SóProvas


ID
5298457
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DEPEN
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    No dia 31 de outubro de 1861, depois de um conturbado processo de construção, que durou cerca de três décadas, a Bahia inaugurou a sua primeira penitenciária, que recebeu oficialmente o nome de Casa de Prisão com Trabalho. A instituição foi construída numa área pantanosa, na periferia da cidade de Salvador. 
    A implantação da penitenciária fazia parte do projeto civilizador oitocentista, e o Brasil acompanhava uma tendência mundial de modernização do sistema prisional, que teve início na Inglaterra e nos Estados Unidos no final do século XVIII. As execuções e as torturas em praças públicas, utilizadas para atemorizar a quem estivesse planejando novos crimes, foram, gradativamente, abandonadas. Entrava em cena a penalidade moderna, que planejava privar o criminoso do seu bem maior — a sua liberdade —, internando-o numa instituição construída especificamente para recuperá-lo, que recebeu o nome de penitenciária. O seu funcionamento era regido por normas que seriam aplicadas de acordo com o modelo penitenciário escolhido pelas autoridades, mas utilizavam-se elementos como o trabalho, a religião, a disciplina, o uso de uniformes e, sobretudo, o isolamento como métodos de punição e recuperação.
    Dessa forma, esperava-se criar um “novo homem”, que seria devolvido à sociedade com todos os atributos necessários à convivência social, principalmente para o trabalho. Foi com essa expectativa que os reformadores baianos implantaram a Casa de Prisão com Trabalho. 

Cláudia Moraes Trindade. O nascimento de uma penitenciária: os primeiros presos da Casa de Prisão com Trabalho da Bahia (1860-1865). In: Tempo, Niterói, v. 16, n. 30, p. 167-196, 2011 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se segue.

Com o uso do artigo definido na contração “do” em “do projeto civilizador oitocentista” (no início do segundo parágrafo), pressupõe-se que a autora parte do princípio de que os leitores tenham conhecimento prévio acerca desse projeto.

Alternativas
Comentários
  • Pois é, vi gabarito dúbio. Pode ser o projeto já citado no parágrafo anterior, porém fala características depois do "DO". E achei que não era prévio ao conhecimento do leitor. Fosse se referir ao projeto DO e ponto final, tudo bem. Mas a forma redigida me confundiu.

  • Embora o artigo seja para definir algo, o texto, mais a frente, explica o que significa o projeto oitentista. Sendo assim, não faz sentido isso. Se o autor presume que o leitor ja conhece o projeto oitentista, entao para que explica-lo?

    A implantação da penitenciária fazia parte do projeto civilizador oitocentista, e o Brasil acompanhava uma tendência mundial de modernização do sistema prisional, que teve início na Inglaterra e nos Estados Unidos no final do século XVIII. As execuções e as torturas em praças públicas, utilizadas para atemorizar a quem estivesse planejando novos crimes, foram, gradativamente, abandonadas. Entrava em cena a penalidade moderna, que planejava privar o criminoso do seu bem maior — a sua liberdade —, internando-o numa instituição construída especificamente para recuperá-lo, que recebeu o nome de penitenciária. O seu funcionamento era regido por normas que seriam aplicadas de acordo com o modelo penitenciário escolhido pelas autoridades, mas utilizavam-se elementos como o trabalho, a religião, a disciplina, o uso de uniformes e, sobretudo, o isolamento como métodos de punição e recuperação.

    Entendo que o conhecimento nao é previo. O conceito é explicado ao longo do texto.

    Enfim.. quem decide é a banca!

  • Gabarito: qualquer um !

    Ao meu ver, questão muito subjetiva, apesar das excelentes explicações dos colegas !

  • Lendo os comentários, percebo que a subjetividade da banca afeta a todos.

  • Não sei se está certo, por favor alguém corrige se este pensamento estiver errado, fui pela nota de rodapé.

    "Niterói, v. 16, n. 30, p. 167-196, 2011 (com adaptações)". Como esse texto é tirado de entre essas páginas, acredito que esse conceito já tinha sido citado antes.

    O comentário do PEDRO H.T.P é muito bom.

  • de+o não seria exigido por conta da regência do verbo que o antecede?

    Esses examinadores do CESPE estão viajando! Eles estão fazendo questões que a resposta faz parte do achismo deles!

  • Texto escrito para historiadores, pressupõem que conheciam esse período.

  • Pessoal, a penitenciária FAZIA PARTE do projeto oitocentista.

    Quem disse que o projeto se resumia a isso?

    O que foi explicado adiante não foi o projeto, e sim o propósito da penitenciária especificamente.

