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ID
5105167
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Para responder à questão de número, baseie-se no texto abaixo.



Juventude de hoje, de ontem e de amanhã


   A juventude é estranha porque é a velhice do mundo passada indefinidamente a limpo. Uma geração lega à outra um magma de erros e sabedoria, de vícios e virtudes, de esperanças e desilusões. O jovem é o mais velho exemplar da humanidade. Pesa-lhe a herança dos conhecimentos acumulados; pesa-lhe o desafio do que não foi conquistado; a inadequação entre o idealismo e o egoísmo prático; pesa-lhe o inconsciente da raça, esta sessão espírita permanente, através da qual cada homem se comunica com os mortos. 
   No encontro de duas gerações, a que murcha e a que floresce, há uma irrisão dramática, um momento de culpas, apreensões e incertezas. As duas figuras se contemplam: o jovem é o passado do velho, e este é o futuro que o jovem contempla com horror. Assim, o momento desse encontro é um espelho cujas imagens o tempo deforma, sem que se desfaça, para o moço e para o velho, a sinistra impressão de que as duas figuras são uma coisa só, um homem só, uma tragédia só. 
   O poeta romântico inglês Shelley poderia ser o padrão do adolescente de todas as épocas: nasceu de família respeitável e rica, foi bonito, sincero, revoltado, idealista, violento, amoroso, apaixonado pela vida e pela morte, inteligente, confuso e, sobretudo, de uma sensibilidade crispada. Não era um monstro: seus atos eram a consequência lógica de suas ideias, da lealdade às suas crenças. E enquanto escrevia versos musicais, fecundados de amor cósmico, esperança e idealismo social, atirava-se feroz contra o conformismo do clero, a monarquia, as leis vigentes, o farisaísmo universal. 

(Adaptado de CAMPOS, Paulo Mendes. O amor acaba. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 135-136)

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • Alt D

    o verbo DEIXAR deve concordar com AUTOR.

  • GABARITO: D

    a) Ao jovem podem desagradar as imagens da velhice, que ele bem sabe que o aguardam, se a vida é longa.

    b) O autor valeu-se das imagens dos espelhos, símbolos capazes de figurar as duplicidades a que costuma render-se a personalidade humana.

    c) Nunca devem contar com nossa complacência os erros em que teimosamente persistimos, apesar de já identificados no passado.

    d) O autor não se deixa alimentar senão por convicções pessimistas, nas suas observações acerca da natureza humana.

    e) Não (há ou haverá - verbo impessoal) de faltar aos moços alguma desconfiança, ao menos quanto à importância das experiências passadas

  • GABARITO - D

    Essa banca tem um padrão de cobrança. Nesse tipo de questão o termo sublinhado deve trabalhar como sujeito :

    O autor não se (deixar) alimentar

    Quem não se deixa alimentar ?

    O autor

    _________________________________

    BONS ESTUDOS!

  • GABARITO: D

    Pessoal, quando se depararem com estas questões da FCC que pedem para encontrar o sujeito, utilizem este método:

    → O sujeito nunca será preposicionado; (com isso você já descarta muitas alternativas)

    SEMPRE pergunte ao verbo.

    ............................................................................

    Legenda da questão: Sujeito do examinador; Sujeito verdadeiro

    Vamos lá:

    a) Ao jovem (poder) desagradar as imagens da velhice, que ele bem sabe que o aguardam, se a vida é longa.

    → Errado. Veja que o examinador destacou um termo preposicionado (ao jovem), logo não é sujeito. Não acredita? Pergunte ao verbo: O que é que pode desagradar ao jovem? as imagens da velhice. Em ordem direta, temos: as imagens da velhice podem desagradar ao jovem.

    .

    b) O autor valeu-se das imagens dos espelhos, símbolos capazes de figurar as duplicidades a que (costumar) render-se a personalidade humana.

    → Errado. Quem costuma se render? A personalidade humana. Em ordem direta, temos: A personalidade humana costuma se render.

    .

    c) Nunca (dever) contar com nossa complacência os erros em que teimosamente persistimos, apesar de já identificados no passado.

    → Errado. Quem não deve contar com nossa complacência? Os erros em que teimosamente persistimos. Em ordem direta, temos: os erros em que teimosamente persistimos nunca devem contar com nossa complacência.

    .

    d) O autor não se (deixar) alimentar senão por convicções pessimistas, nas suas observações acerca da natureza humana.

    → Correto. Aqui o examinador acertou. Quem não se deixa alimentar senão por convicções pessimistas? O autor.

    .

    e) Não (haver) de faltar aos moços alguma desconfiança, ao menos quanto à importância das experiências passadas

    → Errado. Lembra da primeira dica? Sujeito preposicionado (aos moços)? Cai fora! Mas, se duvida, vamos lá: O que não há de faltar? Alguma desconfiança. Em ordem direta, temos: alguma desconfiança não de faltar aos moços 

    É isso aí. Espero ter ajudado.

    Bons estudos! :)

  • a) As imagens da velhice podem desagradar ao jovem (...)

    b) A personalidade humana costuma render-se a (...)

    c) Os erros (...) nunca devem contar (...)

    d) O autor não se deixa alimentar (...)

    e) Alguma desconfiança não de faltar aos moços (...)

  • Alternativa D

    A) Ao jovem (poder) desagradar as imagens da velhice, que ele bem sabe que o aguardam, se a vida é longa.

    • O termo entre parênteses deve concordar com o substantivo "imagens", não com o termo sublinhado
    • Ao jovem podem desagradar as imagens da velhice, que ele bem sabe que o aguardam, se a vida é longa.

    B) O autor valeu-se das imagens dos espelhos, símbolos capazes de figurar as duplicidades a que (costumar) render-se a personalidade humana. 

    • O termo entre parênteses deve concordar com o substantivo "personalidade", não com o termo sublinhado
    • O autor valeu-se das imagens dos espelhos, símbolos capazes de figurar as duplicidades a que costuma render-se a personalidade humana. 

    C) Nunca (dever) contar com nossa complacência os erros em que teimosamente persistimos, apesar de já identificados no passado.

    • O termo entre parênteses deve concordar com o substantivo "erros", não com o termo sublinhado
    • Nunca devem contar com nossa complacência os erros em que teimosamente persistimos, apesar de já identificados no passado.

    D) O autor não se (deixar) alimentar senão por convicções pessimistas, nas suas observações acerca da natureza humana.

    • Aqui, o termo entre parênteses deve concordar com o termo sublinhado, que é o sujeito da oração
    • O autor não se deixa alimentar senão por convicções pessimistas, nas suas observações acerca da natureza humana.

    E) Não (haver) de faltar aos moços alguma desconfiança, ao menos quanto à importância das experiências passadas

    • O verbo "haver" é impessoal
    • Não há / haverá de faltar aos moços alguma desconfiança, ao menos quanto à importância das experiências passadas
  • A FCC é especialista em inverter frases estranhas. O bom é treinar muito antes, pois do contrário a chance de errar é grande.

  • O autor não se (deixar) alimentar senão por convicções pessimistas, nas suas observações acerca da natureza humana.

    Quem não se deixa alimentar senão por convicções pessimistas, nas suas observações acerca da natureza humana?

    O autor

    Pergunte ao verbo, irá sempre achar o Sujeito.

  • A pergunta na integra seria: o termo sublinhado é sujeito do verbo entre parenteses?