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ID
5059822
Banca
VUNESP
Órgão
UNIVESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No mundo islâmico medieval, se mantinham numerosos elementos não muçulmanos na população e, dentre eles, judeus e cristãos se beneficiavam de um estatuto particular: “povos da Bíblia”. Eram considerados como sendo crentes do mesmo deus, ainda que lhes faltasse a revelação suprema e derradeira, a de Maomé.
(George Tate. O Oriente das Cruzadas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. Adaptado)

O trecho apresenta uma característica fundamental do mundo árabe islâmico no contexto da expansão muçulmana, corretamente identificada como

Alternativas
Comentários
  • Os muçulmanos conviviam/convivem harmonicamente com outras religiões, por ser uma religião que prega acima de tudo a busca por conhecimento, deixaram muitos materiais escritos de diversas religiões e também obras gregas.

    Alternativa E - coexistência com a diferença

  • Diferentemente do que o senso comum pensa nos dias atuais, o islamismo original era extremamente tolerante com outras religiões, pois, como explicado, a islã seria a revelação final. Nesse sentido, os fiéis de outras religiões ainda não teriam chegado a esse estágio final da interpretação islâmica sobre Deus. Parte dessa tolerância se explica por que elementos do judaísmo e do cristianismo estão na fundação do islã, e são reconhecidos como tal. Quando os árabes ocuparam a Península Ibérica, por exemplo, a disputa principal era motiva por terras, assim como os bárbaros as disputavam e deram origem aos reinos.

    LETRA E

  • Séculos XX e XXI. O medo e os preconceitos em relação aos muçulmanos de maneira geral aumentaram. Não só por conta da instabilidade crônica da área do Oriente Médio - de maioria islâmica , como também pelo nascimento e crescimento de organizações que utilizam táticas de terrorismo, de difícil prevenção e combate.
    As células terroristas ligadas ao Islã não são as mais antigas. Há luta, com este tipo de ação, dos bascos na Espanha desde os anos 1950, quando foi criado o ETA ( sigla das palavras Pátria Basca e Liberdade , na língua basca) . E, o IRA – Exército Republicano Irlandês existiu como braço armado do partido separatista Sinn Fein entre 1919 e 2005. 
    Mas , principalmente após o ataque terrorista às torres gêmeas em Nova York, nos EUA, passou a haver, cada vez mais, a associação genérica entre “ islamismo" e “ terrorismo", o que não é verdade. A ideia de violência , guerra e intolerância pode fazer parte da sharia – interpretação da lei corânica - em várias comunidades do imenso mundo islâmico. Porém, não é o que preconiza o Corão. Ao contrário, há a defesa da tolerância e da convivência. 
    Entre as alternativas está uma característica fundamental do mundo muçulmano medieval, que se expandia. 
    A) INCORRETA- O obscurantismo dogmático é característica dos fundamentalismos religiosos , mais comuns desde o final do século XIX em diante. O grande desenvolvimento artístico e científico dos árabes mostra exatamente o oposto de obscurantismo. 
    B) INCORRETA - O preconceito racial é a resultante da não aceitação de diferenças. E, ao árabes medievais praticavam a tolerância. 
    C) INCORRETA- Comportamento xenofóbico supõe a não aceitação do estrangeiro, o que não era prática corrente no Império Árabe medieval. 
    D) INCORRETA- Ao contrário. Embora não houvesse a miscigenação entre diferentes comunidades, outras religiões eram toleradas. 
    E) CORRETA- A coexistência com a diferença e a tolerância em relação à outras culturas foram fundamentais para a manutenção do vasto Império Árabe muçulmano, por séculos . 

    Gabarito do Professor: Letra E.
  • A expansão pela crença mulçumana se proliferou pela Ásia, norte da África e península ibérica. A expansão abriu novos caminhos para a população em geral. O islamismo tornou-se grande e poderoso que passou a conviver com outras religiões distintas.

    GAB E

  • O próprio texto dá a resposta. Imagino que de cara se pensa em intolerância religiosa, mas é só ler -judeus e cristãos se beneficiavam de um estatuto particular: “povos da Bíblia”. Eram considerados como sendo crentes do mesmo deus, ainda que lhes faltasse a revelação suprema e derradeira, a de Maomé.-