GAB.A
Levantada por Carlos Montaño (2009)6 , no livro “A natureza do Serviço Social”. Para o autor, existem duas teses, claramente opostas, sobre a gênese do Serviço Social.
A perspectiva histórico-crítica, apresenta uma análise em OPOSIÇÃO a perspectiva endogenista, entendendo o surgimento da profissão inserida em um contexto histórico e não como um desenvolvimento interno das formas de ajuda, descontextualizada da realidade social; mas ela é produto e reprodutora das relações sociais.
FONTE;ESTRATÉGIA
De acordo com Montaño (2009) existem duas teses explicativas acerca da gênese do Serviço Social. Sendo estas teses claramente opostas, apresentando interpretações extremas, e a partir de como foram formuladas apresentam-se como teses alternativas e mutuamente excludentes.
Perspectiva Endogenista: de acordo com Montaño (2009) são autores dessa tese: Herman Kruse, Ezequiel Ander-Egg, Natálio Kisnerman, Boris Alexis Lima, Ana Augusta de Almeida, Balbina Ottoni Vieira, José Lucena Dantas, entre outros.
Perspectiva Histórico-Crítica: de acordo com Montaño (2009) são autores dessa tese: Marilda Villela Iamamoto, Raul de Carvalho, Manuel Manrique Castro, Vicente de Paula Faleiros, Maria Lúcia Martinelli, José Paulo Netto, entre outros.
Montaño (2009) aponta a existência de duas teses acerca da gênese do Serviço Social: perspectiva endogenista e perspectiva histórico-crítica. Essas teses são radicalmente opostas.
A perspectiva endogenista defende que a origem do Serviço Social decorre da “evolução, organização e profissionalização das formas ‘anteriores’ de ajuda, da caridade e da filantropia, vinculada agora à intervenção na ‘questão social’”. Sendo dessas primeiras formas de ajuda que datam as bases da profissão.
A perspectiva histórico-crítica, por sua vez, apresenta uma análise em oposição a perspectiva endogenista entendendo o surgimento da profissão “como um produto da síntese dos projetos político-econômicos que operam no desenvolvimento histórico, onde se reproduz material e ideologicamente a fração de classe hegemônica, quando, no contexto do capitalismo na sua idade monopolista, o Estado toma para si as respostas à ‘questão social’”.
Desse modo a perspectiva endogenista apresenta a gênese do Serviço Social a partir de uma visão interna, particular, enquanto a perspectiva histórico-crítica observa o movimento histórico-social como determinante/condicionante no processo de profissionalização do Serviço Social.
Baseado no livro A Natureza do Serviço Social: um ensaio sobre a gênese, a “especificidade” e sua reprodução, de Carlos Montaño.
FONTE: http://concurseirosdeservicosocial.blogspot.com/2017/04/genese-do-servico-social-perspectiva.html#