SóProvas


ID
5195140
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Taquaritinga do Norte - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

NÃO EXISTE RELACIONAMENTO PERFEITO, EXISTE RELACIONAMENTO POSSÍVEL!

    Quando se fala em relacionamento a maior dificuldade não é lidar com o outro. Nossa maior dificuldade é lidar com a nossa mente, ou seja, com as expectativas e os sonhos que ela tem. É por isso que o terapeuta e espiritualista Luiz Gasparetto diz que não existe relacionamento ideal, existe relacionamento possível.
    Temos uma ideia muito distorcida de uma relação perfeita, porque nosso conceito de perfeição é uma cópia do que vemos nos filmes e livros. A partir deles fazemos um script da relação, de como ela deve ser, como o parceiro deve nos tratar, que falas ele deve dizer, quando deve dizer, como deve dizer. Fazemos uma peça perfeita em nossa mente, uma história de vários atos, com começo meio e fim, permeado de flores, promessas, presentes, casamento, casa, filhos e uma velhice tranquila ao lado do parceiro, com uma morte de preferência em conjunto e de mãos dadas. Fazemos todo um teatro com nossa imaginação e exigimos isso do outro. Assumimos um papel na relação e deixamos de ser naturais para nos tornarmos o personagem que aprendemos que devemos ser dentro de um relacionamento. Mas, quando os improvisos da vida fazem algum dos dois sair do roteiro nós fechamos as cortinas. Esperneamos, gritamos, choramos, nos decepcionamos porque as coisas não foram como “imaginávamos” e o espetáculo da relação acabou sem aplausos. Essa decepção tão constante em nossas relações vem do choque entre o imaginado e o verdadeiro.
    E por que imaginamos tanto?
    Porque temos um sério problema de não assumirmos nossas necessidades emocionais e acabamos as projetando nos outros. Então não vemos a pessoa como ela é, a vemos como nós queríamos que ela fosse. O resultado disso é que queremos criar pessoas artificiais, apagando a sua verdadeira personalidade, para ter alguém que na verdade não existe. Neste jogo o natural é sempre mais forte e uma hora ou outra ele acaba aparecendo. E os problemas surgem pelo simples fato de que nenhuma pessoa real vai poder competir com o ideal de parceiro que você faz na cabeça. É uma batalha perdida. Afinal, ninguém tem a capacidade para adivinhar o que o outro imagina, ou pra ser o que não é.
    Quando compreendemos que todas as pessoas têm suas limitações, que cada um tem uma personalidade própria e o direito de se manifestar como é, abrimos nosso coração para a oportunidade de viver um amor verdadeiro. Neste ponto ficamos diante de uma pessoa que realmente existe, e que na sua naturalidade, sem estar coberta por um monte de exigências, pode nos surpreender com seu jeito espontâneo de ser todos os dias. Talvez você nunca venha a viver o que imaginou, mas viverá algo muito melhor, dentro da solidez que a realidade traz.
    Viver um relacionamento real exige amadurecimento, força interior, estabilidade emocional e acima de tudo amor. É a ternura de olhar o outro como ele é, de amar quem está na sua frente e não na sua cabeça, é a compaixão de aceitar suas limitações, porque temos limitações também, e é um ato de coragem, de mesmo sabendo de seus pontos fracos e dos desafios de um relacionamento, aceitar dar as mãos e caminhar juntos nesta jornada de aprendizagens.
    Os relacionamentos existem pra isso. Para aprender. Não aprender necessariamente a lidar com o outro, mas sim conosco. Pois um relacionamento nos dá um espelho de nossas emoções íntimas. Aceitar se relacionar é aceitar se encarar: encarar nossos sonhos, expectativas, nossa paciência, bondade, aceitação, compaixão, ternura, fé, confiança, e acima de tudo, nossa capacidade de amar.

(https://osegredo.com.br/nao-existe-relacionamento-perfeito-existerelacionamento-possivel/ Adaptado. Acesso em 20/10/019)

Considerando o processo de formação de palavras, analise os enunciados a seguir e indique a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

  • alguém explica?

  • Eu também não entendi...

