A onda revolucionária de 1830 foi um acontecimento
muito mais sério do que a de 1820. De fato, ela marca
a derrota definitiva dos aristocratas pelo poder burguês
na Europa Ocidental. A classe governante dos próximos
50 anos seria a “grande burguesia” de banqueiros, grandes industriais e, às vezes, altos funcionários civis. Nos
EUA, entretanto, a democracia jacksoniana dá um passo
além: a derrota dos proprietários oligarcas antidemocratas pela ilimitada democracia política colocada no poder
com os votos dos homens das fronteiras, dos pequenos
fazendeiros e dos pobres das cidades. Mas, 1830 determina uma inovação ainda mais radical na política.
(Eric Hobsbawm, A Era das revoluções:
Europa 1789-1848. Adaptado)
Para Hobsbawm, tal “inovação ainda mais radical na
política” refere-se