SóProvas


ID
5250262
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Marília - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.

Mais uma barragem

  Parece um pesadelo sem fim. Somente quatro meses depois da tragédia de Brumadinho, e três anos e meio desde o rompimento da barragem de Mariana, o estado de Minas Gerais se encontra às voltas com a possibilidade iminente de mais um desastre do gênero.
  O sinal de alerta soou no complexo minerário Gongo Soco, também pertencente à Vale, no município de Barão de Cocais, onde o talude que forma a parede da cava da mina deverá ceder nos próximos dias.
  O risco é que a vibração provoque danos à barragem de rejeitos localizada a 1,5 km distante da cava, levando à sua ruptura. Tanto a empresa como a Agência Nacional de Mineração (ANM), no entanto, afirmam não ser possível prever as avarias que o evento causará.
  A encosta de sustentação vinha se movimentando cerca 10 centímetros por ano desde 2012, medida considerada aceitável para uma cava profunda, segundo a ANM. Desde o fim de abril, porém, a velocidade do deslocamento acelerou-se para 5 centímetros por dia, condenando a estrutura.
  “O talude da cava vai se romper com a gravidade, isso é um fato. O que estamos fazendo agora é minimizar os riscos e evitar que pessoas transitem dentro da cava ou que sejam atingidas”, afirmou o diretor da ANM Eduardo Leão.
  Felizmente, mesmo que o pior cenário se concretize, não há risco de uma catástrofe humana como a que houve em Brumadinho, na qual morreram quase 300 pessoas.
  Os moradores das comunidades mais próximas à mina de Gongo Soco, que seriam atingidos em questão de minutos, foram retirados da área em fevereiro, quando a barragem ameaçada atingiu o nível 2 (numa escala de 1 a 3). De acordo com a Defesa Civil de Minas, 443 pessoas deixaram suas casas. Já os residentes da área urbana, que receberia a onda de lama em cerca de uma hora, vêm passando por treinamentos de fuga.
  Qualquer que seja o desfecho, o episódio traz à tona a imprudência não raro criminosa que permite a proximidade de barragens de rejeitos e povoações humanas.
Um enorme contingente convive, quiçá sem o saber, com o horizonte sombrio da ruptura.
  São 3,5 milhões de pessoas habitando cidades com estruturas que apresentam risco de rompimento – um total de 45, em mais de 30 municípios de 13 estados. Inexiste na legislação distância mínima a ser respeitada entre barragens e comunidades do entorno.
  Mais grave, entretanto, é a incúria de empresas e órgãos de controle que pode levar ao terceiro rompimento de um reservatório de rejeitos em tão pouco tempo.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 22.05.2109. Adaptado)

Considere as seguintes frases do texto:

•  O risco é que a vibração provoque danos à barragem de rejeitos...
•  O que estamos fazendo agora é minimizar os riscos...

As expressões destacadas encontram-se corretamente substituídas por pronomes, em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, em:

Alternativas
Comentários
  • Assertiva C

    O risco é que a vibração provoque-lhe danos... / O que estamos fazendo agora é minimizá-los...

  • GABARITO: C 

    Dica: Observe a TRANSITIVIDADE VERBAL!!

    Anote no caderno, pois sempre cai na Vunesp!!

    Para o verbos transitivos diretos:

    • O verbo terminou em R, S ou Z? → Tire o R, S ou Z e coloque LO/LA → Vendea casa → Vendê-la
    • O verbo terminou em ÃO, ÕE ou M? → Adicione NO/NA → Venderam a casa → Venderam-na.

    Para o verbos transitivos indiretos:

    • Adicione o lhe → "Responderam ao pastor que queriam (...)" (responderam A alguém) → "Responderam-lhe (referência ao pastor) que queriam".

    .

    Vamos ver nossas expressões:

    "O risco é que a vibração provoque danos à barragem de rejeitos..."

    ➥ Quem provoca, provoca algo (danos) A alguém. Viu que pediu preposição? Então o verbo é VTDI (Verbo Transitivo Direto e Indireto). Para o objeto INDIRETO, utilizamos o lhe (para nos referirmos à barragem). Veja como fica: "O risco é que a vibração provoque-lhe danos"

    .

    "O que estamos fazendo agora é minimizar os riscos..."

    ➥ Novamente: Quem minimiza, minimiza algo (os riscos). Viu que não apareceu preposição? Então o verbo é VTD (Verbo Transitivo Direto).

    ➥ Agora, MUITA ATENÇÃO! O verbo é transitivo direto, então nós vamos à primeira regrinha, certo? Legal...

    Como o verbo (minimizaR) termina em R, a gente tira este final e adiciona um LOS, pois deve concordar com "os riscos" → minimizar os riscos → minimizá-LOS.

    .