  • "Falas" no texto é um substantivo que deriva do verbo "falar". Olha só o conceito:

    derivação regressiva acontece quando há um processo de redução na palavra primitiva. Geralmente, são os substantivos que derivam de verbos na forma infinitiva, ou seja, através da eliminação da desinência verbal – terminações dos verbos após conjugação – e adição das vogais temáticas nominais –a, –o ou –e ao radical verbal. 

    https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/derivacao-regressiva

  • Mas "falas" não apresenta redução em relação ao verbo "falar". Então o correto seria "fala" (substantivo abstrato que derivado de uma ação) sem o "s". Não é?

  • O ''falas'' é regressivo, pois esse ''S'' presente na palavra é apenas uma desinência de número. A palavras ''falas'' continua sendo um substantivo abstrato, com ou sem o ''S'', já que esse simboliza apenas usa flexão

    BRASIL !!!

  • Na derivação regressiva há um processo de redução de letra na palavra primitiva. Geralmente, são os substantivos que derivam de verbos: Falar: a fala. A pegadinha foi que colocaram s, ainda bem que eu cai agora.

  • Derivação regressiva - ocorre a redução da palavra primitiva para a formação da palavra derivada.

    A forma mais comum de derivação regressiva é a formação de substantivos a partir de verbos, pela supressão do -r final dos verbos.

    Fala ( do verbo falar)

    Referência: normaculta.com.br

    GAB D

  • ✅ Gabarito D

    Derivação Regressiva

    Forma-se um substantivo abstrato, a partir de um verbo:

    》》 Falar - a fala

    》》 Pescar - a pesca

    》》 Combater - o combate

    Há redução, pois o verbo perde a vogal temática + a desinência de infinitivo (ar, er, ir).

    Análise da C:

    Em: “o imaginado e o verdadeiro.”, registra-se o processo da composição imprópria, quando as palavras transitam de classe gramatical, sem sofrer acréscimo ou supressão em sua forma.

    Não se trata de derivação imprópria, pois não houve mudança de classe gramatical.

    Trecho do texto:

    Esperneamos, gritamos, choramos, nos decepcionamos porque as coisas não foram como “imaginávamos” e o espetáculo da relação acabou sem aplausos. Essa decepção tão constante em nossas relações vem do choque entre o (que foi) imaginado e o (que é) verdadeiro.

    Consultando o VOLP, vemos que essas palavras são adjetivas. No contexto, não houve alteração da classe. Elas não deixaram de ser adjetivas, por estarem teoricamente marcadas por artigo definido.

    A confusão ocorre, pois normalmente é possível mudar a classe gramatical dessa forma (colocando um artigo definido na frente). Vejamos:

    O cantar do sábia é bonito.

    Cantar é verbo, mas foi transformando, nesse contexto, em substantivo.

    Veja que cantar é originalmente verbo, mas se colocarmos o artigo na frente, sem alterar nada, conseguimos, no caso acima, mudar a classe gramatical.

  • Letra D). Algumas alternativas podem ser eliminadas devido à incorreta utilização de termos. O processo de formação de palavras é formado por dois grupos: -estudo da Derivação; e -estudo da Composição. Sendo assim, não há os termos "Composição por Sufixação" nem "Composição Imprópria".
  • Letra D

    Derivação regressiva ou deverbal: advinda de um verbo. Ocorre a perda de um fonema.

    Abalo (abalar), luta(lutar), fuga(fugir)

  • A. O vocábulo ‘espiritualista’ é formado pelo acréscimo do sufixo –ISTA, cujo sentido significa ‘doutrina’, caracterizando a composição por sufixação. (DERIVAÇÃO POR SUFIXAÇÃO)

    B. No termo ‘decepcionamos’, tem-se a desinência númeropessoal -MOS, que indica a segunda pessoa do plural. (1° PESSOA DO PLURAL "NÓS")

    C. Em: “o imaginado e o verdadeiro.”, registra-se o processo da composição imprópria, quando as palavras transitam de classe gramatical, sem sofrer acréscimo ou supressão em sua forma. (DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA, além disso a classe gramatical da palavra "verdadeiro" não mudou, continua sendo um substantivo)

    D. Na palavra destacada em: “que falas ele deve dizer”, ocorre a derivação regressiva, formada por redução e não por acréscimo. (CORRETO)

    E. Em: “... a sua verdadeira personalidade...”, o vocábulo destacado é formado pelo sufixo – DADE, caracterizando a derivação parassintética. (aqui não ocorre parassíntese, mas sim derivação sufixal)