SóProvas


ID
5433919
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Colômbia - SP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Eu gosto de observar as pessoas em seus trabalhos e ocupações. Uma das coisas que mais me deixa feliz é ver o brilho no olhar e a forma entusiasmada das que trabalham com afinco. Quem no dia a dia do trabalho tem essa característica comumente consegue se destacar, crescer, subir na carreira e o mais importante, é lembrado por muito tempo pelas pessoas com quem teve contato. 
    Sou professor há 12 anos e, ainda hoje, quando começa uma turma nova, me dá um certo frio na barriga e um pouco de nervosismo. E não se trata de insegurança, trata-se de valorização do trabalho. Na minha mente vem aquele desejo de passar uma boa impressão e ser cativante para os alunos. E isso dá um pouco de nervosismo. Também já escrevo na internet há pouco mais de 7 anos, e sempre antes de clicar no botão “publicar” eu leio atentamente o texto, reviso algumas palavras e ideias. Além disso, sempre me pergunto: “esse texto vai ajudar de alguma forma a quem for lê-lo? Esse texto vai despertar ideias e insights bacanas?”. Só depois de responder a elas de forma afirmativa é que o publico.
    Inúmeras vezes cheguei a escrever textos que estavam prestes a serem publicados e na última hora me veio a negativa para as perguntas formuladas há pouco. E sabe de uma coisa interessante? Esse exercício tem sido para mim como uma espécie de terapia, no qual expresso por escrito parte do que estou sentindo e que está me incomodando. Muitas vezes somos tentados a escrever sobre algo que esteja nos deixando tristes, chateados, irritados ou desesperançosos, etc. Porém, é preciso compreender que, em quase 100% dos casos, o que nos incomoda e chateia, para outras pessoas, pode ser exatamente o oposto, pode ser motivo de alegria e orgulho.
    Em 2019, uma obra magnífica da qual li alguns trechos se chama Crítica da razão pura, do filósofo alemão Immanuel Kant, e nesta obra ele aborda amplamente um conceito famoso seu que é o “imperativo categórico”. Sendo bem direto e objetivo, esse conceito diz: “age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal”. Em outras palavras, se o que eu fizer puder ser feito por 100% das pessoas, maravilha, então trata-se de algo moralmente correto; se não puder ser feito por 100% das pessoas, é preciso pensar com mais cuidado, com mais cautela, com mais critério, buscando como objetivo que se torne algo universal.
    Eu passei a olhar para o meu dia a dia e para as minhas atitudes com um olhar bem mais ligado após estudar um pouco esse pensador tão revolucionário. Se você observar e ler com bastante atenção esse conceito, é possível fazer o link com a seguinte frase de Antonio Meneses: “quem não fica nervoso (antes de um desempenho) é porque não dá importância ao que faz”. O nervosismo é esse momento de autorreflexão, no qual você pensa na melhor maneira de atuar. Dessa forma, podemos atingir o que chamamos de excelência.
    Não a confunda com perfeccionismo, tudo bem? Pois excelência não tem nada a ver com perfeccionismo. Esta postura provém do medo de errar, do medo de falhar, de uma autoexigência que causa neuroses e adoecimentos. A excelência é quase um sinônimo do capricho, de um trabalho bem realizado. Mario Sergio Cortella costuma dizer isto aqui nas suas palestras, o que concordo em gênero, número e grau: “capricho é fazer o melhor com aquilo que se tem, enquanto não tem condições melhores para fazer melhor ainda”. Ou seja, é se utilizar dos recursos de que se dispõe, porém sempre nutrindo essa humildade de que pode ser melhor a cada dia.
    Eu quero ser a cada ano que passa um professor melhor, um escritor melhor, um psicanalista melhor. Mas, acima de tudo, uma pessoa melhor, que valoriza às amizades, o bom convívio com a família ou com os colegas de trabalho e por aí vai. Que este breve texto leve à reflexão sobre a importância de fazermos o melhor nas condições que temos no momento e sempre buscando um aperfeiçoamento. É normal ficar um pouco nervoso, e esse nervosismo é justamente o tempero que deixa especial e único o seu trabalho e atribuições.
Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em https://www.contioutra.com/quem-nao-fica-nervoso-antes-de-umdesempenho-e-porque-nao-da-importancia-ao-que-faz/. Acesso em: 30/01/2020.)

No excerto “Sou professor há 12 anos e, ainda hoje, quando começa uma turma nova, me dá um certo frio na barriga e um pouco de nervosismo.” (2º§), se a forma verbal “sou” fosse flexionada no plural, quantas palavras ao todo (incluindo na contagem o termo a ser flexionado por determinação do enunciado) precisariam ter a grafia modificada para garantir a correta concordância verbo-nominal?

Alternativas
Comentários
  • Somos professores há 12 anos e, ainda hoje, quando começa uma turma nova, nos dão um certo frio na barriga e um pouco de nervosismo.

