SóProvas


ID
516760
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2008
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A Peste Negra dizimou boa parte da população européia, com efeitos sobre o crescimento das cidades O conhecimento médico da época não foi suficiente para conter a epidemia. Na cidade de Siena, Agnolo di Tura escreveu: “As pessoas morriam às centenas, de dia e de noite, e todas eram jogadas em fossas cobertas com terra e, assim que essas fossas ficavam cheias, cavavam-se mais. E eu enterrei meus cinco filhos com minhas próprias mãos (...) E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo.”

Agnolo di Tura. The Plague in Siena: An Italian Chronicle. In: William M. Bowsky. Th Black Death: a turning point in history? New York: HRW, 1971 (com adaptações

O testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente da Peste Negra, que assolou a Europa durante parte do século XIV, sugere que

Alternativas
Comentários
  • As opções  B  C e D apresentam noções incorretas ( morreram muitos, a queda demográfica foi posterior e o conhecimento médico era insuficiente e não disseminado pela Igreja ) mas as opções A e  E apresentam noções que podem parecer corretas acerca da Peste Negra que assolou vários países europeus durante todo o século XIV, havendo  ainda focos da doença até o século XVI. Aliás, a peste só foi erradicada quando houve a conscientização de que não era um flagelo de Deus e sim uma questão de higiene, sendo necessária a desratização das cidades e o cuidado com a limpeza, pública e privada.
                    Pode ser entendida  como um documento histórico a Lena do Flautista de Hamelin, do século XIV, que narra como um flautista mágico livrou a  cidade de Hamelin ( próxima a Hanover, na atual Alemanha) do flagelo dos ratos , tocando uma música encantada em sua flauta e afogando todos os ratos no rio Weser, próximo à cidade.
                    No entanto, a opção que apresenta relação com o trecho transcrito é a opção A.   Atenção à ultima frase do trecho : “morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo.”
  • O final da Idade Média e início da Modernidade foi um período de mudanças que marcaram e assolaram a população europeia. Uma delas foi a chamada peste negra, que associada à decadência das estruturas feudais estreitamente ligadas à ideia de Cristandade, como os medievais se autodenominavam, indicavam o final dos tempos. A questão é em si relativamente fácil, dado que para responder é necessário uma leitura atenta do texto e a percepção de como a peste e mudanças ocorridas no séc. XIV indicavam para o homem quatrocentista o fim do mundo, pelo menos do mundo tal qual ele o conhecia.
     
    Assim, podemos dizer que
     
    A alternativa (a) está correta, dado que concorda com o texto e com nossa explicação acima.
     
    A alternativa (b) está errada, pois nada no texto indica isso e sabemos que o medo do fim abarca a todos, religiosos e seculares.
     
    A alternativa (c) está errada simplesmente porque descorda em absoluto com o texto citado na questão.
     
    A alternativa (d) está errada, pois a queda populacional na Europa aconteceu devido à peste e não há nada no texto que indique uma queda populacional tão devastadora anterior à peste, pelo contrário.
     
    A alternativa (e) está errada devido ao próprio texto no qual o autor diz ter enterrado seus filhos, que fossas eram cavadas e cobertas de terra e quando necessário, mais covas eram feitas. 
  • Questão de pura interpretação."E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo". Letra A

    Relatos bíblicos indicam que, desde a antigüidade, o Oriente Médio já sofria com essa doença mortal, cujo nome vem das bolhas escuras que faz surgir na pele. O célebre surto medieval da peste negra teria começado na China, em 1333, chegando à Europa em 1347. Alguns historiadores acreditam que o mal – causado pela bactéria Yersinia pestis e transmitido pelas pulgas dos ratos – pode ter penetrado no continente europeu por meio de uma verdadeira ação de guerra bacteriológica. Segundo eles, soldados turcos usaram catapultas para lançar cadáveres infectados dentro de um entreposto comercial genovês na Criméia (hoje parte da Ucrânia). Outra versão afirma que a doença desembarcou acidentalmente, com ratos vindos em navios procedentes da Turquia. O fato é que a doença logo se espalhou, a partir dos portos do Mar Mediterrâneo.

    “Em 1351, a peste já tinha varrido toda a Europa e estima-se que tenha matado, em apenas quatro anos, cerca de 25 milhões de pessoas – o equivalente a quase um terço da população européia na época”, diz a historiadora Vera Machline, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Ela afirma ainda que ondas sucessivas de peste negra continuaram atingindo a Europa de tempos em tempos, até o século XVIII. Mesmo nos dias de hoje, ocorrem casos isolados de peste no Nordeste brasileiro, e em regiões da Índia e da África. Combatida, porém, com antibióticos, ela quase não mata mais.

    Fonte: super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-foi-a-peste-negra-e-quanta-gente-ela-matou/

  • GABARITO - A

    Mostra que os moradores tinham tanto que sentiam o fim dos tempos bem próximo, também pelo grande número de mortos dentro dessa epidemia na Europa. O autor até mesmo cita no texto: "E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo.”

    CAVEIRA!

  • A resposta está na interpretação do texto

    [...] E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo

    Letra A

    APMBB