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Período de incerteza de Tourdes é o "período quantificado em cerca de 6 horas antes e 6 horas depois da morte, no qual há uma incerteza acerca do diagnóstico das lesões, não se podendo definir se elas tiveram causa anterior ou posterior à morte". Wilson Luiz Palermo Ferreira. Medicina Legal: Sinopses. Ed. Juspodivm: Salvador. 2020, p. 421
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Gab: E
Fenômenos abióticos imediatos/ de incerteza/ prováveis( probabilidade de morte).
- perda da consciência;
- insensibilidade;
- imobilidade;
- perda do tônus muscular;
- fácies hipocrática(máscara de morte);
- relaxamento dos esfíncteres;
- inexcitabilidade elétrica;
- cessação da respiração;
- cessação da circulação;
- pupilas dilatadas(midríase).
Fenômenos abióticos consecutivos/ tardios/ reais (evidentes de morte).
- desidratação (pergaminhamento da pele e das mucosas, modificações dos globos oculares, manchas da esclerótica, tela viscosa, perda da tensão do globo ocular, decréscimo de peso);
- resfriamento cadavérico;
- rigidez cadavérica;
- livores cadavéricos;
- espasmo cadavérico.
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GABARITO: LETRA E
Critérios para o diagnóstico de morte encefálica:
De acordo com a sociedade alemã de cirurgia:
- Serem observados os sinais clássicos de morte ou quando a depressão circulatória tenha desencadeado uma parada cardiorrespiratória no decorrer de uma perda gradual das funções vitais; ou
- Quando houver mais de 12 (doze) horas de inconsciência com falta de respiração espontânea; midríase bilateral e; eletroencefalograma (EEG) isoelétrico; ou
- Quando o angiograma revelar cessação da circulação intracraniana durante 30 minutos.
De acordo com protocolo para morte cerebral de Harvard:
- Ausência de receptividade aos estímulos externos;
- Ausência de resposta aos estímulos externos;
- Ausência de movimentos espontâneos durante, pelo menos, uma hora;
- Ausência de respiração espontânea por mais de 3 minutos (faz o teste desligando o respirador por 3 minutos. Deve estimular o bulbo);
- Ausência de reflexos cerebrais (coma irreversível);
- Pupilas dilatadas e fixas.
Fonte: sinopse Juspodivm
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Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
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(V) Parada respiratória, fácies hipocrática e perda de funções cerebrais são sinais precoces de morte.
- perda de funções cerebrais (perda da consciência),
- imobilidade,
- relaxamento muscular,
- relaxamento dos esfíncteres,
- parada cardíaca e ausência de pulso,
- parada respiratória,
- insensibilidade,
- fácies hipocrática,
(F) Rigidez cadavérica, manchas de hipóstase e espasmo cadavérico são sinais precoces de morte.
- resfriamento do corpo,
- espasmo cadavérico (tipo de rigidez cadavérica)
- presença de livores e
- manchas de hipóstases.
(F) São critérios para conclusão de morte encefálica: midriase e angiograma cerebral negativo por 30 minutos.
A midríase (pupila dilatada) consiste no aumento do diâmetro da pupila (maior que 4 mm)
Pupila dilatada significa morte cerebral? Sim. A pupila dilata nos dois olhos, que não reage ao estímulo luminoso, é um dos sinais de morte encefálica, que é caracterizada pela perda completa e irreversível de todas as funções neurológicas do paciente.
A morte cerebral pode produzir-se antes que cessem os batimentos cardíacos (traumatismos cerebrais); considerar-se-á que o cérebro está morto depois de 12 h de inconsciência com falta de respiração espontânea, midríase bilateral e EEG isoelétrico, ou quando o angiograma revela cessação da circulação intracraniana durante 30 min;
Acredito que o erro da alternativa é afirmar “midriase e angiograma”, sendo que seria “midríase bilateral e EEG isoelétrico, ou quando o angiograma revela cessação da circulação intracraniana durante 30 min”
(V) Denomina-se período de incerteza de Tourdes aquele em que há sinais de morte também encontrados em condições em que o indivíduo pode estar vivo.
Tourdes chamou de “período de incerteza diagnóstica”, apontado por ele como 6 h antes e após a morte. O período de incerteza de Tourdes: é o intervalo de tempo em que não é possível determinar de forma categórica a ocorrência da morte do indivíduo analisando apenas os sinais imediatos (por exemplo, relaxamento muscular e perda da consciência).
Portanto, o art. 162 do Código de Processo Penal exige, em regra, que se aguarde 6 horas após o óbito para que a necrópsia seja realizada. A partir de tal período, os sinais tardios de morte estarão presentes e indicarão que o indivíduo faleceu
(F) São considerados critérios para inclusão de morte encefálica o EEG isoelétrico e o angiograma cerebral negativo por 12 horas.
Como já falado, “quando o angiograma revela cessação da circulação intracraniana durante 30 min”, e não por 12 horas.
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Relembrando:
2) Fenômenos cadavéricos/abióticos tardios, mediatos ou consecutivos indicam certeza de morte, são:
LAR:
2.1) Livor mortis: hipóstases, livores cadavéricos: representa a mudança de coloração (manchas arroxeadas) que surge na pele dos cadáveres, decorrente do depósito do sangue estagnado pela ação da gravidade, nas partes mais baixas do corpo, e que indicam sua posição original
surgem em média 2 a 3 h depois da morte, fixando-se definitivamente em torno das 12 h post mortem.
QUESTÃO (CERTO) A presença de livores de hipóstase em regiões opostas àquelas em que seria de se esperar pela posição do corpo mostra que ele foi mudado de posição.
2.2) Algor mortis: resfriamento do corpo: ou Frigor Mortis: resfriamento cadavérico decorrente da cessação da atividade metabólica e do esgotamento gradual das fontes energéticas.
0,5ºC por até 3 horas após a morte.
1ºC por hora após a 4ª hora de morte.
Após 12ª hora a temperatura do corpo iguala-se à do ambiente".
2.3) Rigor mortis: Rigidez cadavérica: a rigidez cadavérica se inicia entre 1 e 2 horas após a morte e chega ao seu ápice em 8 horas. Desaparece (flacidez muscular) em torno de 24 a 48 horas após a morte (COM O INÍCIO DA PUTREFAÇÃO). Desaparece na mesma ordem que se propaga.
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1. ATC: apesar do conceito de morte não ser a morte do cérebro para se começar a pensar em morte, no exame eletroencéfalográfico deve ser isoelétrico, ou seja, sem resposta elétrica em todas as derivações.
2. EXCEÇÕES: recém-nascido prematuro, pacientes submetidos a procedimentos terapêuticos ou acidentais de hipotermia, vítimas intoxicadas por barbitúricos, estão de coma de causa metabólica, o EEG pode ser isoelétrico por horas e mesmo assim o paciente se recuperar completamente. Em resumo, o paciente ainda está vivo.
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Critérios para diagnóstico de morte encefálica - Resolução CFM nº 2173/17
- Sinais clássicos de morte ou a depressão circulatória tenha desencadeado uma parada cardiorrespiratória no decorrer de uma perda gradual das funções vitais; OU
- Quando houver mais de 12 hs de inconsciência, com falta de respiração espontânea, midríase bilateral e eletroencefalograma (EEG) isoelétrico; OU
- Angiograma revelar cessação da circulação intracraniana durante 30 min.