SóProvas



Questões de O Método dos Modernos: Causalidade, Indução, Evidências


ID
516730
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2008
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Os signos visuais, como meios de comunicação, são classificados em categorias de acordo com seus significados. A categoria denominada indício corresponde aos signos visuais que têm origem em formas ou situações naturais ou casuais, as quais, devido à ocorrência em circunstâncias idênticas, muitas vezes repetidas, indicam algo e adquirem significado. Por exemplo, nuvens negras indicam tempestade.

Com base nesse conceito, escolha a opção que representa um signo da categoria dos indícios.

Alternativas
Comentários
  • Lembremos aqui o célebre estudo de Pierce sobre a estrutura da linguagem: a) semântica; b) sintaxe; c) pragmática – é a chamada semiótica em filosofia da linguagem. Os signos estariam na semântica, no seu “indicar” os objetos. A sintaxe se compõe pela relação entre os signos entre si e a pragmática é o uso – assim, segundo o texto acima, o sentido de um símbolo se dá através da pragmática, do uso e não de modo isolado na semântica e na sintaxe. Assim, podemos dizer que
     
    A alternativa (a) está errada, porque não indica indícios, quer pela semântica e menos ainda pelo uso na pragmática.
     
    A alternativa (b) está correta, pois ao vermos uma pegada, transmite-nos a ideia de que alguém passou por ali. Aprendemos isso no uso, na pragmática. Se fosse somente pela semântica, seria apenas a marcar de um pé, se fosse pela sintaxe, apenas a relação entre solo arenoso e marcas de pés – mas é a pragmática, o uso, que nos leva a creditar o sentido de “alguém passou”  a uma pegada na areia.
     
    A alternativa (c) está errada, pois é um signo semântico, símbolo nacional. O sentido está nele mesmo.
     
    A alternativa (d) está errada, todavia poderia confundir o candidato ao pensar que seria indícios de que o homem pratica esportes. Em caso de dúvidas como essa, vale a pena eleger a alternativa mais óbvia e nunca ir além do enunciado da questão.
     
    A alternativa (e) está errada,  pois não é um indício propriamente dito, mas algo já posto, no caso, um vaso de plantas sobre a mesa. Há aqui uma relação semântica (vaso de plantas) e uma sintática (sobre a mesa).
     
  • pra mim a pomba branca indica paz...

  • professor>>>>>>

    Lembremos aqui o célebre estudo de Pierce sobre a estrutura da linguagem: a) semântica; b) sintaxe; c) pragmática – é a chamada semiótica em filosofia da linguagem. Os signos estariam na semântica, no seu “indicar” os objetos. A sintaxe se compõe pela relação entre os signos entre si e a pragmática é o uso – assim, segundo o texto acima, o sentido de um símbolo se dá através da pragmática, do uso e não de modo isolado na semântica e na sintaxe. Assim, podemos dizer que

     

    A alternativa (a) está errada, porque não indica indícios, quer pela semântica e menos ainda pelo uso na pragmática.

     

    A alternativa (b) está correta, pois ao vermos uma pegada, transmite-nos a ideia de que alguém passou por ali. Aprendemos isso no uso, na pragmática. Se fosse somente pela semântica, seria apenas a marcar de um pé, se fosse pela sintaxe, apenas a relação entre solo arenoso e marcas de pés – mas é a pragmática, o uso, que nos leva a creditar o sentido de “alguém passou” a uma pegada na areia.

     

    A alternativa (c) está errada, pois é um signo semântico, símbolo nacional. O sentido está nele mesmo.

     

    A alternativa (d) está errada, todavia poderia confundir o candidato ao pensar que seria indícios de que o homem pratica esportes. Em caso de dúvidas como essa, vale a pena eleger a alternativa mais óbvia e nunca ir além do enunciado da questão.

     

    A alternativa (e) está errada, pois não é um indício propriamente dito, mas algo já posto, no caso, um vaso de plantas sobre a mesa. Há aqui uma relação semântica (vaso de plantas) e uma sintática (sobre a mesa).

  • A pomba branca indica paz sim, mas ela não se encaixa em "origem em formas ou situações naturais ou casuais, as quais, devido à ocorrência em circunstâncias idênticas, muitas vezes repetidas, indicam algo e adquirem significado "

    A pomba indica paz, de fato de termos criado esse significado para ela. Logo, não é um indício construído ao acaso, sem querer, com repetições...

