SóProvas


ID
5344354
Banca
SELECON
Órgão
Prefeitura de Cuiabá - MT
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

VACINAS, PARA QUE AS QUERO?


  Em um momento em que os menos avisados suspeitam das vacinas, as autoridades em saúde pública e imunologia apresentam dados mostrando que, na realidade, as vacinas precisam, sim, ser inoculadas com mais frequência. Esse é o teor do artigo 'Quanto tempo duram as vacinas?”, assinado por Jon Cohen publicado na prestigiosa revista Science em abril de 2019. Nele, Cohen indaga, entre outros assuntos, por que o efeito protetor das vacinas contra a gripe dura tão pouco (em média, depois de 90 dias, a proteção começa a cair) e em outras, como as da varíola e da febre amarela, a ação é bem mais prolongada.

  Alguns especialistas argumentam que certos vírus sofrem altas taxas de mutação e geram novos clones, que, por serem ligeiramente diferentes dos originais, não seriam reconhecidos pelas células do sistema imune. Mas, a coisa não é tão simples assim.

  Ao estudar a caxumba (que ainda afeta os humanos), por exemplo, os epidemiologistas descobriram que a recorrência da doença acontece com mais frequência em uma determinada faixa etária (entre 18 e 29 anos de idade). Se a reinfecção dependesse apenas de mutações, todas as idades deveriam ser igualmente afetadas. Assim, o enigma perdura.

  No entanto, o consenso entre os imunologistas especializados em vacinas é que, de fato, precisamos de mais exposição aos agentes infecciosos ou às próprias vacinas. Em outras palavras, no caso da gripe, teríamos que tomar doses seguidas da vacina a fim de aumentar seu efeito protetor. Em razão desses achados, os pesquisadores chegaram até a criticar a decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de recomendar que a vacina contra a febre amarela devesse ser inoculada apenas uma vez, isto é, seria uma vacina vitalícia.

  A necessidade da exposição constante aos agentes infecciosos vai de encontro à hipótese do biólogo norteamericano Jared Diamond que, em seu livro Armas, germes e aço, defende a ideia de que, ao longo da história, o sucesso dos conquistadores se deveu, em parte, ao fato de eles serem originalmente cosmopolitas e, dessa maneira, terem adquirido resistência imunológica aos agentes infecciosos da época. Mesmo resistentes, seriam portadores desses agentes, o que manteria a memória imunológica. Já os conquistados, grupo formado por populações menores, sucumbiriam ao confronto por não serem capazes de se defender tanto dos invasores humanos quanto daqueles microscópicos.

  Embora o avanço nessa área seja promissor, o mecanismo que torna uma vacina mais duradoura ou não ainda segue sem resposta. Como afirma Cohen em seu artigo, “essa é uma pergunta de um milhão de dólares!” (aproximadamente, o valor do prêmio Nobel).

  A despeito disso, ninguém deveria duvidar do poder das vacinas. Muito pelo contrário. A tendência atual no tratamento de doenças crônicas, como o câncer e a artrite reumatoide, é a imunoterapia. Um dia, quem sabe, teremos vacinas contra todos esses males.

Franklin Rumjanek

(Disponível em: http:/cienciahoje.org.br/artigo/vacinasara-que-as-quero/)

A ideia central do segundo parágrafo é apresentada pelo seguinte procedimento recorrente em gêneros discursivos midiáticos:

Alternativas
Comentários
  • GAB: D

    Tipos de Discurso

     

    Discurso Direto: O narrador dá voz ao personagem (Reproduz exatamente a fala do personagem).

     

    A professora disse ao aluno: - Estou feliz com o seu progresso.

     

     

    Discurso Indireto: O narrador reproduz a fala do personagem com sua própria voz. 

    A professora disse ao aluno que estava feliz com o progresso dele.

     

    Discurso Indireto Livre: O Narrador traz a voz do personagem mesclada à sua própria voz.

     

  • #PPMG2021

  • Gab D

    Discurso direto: transcrição exata das falas dos personagens

    Discurso Indireto: O Narrador explica as falas dos personagens.

  • questão repetida é mato :-(

  • GABARITO - D

    Um bizu para o Discurso Indireto é que as falas em geral aparecem como orações substantivas.

     Alguns especialistas argumentam ISSO...

    Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta

  • Discurso direto: Passa a citar fielmente a fala do personagem.

    Ex: O réu afirmou: "Sou inocente!"

    Discurso indireto: O narrador da história interfere na fala do personagem preferindo suas palavras. Aqui não encontramos as próprias palavras da personagem.

    Ex: O réu afirmou que era inocente.

    Descrição subjetiva: é cheia de opiniões e juízo de valor. Além de retratar o que está em evidência, o observador insere no texto as suas próprias impressões.

    Ex.: "A bonita cidade é pequena e pacata. Lá todas as pessoas se conhecem.”