SóProvas


ID
5211238
Banca
ADM&TEC
Órgão
CONIAPE
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Álcool na juventude: como prevenir o consumo indevido?
Você já deve ter ouvido que, em doses moderadas, o álcool pode até ser vantajoso. Ora, vários estudos comprovam que uma taça de vinho por dia faz bem ao coração. E uma boa parcela da população toma seu drinque no fim de semana sem riscos. O consumo inadequado, porém, é um grave problema de saúde pública - e motivo de grande preocupação entre os pais de adolescentes.
No Brasil, meninos e meninas começam a beber, em média, entre os 10 e 13 anos. E o padrão de consumo mais frequente na adolescência é o binge, ou “beber para embriagar-se”, prática associada a comportamentos de risco, como dirigir alcoolizado e fazer sexo desprotegido, entre outros. Aos 17 anos, quase 40% dos estudantes brasileiros relatam já ter ficado bêbado alguma vez. Diante de dados tão preocupantes, como podemos mudar esse cenário?
Medidas restritivas não bastam. Até porque a lei existe e, mesmo que fosse bem fiscalizada, vivemos em um país onde falsificar o RG é algo recorrente. Os gestores públicos precisam, então, investir em políticas de prevenção, e os pais têm que estar mais atentos.
Nos últimos dez anos tenho ajudado a desenvolver estratégias nesse sentido, buscando evidências do que funciona para adaptar à realidade local, sempre com uma pitada de inovação. No programa “Na Responsa”, aplicado em parceria com ONGs e escolas, são realizadas atividades com jovens em diversos locais do país. Práticas que funcionam são multiplicadas.
Um exemplo é a “Balada sem álcool”, evento idealizado em Heliópolis, na capital paulista, em que o jovem tem uma experiência de diversão intensa sem bebida alcoólica. O programa - que já inspirou o Movimento Pé no Chão, implantado nas 5 300 escolas públicas de São Paulo - aborda também temas como consciência e empoderamento, com conteúdo todo produzido de jovem para jovem.
(Adaptado. Bettina Grajcer. Disponível em: http://www.diariodepernambuco.com.br/)

Com base no texto 'Álcool na juventude: como prevenir o consumo indevido?', leia as afirmativas a seguir:
I. Nos fragmentos “O consumo inadequado, porém, é um grave problema de saúde pública...” e “... a lei existe e, mesmo que fosse bem fiscalizada, vivemos em um país onde falsificar o RG é algo recorrente...”, as conjunções possuem valor semântico de concessão e causa, respectivamente.

II. Por ser um texto opinativo, o autor optou pelo uso da terceira pessoa e pelas marcas de impessoalidade ocasionadas pela estrutura “verbo+pronome apassivador”. Por isso, evitou o uso da primeira pessoa.

Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • I. Nos fragmentos “O consumo inadequado, porém, é um grave problema de saúde pública...” e “... a lei existe e, mesmo que fosse bem fiscalizada, vivemos em um país onde falsificar o RG é algo recorrente...”, as conjunções possuem valor semântico de concessão e causa, respectivamente.

    R.: Falso.

    • Porém é uma conjunção adversativa. Gravem as adversativas mais comuns, pois são recorrentes em provas: mas; contudo; entretanto; no entanto; porém; todavia; não obstante;
    • Mesmo que é uma conjunção concessiva. Na dúvida, procure outra conjunção de valor sintático semelhante e coloque na oração, se ficar bom, provavelmente será aquela que você penso: ainda que; posto que; conquanto; embora; posto que.

    Até temos uma concessiva, no entanto ela não está na respectiva ordem afirmada pelo enunciado. Falso duas vezes: uma por não conter valor semântico de causa; outra por não estar na respectiva ordem.

    II. Por ser um texto opinativo, o autor optou pelo uso da terceira pessoa e pelas marcas de impessoalidade ocasionadas pela estrutura “verbo+pronome apassivador”. Por isso, evitou o uso da primeira pessoa.

    R.: Falso. O texto é opinativo, até aí tudo bem, mas o autor traz pessoalidade ao texto, utilizando-se do uso recorrente da primeira pessoa e até mesmo testemunhando sua contribuição com a causa:

    • (...) como (NÓS) podemos mudar esse cenário?;
    • (...), (NÓS) vivemos em um país onde (...);
    • Nos últimos dez anos (EU) tenho ajudado (...).

    Assim sendo não se pode afirmar que o texto optou pelo uso da terceira pessoa e da impessoalidade.

    Gabarito (D)

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    Boa sorte e bons estudos.

  • A questão exigiu conhecimento em conjunções e de registro da função da linguagem. Devemos julgar cada afirmação abaixo como verdadeira ou falsa. Analisemos:

    I. Falsa.

    “O consumo inadequado, porém, é um grave problema de saúde pública...” e “... a lei existe e, mesmo que fosse bem fiscalizada, vivemos em um país onde falsificar o RG é algo recorrente...”.

    As conjunções que aparecem são adversativas, concessivas respectivamente., e não há causal.

    II. Falsa.

    O texto traz marcas de pessoalidade sim, pois verbos conjugados na primeira pessoa nos passa essa característica.

    (...) vivemos em um país onde falsificar o RG é algo recorrente.

    Diante de dados tão preocupantes, como podemos mudar esse cenário?

    Portanto, ambas as assertivas são falsas.

    Gabarito do monitor: D