SóProvas


ID
5189134
Banca
FEPESE
Órgão
SES-SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto.

O trabalho e a saúde mental


O carpinteiro imagina um móvel, faz o desenho com as medidas, corta madeira, dá a ela a forma que imaginou e depois monta, enverniza e lustra o móvel que construiu. Admira a obra que realizou com seu trabalho criativo. Ele tem um resultado que lhe dá satisfação, mesmo que não lhe dê muitos milhões em dinheiro por mês. Já o cobrador de ônibus fica o dia todo sentado, não fala com ninguém, mal olha para as pessoas, apenas recebe o dinheiro e dá o troco durante 8 horas por dia. No fim, está deprimido e cansado de fazer esse trabalho repetitivo e monótono. Nem muitos milhões em dinheiro seriam suficientes para pagar trabalho tão ingrato.


Um operário da linha de montagem de televisores põe uma pecinha em um aparelho que imediatamente é transportado pela esteira de montagem para outro operário, que coloca outra pecinha, e assim por diante. E um dia passa: um aparelho, uma pecinha, outro aparelho, outra pecinha, mês após mês, ano após ano.


Assim trabalham hoje milhões de pessoas em todo o mundo: sem gosto, sem alegria, sem prazer. Por isso, não é exagero dizer que o mundo moderno, com sua tecnologia, tirou da maioria dos seres humanos algo de que eles precisam e gostam: o trabalho criativo, que dá prazer.


Quem faz o que gosta enquanto trabalha sente pouco a diferença entre trabalho e lazer. Nesse caso, o trabalho faz bem à saúde.


Quem faz o que detesta fica o tempo todo olhando o relógio e o tempo não passa; espera com ansiedade o último dia de trabalho da semana e fica irritado quando a volta ao trabalho se aproxima; sonha com as férias e, mais do que tudo, sonha ganhar na loteria para fazer só o que gosta. Com tanto sofrimento, trabalhar acaba fazendo mal para a saúde.


O sonho da maioria dos jovens é encontrar um trabalho que dê muito dinheiro, mas isso não é suficiente. O trabalho deve dar prazer. Trabalhos feitos contra a vontade causam desânimo, falta de confiança em si próprio, tédio, tristeza. Esse estado de espírito negativo acaba criando doenças e perder a saúde não vale a pena por nenhum dinheiro do mundo.


Rosicler Martins Rodrigues

Vida e Saúde. São Paulo: Moderna.

Assinale a frase correta quanto à concordância.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: (B) → Naquele hospital, já faz cinco anos que não contratam enfermeiros.

    CORRETO. Presença do verbo "fazer", significando tempo transcorrido. É um verbo impessoal e deve permanecer no singular.

    Ex.: Faz 03 meses que não a vejo. Faz 10 minutos que saímos.

    ___

    (A) Ela mesmo fez o procedimento necessário.

    ERRADO. O "mesmo", nessa construção, serve como pronome de reforço e concorda com o sujeito.

    Correto: Ela mesma fez o procedimento necessário

    ___

    (B) Gabarito

    ___

    (C) Na enfermaria, haviam pacientes em estado grave.

    ERRADO. Presença do verbo "haver", com sentido de existir. É um verbo impessoal, e deve ficar no singular

    Correto: Na enfermaria, havia pacientes em estado grave

    ___

    (D) Naquele posto de saúde, precisam-se de mais enfermeiros.

    ERRADO. Presença do pronome "se" atuando como índice de indeterminação do sujeito, eis que ligado a um verbo transitivo indireto. Quando funciona como índice de indeterminação no sujeito, o verbo fica na 3ª pessoa do singular

    Correto: Naquele posto de saúde, precisa-se de mais enfermeiros.

    ___

    (E) Pode existir outras propostas para a melhoria deste ambiente.

    ERRADO. A locução verbal pode existir deve concordar com o sujeito "outras propostas", flexionando-se para o plural

    Correto: Podem existir outras propostas para a melhoria deste ambiente.

  • Sem entrar em pormenores, a concordância verbal diz respeito à correta flexão do verbo (em número e pessoa) a fim de concordar com o sujeito. Esporadicamente, no entanto, foge-se à regra geral e faz-se a concordância de modo distinto: em determinados casos, concorda-se com o predicativo (p.ex.: são cinco de outubro). Por seu turno, concordância nominal se refere à adequada flexão dos adjuntos adnominais em relação ao substantivo ou pronome em matéria de gênero (masculino e feminino) e/ou número (plural e singular). 

    a) Ela mesmo fez o procedimento necessário.

    Incorreto. O adjetivo "mesmo" deve flexionar-se a fim de concordar com o pronome "ela". Correção: "Ela mesma fez (...)";

    b) Naquele hospital, já faz cinco anos que não contratam enfermeiros.

    Correto. Note o verbo "fazer" que, indicando tempo transcorrido, não se flexiona no plural;

    c) Na enfermaria, haviam pacientes em estado grave.

    Incorreto. O verbo "haver", no sentido de existência, não se flexiona no plural. Correção: "Na enfermaria, havia pacientes em estado grave";

    d) Naquele posto de saúde, precisam-se de mais enfermeiros.

    Incorreto. As estruturas "precisa-se de", "necessita-se de", "trata-se de" e afins nunca têm o verbo flexionado na terceira pessoa do plural, porque a partícula "se" acoplada a tais verbos é índice de indeterminação do sujeito;

    e) Pode existir outras propostas para a melhoria deste ambiente.

    Incorreto. O verbo "poder", auxiliar na locução verbal, deve flexionar-se na terceira pessoa do plural a fim de concordar com o núcleo "propostas". Correção: "Podem existir outras propostas (...)".

    Letra B

  • Naquele hospital, já faz cinco anos que não contratam enfermeiros.