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ID
5164102
Banca
VUNESP
Órgão
TJM-SP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto, para responder à questão.


Diamantes no deserto


    Vales marcados pela intensa aridez parecem ter se tornado ambientes ideais para o florescimento de frutos típicos do século XXI: os produtos tecnológicos. O maior centro de inovação do planeta se encontra em uma região seca da Califórnia. Todos os anos, o Vale do Silício concentra 50 bilhões de dólares de investimentos de alto risco, usualmente destinados a startups – quase metade do montante movimentado dentro dos Estados Unidos –, além de 15% da produção de patentes desse país.

    A mais de 10 000 quilômetros de distância de lá, no Oriente Médio, o Deserto de Nevegue, em Israel, vê crescer, sobre seu solo abrasador, um complexo industrial que põe o território em disputa direta com a cidade chinesa de Shenzhen pelo posto de maior polo de inovação do mundo. No oásis tecnológico proliferam companhias de ponta, que se espalham ainda pela costa litorânea, nos arredores de Tel-Aviv, fazendo dessa pequeníssima nação, com menos de 10% da área do Estado de São Paulo e população pouco maior que a da cidade do Rio de Janeiro, um sinônimo de progresso.

    Como Israel transformou um deserto árido em centro de inovação mundial? Responde Ran Natanzon, especialista em vender tal faceta do país: “Trata-se de uma combinação dos seguintes fatores, todos igualmente essenciais: somos uma nação altamente militarizada; mantemos a indústria em ligação com as pesquisas acadêmicas; o governo atua para fomentar o setor; há operação ativa de fundos de investimentos e multinacionais; e existe uma proliferação de startups”.

    Todo israelense, homem ou mulher, é obrigado a servir no Exército ao completar 18 anos. O que não quer dizer, no entanto, que o contingente completo vá para a linha de frente. Há, por exemplo, uma unidade, a 8 200, integrante do Corpo de Inteligência das Forças de Defesa, cujos membros se dedicam a decifrar códigos de computador. “Essa tropa fornece veteranos hábeis em trabalhar com segurança de dados digitais e em outras áreas do mercado da tecnologia”, explicou o engenheiro israelense Lavy Shtokhamer, que chefia uma divisão que mescla agentes ligados ao governo e representantes de empresas parceiras, como a IBM, em ações contra ataques de hackers que têm como alvo Israel ou, como vem sendo mais frequente, sistemas de companhias privadas.

(Filipe Vilicic. Veja, 12.02.2020. Adaptado)

A sugestão contida no título da matéria Diamantes no deserto refere-se, no texto,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    Diamantes [Positivo] - inovação produtores de riqueza

    Deserto [Negativo] - territórios áridos

  • O gabarito correto é a letra D pessoal, o colega Renan colocou a resposta errada (não sei se proposital ou não, de qualquer forma o comentário dele está incorreto).

  • Comentário: Essa é uma questão que exigia do candidato apenas sua capacidade interpretativa e atenção na hora de fazer a leitura. Nesse sentido, o texto associado à indagação feita pela banca versa a respeito de uma tendência a serem instalados, em áreas áridas, grandes polos de inovação tecnológica. Para ilustrar tal fato, o autor apresenta os exemplos do Vale do Silício, situado em uma região seca da Califórnia, e de um complexo industrial alocado no Deserto de Neveque, em Israel. Nesse último caso, há também uma síntese dos fatores que possibilitam tal empreitada em território que, facilmente, pode ser considerado adverso à qualquer atividade humana.

    Levando tais pontos em consideração, podemos começar a analisar as opções. Assim, logo de início podemos destacar a alternativa A, já que o texto não trata da criação de centros de pesquisa em grandes centros urbanos. Pelo contrário, fala da construção de polos tecnológicos em regiões áridas. A letra B também não corresponde ao sugerido no título da matéria, já que áreas desérticas, como Neveque, não possuem condição territorial de fácil acesso.

    Partindo para a letra C, não podemos considerá-la, haja vista o fato de que, em nenhum ponto do texto, há menção ao empobrecimento de nações que possuem áreas desérticas. Pelo contrário, o texto fala justamente de grandes centros de inovação situados nessas áreas. Além do mais, referir-se a empobrecimento de nações por meio do termo diamantes no deserto já é algo incoerente.

    A letra E tampouco está correta, pois a própria sugestão do título no substantivo diamantes, que representa riqueza, não encontra compatibilidade com o insucesso de iniciativas que ignoram o potencial econômico de áreas áridas.

     Resta, portanto, a letra D, que está correta, já que a sugestão contida no título faz claramente uma menção aos centros de inovação produtores de riqueza (ou seja, os diamantes, símbolo de riqueza) localizados em territórios áridos (os desertos).

    Gabarito do professor: Letra D.

  • à relação entre territórios áridos e centros de inovação produtores de riqueza.

  • gab- D

    à relação entre territórios áridos e centros de inovação produtores de riqueza.