Texto
Centenário de Clarice Lispector: obra ganha reedições em
2020
Obra da escritora chega com novo projeto gráfico pela Rocco, que
em julho lança uma edição completa da sua correspondência
“Ler Clarice é se deixar levar pela companhia da escritora,
dos narradores e personagens que ela cria, sabendo, de
antemão, que dali não saíremos ilesos. Muita coisa
acontecerá ao longo dessa leitura. Apertem os cintos, que
pode vir tempestade brava, ventos fortes, ou uma doce
brisa consoladora, mas nunca benevolente.”
O recado é de Nádia Battella Gotlib, uma das principais
pesquisadoras da obra de Clarice Lispector (1920-1977), e
fica como um convite para entrar nesse universo – ou
revisitá-lo –, no momento em que se abrem as
comemorações antecipadas pelo centenário de uma das
maiores escritoras brasileiras – que nasceu no dia 10 de
dezembro de 1920, em Chechelnyk, na Ucrânia, e
desembarcou no Brasil dois anos mais tarde.
Até dezembro do ano que vem, muito vai se falar sobre a
autora de A Paixão Segundo G. H. e A Hora da Estrela.
As primeiras ações para celebrar Clarice vêm da Rocco, sua
editora. Ela vai reeditar toda a obra da autora com novo
projeto gráfico e usando, inclusive, as telas que Clarice
pintou como capa dessas novas edições, que trazem,
ainda, novos posfácios para cada um dos volumes. Três
títulos acabam de chegar às livrarias. De 1943, Perto do
Coração Selvagem é o livro de estreia de Clarice e vem
agora com posfácio de Nádia. O Lustre, de 1946, é tido
como uma de suas obras mais difíceis. Já A Cidade Sitiada,
de 1949, foi escrito em Berna, durante o período em que
Clarice acompanhou o marido diplomata na Suíça. O
posfácio é de Benjamin Moser, seu biógrafo.
Não foram anunciados, ainda, quais serão os próximos lançamentos. Mas duas certezas: A Hora da Estrela encerra o projeto, em 10 de dezembro de 2020; e antes, em julho, para a Flip, onde Clarice já foi homenageada, sai a coletânea Todas as Cartas nos moldes dos outros dois volumes, de contos e crônicas, publicados pela Rocco.
Não foram anunciados, ainda, quais serão os próximos lançamentos. Mas duas certezas: A Hora da Estrela encerra o projeto, em 10 de dezembro de 2020; e antes, em julho, para a Flip, onde Clarice já foi homenageada, sai a coletânea Todas as Cartas nos moldes dos outros dois volumes, de contos e crônicas, publicados pela Rocco.
A organização é de Pedro Karp Vasquez, que assina
também o posfácio. Teresa Montero, outra biógrafa de
Clarice, fará as notas explicativas e o prefácio. Larissa Vaz é
responsável pela pesquisa de campo e digitação das novas
cartas encontradas. Há correspondência trocada com a
família e personalidades – de Getúlio Vargas a Lygia
Fagundes Telles.
“As cartas da correspondência ativa, as que Clarice enviou
às irmãs, por exemplo, quando ela estava no exterior, têm
o poder de nos mostrar uma história de vida e obra de
Clarice num período em que se misturam alegrias e
tristezas. Alegria pelo filho que ali nasceu. Tristeza por
viver numa cidade pacata demais. A leitura dessas e de
outras cartas nos revela seus projetos, preocupações,
ansiedades, saudades das pessoas queridas. Pelas cartas
podemos nos defrontar com belas paisagens suíças e com
notícias de textos que no momento estava escrevendo;
ficamos sabendo das suas leituras e das verdadeiras
batalhas para publicar seus livros”, comenta Nádia.
(Fonte: texto adaptado de
https://www.metropoles.com/entretenimento/literatura/centenario-declarice-lispector-obra-ganha-reedicoes-em-2020, acesso em fevereiro de
2020).
No trecho do 4º parágrafo “As primeiras ações para
celebrar Clarice vêm da Rocco, sua editora. Ela vai reeditar
toda a obra da autora com novo projeto gráfico e usando,
inclusive, as telas que Clarice pintou como capa dessas
novas edições, que trazem, ainda, novos posfácios para
cada um dos volumes.”, o elemento destacado exemplifica
como elo coesivo o uso de: