- ID
- 5361553
- Banca
- VUNESP
- Órgão
- Prefeitura de Ilhabela - SP
- Ano
- 2020
- Provas
-
- VUNESP - 2020 - Prefeitura de Ilhabela - SP - Analista - Administração de Empresas - Gestão Pública
- VUNESP - 2020 - Prefeitura de Ilhabela - SP - Analista - Administração Pública - Gestão Pública
- VUNESP - 2020 - Prefeitura de Ilhabela - SP - Analista - Arquivologia - Documental
- VUNESP - 2020 - Prefeitura de Ilhabela - SP - Analista - Biblioteconomia - Documental
- VUNESP - 2020 - Prefeitura de Ilhabela - SP - Analista - Ciências Sociais - Gestão Pública
- VUNESP - 2020 - Prefeitura de Ilhabela - SP - Analista - Direito - Gestão Pública
- VUNESP - 2020 - Prefeitura de Ilhabela - SP - Analista - Economia - Gestão Pública
- VUNESP - 2020 - Prefeitura de Ilhabela - SP - Analista - Estatística - Gestão Pública
- VUNESP - 2020 - Prefeitura de Ilhabela - SP - Analista - Gestão de Políticas Públicas - Gestão Pública
- VUNESP - 2020 - Prefeitura de Ilhabela - SP - Analista - Jornalismo - Comunicação
- VUNESP - 2020 - Prefeitura de Ilhabela - SP - Analista - Publicidade e Propaganda - Co
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Leia o texto de Luis Fernando Verissimo para responder à questão.
2020
E lá fomos nós para o ano vinte-vinte, na esperança de
que a repetição dos números significasse alguma coisa...
Vivemos sempre com a expectativa que uma anomalia ou
qualquer ruptura com o normal – como um ano com números
reincidentes – seja um sinal. E há pessoas que procuram nos
astros esse sinal de que algo guia seus passos e orienta sua
vida.
Quando comecei a trabalhar na imprensa, há 200 anos,
fazia de tudo na redação, depois de passar o dia no meu
outro emprego de redator de publicidade. Um dia me pediram
para fazer o horóscopo, já que o astrólogo profissional insistia
em ganhar um aumento, uma reivindicação irrealista, dadas
as condições do jornal. Como eu já fazia de tudo na redação,
comecei a fazer o horóscopo também. Todos os dias inventava o destino das pessoas e distribuía as previsões e os
conselhos pelos 12 signos do zodíaco.
O horóscopo era a última coisa que eu fazia no jornal antes de ir me encontrar com a Lucia e, se tivéssemos sorte, ir a
um cinema, de modo que meu horóscopo era sempre feito às
pressas, e com a escassa energia que sobrava depois de um
dia fazendo de tudo. E então bolei uma solução genial para
liquidar o horóscopo em pouco tempo e ir embora. Como era
óbvio que as pessoas só querem saber o texto do seu próprio
signo, comecei a fazer um rodízio: mudava os textos de signo
e de lugar. O que um dia era o texto para libra no dia seguinte
era para sagitário, etc. Ninguém iria notar a trapaça sideral,
os deuses me perdoariam.
Não demorou para que o editor do jornal me chamasse. Tinha muita gente reclamando do horóscopo. O que eu
pensava que era óbvio não era. Minha pseudoesperteza
tinha sido descoberta, aparentemente todo o mundo lê todo
o horóscopo todos os dias. Minha breve carreira de astrólogo
terminou ali. Mas eu só queria dizer que, mesmo quando era
eu que escrevia os textos, nunca deixava de ler o que libra
reservava para meu futuro. Fazer o quê? Precisamos de uma
direção na vida, venha ela de onde vier.
(O Estado de São Paulo, 05.01.2020. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a frase reescrita com base
nas ideias do texto está em conformidade com a regência
padrão.