    Além disso, há o papel do artigo definido, que remete justamente ao que o enunciado afirmou.

    Lendo os comentários, percebo que a falta de preparação, e principalmente de humildade afeta muitos candidatos que buscam culpar a banca em vez de aprender

  • Típica questão para se deixar em branco...a banca tem criado questões que qualquer gabarito se torna polêmico

  • Como não há algum aposto explicativo antecessor ou posterior no texto que defina tal projeto, sim, a autora parte do pressuposto que o leitor o conheça.

  • O 'o' (do) gera uma aproximação, uma certa intimidade com o assunto. Já o 'e' (de) causa um efeito contrário, de impessoalidade.

  • É uma questão bem subjetiva. Porém, segui essa linha de raciocínio:

    " A implantação da penitenciária fazia parte do projeto civilizador oitocentista" - Tem a ideia de que o leitor já tenha conhecimento sobre esse projeto.

    Agora veja dessa forma:

    " A implantação da penitenciária fazia parte DE UM projeto civilizador oitocentista " - Vejamos que o autor teve que explicar que existe um projeto civilizador.

  • Para resolver essa questão, é necessário que se tenha um conhecimento prévio de artigo e tempo verbal.

    Primeiro ponto que deve ser observado é que o artigo deve ser analisado em do ponto de vista semântico e do ponto de vista morfológico.

    do ponto de vista semântico, o artigo não apresenta valor quando analisado sozinho,, no entanto, quando se liga a um substantivo num determinado contexto, aí, meu amigo, ele passa a desempenhar inúmeros papéis no discurso, por exemplo, individualizar ou generalizar, indicar conhecimento ou desconhecimento, apreciação ou depreciação, determinação ou indeterminação, intimidade, aproximação numérica, intensificação, proximidade, diferenciar o gênero (o foca "repórter no início de carreira", a foca "animal marinho") etc...

    O pulo do gato: Os artigos definidos se antepõem ao substantivo para indicar, normalmente, que se trata de um ser já conhecido pelo falante e pelo ouvinte, individualizando-o. Por outro lado, os artigos indefinidos se antepõem ao substantivo para indicar, normalmente, que se trata de um ser desconhecido, indeterminando-o ou generalizando-o.

    Além disso, pela marcação do tempo verbal do verbo "fazer", o leitor consegui perceber que é um fato passado inacabado que, certamente, já se ouviu falar.

    O pretérito imperfeito, nos ensinamentos do mestre Celso Cunha que nos traz o seguinte entendimento: o pretérito imperfeito expressa, normalmente, um fato inacabado, impreciso, em contínua realização na linha do passado para o presente.

    Tome nota: o imperfeito é o tempo que melhor se presta a descrições e narrações.

    A implantação da penitenciária fazia parte do projeto civilizador oitocentista.

    perceba que o verbo está no pretérito imperfeito. Além disso, veja a contração da preposição "de" com o artigo definido "o".

    @portugues_mastigado

  • Artigo definido (com a preposição “de”) : é o tipo de artigo usado para determinar de forma precisa os substantivos que o seguem.

  • O texto foi retirado de um trabalho que serve JUSTAMENTE para explicar o que foi esse projeto civilizador oitocentista.

    Só isso já entrega o quão subjetivo é o gabarito.

    Aos amigos que indicaram que um artigo definido necessariamente implica conhecimento do que se fala, eu digo que DEPENDE:

    Quem matou minha filha foi O homem que destruiu minha vida. Eu descobrirei quem foi!

    É possível retirar desse contexto que se conhece o autor do crime? Óbvio que não. É uma questão de interpretação e não de gramática. Assim como o texto, que explica o que foi o projeto civilizador oitocentista através de uma dissertação sobre a construção de um presídio dentro desse projeto, JUSTAMENTE porque o leitor não conhece esse projeto.

    O gabarito é claramente equivocado e quem errou, acertou.

  • Questão horrível, muito subjetiva!

  • O que adianta vc estudar igual um condenado e a banca colocar uma questão dessa na prova ?? Qualquer resposta deixa a questão correta!! Na dúvida deixe em branco!!! Passou da hora da PF/PRF/DEPEN?PC-DF trocarem de banca!!!! Cebraspe esta cada vez pior!!!!

  • “questão Subjetiva” é o normal da Cespe , essa banca imunda, porém é um tipo de questão que tem que observar, vejam na ordem:

      A implantação da penitenciária fazia parte do projeto civilizador oitocentista que teve início na Inglaterra e nos Estados Unidos no final do século XVIII e o Brasil acompanhava uma tendência mundial de modernização do sistema prisional.

