As fontes audiovisuais e musicais ganham crescentemente espaço na pesquisa histórica. Do ponto de vista
metodológico, são vistas pelos historiadores como fontes primárias novas, desafiadoras, mas seu estatuto é
paradoxal. Por um lado, as fontes audiovisuais (cinema,
televisão e registros sonoros em geral) são consideradas por alguns, tradicional e erroneamente, testemunhos
quase diretos e objetivos da história, de alto poder ilustrativo, sobretudo quando possuem um caráter estritamente documental, qual seja, o registro direto de eventos e
personagens históricos. Por outro lado, as fontes audiovisuais de natureza assumidamente artística (filmes de
ficção, teledramaturgia, canções e peças de teatro) são
percebidas muitas vezes sob o estigma da subjetividade
absoluta, impressões estéticas de fatos sociais objetivos
que lhes são exteriores.
(Marcos Napolitano, A História depois do papel.
Em: Carla Bassanezi Pinsky (org.), Fontes históricas)
Acerca dessa discussão, Napolitano entende que o historiador deve considerar as fontes audiovisuais e musicais