    Gabarito Letra: B

    Bons estudos!

  • Sou professor

    Somos professores

    os + es = 4

  • Flexionando no plural: Somos professores há 12 anos e, ainda hoje, quando começamos uma turma nova, nos dá um certo frio na barriga e um pouco de nervosismo.

    Por isso, a certa é a B.

  • No meu ponto de vista, resposta correta letra A.

    Somos professores há 12 anos e, ainda hoje, quando começa uma turma nova, nos dá um certo frio na barriga e um pouco de nervosismo.

    Pois refere-se aos professores e não à turma.

    Qualquer erro podem me corrigir!

    Força e Honra!

  • Oi!

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -Quem ESTUDA tem em suas mãos o poder de TRANSFORMAR não só a própria vida, como também das pessoas que lhe cercam.

  • Na minha humilde opinião seriam 3...

    " NOS DÃO ( ???) "

    Não estaria se referindo à nova turma? A nova turma nos DÃO ???

    Ao meu ver : A nova turma NOS DÁ.

    E mesmo que se referisse à "um certo frio " seria ao meu ver:

    "Um certo frio na barriga nos dá.."

  • Discordo plenamente deste gabarito.

    Se COMEÇA estivesse relacionado ao professor, acredito que a grafia correta seria COMEÇO. Logo o gabarito certo devia ser A.

    Ou estão se referindo a outro verbo?

  • Alguém pode me ajudar? Verifiquei na CONSULPLAN e não houve recurso desta questão, mas não entendi o gabarito.

    1) Somos professores há 12 anos e, ainda hoje, (ok)

    2) quando começa uma turma nova. Para mudar para "começamos" (como sugeriram alguns colegas), em virtude do verbo "sou" ter ido para o plural, o verbo começar deveria estar conjugado como "quando COMEÇO uma turma nova". Mas, a meu ver, o verbo "começa" tem como sujeito "uma turma nova" e assim permanece no singular. Não???

    3) nos um certo frio na barriga e um pouco de nervosismo.” O verbo "dar" aqui tem como sujeito "um certo frio na barriga e um pouco de nervosismo", portanto não sofre nenhuma influência do plural do verbo "sou", mas altera o pronome: quando começa uma turma nova nos dá ("dá a nós, professores"). Não consigo enxergar a 4ª alteração...

    Alguém me salva, por favor! Pedi comentários do professor, se tiver mais gente com a mesma dúvida que eu e quiser solicitar também...

  • 1 Somos 2 professores a 12 anos e, ainda hoje, quando 3 começam uma turma nova, 4 nos dá um certo frio na barriga e um pouco de nervosismo.

  • Questão confusa. Não poderia ser nas barrigas?

  • GABARITO OFICIAL (SEGUNDO EU MESMO) A

    3 PALAVRAS

    TRECHO ORIGINAL

    “Sou professor há 12 anos e, ainda hoje, quando começa uma turma nova, me dá um certo frio na barriga e um pouco de nervosismo.”

    SUBSTITUIÇÕES PROPOSTAS

    SOMOS PROFESSORES há 12 anos e, ainda hoje, quando começa uma turma nova, NOS dá um certo frio na barriga e um pouco de nervosismo.”

    senado federal - pertencelemos!

  • CUIDADO

    A questão possui gabarito incorreto

    Solicita-se indicação da quantidade total de mudanças necessárias na passagem diante da pluralização do termo "sou":

     “Sou professor há 12 anos e, ainda hoje, quando começa uma turma nova, me dá um certo frio na barriga e um pouco de nervosismo.” (2º§)

    Três alterações seriam necessárias para que se mantenha escorreita grafia da passagem:

     “Somos professores há 12 anos e, ainda hoje, quando começa uma turma nova, nos dá um certo frio na barriga e um pouco de nervosismo.” (2º§)

    O termo "somos" é pluralizado por força do enunciado, o que leva a mudança do sujeito desinencial e consequente flexão do adjetivo em função de predicativo do sujeito "professores". A mesma alteração de referente obriga a mudança do pronome oblíquo "me" para forma de primeira pessoa do plural "nos".

    O verbo "começa", terceira pessoa do singular, tem seu sujeito na construção "uma turma nova", não sofrendo flexão. O verbo "", em sentido de ocorrer, acontecer, manifestar-se, possui seu sujeito em "um certo frio na barriga e um pouco de nervosismo", concordando apenas com o núcleo mais próximo, e não deve ser flexionado.

    Gabarito da banca na alternativa B

    Gabarito correto na alternativa A

  • “Sou professor há 12 anos e, ainda hoje, quando começa uma turma nova, me dá um certo frio na barriga e um pouco de nervosismo.”  SOMOS (1) PROFESSORES (2) - começa (a turma começa) não é começo (eu começo), então não varia. Continuando: NOS DÁ (a turma nos dá) - se fosse "turmas" seria nos dão. O restante se mantém igual. Claramente são 3.