SóProvas


ID
5433916
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Colômbia - SP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Eu gosto de observar as pessoas em seus trabalhos e ocupações. Uma das coisas que mais me deixa feliz é ver o brilho no olhar e a forma entusiasmada das que trabalham com afinco. Quem no dia a dia do trabalho tem essa característica comumente consegue se destacar, crescer, subir na carreira e o mais importante, é lembrado por muito tempo pelas pessoas com quem teve contato. 
    Sou professor há 12 anos e, ainda hoje, quando começa uma turma nova, me dá um certo frio na barriga e um pouco de nervosismo. E não se trata de insegurança, trata-se de valorização do trabalho. Na minha mente vem aquele desejo de passar uma boa impressão e ser cativante para os alunos. E isso dá um pouco de nervosismo. Também já escrevo na internet há pouco mais de 7 anos, e sempre antes de clicar no botão “publicar” eu leio atentamente o texto, reviso algumas palavras e ideias. Além disso, sempre me pergunto: “esse texto vai ajudar de alguma forma a quem for lê-lo? Esse texto vai despertar ideias e insights bacanas?”. Só depois de responder a elas de forma afirmativa é que o publico.
    Inúmeras vezes cheguei a escrever textos que estavam prestes a serem publicados e na última hora me veio a negativa para as perguntas formuladas há pouco. E sabe de uma coisa interessante? Esse exercício tem sido para mim como uma espécie de terapia, no qual expresso por escrito parte do que estou sentindo e que está me incomodando. Muitas vezes somos tentados a escrever sobre algo que esteja nos deixando tristes, chateados, irritados ou desesperançosos, etc. Porém, é preciso compreender que, em quase 100% dos casos, o que nos incomoda e chateia, para outras pessoas, pode ser exatamente o oposto, pode ser motivo de alegria e orgulho.
    Em 2019, uma obra magnífica da qual li alguns trechos se chama Crítica da razão pura, do filósofo alemão Immanuel Kant, e nesta obra ele aborda amplamente um conceito famoso seu que é o “imperativo categórico”. Sendo bem direto e objetivo, esse conceito diz: “age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal”. Em outras palavras, se o que eu fizer puder ser feito por 100% das pessoas, maravilha, então trata-se de algo moralmente correto; se não puder ser feito por 100% das pessoas, é preciso pensar com mais cuidado, com mais cautela, com mais critério, buscando como objetivo que se torne algo universal.
    Eu passei a olhar para o meu dia a dia e para as minhas atitudes com um olhar bem mais ligado após estudar um pouco esse pensador tão revolucionário. Se você observar e ler com bastante atenção esse conceito, é possível fazer o link com a seguinte frase de Antonio Meneses: “quem não fica nervoso (antes de um desempenho) é porque não dá importância ao que faz”. O nervosismo é esse momento de autorreflexão, no qual você pensa na melhor maneira de atuar. Dessa forma, podemos atingir o que chamamos de excelência.
    Não a confunda com perfeccionismo, tudo bem? Pois excelência não tem nada a ver com perfeccionismo. Esta postura provém do medo de errar, do medo de falhar, de uma autoexigência que causa neuroses e adoecimentos. A excelência é quase um sinônimo do capricho, de um trabalho bem realizado. Mario Sergio Cortella costuma dizer isto aqui nas suas palestras, o que concordo em gênero, número e grau: “capricho é fazer o melhor com aquilo que se tem, enquanto não tem condições melhores para fazer melhor ainda”. Ou seja, é se utilizar dos recursos de que se dispõe, porém sempre nutrindo essa humildade de que pode ser melhor a cada dia.
    Eu quero ser a cada ano que passa um professor melhor, um escritor melhor, um psicanalista melhor. Mas, acima de tudo, uma pessoa melhor, que valoriza às amizades, o bom convívio com a família ou com os colegas de trabalho e por aí vai. Que este breve texto leve à reflexão sobre a importância de fazermos o melhor nas condições que temos no momento e sempre buscando um aperfeiçoamento. É normal ficar um pouco nervoso, e esse nervosismo é justamente o tempero que deixa especial e único o seu trabalho e atribuições.
Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em https://www.contioutra.com/quem-nao-fica-nervoso-antes-de-umdesempenho-e-porque-nao-da-importancia-ao-que-faz/. Acesso em: 30/01/2020.)

O sujeito da oração “Eu gosto de observar as pessoas em seus trabalhos e ocupações.” (1º§) é:

Alternativas
Comentários
  • ✅Letra B.

    É simples, pois apresenta UM NÚCLEO.

    Obs: No caso da questão, é o " EU".

    O texto é muito bomm!! ❤️

  • Bizu para achar o sujeito é perguntar ''o que...'' ou ''quem...'' antes do verbo.

    Quem gosto de observar as pessoas em seus trabalhos e ocupações.?

    R= Eu. Sujeito simples(caso fosse apenas ''gosto de observar as pessoas em seus trabalhos e ocupações'' o sujeito seria oculto ou elíptico, pois dá pra entender que ''eu'' gosto)

  • Eu gosto de observar as pessoas em seus trabalhos e ocupações.

    Pessoal, o sujeito é quem pratica a ação do verbo ou quem sofre a ação, no caso de voz passiva.

    Na oração acima, o sujeito se faz presente.

    Trata-se do pronome pessoa do caso reto ''EU''.

  • Olá!

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -Quanto MAIOR forem os seus estudos, MENORES são as chances de cair no fracasso.

  • Acrescentando>

    Simples: 1 só núcleo

    Composto: 2 ou mais núcleos

    Eu gosto de observar as pessoas em seus trabalhos e ocupações.

  • A questão exigiu conhecimento sobre tipos de sujeito e quer saber qual assertiva indica corretamente o sujeito da oração abaixo. Analisemos

     Eu gosto de observar as pessoas em seus trabalhos e ocupações.” (1º§) é:

    a) Incorreta.

    O sujeito é oculto quando pudermos identificá-lo por meio da conjugação do verbo ou em outra parte do texto. No período em questão, o sujeito está de forma expressa.

    Ex: (Eu) viajarei nesse fim de semana. O verbo está na primeira pessoa do singular, assim, podemos saber que a primeira pessoa do singular é o sujeito.

    b) Correta.

    Perguntando ao verbo "gostar" identificamos o sujeito, gosto de observar as pessoas em seus trabalhos e ocupações? Eu. Há apenas um núcleo. Dessa forma, temos um sujeito simples, porque é formado por um único núcleo.

    c) Incorreta.

    Apenas há um núcleo, por isso, não pode ser composto.

    Ex: João e Maria dormiram. (Aqui João e Maria são os núcleos.)

    d) Incorreta.

    O sujeito é possivelmente identificável na oração, não sendo possível falar de sujeito indeterminado. O sujeito é indeterminado quando o verbo estiver na terceira pessoa do plural sem sujeito expresso ou quando estiver na terceira pessoa do singular acompanhado de pronome "se" sem sujeito expresso.

    Ex: Vive-se bem em São Paulo.

    Gabarito do monitor: B