Gabarito C.
"A primeira categoria detectada foi a de produção, onde a produção da satisfação de necessidade, como apontado por Calderón e De Govia, implica necessariamente a produção das relações grupais, ou seja, a produção do grupo é produção grupal — é o processo histórico do grupo. Ou seja, o processo grupal se caracteriza como sendo uma atividade produtiva.
Uma segunda categoria definida é a de dominação, no sentido de que na sociedade brasileira capitalista as condições infra- estruturais para serem reproduzidas implicam mediações tais que, de formas as mais diversas, reproduzem relações de dominação, e que estas implicam a unicidade dominação- submissão, ou seja, nos grupos onde a proposta de relacionamento é de igualdade entre os membros detecta-se a dominação pela submissão dos membros a uma outra pessoa.
A categoria de grupo-sujeito (adotamos a denominação de Loureau) de fato só pode ser precisada nessa última etapa de observações quando o observador, como participante, analisava as contradições decorrentes das relações de dominação, levando o grupo a uma auto-análise, porém, em nenhum momento conseguimos detectar um grupo como um todo agindo em plena consciência.
Esta negação do grupo, confrontada com observação de grupos onde as tarefas eram sempre individuais, sem haver ações necessariamente encadeadas para se atingir um produto, nos leva à categoria de não-grupo e à comprovação de que só é grupo quando ao se produzir algo s e desenvolvem e se transformam as relações entre os mem bros do grupo, ou seja, o grupo se produz. Um exemplo típico de não-grupo é aquele onde as pessoas se reuniam em uma instituição para apreender e fazer trabalhos manuais, cada um envolvido com o seu."
Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/19169112/o-processo-grupal-silvia-lane