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ID
5202949
Banca
IDHTEC
Órgão
Prefeitura de Chã Grande - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A mortalidade por câncer vem caindo, mas ainda há muito mais a fazer

    Somente em 2019, o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimam que mais de 600 mil pessoas serão diagnosticadas com câncer em algum órgão do corpo (taxa estimada de mais de 160 novos casos por 100 mil habitantes por ano), e que mais 240 mil brasileiros morrerão dessa doença. É a segunda causa de morte no Brasil e provavelmente suplantará as mortes por doenças cardiovasculares já na próxima década.
    Todos os países do mundo estão preocupados com a incidência de tumores malignos, seu impacto na saúde da população, os gastos no tratamento e no cuidado de pacientes com câncer (nos Estados Unidos, prevê-se um gasto superior a 80 bilhões de dólares por ano). Estudos científicos nas últimas três décadas criaram um conhecimento fundamentado a respeito das causas do câncer, e de fatores de risco que aumentam a sua ocorrência. Houve intensa campanha para aumentar a conscientização da população na prevenção e na detecção precoce (em fase altamente curável) da doença, e na otimização dos tratamentos e do acesso aos cuidados adequados para toda a população, principalmente os menos favorecidos da sociedade. Este último item tem sido o mais difícil de implementar, por deficiências estruturais e de políticas públicas, no Brasil e na maioria dos países. A eficiência da prevenção suplanta os esforços com o tratamento.
    Recentemente, um estudo extenso realizado por estatísticos da Sociedade Americana de Câncer, liderados por A. Jemal, e publicado na revista CA: Cancer Journal, analisou 30 anos de evolução da mortalidade por câncer nos Estados Unidos, com base em dados detalhados no registro nacional. O estudo apresentou boas e más notícias. A má notícia é que, infelizmente, apesar dos avanços científicos e médicos, esse conhecimento não tem sido colocado em prática de forma consistente e equitativa através de toda a população americana, diminuindo as chances de atingir as metas estabelecidas de redução (33,5%) da mortalidade por câncer em 2035, comparada com 2015. As notícias boas vieram da óbvia diminuição de número de óbitos por tumores malignos. Menos que o desejado, mas significativa.
    Os cientistas concluíram que, “se a prevalência dos fatores de risco e os programas de detecção precoce forem otimizados (redução drástica de tabagismo, de obesidade, aumento do consumo diário de frutas e legumes por 100 gramas, a quantidade de fibra na dieta por 10 gramas, o cálcio na dieta por 200 miligramas, redução do consumo diário de carne vermelha e carne processada por 50 gramas, do consumo de bebidas alcoólicas por uma dose por dia, aumentar a atividade física diária e atingir taxas de exames de detecção precoce de câncer de mama e de intestino de 90% da população-alvo), a taxa de mortalidade por câncer em 2035 será pelo menos 33,5% inferior à observada em 2015”.
    A Sociedade Americana de Câncer está pressionando as autoridades de saúde a criarem condições reais para melhorar a pesquisa médica, ao mesmo tempo que implementem políticas de saúde baseadas principalmente na prevenção e na detecção precoce, a atingir de forma equitativa e consistente toda a população dos Estados Unidos.

(https://www.cartacapital.com.br/saude/a-mortalidade-por-cancer-vemcaindo-mas-ainda-ha-muito-mais-a-fazer/ Acesso em 20/09/2019)

No enunciado: “... (nos Estados Unidos, prevê-se um gasto superior a 80 bilhões de dólares por ano).”, o vocábulo em destaque atende corretamente às regras da acentuação vigentes. Assinale a alternativa cujo termo grifado se justifica pela mesma razão.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    O vocábulo "prevê-se" classifica-se como uma palavra oxítona, a qual apresenta a última sílaba como sendo a tônica. Nesse caso, ela é acentuada em razão de terminar em vogal (e) (es).

    A partícula "se", que nesse caso exemplifica uma ênclise, não é considerada na contagem do número de sílabas.

    A) Incorreta - “mais de 600 mil pessoas serão diagnosticadas com câncer em algum órgão do corpo...”

    órgão - paroxítona -> terminada em (ão) (ãos) -> ór - gão; ór - gãos

    B) Incorreta - “Todos os países do mundo estão preocupados com a incidência de tumores malignos...”

    A palavra "países" caracteriza-se pela regra do hiato -> "i" e "u" tônicos, sozinhos na sílaba ou acompanhados de "s", quando formam hiato com a vogal anterior, desde que não sejam seguidos por "nh", são acentuados -> pa - í - ses

    C) Incorreta - “... as mortes por doenças cardiovasculares  na próxima década.”

    já - monossílaba tônica -> terminada em (a) (as) -> já; gás

    D) Incorreta - “As notícias boas vieram da óbvia diminuição de número de óbitos...”

    óbvia - paroxítona -> terminada em ditongo -> ób - via

    E) Correta - “...em prática de forma consistente e equitativa através de toda a população americana...”

    através - oxítona -> terminada em (e) (es) -> a - tra - vés

  • GABARITO - E

    pre-se  = OXÍTONA

    A)  órgão = Paroxítona terminada em ão

    ----------------------------

    B)  países = Hiato

    ---------------------------

    C) já = Monossílabo tônico terminado em " a"

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    D) óbvia = Paroxítona terminada em ditongo.

    -------------------------

    E) através = Oxítona terminada em " es "

  • Serão acentuados as oxítonas terminadas em A ,E e O,seguidas ou não de S

  • Serão acentuadas as oxítonas terminadas em A ,E e O (seguidas ou não de S)

    > a letra C e a letra E seguem a mesma regra conforme o Novo Acordo Ortográfico

    > não tem mais diferença entre oxítona e monossílabo tônico.