SóProvas


ID
5435458
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Colômbia - SP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Epidemia homicida


    Os últimos números de violência contra a mulher deixam claro que a sociedade brasileira sofre de uma séria enfermidade. Há algo muito errado acontecendo com os homens, e atos sexistas, em que eles se impõem pela força, estão sendo cometidos em proporções alarmantes. Uma epidemia de agressões e de assassinatos passionais acomete o país. Dados do Mapa da Desigualdade Social 2019 divulgados terça-feira 5, pela Rede Nossa São Paulo, uma ONG que acolhe vítimas, mostram que os casos de feminicídio na capital paulista aumentaram 167% no ano passado. [...]
    “A maior parte dos casos de feminicídio ocorre depois da ruptura de um relacionamento, quando a mulher termina uma relação abusiva. Os homens não aceitam a nova situação e matam”, diz a psicóloga Vanessa Molina, porta- -voz da Associação Fala Mulher, que oferece assistência e proteção para vítimas de violência doméstica e atendeu oito mil mulheres em 2018. “Os abusos começam antes da violência física, com manifestações de ciúmes, xingamentos e com o afastamento da mulher de familiares e amigos. É como se o homem achasse que a mulher pertence a ele, que não se conforma com a perda do controle sobre sua ‘posse’”. Para Vanessa há uma necessidade urgente de mudar a cultura machista que está por trás dos crimes de ódio, que acontecem em famílias de todas as classes sociais e, frequentemente, são cometidos dentro de casa, no lugar em que a mulher deveria se sentir mais segura. [...]
    Apesar do endurecimento das leis que penalizam esse tipo de violência, a epidemia de crimes passionais não arrefece. A Lei Maria da Penha, que estabelece cinco formas de agressão machista (física, psicológica, moral, patrimonial e sexual) e a Lei do Feminicídio, que caracterizou o homicídio de gênero, deram proteção legal para as mulheres, aumentaram o rigor da pena para agressores e assassinos, mas não inibiram os atos extremos.
    Na semana passada, em mais uma demonstração de que a sociedade tenta reagir à doença social, o Senado aprovou em primeiro e segundo turno Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que modifica o inciso 42 do artigo 5º da Constituição e torna inafiançável e imprescritível o crime de feminicídio. A PEC segue agora para a Câmara e tornará a cadeia inevitável para os assassinos de mulheres. O que se vê, porém, é que o feminicida, na maioria dos casos, não está preocupado com as consequências de seu ato. Age enlouquecidamente e acha que está com a razão. O ódio e o desejo de vingança são maiores do que o medo da pena. Ele mata a mulher no meio da rua ou em lugares públicos e depois foge ou se suicida. No fim de semana, quando as famílias se reúnem, há uma incidência maior desses crimes. [...]
    É preciso reeducar a sociedade, é um processo evolutivo, afirma Larissa Schmillevitch, gerente do Mapa do Acolhimento, ONG que cuida de mulheres ameaçadas e agredidas. “Outra questão é achar que a violência contra a mulher é algo privado em que ninguém se mete. A sociedade precisa entender que se trata de algo público, que pode ser evitado.” O Mapa do Acolhimento é uma rede de solidariedade coordenada pela ONG Nossas, um laboratório de ativismo feminista. Para Larissa, o aumento das denúncias tem relação direta com o crescimento da violência, e também com o fato das mulheres terem mais acesso às informações e estarem menos caladas e conseguindo identificar com clareza as situações abusivas de seu relacionamento. Isso permite que se tomem medidas para impedir atitudes violentas de maridos e namorados transtornados.
    A medida principal que as ativistas dos direitos da mulher defendem para conter a onda de feminicídios é a prevenção. Segundo ela, esse crime pode ser inibido com uma atuação assistencial no início do ciclo da violência, quando começam os abusos. Mas mulheres que denunciam seus algozes precocemente se expõem a um risco maior e necessitam de proteção. “A lei é muito boa, mas precisa ser aplicada de forma adequada”, afirma Larissa. “A gente enfrenta problemas nas delegacias da mulher por falta de profissionais qualificados e percebe um sucateamento nos serviços públicos de atendimento”.

(VILARDAGA, Vicente; OLIVEIRA, Caroline. Epidemia homicida. Texto adaptado. Disponível em: https://istoe.com.br/epidemia-homicida/. Acesso em: 20/01/2020.)

Com relação ao adjetivo “transtornados” (5º§), assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Transtornado(a) (s) etc

  • Transformado (gênero masculino, singular), transformada (gênero feminino, singular), transformadão (grau aumentativo, singular), etc. Todas essas variantes da palavra transformado podem variar em número (plural) com a inclusão do 's' no fical de cada uma delas, além disso, pode variar também para o diminutivo (transformadinho).

  • Transtornado é um adjetivo e adjetivos flexionam em gênero, número e grau.

    Gabarito: D

  • Oi!

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia.

  • Lembre-se, Adjetivos variam; Advérbios, não.

  • Gabarito: D.

    Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de um substantivo.

    Ao analisarmos a palavra transtornado, por exemplo, percebemos que além de expressar uma qualidade, ela pode ser "encaixada diretamente" ao lado de um substantivo: O menino transtornado saiu de casa.

    O adjetivo é uma classe de palavras variável, pode flexionar-se em relação ao gênero (biforme ou uniforme), ao número (singular e plural) e ao grau (comparativo e superlativo). Sua principal função é acompanhar o substantivo, dando-lhe características ou apresentando algo que o particularize.

    "Faça da dificuldade a sua motivação."

  • Gabarito D

    Classes invariáveis → permanecem sempre iguais, independe de gênero, número, grau ou tempo. São: advérbio, preposição, conjunção ou interjeição.

    Classes variáveis → mudam conforme o gênero (masc ou fem), o número (singular ou plural), o grau (aumentativo ou diminutivo) ou tempo (passado, presente ou futuro). São: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome e verbo.

    Definição de Transtornado

    • Classe gramatical: adjetivo (logo é variável);
    • Flexão do verbo transtornar no: particípio (varia conforme o tempo);
    • Plural: transtornados (varia conforme o número);
    • Feminino: transtornada (varia conforme o gênero).

    Fonte: dicio.com.br

  • [Transtornado, Transtornada] - Variação de gênero.

    [Transtornado, Transtornados], [Transtornada, Transtornadas] - Variação de número.

    [Transtornadíssimo] - Variação de grau.

  • GAB-D

    Transtornado, Transtornada - Variação de gênero.

    Transtornado, Transtornados, Transtornada, Transtornadas - Variação de número.

    Transtornadíssimo- Variação de grau.

    ESTUDE ENQUANTO ELES JOGAM BOLA E QUEBRAM A PERNA.