    E sim da pra entender que tinham conhecimento prévio!

  • “Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para dar aos seres um sentido determinado ou indeterminado. Indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos substantivos.” (CEGALLA, Domingos P.)

    Imagine a seguinte manchete de jornal ou revista: “MORADORES ESTÃO SUJEITOS A DOENÇA PERIGOSA”.

    Percebe que não há crase? Muita gente pensa assim: “Ah, mas está errada a manchete, deveria ser À DOENÇA!”.

    Muita calma nessa hora! A ausência do artigo definido visa tornar genérico o sentido do substantivo. Tudo depende da intencionalidade discursiva, ou seja, da intenção comunicativa. A ideia é indeterminar que doença perigosa é essa de que a matéria completa vai tratar de revelar. Se se deseja especificar, definir, determinar, usa-se o artigo definido (havendo artigo, há crase: sujeitos A + A doença perigosa = à doença perigosa). Logo, torna-se uma doença perigosa já conhecida dos envolvidos no processo comunicativo.

    Fonte: https://materiais.portuguescompestana.com.br/manchetes-e-artigos-definidos-a-novela/

  • Segundo a gramática de flavia rita:

    Artigos definidos determinam de modo preciso o substântivo.

    ex: vi O rapaz (um rapaz referido, conhecido, e determinado)

    ao passo que, os artigos indefinidos determinam um substantivo de modo vago.

    ex: vi um rapaz (um rapaz não referido, desconhecido e indeterminado.)

    gabarito: CERTO.

  • morre diabo!

  • horrivel

  • Para responder pensei assim: se eu falar acerca do projeto parece um projeto específico. Agora se eu falar de um projeto parece um projeto qualquer.

  • As pessoas explicam até o inexplicável para concordarem com a banca. O artigo serve para especificar, não estou falando "de projeto", estou falando "do projeto", isso que dizer que vc conhece o projeto que estou me referindo? não, mas vc já percebeu que não se trata de qualquer projeto!

  • Satanás é você?

  • engraçado que a autora redige um texto dissertativo-expositivo pra explicar o que era o projeto oitocentista que o leitor já sabe o que é kkkk alguém avisa a autora que o texto dela é inútil. hahahha
  • Elemento dêitico, não tem sentido por si só. Faz referência a atributos fora do texto.

  • DO = preposição "de" + artigo "o"

    Sem o artigo: há indeterminação do projeto civilizador

    Com o artigo: há determinação, ou seja, é como se estivéssemos falando de um projeto definido (já conhecido)

    (Q1742683) CESPE - PRF 2021:

    A coerência e os sentidos do texto seriam mantidos caso fosse suprimido o artigo “os”, no trecho “desenvolveram-se os vários campos de saber”, no último período do primeiro parágrafo. (ERRADO, pois a supressão do artigo torna os campos do saber indeterminados)

  • entendi que esse projeto seria especificado, posteriormente.

    A implantação da penitenciária fazia parte do projeto civilizador oitocentista, e o Brasil acompanhava uma tendência mundial de modernização do sistema prisional, que teve início na Inglaterra e nos Estados Unidos no final do século XVIII. As execuções e as torturas em praças públicas, utilizadas para atemorizar a quem estivesse planejando novos crimes, foram, gradativamente, abandonadas. Entrava em cena a penalidade moderna.

    perceba como ele vai especificando o projeto civilizador posteriormente, dispensando seu conhecimento prévio, além de deixar claro que o antigo modelo estava sendo ABANDONADO

  • Questão amplamente subjetiva! O CESPE tem que parar com isso. O verbo "pressupor" da própria afirmativa da questão já condena o julgamento objetivo do item. Significado no dicionário do verbo "pressupor": supor, imaginar, dar a entender, presumir, entre outros. Assim fica difícil.

  • Tive a mesma interpretação da questão que a Kelly Rodrigues de Mattos teve. Se ela explicasse o termo “projeto civilizador oitocentista” assim que o mencionasse, aí sim ela daria a entender que o leitor não tinha conhecimentos prévios.

    GABA C

  • GALERA!!! PARA DE MIMIM, ACORDA 6 DA MANHÃ FAÇA TODOS OS DIAS PROVAS DA CESPE DE PORTUGUES!! NÃO FICA TENTANDO ACHAR DIFICULDADE E SIM, SOLUCÕES.

  • Saudades de Arenildo e Alexandre Soares comentando as questões em vídeo!

