Serviço Social: Direitos sociais e competências profissionais
Fundamentos éticos do Serviço Social - Maria Lúcia Silva Barroco (Professora de Ética Profissional – PUC/SP)
Ontologicamente considerada, a moral não pertence a nenhuma esfera particular: é uma mediação entre as relações sociais; uma mediação entre o indivíduo singular e sua dimensão humano-genérica (HELLER, 2000).
Sua origem atende a necessidades práticas de regulamentação do comportamento dos indivíduos, cumprindo uma função social no processo de reprodução das relações sociais: contribui para a formação dos costumes que se estruturam pelo hábito, orientando a conduta dos indivíduos, em termos de normas e deveres.
A moral se desenvolve quando os homens já adquiriram um certo grau de consciência, no momento em que foi superada a sua condição natural e instintiva; quando o homem já vivia em comunidade, como membro de uma coletividade, tendo desenvolvido a fabricação de instrumentos de trabalho e conquistado um determinado nível de conhecimento e de domínio sobre a natureza (VAZQUEZ, 1984).
A moral é histórica e mutável: são os homens que criam as normas e os valores, mas a autonomia dos indivíduos em face das escolhas morais é relativa às condições de cada contexto histórico. Mesmo nas sociedades onde ainda não existe o domínio de classe, a coesão em torno de um único código de valor não significa a inexistência de tensões.
Moral representa os hábitos e costumes de uma sociedade, enquanto ética é um comportamento moral individual racionalizado e uma espécie de filosofia da moral. Para pensarmos nas diferenças entre ética e moral, devemos recorrer, primeiro, à raiz etimológica dessas palavras.
Cespe 2020:
O empenho na eliminação de todas as formas de preconceito e o respeito à diversidade fazem parte de um princípio que resgata a dimensão privada e individual da experiência ética, reconhecendo-se e valorizando-se os direitos e as preferências individuais dos assistentes sociais e dos usuários. Correto