SóProvas


ID
5177506
Banca
AGIRH
Órgão
Prefeitura de São José do Barreiro - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia atentamente o poema a seguir, de Manoel de Barros, escritor brasileiro, para responder à questão. 


O apanhador de desperdícios

    Uso a palavra para compor meus silêncios.     

    Não gosto das palavras

    fatigadas de informar.     

    Dou mais respeito

    

    às que vivem de barriga no chão

    tipo água pedra sapo.

    Entendo bem o sotaque das águas

    Dou respeito às coisas desimportantes

    e aos seres desimportantes.


     Prezo insetos mais que aviões.     

     Prezo a velocidade     

     das tartarugas mais que a dos mísseis.     

     Tenho em mim um atraso de nascença.

      Eu fui aparelhado


     para gostar de passarinhos.

    Tenho abundância de ser feliz por isso.

     Meu quintal é maior do que o mundo.

     Sou um apanhador de desperdícios:

     Amo os restos

    

     como as boas moscas.

     Queria que a minha voz tivesse um formato

     de canto.

     Porque eu não sou da informática:

     eu sou da invencionática.

     Só uso a palavra para compor meus silêncios. 

        

     MANOEL DE BARROS. Disponível em: Http://www.revistabula.com/2680-os-10-melhores-poemas-de-manoel-de-barros/. Acesso em: 10 dez. 2017

A figura de linguagem presentes nos versos “Dou mais respeito/ às que vivem de barriga no chão” (versos 4 e 5) é:

Alternativas
Comentários
  • Alguém explica.

  • Não entendi
  • ???????????

  • GAB ta errada, oq tem a ver essa questao com prosopopeia ??, ta atribuindo vida a que ser ai?

  • letra c - prosopopeia porque quem vive é ser humano e não palavras.

  • Se pegarmos apenas o que pede o enunciado fica difícil de entender o gabarito. No entanto, lendo o texto que serve de base à questão dá pra entender que se trata de uma prosopopeia. Vejamos:

    "Uso a palavra para compor meus silêncios. Não gosto das palavras fatigadas de informar. Dou mais respeito às (palavras) que vivem de barriga no chão..."

    O autor atribui uma característica humana (viver) a algo não humano (palavras).