SóProvas


ID
5327779
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
PC-PA
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Zuenir Ventura: Não podemos reduzir o mundo a 140 toques

Wilker Sousa 


    Notícias produzidas em tempo real na tentativa de apreender um mundo complexo cujas fronteiras, em face do universo digital, há muito desapareceram. Lidar com tecnologias que ampliam o acesso à informação e ao mesmo tempo restringem a notícia a textos exíguos. Essas são algumas das questões que vêm à tona quando se propõe discutir a atividade jornalística contemporânea.

    Na tarde do último sábado (29), esse foi o tema do debate Cena Contemporânea – O jornalismo dos Primeiros 10 anos do século 21, presente no XIII Fenart (Festival Nacional de Arte), realizado em João Pessoa.

    Ao longo de três horas, os jornalistas Marcela Sitônio, Jô Mazarollo e Gonzaga Rodrigues (da imprensa local) juntamente com o jornalista e escritor mineiro Zuenir Ventura analisaram os impactos das tecnologias recentes no cotidiano do jornalista e em que medida suscitam novas maneiras de se pensar e de se fazer jornalismo. Ao final do debate, Zuenir Ventura concedeu entrevista à CULT, leia a seguir. 


CULT – Em tempos de twitter e da avalanche de informações a que o indivíduo é submetido, ainda há público leitor para grandes reportagens?


    Zuenir Ventura – Eu acho tudo isso melhor do que não escrever e melhor do que não ler, mesmo sabendo da precariedade do texto. É melhor porque você se habitua a ler e amanhã lerá outras coisas. Recentemente, li sobre o episódio de um jovem que mal sabia escrever e começou a ficar isolado de sua turma porque todo mundo se comunicava via e-mail. Ele ficou desesperado e aprendeu a escrever para passar e-mails para os colegas da turma. Então, é melhor assim do que se não houvesse nada. Mas é claro que isso não pode ser um processo pernicioso, ou seja, a gente não pode reduzir o mundo a 140 toques. Tem coisa que pode ser escrita em 140 toques, outras não. Eu também acho que a grande reportagem não é necessariamente uma reportagem grande, mas apenas há assuntos que necessitam de mais espaço, de mais tempo, de mais apuração, ou seja, a diferença de uma matéria está em como foi feita a pesquisa, a apuração, o trabalho com o texto. Por que as matérias de jornalismo literário são melhores? Porque se tem mais tempo para trabalhar, mais espaço e isso exige uma qualidade maior na feitura do texto.


Adaptado de: https://revistacult.uol.com.br/home/o-jornalismo-do-seculo-21/.

Acesso em: 16 jan. 2021.

Quanto aos mecanismos de coesão textual empregados no texto, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • O termo cujo quase sempre é um adjunto adnominal, raramente aparece como complemento nominal. Indica geralmente posse, não é seguido de artigo, mas pode ser antecedido de preposição.

    Aparece sempre entre substantivos e o retorna o termo anterior concordando com o termo posterior. (caso da questão).

    Gabarito letra A

  • A - CERTO. CUJAS = Traz uma ideia de posse. Ele se refere ao mundo complexo, mas estabelece concordância com fronteiras, pois esse pronome relativo concorda com o elemento que segue mas ele retoma o antecedente, é um pronome relativo bem específico.

    B - ERRADO. Não é de adição, mas sim de adversidade.

    C - ERRADO. O “esse” retoma atividade jornalística contemporânea.

    D - ERRADO. É o menino que não sabia utilizar tecnologias. Ficou explicitado, sim.

    E - ERRADO. O primeiro “então” traz a conclusão, o segundo “então” retoma uma perspectiva de sequência temporal (relacionado a tempo), sentidos completamente diferentes.

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    Características do pronome CUJO:

    1. Indica posse e vem sempre entre dois substantivos, possuidor e possuído;
    2. Não pode ser seguido de artigo, mas pode ser antecedido por preposição;
    3. Não pode ser substituído por outro pronome relativo;
    4. Obs.1: CUJO O ou CUJO A - NÃO EXISTE;
    5. Obs.2: PEDIU PRA TROCAR POR CUJO, OU PEDIU PARA SUBSTITUIR O CUJO/CUJA DA FRASE, RESPOSTA: ERRADO.

  • ENTÃO - PODE SER SEQUÊNCIA TEMPORAL. EXEMPLO: EM 2019, O ENTÃO PRESIDENTE...

    ENTÃO - PODE SER CONCLUSÃO

  • Cabe uma análise aprofundada na letra b), então... seguimos!

    Explico: muito embora o conectivo "mas", esteja ligado à adversidade, ou seja, ao conectivo, em regra, adversativo. É possível que em algumas frases, ele possa apresentar valor de adição.

    Vejamos no seguinte exemplo: "Não só estudo mas também trabalho".

    Logo, perceba que há uma adição, ao invés de uma adversidade.

    No mais, sugiro que vocês possam pesquisar mais sobre esse "conectivo", em bancas mais pauleiras, essa dica que estou dizendo é de extrema importância.

    Abraço! =)

  • DICAS PARA USAR O PRONOME CUJO:

    * Tal termo somente é utilizado no sentido de POSSE, fazendo referência ao termo antecedente e ao substantivo subsequente.

     

    Observe: O garoto cujo pai esteve aqui...

    A enunciação diz respeito ao pai do garoto, expresso antes. 

     

    * Não se usa artigo definido entre o pronome ora em discussão (cujo) e o substantivo subsequente

    O garoto cujo (o) pai esteve aqui (situação inadequada)

    O garoto cujo pai esteve aqui... (forma conveniente)

     

    * O pronome deve aparecer antecedido de preposição sempre que a regência dos termos posteriores exigir. 

     

    Aquela é a família de cuja casa todos gostam. 

  • Decore:

    Pronome CUJO - Se refere ao antecedente concorda com o consequente!

  •  CUJAS = Traz uma ideia de posse. Ele se refere ao mundo complexo, mas estabelece concordância com fronteiras, pois esse pronome relativo concorda com o elemento que segue mas ele retoma o antecedente, é um pronome relativo bem específico.