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ID
5208133
Banca
PS Concursos
Órgão
Prefeitura de Jacinto Machado - SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise o texto abaixo para responder a questão:

A bola

    O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar sua primeira bola do pai. Uma número 5 oficial de couro. Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola. O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “legal”, ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.

- Como é que liga? – Perguntou.
- Como, como é que liga? Não se liga.

    O garoto procurou dentro do papel de embrulho.
- Não tem manual de instrução?

    O pai começou a desanimar e pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.
- Não precisa manual de instrução.
- O que é que ela faz?
- Ela não faz nada, você é que faz coisas com ela.
- O quê?
- Controla, chuta...
- Ah, então é uma bola.
- Uma bola, bola. Uma bola mesmo. Você pensou que fosse o quê?
- Nada não.

    O garoto agradeceu, disse “legal” de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da TV, com a bola do seu lado, manejando os controles do vídeo game. Algo chamado Monster Ball, em que times de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de Blip eletrônico na tela ao mesmo tempo que tentavam se destruir mutuamente. O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocínio. Estava ganhando da máquina.

    O pai pegou a bola nova e ensinou algumas embaixadinhas. Conseguiu equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente, e chamou o garoto.

- Filho, olha.

    O garoto disse “legal”, mas não desviou os olhos da tela. O pai segurou a bola com as mãos e a cheirou, tentando recapturar mentalmente o cheiro do couro. A bola cheirava a nada. Talvez um manual de instrução fosse uma boa ideia, pensou. Mas em inglês pra garotada se interessar.

Veríssimo, Luis Fernando. A bola. Comédias da vida privada; edição especial para as escolas. Porto Alegre: L&PM, 1996.

O texto de Veríssimo é uma narrativa. A sucessão de fatos narrados apresenta uma predominância de verbos em:

Alternativas
Comentários
  • A questão é sobre verbos e quer saber qual a predominâncias dos verbos presentes na sucessão dos fatos narrados na narrativa "A bola". Vejamos:

     .

    A) Pretérito perfeito do indicativo

    Certo. A maioria dos verbos presentes no texto estão no pretérito perfeito do indicativo: "O pai deu uma bola", "O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “legal”", "Depois começou a girar a bola"...

    Pretérito perfeito do indicativo: expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado. Ex.: Ele resolveu questões ontem à noite.

     .

    B) Presente do indicativo

    Errado.

    Presente do indicativo: a ação da qual se está falando ocorre no instante da fala e essa ação provavelmente ou certamente está acontecendo ou acontecerá, ou seja, ela tem possibilidades reais de acontecer. Ex.: Eu resolvo questões todos os dias.

     .

    C) Pretérito imperfeito do indicativo

    Errado.

    Pretérito imperfeito do indicativo: refere-se a um fato inacabado ocorrido no passado, transmitindo, portanto, uma ideia de continuidade. Ex.: Ainda era noite, quando me levantei.

     .

    D) Pretérito mais que perfeito do indicativo

    Errado.

    Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado. Ex.: Ele já resolvera as questões quando os amigos chegaram.

     .

    E) Passado.

    Errado. Passado = pretérito. O pretérito pode ser pretérito imperfeito do indicativo, pretérito perfeito do indicativo, pretérito mais-que-perfeito do indicativo e pretérito imperfeito do subjuntivo.

     .

    Gabarito: Letra A 

  • GABARITO - A

    Pretérito perfeito - indica um fato que aconteceu em um determinado momento no passado.

    ex: Hoje joguei bola com os colegas.

    Pretérito Imperfeito -  Indica uma ação habitual e durativa, não limitada a um momento definido do passado.

    repetitiva. ( AVA/ IA / INHA )

    ex: Gostava de namorar escondido.

    Pretérito mais- que - perfeito -

    Terminação

    para indicar um fato que aconteceu antes de outra ação passada. Além disso, ele pode indicar um acontecimento situado de forma incerta no passado.

    Nós já tínhamos terminado de resolver o problema quando a policia chegou.

    Bons estudos!

  • Essa letra E, hein?! É tão difícil assim de uma banca não colocar uma alternativa que poderia comprometer a questão?

  • Gab. A.

    O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar sua primeira bola do pai. Uma número 5 oficial de couro. Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola. O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “legal”, ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.

    - Como é que liga? – Perguntou.

    - Como, como é que liga? Não se liga.

        O garoto procurou dentro do papel de embrulho.

    - Não tem manual de instrução?

     ➙ Todos os verbos que estão em negrito estão no Pretérito Perfeito do modo indicativo.

     ➙ Analisei apenas até essa parte no texto, e deu para notar a predominância de verbos no Pretérito Perfeito.

     ➙ há outros verbos no modo Pretérito mais que perfeito, Pretérito imperfeito e presente do indicativo, porém o que mais predominou foi no tempo Pretérito Perfeito!

  • Por favor!! é passado. Até porque tem verbo no gerúndio, além do pretérito perfeito. Isso sim é predominante, VERBO NO PASSADO.

  • Textos de caráter narrativo sempre irão vir com verbos no pretérito perfeito do indicativo e verbos no presente do indicativo.

    GAB: A