    Para fechar: Por que "minimizá-las" é acentuado?? Pois existe uma regrinha que diz: "Toda oxítona terminada em -a(s), -e(s), -o(s) ou -em(-ens) deve ser acentuada (minimizÁ-los...), LEMBRE-SE: Quando se vai acentuar um verbo oxítonoignoram-se os pronomes oblíquos átonos (la/lo, no/na) ligados a ele. Ex.: ComprÁ-las, revÊ-lo etc., mas isso é assunto para outra conversa rsrs...

    Espero ter ajudado..

    Bons estudos! :)

  • O A craseado deixou claro que o verbo era transitivo indireto. GAB LETRA C
  • Alternativa C

    A banca nem sublinhou o a craseado.

  • Pessoal, peçam o comentário do professor. É um absurdo! Dinheiro não é capim não.

  • O lhe n serve só para pessoas??? além de objeto indireto
  • Pessoal, uma dica:

    Isso que dizem que o "lhe" substitui pessoas é um ensinamento errado! A maioria dos gramáticos não corroboram esta visão, veja que a VUNESP também não vai nesta onda, a exemplo desta questão.

    → O "lhe" serve para substituir pessoas ou coisas, como nos ensina a ABL:

    ABL RESPONDE (Retirado da Gramática do Pestana)

    • Pergunta: Consultei uma gramática tradicional que afirma que o pronome oblíquo átono lhe só substitui pessoas. Mas, em "Paguei-lhe (ao banco) a dívida", o lhe está usado erradamente? Não entendo! Por favor, ajudem! Grato!
    • Resposta: "O objeto indireto é o complemento que representa a pessoa ou coisa a que se destina a ação, ou em cujo proveito ou prejuízo ela se realiza". Ex.: Aos meus escritos, não lhes dava importância nenhuma (não dava importância aos escritos). Lhes é objeto indireto em relação a escritos, portanto, coisa"

     

    Em resumo: Não leve esta dica para a prova (principalmente se você vai fazer uma prova da FCC ou da VUNESP), pois ela é sustentada por uma pequena parcela dos gramáticos.

    Leve isto: O "lhe" substitui o objeto indireto, independentemente de ele ser pessoa OU coisa (com a exceção dos verbos assistir, aspirar (almejar), referir-se etc). Ex.: Não se fala: "Eu vou assistir-lhe" e sim "eu vou assistir a ele", pois este verbo, além de outros, não permite o uso do lhe.

    Espero ter ajudado.

    Fonte: A Gramática do Pestana, pág. 578.

    Bons estudos! :)

  • C

    C- O risco é que a vibração provoque-lhe danos... / O que estamos fazendo agora é minimizá-los...

  • Gabarito: C

    O risco é que a vibração provoque danos à barragem de rejeitos... • O que estamos fazendo agora é minimizar os riscos...

    O verbo provocar é VTDI, provocar algo: danos (OD) a alguma coisa: a barragem de rejeitos (OI).

    O verbo minimizar é VTD, portanto não pede preposição, sendo "os riscos" seu OD.

    Observações importantes:

    Em verbos com finais em vogais ou ditongo oral: os pronomes não se alteram: a, o, os, as..

    Em verbos com finais R, S ou Z o pronome se altera para: lo, la, los, las..

    Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas.

    C) O risco é que a vibração provoque-lhe (OI) danos... / O que estamos fazendo agora é minimizá-los (od)...

    .

  • Português realmente é uma matéria que tudo se conectada. Dica.

    Ao analisar a primeira oração percebe-se que o termo (à barragem de rejeitos) está craseado, então está na posição de Objeto indireto, sabendo isso já descarta A,b e D.

  • Errei esse crlh pq fui no do "lhe" só pra pessoas. Um hora de vídeo aula do Estratégia pra ensinarem errado, aff
  • A questão exige conhecimento sobre colocação pronominal. Ao substituir os termos sublinhados por pronomes, devemos levar em consideração os complementos dos verbos.

    •  O risco é que a vibração provoque danos à barragem de rejeitos...
    •  O que estamos fazendo agora é minimizar os riscos...

    O risco é que a vibração provoque (verbo) danos (objeto direto) à barragem de rejeitos (objeto indireto).

    As formas átonas do objeto indireto são lhe/ lhes. Sendo assim, a alternativa correta é "O risco é que a vibração provoque-lhe danos.", o que reduz as alternativas corretas para C ou E.

    O que estamos fazendo agora é minimizar (verbo) os riscos (objeto direto)...

    As formas átonas do objeto direto são o, a, os, as. Quando a forma verbal termina em -r, -s ou -z, as consoantes são suprimidas e o pronome assume as formas lo, la, los, las. Nesse caso, como o verbo minimizar termina em r, o pronome assumirá a forma los (os riscos): minimizá-los. 

    A alternativa correta é a C - O risco é que a vibração provoque-lhe danos... / O que estamos fazendo agora é minimizá-los...

    Gabarito da Professora: Letra C.
  • Alguém consegue me explicar por que aquele "que" ali na primeira frase não funcionou como fator de atração do pronome?

  • Com o "à" da primeira frase depreende-se que "provocar" é um verbo transitivo indireto, logo a colocação é feita com "lhe ou ele"