SóProvas


ID
5063851
Banca
COMPERVE
Órgão
CRECI-RN - 17° Região
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Crise aposentou “regra de ouro” para aluguel


    A crise do mercado imobiliário nos últimos anos, a dificuldade na venda de unidades e a grande oferta de imóveis para locação fizeram a "regra de ouro" usada para calcular o preço do aluguel ficar ultrapassada. Hoje, o valor a ser cobrado pelo aluguel de um imóvel é motivo de preocupação para muitos proprietários – é preciso achar um ponto de equilíbrio entre quanto o dono gostaria de cobrar pelo aluguel e quanto o futuro inquilino está disposto a pagar. 


   Esse cálculo sempre envolve comparação de preços de imóveis semelhantes, consulta a corretores e jogo de cintura na hora de negociar com o novo locatário. O mercado costumava usar como regra uma conta simples: a referência era cobrar pelo aluguel cerca de 0,5% do valor de venda do imóvel. Por essa conta, um apartamento avaliado em R$ 500 mil poderia ser alugado por cerca de R$ 2,5 mil. 


   Durante os anos de crise, que afetaram duramente o setor, os preços de venda pararam de subir e o mercado de locação foi inundado por imóveis que não foram vendidos, fazendo com que os reajustes de aluguel variassem bem abaixo da inflação. Se o engenheiro Milton Fontoura, de 63 anos, tentasse alugar seu apartamento na Barra Funda, em São Paulo, usando a "regra de ouro", ficaria com ele fechado. O imóvel custa R$ 800 mil, mas Fontoura anunciou o aluguel por R$ 2,9 mil. "A locação está melhorando, principalmente para quem tem um imóvel perto de estação de metrô. Até consigo alugar rapidamente, mas o preço em comparação com o de venda não é o mesmo de dez anos atrás".


   A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) calcula todos os meses a taxa de rentabilidade do aluguel. O último ano em que o retorno com a locação chegou a 0,5% do preço de venda foi 2013, antes do início da recessão, em 2014. No ano passado, o valor de aluguel passou a representar, em média, 0,37% do valor de venda.


   Uma comparação ajuda a entender como os preços de venda e de locação se comportaram de maneiras diferentes na crise. Em janeiro de 2015, o valor de venda dos imóveis havia subido 12,7%, em 12 meses, segundo a Fipe. Em 2017, último ano da crise, esse valor de venda havia caído apenas 0,74%, também em 12 meses. Enquanto isso, as locações, que subiam 1,6% em janeiro de 2015, caíram 2,9% em janeiro de 2017. "O preço de aluguel é mais sensível ao mercado. O valor de locação caiu bastante durante a crise, teve três anos de queda e só voltou a subir no ano passado em termos nominais. Enquanto isso, o preço de venda ficou estagnado", resume o economista Bruno Oliva, da Fipe. 


   Segundo o economista do Grupo Zap, Sergio Castelani, o primeiro passo para quem precisa calcular o valor de locação do imóvel, e não pode contratar um profissional para fazer a avaliação, é olhar os sites que publicam os preços por metro quadrado por bairro. "Por mais que os imóveis sejam diferentes, é sempre bom olhar no próprio prédio e fazer uma avaliação honesta dos pontos fortes e fracos do imóvel e da conservação. O preço, por mais que se mude, não é tão descontínuo assim", diz. 


Disponível em: https ://economia.uol.com.br/noticias /estadao-conteudo/2019/02/18/crise-aposentou-regra-de-ouro-para aluguel.htm. Acesso em: 10 fev. 2020. [Adaptado]



Para esclarecer o título, o leitor tem de

Alternativas
Comentários
  • Por que a C está errada???

  • O gabarito é letra B, pois o título traz a seguinte informação "Crise aposentou “regra de ouro” para aluguel", ou seja, só fazer a seguinte pergunta: O que é a regra de ouro?

    Encontraremos a resposta no segundo parágrafo do texto, lá é explicado o que seria essa regra de forma clara, apresentando até exemplos.

    A letra "A" encontra-se errada pois para saber o que é a regra de ouro não é necessário somente saber de informações implícitas, mas sim das explícitas presentes no decorrer do texto. O mesmo argumento vale para a Letra "D".

    No primeiro parágrafo o autor apenas cita do que se trata tal regra, deixando a informação apenas para o segundo, invalidando, portanto, a letra "C".

  • Gabarito "B"

    1º parágrafo: "[...] "regra de ouro" usada para calcular o preço do aluguel ficar ultrapassada." (introdução)

    2º parágrafo: explica o que seria esse cálculo. (explicação)

  • Questão horrível. O segundo parágrafo explica o que é a regra de ouro, mas não explica por que a Crise aposentou “regra de ouro” para aluguel. Deus me livre essa banca.

  • O primeiro parágrafo explica que "a 'regra de ouro' [é aquela] usada para calcular o preço do aluguel". Esse pra mim é esclarecimento suficiente do título e não o aprofundamento de como a regra é calculada. Enfim né.

  • ao pé da letra o correto seria recorrer as informações do primeiro e do segundo parágrafo, pq o segundo parágrafo por si só n é suficiente para esclarecer o título, até pq ele começa com o termo anáfora "esse" que faz referência a uma expressão do parágrafo anterior e não ao título.

  • E por que a D está errada? Se eu tenho conhecimento linguístico do que é essa "regra de ouro" eu nem preciso ler o segundo parágrafo.

  • Também concordo com os colegas. O 1º paragrafo explica bem mais o título do que os parágrafos anteriores. Não concordo com esse gabarito.

  • Sabe-se lá porque essa banca é tão amada pelo pessoal aqui do meu estado. Em Português é extremamente dúbia e as provas são cansativas, enquanto em outras disciplinas também deixa a desejar no nível de cobrança, indo bem além do que o cargo exige. Mil vezes fazer uma prova da FCC do que da Comperve

  • pelo visto eu so estou me inscrevendo em concursos errados. os que eu faço não vem faceis assim nao