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ID
5344888
Banca
AOCP
Órgão
MPE-RS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

COMO DEFINIR OBJETIVOS QUANDO NÃO SABEMOS O QUE QUEREMOS

Pilar Jericó - 11 MAI 2021


    Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos. Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.

    Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos. 

    [...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta, obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair daquilo? 

    Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.

    Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos, temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um personagem de ficção. Mais uma vez, isso funciona como farol, mas volta a nos dar pistas sobre nós mesmos. Com este exercício, podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade e a definir objetivos concretos.

Adaptado de: https://brasil.elpais.com/estilo/2021-05-11/como-definir-objetivos-quando-nao-sabemos-o-que-queremos.html. Acesso em: 14 mai. 2021.

Assinale a alternativa em que a colocação do pronome em destaque pode ser alterada.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: (E)

    ___

    A questão trata sobre a colocação pronominal (próclise, mesóclise e ênclise) e quer saber onde há possibilidade de deslocamento do pronome.

    (A) “[...] recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem.”.

    ERRADO. Presença do “que” funcionando como pronome relativo, é uma partícula atrativa de próclise obrigatória

    (B) “[...] quando nos deparamos com um fracasso [...]”.

    ERRADO. Presença do “quando”, advérbio que atua como partícula atrativa. A próclise é obrigatória.

    (C) “Um sonho é um projeto que nos anima [...]”.

    ERRADO. Mesmo caso da alternativa (A). Presença do “que” pronome relativo, que é uma partícula atrativa de próclise.

    (D) “[...] podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade [...]”.

    ERRADO. Novamente, presença do “que” pronome relativo, é uma partícula atrativa de próclise.

    (E) “Um pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar [...]”.

    CORRETO. Não há nenhuma partícula atrativa de próclise, tampouco é caso de mesóclise. O sujeito é explícito e o verbo “ajudar” está no infinitivo pessoal. Logo, “um pequeno exercício de reflexão pode ajudar-nos” também estaria correto.

  • Verbos no INFINITIVO aceitam tanto PRÓCLISE como ÊNCLISE!

    Gab: letra "E"

  • Locução Verbal cujo verbo principal está no infinitivo aceita tudo, ou seja, pode ficar proclítico e enclítico ao verbo auxiliar, bem como proclítico e enclítico ao verbo principal.

  • GAB: E

    Verbos no INFITINIVO aceitam PRÓCLISE e mesmo que tenha palavras atrativas aceitam também ÊNCLISE!

  • ANOTA ESSA DA QUERIDÍSSIMA PROFESSORA ADRIANA FIGUEIREDO!

    COLOCAÇÃO PRONOMINAL

    3 Proibições:

    • Começo de frase
    • Após verbo no futuro
    • Após verbo no particípio (ado/ido)

    1 Regra Geral

    • Havendo palavra atrativa a PRÓCLISE é OBRIGATÓRIA!

    2 Exceções

    • Após verbo no infinitivo (ar/ er/ ir) a ÊNCLISE estará SEMPRE certa mesmo tendo a palavra atrativa.
    • Nas conjunções coordenativas aceita Próclise ou Ênclise.

  • “um pequeno exercício de reflexão pode ajudar-nos” também estaria correto.

  • GABARITO: (E)

    ___

    A questão trata sobre a colocação pronominal (próclise, mesóclise e ênclise) e quer saber onde há possibilidade de deslocamento do pronome.

    (A) “[...] recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem.”.

    ERRADO. Presença do “que” funcionando como pronome relativo, é uma partícula atrativa de próclise obrigatória

    (B) “[...] quando nos deparamos com um fracasso [...]”.

    ERRADO. Presença do “quando”, advérbio que atua como partícula atrativa. A próclise é obrigatória.

    (C) “Um sonho é um projeto que nos anima [...]”.

    ERRADO. Mesmo caso da alternativa (A). Presença do “que” pronome relativo, que é uma partícula atrativa de próclise.

    (D) “[...] podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade [...]”.

    ERRADO. Novamente, presença do “que” pronome relativo, é uma partícula atrativa de próclise.

    (E) “Um pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar [...]”.

    CORRETO. Não há nenhuma partícula atrativa de próclise, tampouco é caso de mesóclise. O sujeito é explícito e o verbo “ajudar” está no infinitivo pessoal. Logo, “um pequeno exercício de reflexão pode ajudar-nos” também estaria correto.

  • e eu que errei por falha de interpretação no comando "Assinale a alternativa em que a colocação do pronome em destaque pode ser alterada." a questão realmente não é clara sobre a alteração do termo, como eu havia acabado de estudar outro tema ao ler a questão não identifiquei que seria alterar a posição, mas sim alterar a palavra.