SóProvas


ID
5144650
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TC-DF
Ano
2021
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

No que diz respeito a controle da constitucionalidade, julgue o item a seguir.


Nos estados-membros e no Distrito Federal, o controle abstrato de constitucionalidade é de competência dos próprios entes federados, de acordo com o previsto nas respectivas constituições estaduais e na Lei Orgânica do Distrito Federal.

Alternativas
Comentários
  • 2

  • 3

  • 3

  • Gabarito - Errado

    Justificativa: o controle de constitucionalidade exercido no âmbito do TJDFT exige previsão em LEI FEDERAL, tendo em vista que é órgão do Poder Judiciário Federal e, de acordo com o artigo 21, inciso XIII, compete à União "organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios".

    De acordo com Gilmar Mendes, "ainda que haja boas razões para justificar a extensão ao Distrito Federal do tratamento constitucional que, na matéria, se conferiu aos Estados-membros, há de se ter por inquestionável que se o Tribunal de Justiça não é um órgão integrante do Distrito Federal, não pode ele ter suas competências acrescidas por decisão do órgão legislativo distrital." (Curso de Direito Constitucional)

  • No que diz respeito a controle da constitucionalidade, julgue o item a seguir.

    Nos estados-membros e no Distrito Federal, o controle abstrato de constitucionalidade é de competência dos próprios entes federados, de acordo com o previsto nas respectivas constituições estaduais e na Lei Orgânica do Distrito Federal.

    GAB. "ERRADO".

    ----

    JUSTIFICATIVA CESPE PARA MANUTENÇÃO DO GABARITO:

    O Controle abstrato das leis e atos normativos distritais em face da Lei Orgânica do Distrito Federal cabe à União. Portanto, no Distrito Federal, o controle abstrato de constitucionalidade não é instituído pela Câmara Legislativa e não está na previsto na Lei Orgânica do Distrito Federal, mas, sim em Lei federal, editada pelo congresso Nacional. Dessa forma, esse controle de constitucionalidade não é de competência do próprio Distrito Federal, por isso que o item está errado.

    Fonte: https://cdn.cebraspe.org.br/concursos/tc_df_20_procurador/arquivos/TCDF_JUSTIFICATIVAS_ALTERAO_MANUTENO_DE_GABARITO.PDF [Q141]

  • Dentro do assunto, colaciono um importante julgado:

    ESTADO-MEMBRO não possui legitimidade para recorrer contra decisões proferidas em sede de controle concentrado de constitucionalidade, ainda que a ADI tenha sido ajuizada pelo respectivo Governador. A legitimidade para recorrer, nestes casos, é do próprio Governador (previsto como legitimado pelo art. 103 da CF/88) e não do Estado-membro.STF. Plenário. ADI 4420 ED-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 05/04/2018 (Info 896). 

  • Errado

    Visto que não existe previsão na Lei Orgânica do Distrito Federal para controle concentrado de normas distritais, seja em face da Constituição Federal, seja em confronto com a própria Lei Orgânica. Antes instalação da Câmara Legislativa do DF, o Supremo Tribunal Federal era o único Tribunal hábil a conhecer de ação direta contra leis editadas pelo Distrito Federal, visto que não existia autonomia federativa (art. 16, ADCT):

    Art. 16. Até que se efetive o disposto no art. 32, § 2º, da Constituição, caberá ao Presidente da República, com a aprovação do Senado Federal, indicar o Governador e o Vice-Governador do Distrito Federal.

    A previsão de ADIn processada e julgada pelo TJDFT só veio com a Lei Federal 11.697/2008, que alterou as normas sobre a organização judiciária do Distrito Federal e dos Territórios, revogando antigas leis:

    Art. 8 Compete ao Tribunal de Justiça:

    I – processar e julgar originariamente:

    n) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face de sua Lei Orgânica;

    o) a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face de sua Lei Orgânica;

    Mas o STF também é competente para conhecer de ADIn sobre leis distritais, mas apenas editadas na competência estadual do Distrito Federal. Quanto a leis editadas na competência municipal do DF, esse controle pelo Supremo é apenas no caso concreto (incidental ou difuso) Nesse sentido,

    "O Supremo Tribunal Federal não é instância competente para apreciar Ação Direta de Inconstitucionalidade que trate de lei distrital de natureza municipal em confronto com o texto da Constituição Federal, quando a lei impugnada dispõe essencialmente sobre assunto de interesse local. Em se tratando de lei distrital, só pode ser avaliada a constitucionalidade em julgamentos de casos concretos (controle difuso) nos quais se questiona a legalidade de um ato, dentro do processo, ao confrontar uma lei local com a Constituição Federal". (ADI 2.560, rel. Min. Carlos Velloso, julg. em 29/8/2002).