  • Em geral, informações novas, nos textos, são introduzidas por pronomes indefinidos e, posteriormente, retomadas pelos definidos. Assim, o referente determinado pelo artigo definido passa a fazer parte de um conjunto argumentativo que mantém a coesão dos textos'. Encontrei uma explicação e acho que cabe nesse tipo de questão. Só mais uma coisa, temos que cobrar o QCONCURSO, estamos pagando caro pela plataforma, mas em compensação não estamos recebendo os comentários dos professores, ou seja, pagamos por um serviço, que não está sendo oferecido de maneira correta.

  • Gab: CERTO

    Não vejo dubiedade no gabarito. De acordo com diversas gramáticas, e dos mais renomados professores, como BHECHARA, CASTILHO ou CELSO CUNHA, os artigos podem definir ou indefinir algo, eles acompanham o substantivo para indicar de forma genérica ou específica. É o caso da questão!

    1. Artigo.
    • Definido: o, a, os, as. ---> Fui ao bar da Maria. (definido, especifiquei qual bar).
    • INdefinido: um, uma, uns, umas. ---> Fui a um bar. (indefinido, não especifiquei qual).

    E ainda, a depender do contexto, podemos ter tanto o definido, quanto o indefinido na mesma frase! Veja.

    • Fui a um bar no estilo boteco. No bar havia algumas comidas. Indefinido - Definido, respectivamente!

    1. ATENÇÃO, pessoal.

    A questão NÃO PEDE norma, tampouco sentido, apenas se o "DO" configura definição ou indefinição do projeto e se isso faz com que o leitor tenha conhecimento prévio sobre ele pelo fato de o artigo ser definido. Não procure chifre em cabeça de cavalo :)

    Erros, mandem mensagem :)

  • Pelo visto, não sou só eu que achei subjetiva essa questão.

  • Sem viadagem: "do=de+o, logo , o artigo determina, se determina, especifica, é conhecido pelo autor". Ninguém determina sem ter referêmcia, sem saber.

  • Saudade, Isabel Vega.

  • Que prova hein, boa parte das questões que resolvi foram dúbias, tanto portugues quanto direito.

  • Tem que entrar na cabeça do examinador KKK, muito dessas questões a gente só pega por "feeling" de pois de resolver MUUUUUITAS questões da banca (e sorte).

  • Tava demorando pra banca cag@r na subjetividade...

  • O uso de uma preposição + artigo "o"define especificamente o assunto sobre o qual se fala. A não ser que a explicação viesse imediatamente após o termo separada por vírgulas, algo que não acontece na questão, não tem como ter outra interpretação.

    Caso a o texto fosse escrito da seguinte maneira: A implantação da penitenciária fazia parte de UM projeto civilizador oitocentista (de + um) - teríamos uma frase indefinida, passando a ideia de um projeto sobre o que o ouvinte desconhece.

    Nesse caso, o uso da preposição de + o, define e da a ideia de que o interlocutor e o ouvinte tratam de um mesmo assunto.

    ADEMAIS:

    Gente, o fato de ter uma explicação após um termo definido, não muda o fato de que o texto está direcionado para uma interlocutor e um ouvinte que tratam de um assunto conhecidos por ambos, e é isso que a banca quer saber.

    Eu poderia muito bem escrever um texto definido e um indefinido, apenas alterando o artigo, mas mudaria, e muito, o sentido do texto.

    A implantação da penitenciária fazia parte de um projeto civilizador oitocentista, e o Brasil acompanhava uma tendência mundial de modernização do sistema prisional, que teve início na Inglaterra e nos Estados Unidos no final do século XVIII. As execuções e as torturas em praças públicas, utilizadas para atemorizar a quem estivesse planejando novos crimes, foram, gradativamente, abandonadas. Entrava em cena a penalidade moderna, que planejava privar o criminoso do seu bem maior — a sua liberdade —, internando-o numa instituição construída especificamente para recuperá-lo, que recebeu o nome de penitenciária. O seu funcionamento era regido por normas que seriam aplicadas de acordo com o modelo penitenciário escolhido pelas autoridades, mas utilizavam-se elementos como o trabalho, a religião, a disciplina, o uso de uniformes e, sobretudo, o isolamento como métodos de punição e recuperação. (Nesse caso, o texto trata de um projeto que ainda não foi anunciado. Pode ser qualquer projeto. ALTERA COMPLETAMENTE O SENTIDO).

  • Ai vc tem que presumir que a autora está falando de algo que as pessoas daquela época tinham conhecimento, diferente de nós candidatos que não fazemos a menor ideia do que é esse projeto civilizador oitocentista, mas o jogo é esse, paciência.