  • A (A) não é uma pomba branca. Você associou a imagem a uma pomba branca devido ao fenômeno da pareidolia, que é a capacidade de o homem atribuir padrões a estímulos visuais difusos. Da mesma forma que você viu uma pomba branca, outra pessoa pode ver um trevo, ou um coqueiro, ou uma peça de quebra-cabeça. Diz mais sobre a sua formação cultural que a imagem em si. Mesmo que fosse uma pomba branca, a associação pomba branca e paz não é automática; é uma informação cultural. Para um aborígene australiano, por exemplo, pomba branca pode não ser paz.

    Por sua vez, a (B) é inconfundivelmente uma pegada. É um indício porque estabelece a seguinte relação causal universal: se há ali uma pegada, alguém passou por ali.


ID
516760
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2008
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A Peste Negra dizimou boa parte da população européia, com efeitos sobre o crescimento das cidades O conhecimento médico da época não foi suficiente para conter a epidemia. Na cidade de Siena, Agnolo di Tura escreveu: “As pessoas morriam às centenas, de dia e de noite, e todas eram jogadas em fossas cobertas com terra e, assim que essas fossas ficavam cheias, cavavam-se mais. E eu enterrei meus cinco filhos com minhas próprias mãos (...) E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo.”

Agnolo di Tura. The Plague in Siena: An Italian Chronicle. In: William M. Bowsky. Th Black Death: a turning point in history? New York: HRW, 1971 (com adaptações

O testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente da Peste Negra, que assolou a Europa durante parte do século XIV, sugere que

Alternativas
Comentários
  • As opções  B  C e D apresentam noções incorretas ( morreram muitos, a queda demográfica foi posterior e o conhecimento médico era insuficiente e não disseminado pela Igreja ) mas as opções A e  E apresentam noções que podem parecer corretas acerca da Peste Negra que assolou vários países europeus durante todo o século XIV, havendo  ainda focos da doença até o século XVI. Aliás, a peste só foi erradicada quando houve a conscientização de que não era um flagelo de Deus e sim uma questão de higiene, sendo necessária a desratização das cidades e o cuidado com a limpeza, pública e privada.
                    Pode ser entendida  como um documento histórico a Lena do Flautista de Hamelin, do século XIV, que narra como um flautista mágico livrou a  cidade de Hamelin ( próxima a Hanover, na atual Alemanha) do flagelo dos ratos , tocando uma música encantada em sua flauta e afogando todos os ratos no rio Weser, próximo à cidade.
                    No entanto, a opção que apresenta relação com o trecho transcrito é a opção A.   Atenção à ultima frase do trecho : “morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo.”
  • O final da Idade Média e início da Modernidade foi um período de mudanças que marcaram e assolaram a população europeia. Uma delas foi a chamada peste negra, que associada à decadência das estruturas feudais estreitamente ligadas à ideia de Cristandade, como os medievais se autodenominavam, indicavam o final dos tempos. A questão é em si relativamente fácil, dado que para responder é necessário uma leitura atenta do texto e a percepção de como a peste e mudanças ocorridas no séc. XIV indicavam para o homem quatrocentista o fim do mundo, pelo menos do mundo tal qual ele o conhecia.
     
    Assim, podemos dizer que
     
    A alternativa (a) está correta, dado que concorda com o texto e com nossa explicação acima.
     
    A alternativa (b) está errada, pois nada no texto indica isso e sabemos que o medo do fim abarca a todos, religiosos e seculares.
     
    A alternativa (c) está errada simplesmente porque descorda em absoluto com o texto citado na questão.
     
    A alternativa (d) está errada, pois a queda populacional na Europa aconteceu devido à peste e não há nada no texto que indique uma queda populacional tão devastadora anterior à peste, pelo contrário.
     
    A alternativa (e) está errada devido ao próprio texto no qual o autor diz ter enterrado seus filhos, que fossas eram cavadas e cobertas de terra e quando necessário, mais covas eram feitas. 
  • Questão de pura interpretação."E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo". Letra A

    Relatos bíblicos indicam que, desde a antigüidade, o Oriente Médio já sofria com essa doença mortal, cujo nome vem das bolhas escuras que faz surgir na pele. O célebre surto medieval da peste negra teria começado na China, em 1333, chegando à Europa em 1347. Alguns historiadores acreditam que o mal – causado pela bactéria Yersinia pestis e transmitido pelas pulgas dos ratos – pode ter penetrado no continente europeu por meio de uma verdadeira ação de guerra bacteriológica. Segundo eles, soldados turcos usaram catapultas para lançar cadáveres infectados dentro de um entreposto comercial genovês na Criméia (hoje parte da Ucrânia). Outra versão afirma que a doença desembarcou acidentalmente, com ratos vindos em navios procedentes da Turquia. O fato é que a doença logo se espalhou, a partir dos portos do Mar Mediterrâneo.