  • A questão é mais simples do que parece.

    O raciocínio a ser feito é o seguinte:

    1) o controle abstrato de constitucionalidade compreende ADI, ADC, ADO e ADPF

    2) a competência para a ADPF está prevista na própria CF (STF)

    3) conclui-se que a questão está errada porque diz "de acordo com o previsto nas respectivas constituições estaduais e na Lei orgânica do DF".

    Qualquer equívoco me avisem, por favor

  • Controle Abstrato é do STF.

    Controle Concreto é do Ente Federado.

  • O que?

  • Município não realiza controle de constitucionalidade, apenas de legalidade. Nesse caso, o erro da questão está em Lei orgânica do DF.

  • Gabarito: "E"

    Resumindo....

    Controle abstrato:

    • Estados-membros: TJ
    • DF: TJDFT. No entanto, como o DF não tem competência legislativa acerca do Poder Judiciário, a regulamentação da matéria está contida na Lei Federal nº 11.697/2008.
  • A questão trata do controle de constitucionalidade.

    Nos estados-membros e no Distrito Federal, o controle abstrato de constitucionalidade é de competência dos próprios entes federados, de acordo com o previsto nas respectivas constituições estaduais e na Lei Orgânica do Distrito Federal.

    ERRADO. O STF sempre entendeu que a instituição de controle abstrato de constitucionalidade no âmbito do TJDFT dependia de Lei Federal, já que, de acordo com o artigo 21, inciso XIII, compete à União "organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios". Portanto, o Poder Legislativo distrital não teria autonomia para acrescentar uma competência ao TJDFT. Isso seria atribuição do Congresso Nacional, por meio de Lei Federal.

    E de fato, somente com a Lei Federal 11.697/2008, que alterou as normas sobre a organização judiciária do Distrito Federal e dos Territórios, foi instituída essa modalidade de controle de constitucionalidade no TJDFT.

    No gabarito oficial da Banca, constou o seguinte: “O Controle abstrato das leis e atos normativos distritais em face da Lei Orgânica do Distrito Federal cabe à União. Portanto, no Distrito Federal, o controle abstrato de constitucionalidade não é instituído pela Câmara Legislativa e não está na previsto na Lei Orgânica do Distrito Federal, mas, sim em Lei federal, editada pelo congresso Nacional. Dessa forma, esse controle de constitucionalidade não é de competência do próprio Distrito Federal, por isso que o item está errado."

    Apenas mais uma explicação: quando a Banca afirmou que “O Controle abstrato das leis e atos normativos distritais em face da Lei Orgânica do Distrito Federal cabe à União", entendo que eles fazem referência justamente ao fato de o TJDFT ser considerado um órgão do Poder Judiciário da União. Portanto, o TJDFT representa a União, e não o Distrito Federal.

    Questão difícil.

    GABARITO DO PROFESSOR: errado.

  • O erro da questão é: A Lei Orgânica do DF não pode versar sobre a competência do TJDFT, uma vez que é de competência privativa da União.

    Então, há uma lei federal que dispões sobre organização e competências do TJDFT.

  • De fato, na LODF, não há capítulo destinado ao Poder Judiciário, logo não há que se falar em controle de constitucionalidade regido por este veículo normativo.

  • pegadinha escabrosa da cespe! mas é isso aí, vqv!

  • O erro da questão foi igualar controle concentrado de constitucionalidade à ação direita de inconstitucionalidade interventiva.

    Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva consiste numa espécie de controle de constitucionalidade concentrado que visa declarar inconstitucional determinada medida de um Estado ou do Distrito Federal em que há ofensa a algum dos princípios constitucionais sensíveis.

    Apenas o STF julga ações em controle concentrado de constitucionalidade (controle abstrato de constitucionalidade).

  • Ótima questão!!! Lei orgânica do Distrito Federal:

    Art. 53. São Poderes do Distrito Federal, independentes e harmônicos entre si, o Executivo e o Legislativo.