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ID
5326003
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
História
Assuntos

    Havendo El Rei Meu Augusto Pai pelo Decreto e Instruções, de 22 de abril de 1821, em que houve por bem prover acerca do Governo e Administração deste Reino do Brasil, estabelecido, entre outras sábias providências, que ao Ministro Secretá rio d’Estado dos Negócios do Reino ficasse pertencendo a direção privativa da Pasta dos Negócios da Guerra a que andava anexa; E cumprindo, segundo o espírito das citadas Instruções, dar toda a latitude e estabilidade àquela providência afim de que a Escrituração e Expediente dos Negócios Estrangeiros fiquem efetivamente independentes de se acharem, como se acham, promiscuamente escriturados e expedidos por uma só Secretaria, e nos mesmos livros, negócios diferentes e quase incompatíveis; E merecendo outrossim a ́ Minha Real Consideração o que a este respeito Me representou o Oficial Maior atual de ambas as Repartições, Simeão Estellita Gomes da Fonseca, que insta para ser aliviado de uma responsabilidade cumulativa; e por outros motivos igualmente atendíveis, Hei por bem dividir em duas a Secretaria d’Estado ́ dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, passando a repartição dos Negócios Estrangeiros a formar uma Secretaria absolutamente desligada da da Guerra, debaixo da direção do meu Ministro e Secretário d’Estado dos Negócios.

DECRETO de separação das Secretarias dos Negócios Estrangeiros e dos Negócios da Guerra, de 2 de maio de 1822. AHI. (Leis, Decretos e Portarias, 321- 1-1). Apud: ANJOS, João Alfredo dos. José Bonifácio, primeiro chanceler do Brasil. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2008, p. 301. 

A respeito da participação de José Bonifácio de Andrada e Silva no processo de independência do Brasil, julgue (C ou E) o item a seguir.

José Bonifácio considerava o reconhecimento da independência por potências estrangeiras essencial para preservar a unidade territorial e a soberania do Brasil, mesmo que isso implicasse, no curto prazo, a assinatura de tratados comercialmente pouco favoráveis ao País.

Alternativas
Comentários
  • O erro da questão está em "mesmo que isso implicasse, no curto prazo, a assinatura de tratados comercialmente pouco favoráveis ao País". José Bonifácio acreditava veementemente na força de barganha brasileira, por consequência da importância comercial do recém país independente perante as grandes potências mundiais da época, em destaque a Inglaterra. Bonifácio tinha como pilar da sua política externa uma diplomacia bastante assertiva, não cedendo nem mesmo as pressões britânicas acerca da recondução dos Tratados Desiguais de 1810. O mesmo não pode ser dito de D. Pedro I, que, após forçar o exilio de Bonifácio, cede aos pedidos da Inglaterra para garantir o reconhecimento da independência do Brasil.

  • “Outra linha marcante de atuação do Chanceler José Bonifácio foi a da preservação da autonomia decisória do Estado em relação aos centros internacionais de poder. Não interessava ao Estado nascente reproduzir a relação de subordinação estabelecida entre Portugal e a Grã-Bretanha. Ciente do peso dos interesses comerciais britânicos, Bonifácio procuraria valer-se do acesso ao mercado consumidor brasileiro como recurso de poder para garantir não apenas o reconhecimento da Independência, mas a efetiva soberania do Estado brasileiro sobre o território que se unificava. " Anjos, João Alfredo dos. José Bonifácio, primeiro Chanceler do Brasil. Brasília : Fundação Alexandre de Gusmão, 2007. Introdução, p. 16.

  • o "Patriarca da Independência"

     Em 1819, José Bonifácio tornou-se ministro e conselheiro do Príncipe Regente e futuro imperador D. Pedro 1º. Foi ele quem incentivou o monarca a proclamar a Independência do Brasil, em 1822, e integrou o primeiro escalão de dirigentes da nova nação.

    CFO PM BA

    Sertão!!!

  • Ricupero na página 119: "O voluntarismo e a autoconfiança que distinguiam a forte personalidad do Patriarca fizerem dele um dos raros a abordar as negociações com os ingleses sem insegurança nem sentimento de inferioridade".