SóProvas


ID
5172523
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Xinguara - PA
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 


Ascensão social
Por Élcio Batista, em 22/05/2019

   Vivemos em sociedades em que os indivíduos se distinguem e se tornam desiguais pela quantidade dos capitais simbólicos – social, cultural e intelectual (S.C.I). – acumulados ao longo da vida. O mercado de trabalho é um "mercado de capitais", onde se medem, se vendem e se compram determinadas quantidades de habilidades e capacidades. O capital econômico é consequência deste processo de acúmulo e troca.
   Numa sociedade ideal, os indivíduos teriam oportunidades iguais para adquirirem os capitais (S.C.I.). Na prática, há fatores "decisivos" que impedem alcançar a igualdade de condições entre os indivíduos. A família é o primeiro deles. A escola, o segundo. O território, o terceiro.
   Dependendo da sociedade, parte-se em menor ou maior desvantagem. Os escandinavos se estruturaram para equilibrar a competição. Os brasileiros se especializaram no desequilíbrio. No primeiro caso, a mobilidade social é favorecida. No segundo, ela é reduzida e os processos de exclusão bloqueiam o acesso aos capitais simbólicos capazes de romper com os ciclos históricos que reproduzem as posições e disposições desvalorizadas.
   Uma das principais dificuldades dos pobres está na aquisição de capital social. Suas redes são fracas, pequenas e homogêneas. O cotidiano numa rede de pessoas em situação social muito semelhante afasta a ampliação dos capitais. A interação com pessoas de ciclos sociais, culturais e econômicos diferentes é fundamental para conectar indivíduos e oportunidades. O desencontro cria um ciclo vicioso.
   A ascensão social é uma aspiração fundamental na vida dos indivíduos. Numa sociedade livre e democrática, deve estar no centro de todo e qualquer projeto de desenvolvimento sustentável. O bom estímulo – material, financeiro ou simbólico – é aquele que produz dinamismo. Numa sociedade estagnada, os indivíduos não aspiram, sonham ou projetam. Não se cria riqueza. A sociedade brasileira estagnou! Como fugir da armadilha que nos impomos? Desenhando um modelo que enfrente os determinantes (família, escola e território) que imobilizam a sociedade. Construir o futuro investindo nas famílias mais pobres, numa educação de excepcional qualidade, em ciência, tecnologia, inovação e na infraestrutura social, cultural e econômica dos territórios para conectar indivíduos e mercados. 

Disponível em https://www.opovo.com.br/jornal/opiniao/2019/05/21/ascensaosocial.html. Acesso em 01/07/2020.

Na oração “Como fugir da armadilha que nos impomos?”, o pronome oblíquo ocupa qual posição, de acordo com as regras de colocação pronominal?

Alternativas
Comentários
  • Pronome Relativo: Pode ser substituído por o qual/os quais

    Conjunção integrante: Pode ser substituído por Isso/Isto

  • C) Proclítica, devido à presença da conjunção integrante “que” que o atrai

    D) Proclítica, devido à presença do pronome relativo “que” que o atrai para antes do verbo.

  • GABARITO - D

    O pronome relativo é fator atrativo de próclise.

    outros fatores atrativos:

    1 – Advérbios;

    Ex.: Agora se negam a depor.

    2 – Palavras negativas;

    Ex.: Não lhe enviei o relatório, nem o orientei devidamente.

    3 – Pronomes relativos;

    Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam desaparecidas.

    4 – Pronomes demonstrativos;

    Ex.: Isso me diz respeito.

    5 – Pronomes indefinidos;

    Ex.: Poucos lhe deram a oportunidade.

    6 – Conjunções subordinativas;

    Ex.: Quando me vi sozinho, chorei.

    7 – Verbos no infinitivo sempre admitem o uso da ênclise.

    Ex.: Não importar-se com o que ocorra.

    8 – Verbos no particípio e no futuro jamais admitem o uso da ênclise.

    Ex.: Ninguém deve ter se lembrado desses mecanismos.

    Ex.: Tratar-me-ei.

    9 – A expressão “em + verbo no gerúndio” exige a próclise.

    Ex.: Em se tratando desse assunto, Lucas é especialista.

    10 – Frases exclamativas, interrogativas e optativas (frases que exprimem desejo) exigem a próclise.

    Ex.: Como te julgaram!

  • “Como fugir da armadilha que nos impomos?”

    1 - Colocação pronominal: é a posição do pronome perante o verbo.

    Podendo ser:

    • Próclise: é a colocação pronominal antes do verbo, ocorre devido aos fatores atrativos.
    • Mesóclise: é a colocação pronominal no meio do verbo.
    • Ênclise: é a colocação pronominal após o verbo.

    O pronome oblíquo "nos" ocupa a posição proclítica. Logo, eliminam-se duas alternativas.

    2 - Pronome relativo QUE versus Conjunção integrante QUE

    Aproveitando a resposta da Luana Ventura:

    • Pronome Relativo: Pode ser substituído por o(a) qual/os(as) quais - o "que" inicia oração subordinada adjetiva
    • Conjunção integrante: Pode ser substituído por isso/isto - o "que" inicia oração subordinada substantiva

    "Como fugir da armadilha que nos impomos?" = Como fugir da armadilha a qual nos impomos?

    [Oração principal ] [Oração subord. adjetiva restritiva]

    A alternativa D é a correta.

    Exemplo do QUE como conjunção integrante:

    É preciso que fujamos dessas armadilhas. = É preciso isso.

    [Or. principal] [Or. subord. substantiva subjetiva]

  • Gabarito Letra D

    Pra cima da gente concurseiro não banca...

    Pronome relativo troca o que por " o qual, a qual, os quais, as quais.."

    Conjunção que troca por isso...

    vamos pra cima

  • Não é a conjunção integrante que atrai e sim a conjunção subordinativa.