SóProvas


ID
5435434
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Colômbia - SP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Epidemia homicida


    Os últimos números de violência contra a mulher deixam claro que a sociedade brasileira sofre de uma séria enfermidade. Há algo muito errado acontecendo com os homens, e atos sexistas, em que eles se impõem pela força, estão sendo cometidos em proporções alarmantes. Uma epidemia de agressões e de assassinatos passionais acomete o país. Dados do Mapa da Desigualdade Social 2019 divulgados terça-feira 5, pela Rede Nossa São Paulo, uma ONG que acolhe vítimas, mostram que os casos de feminicídio na capital paulista aumentaram 167% no ano passado. [...]
    “A maior parte dos casos de feminicídio ocorre depois da ruptura de um relacionamento, quando a mulher termina uma relação abusiva. Os homens não aceitam a nova situação e matam”, diz a psicóloga Vanessa Molina, porta- -voz da Associação Fala Mulher, que oferece assistência e proteção para vítimas de violência doméstica e atendeu oito mil mulheres em 2018. “Os abusos começam antes da violência física, com manifestações de ciúmes, xingamentos e com o afastamento da mulher de familiares e amigos. É como se o homem achasse que a mulher pertence a ele, que não se conforma com a perda do controle sobre sua ‘posse’”. Para Vanessa há uma necessidade urgente de mudar a cultura machista que está por trás dos crimes de ódio, que acontecem em famílias de todas as classes sociais e, frequentemente, são cometidos dentro de casa, no lugar em que a mulher deveria se sentir mais segura. [...]
    Apesar do endurecimento das leis que penalizam esse tipo de violência, a epidemia de crimes passionais não arrefece. A Lei Maria da Penha, que estabelece cinco formas de agressão machista (física, psicológica, moral, patrimonial e sexual) e a Lei do Feminicídio, que caracterizou o homicídio de gênero, deram proteção legal para as mulheres, aumentaram o rigor da pena para agressores e assassinos, mas não inibiram os atos extremos.
    Na semana passada, em mais uma demonstração de que a sociedade tenta reagir à doença social, o Senado aprovou em primeiro e segundo turno Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que modifica o inciso 42 do artigo 5º da Constituição e torna inafiançável e imprescritível o crime de feminicídio. A PEC segue agora para a Câmara e tornará a cadeia inevitável para os assassinos de mulheres. O que se vê, porém, é que o feminicida, na maioria dos casos, não está preocupado com as consequências de seu ato. Age enlouquecidamente e acha que está com a razão. O ódio e o desejo de vingança são maiores do que o medo da pena. Ele mata a mulher no meio da rua ou em lugares públicos e depois foge ou se suicida. No fim de semana, quando as famílias se reúnem, há uma incidência maior desses crimes. [...]
    É preciso reeducar a sociedade, é um processo evolutivo, afirma Larissa Schmillevitch, gerente do Mapa do Acolhimento, ONG que cuida de mulheres ameaçadas e agredidas. “Outra questão é achar que a violência contra a mulher é algo privado em que ninguém se mete. A sociedade precisa entender que se trata de algo público, que pode ser evitado.” O Mapa do Acolhimento é uma rede de solidariedade coordenada pela ONG Nossas, um laboratório de ativismo feminista. Para Larissa, o aumento das denúncias tem relação direta com o crescimento da violência, e também com o fato das mulheres terem mais acesso às informações e estarem menos caladas e conseguindo identificar com clareza as situações abusivas de seu relacionamento. Isso permite que se tomem medidas para impedir atitudes violentas de maridos e namorados transtornados.
    A medida principal que as ativistas dos direitos da mulher defendem para conter a onda de feminicídios é a prevenção. Segundo ela, esse crime pode ser inibido com uma atuação assistencial no início do ciclo da violência, quando começam os abusos. Mas mulheres que denunciam seus algozes precocemente se expõem a um risco maior e necessitam de proteção. “A lei é muito boa, mas precisa ser aplicada de forma adequada”, afirma Larissa. “A gente enfrenta problemas nas delegacias da mulher por falta de profissionais qualificados e percebe um sucateamento nos serviços públicos de atendimento”.