  • Vim fazer as questões mais recente para ver como o CESPE está se comportando, mas já nesta primeira questão percebi que continua com a mesma subjetividade rsrs. Vida que segue.

  • Se vocês voltarem lá no início, existem os artigos definidos e os indefinidos, estou certo?

    O que a gente aprendeu? O artigo definido fala de algo que a gente já sabe e o indefinido que a gente não sabe. A questão foi sim, bem subjetiva, mas ela fala no comando sobre o artigo definido. Eu devo tá maluco, mas se eu estiver errado, alguém melhor que eu, em português, por favor, corrija-me.

    Gabarito: CERTO

  • Se é DO projeto, é porque só existe um, de forma que ficaria errado colocar "de um projeto", pois ficaria parecendo que existe mais de um, e não necessariamente porque a autora pressuõe que os leitores já conhecem esse projeto.

  • Gab. (C)

    A implantação da penitenciária fazia parte do projeto civilizador oitocentista (...)”

    Contração “do” = preposição “de” + artigo “o”.

    Os artigos definidos (o, os, a, as) servem justamente para definir ou determinar um substantivo. Isso fica muito mais claro quando os contrapomos com os artigos indefinidos. Quando se determina algo, pressupõe-se, sim, que já sabemos do que estamos falando, pois não estamos falando de qualquer coisa, mas de uma coisa específica. Por exemplo:

    • O professor mandou eu refazer o simulado”. → Aqui estamos falando de algum professor em específico, o qual, em tese, é conhecido pelos interlocutores, determinado, pois.
    • Um professor mandou eu refazer o simulado”. → Nesse caso, estamos falando de um professor qualquer, não determinado, não especificado.

    Simulado Caveira

  • Gab. Certo

    Exato, inclusive essa é uma das funções do artigo: determinar o substantivo para indicar algo conhecido pelo falante e pelo ouvinte.

    Se eu falo para um colega — E aí Fulano de Tal, que tal comer o bolo?

    O bolo está determinado pelo artigo e, portanto, é conhecido. Assim, parto do pressuposto que o Fulano tem conhecido do bolo.

    No entanto, se falo assim:

    — E aí Fulano de Tal, que tal comer bolo?

    O bolo está indeterminado (tem ausência de artigo “o”) e, portanto, é desconhecido. Assim, parto do pressuposto que Fulano desconhece o bolo. 

    Bons estudos!!

    527

  • " ... utilizadas para atemorizar a quem estivesse planejando novos crimes" - portanto, tinha caráter preventivo sim. O erro está em afirmar que a autora critica.

  • Errei a questão, mas analisando melhor eu cheguei a seguinte conclusão:

    A implantação da penitenciária fazia parte do projeto civilizador oitocentista.

    FAZ PARTE DE ALGO ---> o termo exige a preposição de.

    A implantação penitenciária faz parte de um projeto ---> eu não especifico o projeto, desconheço, pode ser qualquer um.

    O mesmo não acontece se escrever faz parte do projeto (de + o, o artigo delimita o substantivo) e traz a impressão de que o leitor já tem uma ideia, mesmo que vaga, do que seja o projeto.

  • A questão é realmente um pouco subjetiva. Mas vamos dissertar sobre:

    Qual a diferença das frases ?

    A bolsa é de Ana;

    A bolsa é da (de+a) Ana.

    O artigo definido "a", na segunda frase, torna-a mais pessoal. Como que vc fosse uma pessoa próxima à Ana, ou seja, ela fosse sua conhecida.

    Logo, acredito que no trecho em questão, há também esse contexto, isto é, essa característica do artigo definido.

  • "A implantação da penitenciária fazia parte do projeto civilizador oitocentista, e o Brasil acompanhava..."

    Eu interpretei da seguinte forma: a autora não explica o que é esse projeto, logo, é necessário um conhecimento prévio.

  • Caso contrário, seria "de um projeto "

  • A implantação da penitenciária fazia parte do projeto civilizador oitocentista

    A implantação da penitenciária fazia parte de um projeto civilizador oitocentista

  •  "A implantação da penitenciária fazia parte do projeto civilizador oitocentista, e o Brasil acompanhava uma tendência mundial de modernização do sistema prisional"

    O artigo define precisamente "o projeto civilizador oitocentista" e segue sem explicar o que seria esse projeto, portanto, parte do pressuposto que você já saiba.

    Evolui muito nas questões de interpretação quando comecei a conversar com o texto, mesmo quando se trata de uma questão gramatical.

    Qual projeto civilizador?

  • parei de discutir com a banca, só fazendo questões mesmo e errando em provas é que cê fica blindado contra questões desse tipo

  • Seria a mesma coisa do tipo:

    Um policial veio aqui nessa loja ( um policial qualquer sem determinação)

    O policial veio aqui nessa loja ( esse policial é um específico, alguém conhecido).

  • Entendo que o "DO = DE + O" seja para o artigo especificar que é O projeto civilizador oitocentista, já que "quem paz parte, faz parte DE alguma coisa". Ou seja, não está se referindo a um projeto qualquer

    Não quer dizer com isso que o leitor tenha prévio conhecimento sobre tal, sendo ainda que ao decorrer do texto, o conceito é explicado.

    Mas quem sou eu pra discutir com a banca né?

  • GABARITO CORRETO.

    DE + O= DO (DEFINE, SABE DE QUEM ESTA FALADO)

  • Quando se trata de artigo definido nós sabemos de que ou de quem se trata mesmo sem conhecer, pois ele especifica.

  • O artigo especifica o substantivo, como bem explicou o colega Pedro.

    É por esse motivo que a crase antes de nome próprio feminino é facultativa,

    Se vc conhece a pessoal, vc vai dizer: "Falaram da Maria" (artigo especificando o substantivo)

    Se vc não conhece, vc vai dizer: "Falaram de Maria (de uma tal Maria)" (não tem artigo especificando)

    "refiro-me a Maria" (Preposição - mostra q vc não conhece/não tem intimidade)

    "refiro-me à Maria" (Preposição + Artigo - mostra que vc conhece/tem intimidade)

    É por isso também que a crase diante de nome de santa e de mulheres celebres é proibida, pq vc não tem "intimidade"/não "conhece".

    Tenho devoção a Santa Maria (sem crase)

    Mas se tiver a palavra "virgem", aí é com crase (pq? Sei lá! rsrsr - vai ver q é pq mostra muita intimidade dizer q a pessoa é "virgem" rsrs).

    O importante é q a gente decora assim. rsrs

  • eu pensei assim: '' pressupõe-se que a autora parte do princípio de que os leitores tenham conhecimento prévio acerca desse projeto.'' , eu tenho conhecimento prévio desse assunto? não! sou a leitora? sim! Então a questão ta errada kkkkkkk.

    Resumo: errei.

    Agora já aprendi mais um tipo de questão do cespe, errei por não focar muito em morfologia, principalmente, nessa parte de artigo. Mas a interpretação é ainda mais importante, só com o comentário de Pedro eu consegui entender o foco da questão.

  • Para responder pensei dessa forma: “do projeto civilizador oitocentista”

    DO= DAQUELE

    UM= "um projeto civilizador oitocentista" --> qualquer projeto

  • artigos definidos

    o , a , os ,as

    indefinidos

    um.,uma,uns ,umas

  • Acertei porque o termo "pressupõe-se" levou-me a inferir que se referia sim. Mas realmente, o examinador é quem escolho o gabarito.

  • Boa questão para deixar em branco.

  • Concordo que se fosse "de um projeto" ficaria indefinido qual projeto é, porém, "pressupõe-se que a autora parte do princípio de que os leitores tenham conhecimento prévio" achei demais! :(

  • Questão difícil.

    Já vi questão que julgaria isso como uma extrapolação.

  • Eu não responderia, questão muito subjetiva. A partir do gabarito sendo dado como "correto", pode-se pensar que argumentação dada pelo examinador tenha se relacionado com o artigo por definir o projeto.

  • entendi foi nada esse negocio de artigo e que a autora quer... questão nada ver com nada.

  • GABARITO MUITO ALEATÓRIO

    Pra mim, isso é extrapolação!

    Para a banca não.

    Questões desse tipo são perigosas. Na hora da prova, tem que deixar em branco, senão vira loteria.

    Você nasceu para ser vencedor. Acredite no processo! Tudo na sua vida faz parte do projeto de Deus para a sua evolução!

  • Exemplo didático:

    Um policial veio aqui nessa loja ( um policial qualquer, sem determinação)

    O policial veio aqui nessa loja ( esse policial é um específico, alguém conhecido).

    Na questão: DE (preposição) + O (artigo definido) = DO

  • Não tem nada de subjetivo na pergunta. O que a banca quer do candidato é saber se ele sabe sobre o uso do artigo definido, no campo da semântica. Artigo indefinido= sentido de qualquer Artigo definido= é usado em duas situações, ou para mencionar algo que já foi dito anteriormente, ou para dizer algo já conhecido. Pela leitura percebemos que não foi mencionado anteriormente, então foi empregado com o sentido de já ser conhecido pelo autor.
  • Respeito "tudo e todos", porém, está difícil fazer "provas" hoje em dia.

    Entrar no cérebro do examinador é F-da*.

  • Pra mim é extrapolação. O uso do artigo definido é para demonstrar o projeto específico, no qual a autora tem conhecimento. Se usasse o artigo indefinido estaria mencionando qualquer projeto. (minha opinião)

  • A autora não explica o que seria o projeto civilizador oitocentista. O que ela explica ao longo do texto é como é o novo modelo de penalidade, o que pode até fazer parte deste projeto civilizador, mas não se confunde com ele. Logo, a autora pressupõe que o leitor já saiba o que é este tal projeto.

    GAB: CERTO

  • Creio que o mais difícil seja entender o que está sendo pedido.

    Ela disse: fazia parte do projeto civilizador oitocentista.

    Pressupõe que o leitor saiba que projeto é esse, do contrário, ela teria que dizer: fazia parte de um projeto civilizador oitocentista.

    Seu eu digo: Esta nota é parte do dinheiro. (Presumo que a pessoa tenha conhecimento prévio de qual dinheiro estou falando)

    Seu eu digo: Esta nota é parte de um dinheiro. (Se não explico, logo vc me pergunta: qual?)

  • A subjetividade está baseada em ¨ ferrar com a tua vida¨.

  • ”Do” expressa definição. Simples!

  • Respondi no conforto de minha casa! então, eu pensei assim: lembram daquelas questões que com o artigo específica algo, que muda o sentido do texto? que já é batido pelo CESPE?

    Ano: 2021 Bana: CESPE, PRF - A coerência e os sentidos do texto seriam mantidos caso fosse suprimido o artigo “os”, no trecho “desenvolveram-se os vários campos de saber”, no último período do primeiro parágrafo.(E)

    a retirada do artigo "os" torne o termo mais genérico.

    fiz o mesmo raciocínio.

  • O "o" da contração "de+o" é um artigo definido. Sua função discursiva é referir-se a algo já conhecido pelos falante e ouvinte ou retomar algo que já foi introduzido no texto pelo artigo indefinido.

  • Sobre o emprego do artigo definido há duas possibilidade. Ele pode ser usado quando se trata de um ser já conhecido do leitor, (1) seja por ter sido mencionado antes, (2) seja por ser objeto de um conhecimento de experiência (algo comum do cotidiano).

    (1) Mariana iria passar por uma CIRURGIA, mas antes queria conversar sobre O procedimento.

    Veja que o artigo definido retoma substantivo mencionado anteriormente. Uso do artigo no primeiro caso. Retomada de algo que foi dito no texto.

    (2) Queremos falar sobre O Brasil.

    Aqui o substantivo já é conhecido pelo leitor. Algo comum e do cotidiano.

    Discordo da banca. "O projeto civilizador oitocentista" não é algo comum e do cotidiano de forma que possamos considerar como algo comum do conhecimento e experiência da maioria das pessoas. Mais para frente do texto há uma explicação sobre o projeto, confirmando que não é algo do conhecimento e experiência cotidiana.

  • ............Questão subjetva , de onde podemos tirar que , pressupõe-se que a autora parte do princípio de que os leitores tenham conhecimento prévio acerca desse projeto.??

    Assim fica difícil fazer prova !!

  • Fui por duas linhas de raciocínio.

    primeira: mesmo raciocínio da colega kaísa tainá;

    segunda: A autora do texto explica sobre a obra no primeiro parágrafo, porquanto ela(autora) parte do princípio que o leitor tem o conhecimento prévio acerca do projeto.

    pensei assim e deu certo.

  • pode crer

  • Substituí por : "daquele projeto" e isso fez com que eu acertasse a questão

  • bom neste caso eu entendo que como em nenhuma parte do texto se explico qual seria o projeto oitocentista ou qual o conceito do mesmo, acredito que o gabarito tem de ser dado como correto - caso fosse errado acredito que caberia recurso. Isso é uma visão quanto à temática não uma afirmação categórica

  • Questão de difícil interpretação, é necessário colocar um professor para comentar .

  • Minha contribuição.

    Artigos definidos e indefinidos: termos determinantes de substantivos.

    Ex.: O menino quebrou a janela. (artigo definido - conhece)

    Ex.: Um menino quebrou a janela. (artigo indefinido - não conhece)

    Função sintática do artigo: adjunto adnominal

    Abraço!!!

