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ID
5102473
Banca
IADES
Órgão
SES-DF
Ano
2020
Provas
Disciplina
Nutrição
Assuntos

Um paciente branco, de 58 anos de idade, chega à unidade básica de saúde (UBS) para consulta. É hipertenso e diabético e nega tabagismo ou etilismo. É sedentário, com altura = 1,72 m. Relata fraqueza e perda de apetite gradual, sobretudo nos últimos três meses. Acredita ter perdido peso, mas não sabe precisar. Peso atual em balança digital = 89 kg. Apresenta os seguintes exames: Hb = 14 g/dL; ureia = 40 mg/dL; fósforo = 4,2 mg/dL; e TFG =30,2 mL/min/1,73 m².  

Orienta-se caminhada de 30 minutos diariamente para alcançar IMC < 25.

Alternativas
Comentários
  • Estado nutricional e DRC Como discutido anteriormente, a redução da função renal contribui para o aparecimento de uma série de distúrbios hidroeletrolíticos, hormonais e metabólicos que direta ou indiretamente contribuem para o desenvolvimento de um quadro nutricional diverso, marcado pela depleção de reservas de gordura e proteína, especialmente de tecido muscular. Contudo, na última década, tem-se observado o aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade na DRC.

    Sobrepeso e obesidade na DRC

    Apesar da elevada prevalência de DEP encontrada na DRC, tem-se observado que o sobrepeso e a obesidade também são distúrbios nutricionais frequentes na população com DRC. Há evidências de que a obesidade é um fator de risco independente para o desenvolvimento de DRC. Contudo, enquanto na população geral a obesidade se traduz em risco de morbidade e mortalidade, na população com DRC os estudos indicam a obesidade como um fator protetor na sobrevida, principalmente naqueles pacientes em HD. A explicação mais plausível para esse fato é que a maior reserva corporal dos pacientes obesos pode conferir proteção diante dos frequentes episódios catabólicos aos quais os pacientes com DRC estão sujeitos. Apesar das várias evidências de que a obesidade pode ser favorável na sobrevida desses pacientes, os achados não são uniformes e variam, dependendo de vários fatores. Além disso, a utilização do índice de massa corporal (IMC) como marcador é um importante aspecto a ser considerado. Afinal, além de não discriminar a gordura da massa magra, o IMC pode não identificar o acúmulo de gordura visceral, esta sim associada com complicações cardiovasculares, como já demonstrado em pacientes com DRC. 

    A classificação do estado nutricional a partir do IMC apresenta algumas diferenças em pacientes com DRC em relação aos pontos de corte propostos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim, valores de IMC inferiores a 23 kg/m2 têm sido apontados como indicativos de risco nutricional para essa população de pacientes por se associarem com morbidade e mortalidade.

    Cupari 3 edição