou crônica, persistente, podendo inclusive não estar associada a qualquer lesão detectável. Esta dor também pode ser consequência de algumas doenças degenerativas que levam a compressão ou a lesões das raízes nervosas, ao nível da coluna. Os pacientes descrevem a dor neuropática como "ardente ou penetrante", podendo haver a presença de alodínia (estímulos inócuos em situações normais, mas que nesta situação são percebidos pelo organismo como estremamente dolorosos, muitas vezes o simples "roçar" de um tecido sobre a pele desencadeia dor intensa imediata). Os pacientes queixam-se de dores recorrentes.
      A dor neuropática manifesta-se de várias formas, como sensação de queimação, peso, agulhadas, ferroadas ou choques, podendo ou não ser acompanhada de "formigamento" ou "adormecimento" (sensações chamadas de "parestesias") de uma determinada parte do corpo.
      São exemplos a neuralgia do nervo trigêmeo, a neuralgia pós-herpética e a neuropatia periférica, dentre outras.
      A dor por Desaferentação trata-se de uma subdivisão da dor neuropática, que pode decorrer de algum tipo de dano ao sistema somatossensorial em qualquer ponto ao longo de seu percurso. São exemplos as dores precipitadas por lesões periféricas (dor fantasma), e as dores precipitadas por lesões centrais (dor talâmica, AVC, secundárias a metástases ou a tumores cerebrais, etc).
    • Dor Psicogênica: considera-se a existência da dor psicogência quando nenhum mecanismo nociceptivo ou neuropático pode ser identificado e há sintomas psicológicos suficientes para o estabelecimento de critérios psiquiátricos estabelecidos na classificação DSM-IV. Na prática, a dor psicogênica é diagnóstico de exclusão e de ocorrência muito rara. Muitos autores consideram-na virtual, uma vez que mesmo patologias puramente psiquiátricas são manifestações de alterações orgânicas e identificáveis, mesmo que somente bioquimicamente.

    Gabarito do Professor: ERRADO.
  • gab E

    Dor aguda: Início recente e normalmente associada a traumas, infecções ou inflamações. Espera-se que a dor desapareça após a cura da lesão e não costumam ser recorrentes. Pessoas com dor aguda podem apresentar: aumento da pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos e respiratórios, agitação e ansiedade. 

    Dor crônica: É aquela que continua mesmo depois do tratamento da lesão, podendo ser consequência de certas doenças. Respostas emocionais de ansiedade e depressão são frequentes. A dor crônica além de manifestar-se por um longo período de tempo (acima de seis meses), compromete a qualidade de vida do paciente e apresenta uma baixa resposta às terapias medicamentosas e físicas.

    Dor recorrente: É um incômodo que dura pouco tempo, mas aparece com frequência e pode acompanhar a pessoa por toda a vida, sem, no entanto, ter um diagnóstico específico. 

    https://www.isaude.com.br/noticias/detalhe/noticia/aguda-cronica-e-recorrente-conheca-os-diversos-tipos-de-dor/