- ID
- 5153275
- Banca
- FAUEL
- Órgão
- Prefeitura de São José dos Pinhais - PR
- Ano
- 2019
- Provas
- Disciplina
- Psicologia
- Assuntos
Nos últimos 20 anos os psicólogos expandiram
significativamente seu campo de atuação na área
das políticas sociais, sendo o seu maior empregador
o Sistema Único de Saúde (SUS). Esse quadro
resultou das articulações da categoria com os
movimentos sociais e o próprio Estado brasileiro,
que desde os anos 1980 tem propiciado à profissão o
engajamento na agenda política em torno do debate
sobre as políticas públicas, especialmente em relação
a uma postura mais atuante diante dos problemas
e desafios que a sociedade brasileira impõe (Bock,
1999). Foi exatamente por meio das movimentações
políticas e sociais da sociedade civil em geral que o
País avançou no processo de descentralização das
políticas sociais, especialmente na saúde, saúde
mental e assistência social, contribuindo, assim,
para o movimento de expansão e interiorização dos
psicólogos em todo o País, com isso surgem os
desafios para a profissão, analise as afirmativas e
assinale a alternativa CORRETA:
I. A manutenção da lógica ambulatorial e o foco
no modelo clínico tradicional principal atividade
realizada pelos psicólogos nos serviços de saúde,
independentemente do tipo de população e da
queixa atendida, ou do tipo de serviço e do nível de
atenção em que o atendimento é realizado. Como
efeito, as práticas dos psicólogos no SUS acabam
por se apresentar pouco integradas (e implicadas)
com os demais processos de trabalho que
acontecem nos serviços, a exemplo da prática do
acolhimento, da construção de projetos terapêuticos,
da produção do cuidado, da realização de atividades
de sala de espera, do atendimento em grupo, das
visitas domiciliares, das oficinas terapêuticas,
do matriciamento das equipes e das ações de
fortalecimento comunitário e do controle social etc.
II. A supervalorização do caráter técnico e
especialista – que considera muito pouco o
trabalho interdisciplinar e em equipe e menos
ainda a necessidade de articulação com as redes
de serviços ou bases de apoio comunitário. Ou
seja, são práticas com pouca abertura para operar
ações compartilhadas de planejamento e gestão do
trabalho, seja no interior das equipes e do próprio
serviço, seja na esfera da gestão central, bem como
o desenvolvimento de ações intersetoriais com
outras políticas públicas ou equipamentos sociais
voltados para o fortalecimento das fragilidades e
potencialidades dos territórios.
III. Um permanente enfrentamento do modo
clássico de organização dos processos de trabalho,
um desabituar-se do entendimento tradicional e
cotidiano sobre o saber técnico que define suas
práticas e identidade profissional, habilidade para
inserir-se no trabalho em equipe e transitar por
conhecimentos interdisciplinares e habilidade para
contagiar e conquistar novos parceiros de luta
dentro e fora dos serviços, além de disposição para
circular nas comunidades e permitir-se encontrar
com o cotidiano das pessoas.