"Para Freire, a cultura do silêncio corresponde a um conjunto de representações e comportamentos ou de “formas de ser, pensar e expressar” que é consequência de uma estrutura de dominação secular na América Latina, espanhola e portuguesa, mas se manifesta também nos países considerados de Primeiro Mundo. Embora de forma desigual, ela condiciona tanto opressores como oprimidos. A cultura do silêncio é uma dimensão da educação “bancária”, ambiente do tolhimento da voz e da ausência de comunicação, da incomunicabilidade. Caracteriza, portanto, a sociedade à qual se nega a comunicação e o diálogo e em seu lugar se oferecem comunicados (cf. Lima, 2017)."