“A experiência é o passado atual, aquele no qual acontecimentos foram incorporados e podem ser
lembrados. Na experiência se fundem tanto a elaboração racional quanto as formas inconscientes de
comportamento, que não estão mais, ou que não precisam mais estar presentes no conhecimento. Além
disso, na experiência de cada um, transmitida por gerações e instituições, sempre está contida e é conservada
numa experiência alheia. Nesse sentido, também a história é desde sempre concebida como conhecimento de
experiências alheias. Algo semelhante se pode dizer da expectativa: também ela é ao mesmo tempo ligada à
pessoa e ao interpessoal, também a expectativa se realiza no hoje, é futuro presente, voltando para o ainda não, para o não experimentado, para o que apenas pode ser previsto.”
(KOSELLECK, R. Futuro passado. Rio de Janeiro: Editora PUC- Rio: Contraponto, 2006.)
O historiador alemão Reinhardt Koselleck pensa o tempo histórico a partir do par analítico “espaço da
experiência” e “horizonte de expectativa”. Na perspectiva do autor, como é identificado esse par analítico?