  • Em lugar nenhum do texto ela retomou ao tal projeto, posteriormente. Então, se não foi preciso retomar/explicar sobre, entendo que ela subentendia que os leitores sabiam do que se tratava.

  • O "do " (preposição de+ artigo o) ajuda a inferir o projeto que foi definido no texto.

  • 1) Ler a fonte do texto, O nascimento de uma penitenciária, logo o leitor já sabia que tipo de projeto civilizador estava sendo falado.

  • Certo

    Se eu falar acerca do projeto parece um projeto específico.

    Agora se eu falar de um projeto parece um projeto qualquer.

    Questão extremamente subjetiva.

    Vamos com tudo! PM/PC Goiás

  • A questão não é subjetiva. Quando o artigo definido " o" é usado em: do projeto... particulariza o projeto citado.

  • GALERA VOCÊS TEM QUE ESTUDAR COMPREENSÃO TEXTUAL, PORTUGUÊS NÃO É SÓ DECOREBA NÃO.

    ARTIGO DEFINIDO = DEFINE UM SUBSTANTIVO.

    DO PROJETO = DE + O PROJETO .

    MAS HORA , SE O SUBSTANTIVO ESTÁ DETERMINADO, É CLARO QUE O PROJETO ESTÁ DETERMINADO. NÃO FOI UMA COISA OCASIONAL,POIS ATÉ A FAVELA SABIA ,PORQUE NÃO O LEITOR.

  • Questão subjetiva. Por que eu teria que explicar algo que a pessoa ja tem conhecimento? Ao meu vê o examinador nao soube formular essa questão.

  • Às vezes parece que o Cebraspe faz isso para ficar em evidência... ser temido!!! Só pode!!

  • O artigo definido serviu APENAS APARA ESPECIFICAR O PROJETO, que é a função precípua do artigo definido. Não há como garantir que a autora pressupõe que os leitores conhecem o projeto, sob pena de extrapolação da interpretação. Que viagem de questão...

  • Pergunta extremamente mal formulada

  • P. Definidos: indicam termos já enunciados no texto

    P. Indefinidos: indicam termos presentes no texto pela primeira vez

  • Cespe sempre se posicionou que o artigo é uma forma de especificar, e não um modo do leitor tenha conhecimento prático daquilo.. questão subjetiva que só espelha o retrato da bando em 2021 que é lastimável.

    especificar:

    Menina bonita (qualquer menina)

    A menina bonita. (específica)

  • Preposição junto com o artigo determina algo.

  • Errei pq achei que fosse um peguinha do Cespe. Pensei "o conhecimento prévio acerca do tema é a autora que tem e não os leitores"...

    que tem conhecimento prévio ficou claro pq é um artigo definido, agora errei pq pensei que seria da autora e não dos leitores. Ai, que saco isso! :'(

  • Ele pode especificar até então, mas não tem como afirmar que a partir da especificação todos tenham conhecimento sobre o projeto, coisas bem distintas. Nessa questão poderia está errado por extrapolação, misturou gramatica e interpretação que está levando todos ao entendimento subjetivo

  • O fato de ser um projeto definido, não significa que o individuo saiba sobre ele. Pensei assim, e errei!

  • '' A implantação da penitenciária fazia parte do projeto civilizador oitocentista,''

    Que projeto é esse?

    Como não foi explanado no texto a 'Autora' Escreveu essa parte para quem já tem ciência desse projeto.

    Gabarito : Certo

  • de + o ( artigo definido) - especifica
  • Vários engenheiros de obra pronta por aqui. Quero ver na hora lá da prova. Mais humildade, por favor.

  • EAI CONCURSEIRO!!!

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  • Pensei como a Camila Reis.

    "de + o ( artigo definido) - especifica"

  • Cebolinha! o cheiro de bolo vem da casa da Mônica? (no contexto, o autor da frase pressupõe que o interlocutor sabe qual a casa é da Mônica).

  • Só lembrar que o "do"= de+o

    O "o" é um artigo definido, ou seja, determina o substantivo de modo PRECISO.

  • Se eu falo para um amigo:

    'Comprei o carro mais caro da concessionária'

    O artigo está especificando, mas em momento algum exijo que meu amigo saiba qual é o carro mais caro da concessionária.

    Se a autora escrevesse:

    '...fazia parte do projeto.'

    Eu até concordaria com os colegas, 'que projeto?'. Mas da forma como está escrito, não precisa de conhecimento prévio por parte do leitor, tanto que todos nós conseguimos ler e entender sem prejuízos, mesmo não tendo conhecimento prévio sobre tal projeto.

  • acertei por pensar que se trata algo histórico, senão, era dia ruim.