O gabarito preliminar trazia a questão como Certa. Mas foi alterado pela banca após recursos.
Interessante notar que a justificativa da banca parece equivocada e não se concentra na quantidade de mecanismos do tipo na África Ocidental. O argumento foi a ausência do chanceler na assinatura do memorando. Esse ponto foi questionado pelo diplomata e professor preparatório Bruno Rezende.
Segue o texto integral da justificativa da banca:
"o item foi alterado para "Errado”, pois o Mecanismo de Diálogo Estratégico entre Brasil e Nigéria foi estabelecido, em 2013, durante a visita da ex-presidente Dilma Rousseff a Abuja. Na ocasião, não foi registrada visita do chanceler brasileiro, conforme consta no enunciado do item. MRE. Ministério de Relações Exteriores. Comunicado conjunto emitido por ocasião da visita da Presidenta Dilma Rousseff a Abuja nos dias 22 e 23 de fevereiro de 2013. Brasília: 23 fev. 2013. Disponível em: https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/comunicado-conjuntoemitido-por-ocasiao-da-visita-da-presidenta-dilma-rousseff-a-abuja-nos-dias-22-e-23-de-fevereiro-de2013. Acesso em: 20 jun. 2021" (Página do Iades: https://www.iades.com.br/inscricao/upload/273/2021070211115426.pdf )
A seguir a contraposição do professor:
"(...) Essa justificativa, porém, não procede. Como se pode verificar na página 'Concórdia, repositório de acordos do MRE' (https://concordia.itamaraty.gov.br/detalhamento-acordo/7421?tipoPesquisa=2&TipoAcordo=BL&IdEnvolvido=201), o Memorando de Entendimento para o Estabelecimento de Mecanismo de Diálogo Estratégico foi, sim, assinado pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, durante visita a Abuja, em fevereiro de 2013, quando acompanhou a presidente Dilma Rousseff em viagem oficial à Nigéria (é comum, afinal, que o chanceler esteja presente em todas as viagens presidenciais ao exterior). A assinatura do ministro consta, inclusive, na página final do memorando.
Ainda que tenha ocorrido no contexto de uma visita presidencial, não nos parece correto afirmar, como fez a banca, que "não foi registrada visita do chanceler brasileiro" nessa ocasião. Afirmar que o chanceler visitou Abuja não significa, necessariamente, que o tenha feito sozinho ou que tenha sido a maior autoridade ali presente. Por essas razões, a mudança de gabarito para Errado, em nossa avaliação, não se justificaria." (Disponível no canal do professor no Telegram).