(VILARDAGA, Vicente; OLIVEIRA, Caroline. Epidemia homicida. Texto adaptado. Disponível em: https://istoe.com.br/epidemia-homicida/. Acesso em: 20/01/2020.)

Em relação ao substantivo “porta-voz” (2º§), marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Quanto ao gênero, ele é biforme.
( ) Ele é composto por justaposição.
( ) Somente o segundo elemento vai para o plural.
( ) O plural é feito do mesmo modo que “guarda-florestal”.
A sequência está correta em

Alternativas
Comentários
  • CORRETA: A

    1. FALSA, pois a palavra porta-voz não muda de acordo com o gênero.
    2. VERDADEIRA, porta-voz é a junção de duas palavras, ou seja, uma justaposição.
    3. VERDADEIRA, somente voz vai pro plural: porta-vozes.
    4. FALSA, o plural de guarda-florestal é guardas florestais. As duas palavras vão para o plural.
  • Quanto ao gênero, ele é biforme. (UNIFORME, não varia com o gênero)

    Ele é composto por justaposição. (junção de duas palavras completas, PORTA + VOZ)

    Somente o segundo elemento vai para o plural. (quando uma palavra hifenizada é composta por um VERBO e um SUBSTANTIVO, apenas este último adquire a flexão do plural: porta-vozes)

    O plural é feito do mesmo modo que “guarda-florestal”. (SUBSTANTIVO + ADJETIVO, ambos vão para o plural.)

  • Oi!

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -Os únicos limites da sua mente são aqueles que você acreditar ter!

  • Achei que o primeiro quesito estava correto, pois achei que fosse o 'a porta-voz', 'o porta-voz'.

  • Substantivos Biformes (= duas formas):  ao indicar nomes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino.

    Gato - Gata

    Menino - Menina.

    Substantivos Uniformes são aqueles que apresentam uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o feminino.

    a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea.

  • GAB A

    Se liga pessoal, leiam até o final...

     Plural de termos compostos

      Casos em que só o 2º termo vai para o Plural:

     (verbo ou palavra invariável) + (substantivo ou adjetivo)

    Ex: guarda-chuvas; guarda-roupas; guarda-sóis; guarda-louça; bate-bocas;

    vice-presidentes; abaixo-assinados; sempre-vivas;

    (2 adjetivos)

    Ex: médico-cirúrgicos; afro-asiáticos. Exceção: surdos-mudos.

       Casos em que só o 1º termo vai para o Plural:

     Quando o 2º termo é um substantivo que funciona como determinante específico.

    Ex: navios-escola; mangas-espada; salários-família; bananas-prata;

     Quando ligados por preposição.

    Ex: chapéus de sol; pães de ló; pés de cabra; Joões-de-barro; obs: Joões-de-barro tem hífen pois designa espécies botânica e zoológicoas.

       Caso em que os 2 termos variam

    (2 substantivos) ou (substantivo + adjetivo)

    Ex: cartas-bilhetes; águas-marinhas; vitórias-régias

    guardas-municipais; guardas-civis

     MUITO CUIDADO 1 !

    Adjetivos referente a cores quando o 2º termo é um substantivo, só 1º termo vai para o plural:

    Ex: uniformes verde-oliva; saias azul-ferrete; canários amarelo-ouro; blusas vermelho-sangue.

     MUITO CUIDADO 2 !

    Plural correto  

    salvos-condutos.

    guardas -marinha. / águas-marinhas

     

     

    FONTE: 7ª Edição - Capa Dura. Autores: Celso Cunha e Lindley Cintra; Editora: Lexikon; Assunto: Gramática

  • Se não souber muita coisa ..mata no plural e na justaposição q é o mínimo a se saber em português

  • Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o feminino.

    Classificam-se em:

    Epicenostêm um só gênero e nomeiam bichos.

    Por exemplo: a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea.

    Sobrecomunstêm um só gênero e nomeiam pessoas.

    Por exemplo: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo.

    Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por meio do artigo.

    Por exemplo: o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista.