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ID
5250268
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Marília - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.

Mais uma barragem

  Parece um pesadelo sem fim. Somente quatro meses depois da tragédia de Brumadinho, e três anos e meio desde o rompimento da barragem de Mariana, o estado de Minas Gerais se encontra às voltas com a possibilidade iminente de mais um desastre do gênero.
  O sinal de alerta soou no complexo minerário Gongo Soco, também pertencente à Vale, no município de Barão de Cocais, onde o talude que forma a parede da cava da mina deverá ceder nos próximos dias.
  O risco é que a vibração provoque danos à barragem de rejeitos localizada a 1,5 km distante da cava, levando à sua ruptura. Tanto a empresa como a Agência Nacional de Mineração (ANM), no entanto, afirmam não ser possível prever as avarias que o evento causará.
  A encosta de sustentação vinha se movimentando cerca 10 centímetros por ano desde 2012, medida considerada aceitável para uma cava profunda, segundo a ANM. Desde o fim de abril, porém, a velocidade do deslocamento acelerou-se para 5 centímetros por dia, condenando a estrutura.
  “O talude da cava vai se romper com a gravidade, isso é um fato. O que estamos fazendo agora é minimizar os riscos e evitar que pessoas transitem dentro da cava ou que sejam atingidas”, afirmou o diretor da ANM Eduardo Leão.
  Felizmente, mesmo que o pior cenário se concretize, não há risco de uma catástrofe humana como a que houve em Brumadinho, na qual morreram quase 300 pessoas.
  Os moradores das comunidades mais próximas à mina de Gongo Soco, que seriam atingidos em questão de minutos, foram retirados da área em fevereiro, quando a barragem ameaçada atingiu o nível 2 (numa escala de 1 a 3). De acordo com a Defesa Civil de Minas, 443 pessoas deixaram suas casas. Já os residentes da área urbana, que receberia a onda de lama em cerca de uma hora, vêm passando por treinamentos de fuga.
  Qualquer que seja o desfecho, o episódio traz à tona a imprudência não raro criminosa que permite a proximidade de barragens de rejeitos e povoações humanas.
Um enorme contingente convive, quiçá sem o saber, com o horizonte sombrio da ruptura.
  São 3,5 milhões de pessoas habitando cidades com estruturas que apresentam risco de rompimento – um total de 45, em mais de 30 municípios de 13 estados. Inexiste na legislação distância mínima a ser respeitada entre barragens e comunidades do entorno.
  Mais grave, entretanto, é a incúria de empresas e órgãos de controle que pode levar ao terceiro rompimento de um reservatório de rejeitos em tão pouco tempo.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 22.05.2109. Adaptado)

Considere a seguinte passagem escrita a partir do texto:

Os moradores das comunidades próximas à mina foram retirados da área________alguns meses, quando a barragem ameaçada atingiu níveis________. De acordo com a Defesa Civil de Minas, os ocupantes da maioria das casas do entorno foram evacuados. Já na região urbana, mais__________das áreas de risco, treinamentos de fuga estão sendo____________ em toda a sua extensão.

Em conformidade com a norma-padrão da língua, as lacunas do trecho devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:

Alternativas
Comentários
  • Assertiva A

    há ... preocupantes ... afastada ... implementados

  • GABARITO: A

    "Os moradores das comunidades próximas à mina foram retirados da área alguns meses (...)"

    ➥ O verbo haver pode ser intransitivo quando tivermos diante de dois sentidos que as provas gostam de cobrar:

    1. Tempo decorrido: dois anos não a vejo...
    2. Sentido de "existir": duas meninas aqui...

    Nestes casos, ele não irá variar. Em nossa questão, temos o primeiro caso.

    OBS.: Quando for tempo futuro, você utiliza apenas o "a". "Eu te vejo A duas horas" (futuro) // "Eu a vi passando por aqui duas horas (passado)

    ➥ Ah! Caberia também o uso do verbo "fazer", mas (nunca se esqueça), quando ele indica tempo, não varia: "foram retirados da área faz alguns meses". Outro exemplo: "Faz dez anos que não a vejo..."

     

    "(...) quando a barragem ameaçada atingiu níveis PREOCUPANTES."

    O vocábulo "preocupante", neste caso, é adjetivo que qualifica o substantivo "níveis".

    • Veja um macete para descobrir um adjetivo: Coloque um "tão" na frente. Se fizer sentido, o termo é adjetivo: Atingiu níveis TÃO preocupantes... (preocupante é adjetivo).

    Visto que todo adjetivo é variável, "preocupante" irá variar para se adequar a "níveis".

     

    "Já na região urbana, mais AFASTADA das áreas de risco (...)"

    ➥ Quem é mais afastada das áreas de risco? A região urbana. A região urbana é a mais afastada. O termo ficará no singular para concordar com o termo a que se refere (região, no singular).

     

    "(...) treinamentos de fuga estão sendo IMPLEMENTADOS em toda a sua extensão."

    ➥ O que está sendo implementado? Treinamentos. Treinamentos estão sendo implementados. Sujeito no plural, termo também deverá ser empregado no plural.

    Espero ter ajudado.

    Bons estudos! :)

  • Estão pegando pesado, até para o futuro estão indo para buscar questões:

    (Editorial. Folha de S.Paulo, 22.05.2109. Adaptado). KKKKKK

  • Dica pessoal, o verbo "fazer" quando exprime tempo NUNCA PODE FICAR NO PLURAL, ele é impessoal

    Fazem 10 anos, ERRADO

    Faz 10 anos, CERTO

  • GAB. A

    há ... preocupantes ... afastada ... implementados

  • Gab. A

    Há - tempo decorrido, logo o verbo "haver" não conjuga, ele é diferentão.

    PreocupanteS - está concordando com níveiS

    Afastada - concordando com "região"

    ImplementadoS - concordando com treinamentoS

  • poderia ser faz ou há né?!