    “Em 1351, a peste já tinha varrido toda a Europa e estima-se que tenha matado, em apenas quatro anos, cerca de 25 milhões de pessoas – o equivalente a quase um terço da população européia na época”, diz a historiadora Vera Machline, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Ela afirma ainda que ondas sucessivas de peste negra continuaram atingindo a Europa de tempos em tempos, até o século XVIII. Mesmo nos dias de hoje, ocorrem casos isolados de peste no Nordeste brasileiro, e em regiões da Índia e da África. Combatida, porém, com antibióticos, ela quase não mata mais.

    Fonte: super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-foi-a-peste-negra-e-quanta-gente-ela-matou/

  • GABARITO - A

    Mostra que os moradores tinham tanto que sentiam o fim dos tempos bem próximo, também pelo grande número de mortos dentro dessa epidemia na Europa. O autor até mesmo cita no texto: "E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo.”

    CAVEIRA!

  • A resposta está na interpretação do texto

    [...] E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo

    Letra A

    APMBB


ID
899644
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Acompanhando a intenção da burguesia renascentista de ampliar seu domínio sobre a natureza e sobre o espaço geográfico, através da pesquisa científica e da invenção tecnológica, os cientistas também iriam se atirar nessa aventura, tentando conquistar a forma, o movimento, o espaço, a luz, a cor e mesmo a expressão e o sentimento.
SEVCENKO, N. O Renascimento. Campinas: Unicamp, 1984.

O texto apresenta um espírito de época que afetou também a produção artística, marcada pela constante relação entre

Alternativas
Comentários
  • Uma das característica do Renascimento foi a conhecida  “volta aos valores greco-romanos” , sobretudo no que concerne à arte e à arquitetura. Isso se dá tanto pela idealização de novos modelos da antiguidade,  obras escritas ou esculpidas, como por um sentimento de nostalgia. Esse sentimento de retorno leva o jovem cientista do Renascimento a ver a si mesmo, ainda que inconsciente para muitos, como um mago – aquele que domina os saberes ocultos e desvelados, aquele que sabe a arte e seus símbolos, cura, interpreta, explica, é um líder. Nesse sentido e nessa compreensão sobre o espírito filosófico da época, chamada pelos alemães de Neuzeit, Novo Tempo, em que o sábio engloba tanto a figura do artista como a do cientista numa só pessoa. Assim, podemos dizer que
    A alternativa (a) está errada, pois estaria ligado somente ao caráter oculto da magia, da ciência, da arte, etc.
    A alternativa (b) está correta, dado que na figura do mago se encontra o artista e o cientista (e ainda outras).
    A alternativa (c) está errada, devido ao que sabemos sobre o ideal artístico dos renascentistas: o ideal da forma. Não necessariamente o retrato de coisas quotidianas.
    A alternativa (d) está errada porque o conhecimento dessas áreas encarna somente elementos particulares da figura do mago.
    A alternativa (e) está errada por o astrônomo ser um cientista, mas no Renascimento as relações entre conhecimento científico e conhecimento ou crença religiosa ainda estão deveras interligados. 
  • No Renascimento houve uma alteração na sensibilidade artística e uma valorização do racionalismo, do humanismo, da cultura clássica e, sobretudo, da ciência. Em suas obras os artistas passaram a produzir suas pinturas e esculturas baseadas na observação do mundo visível se valendo de técnicas, princípios matemáticos e racionais como proporção, equilíbrio, harmonia e perspectiva, além da utilização de novos temas como a natureza e o corpo humano.

  • Renascimento = CARINHO

    Cientificismo:  busca explicação através da ciência.

    Antropocentrismo: valorização do homem.

    Racionalismo: uso da razão em tudo.

    Individualismo: o homem vê, critica e modifica o mundo ao seu redor.

    Naturalismo: natureza fonte de pesquisa e inspiração.

    Humanismo: resgate dos valores da Antiguidade clássica grego-romana.

    Otimismo: não são mais os antigos pessimistas.

  • Só lembrando que, no Renascimento, o patrocínio artístico era chamado de Mecenato, que é o investimento nas ciências,artes, literaturas etc. Só pra saber mesmo, pois quando cair esse termo no Enem você já fica safo e mata a questão sem quebrar a cabeça

  • Letra B

    No renascimento houve uma alteração na sensibilidade artística e uma valorização do racionalismo, do humanismo, da cultura clássica, e sobretudo, da ciência. Nas obras os artistas passaram a produzir suas pinturas e esculturas baseadas na observação do mundo visível se valendo de técnicas, princípios matemáticos e racionais como proporção, equilíbrio, harmonia e perspectiva, além da utilização de novos temas como a natureza e o corpo humano.