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Questões de Estrutura das Palavras: Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo


ID
3601
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 31 a 41 baseiam-se no
texto apresentado abaixo.

O governo inglês divulgou recentemente o que é até
agora o mais detalhado estudo sobre custos e riscos econômicos
do aquecimento global e sobre medidas que poderiam reduzir
as emissões de gases do efeito estufa, na esperança de
evitar algumas de suas piores conseqüências. Ele deixa claro
que o problema não é mais se podemos nos dar ao luxo de
fazer algo sobre o aquecimento global, mas sim se podemos
nos dar ao luxo de não fazer nada.

Esse relatório propõe uma agenda que custaria apenas o
equivalente a 1% do consumo mundial, mas evitaria riscos que
custariam cinco vezes mais. Os custos são mais altos do que
em estudos anteriores porque levam em conta que o processo
de aquecimento é bastante complexo e não-linear, com a possibilidade
de que possa ganhar ritmo muito mais alto do que se
imaginava, além de ser muito maior do que o previsto anteriormente.
O estudo talvez esteja subestimando significativamente
os custos: por exemplo, a mudança do clima pode fazer desaparecer
a Corrente do Golfo - de particular interesse para a
Europa - e provocar doenças.

Já em 1995 havia sinais evidentes de que a concentração
de gases do efeito estufa na atmosfera tinha aumentado
acentuadamente desde o início da era industrial, de que a
atividade humana contribuíra significativamente para esse
aumento e de que ele teria efeitos profundos sobre o clima e o
nível dos mares. Mas poucos previram a rapidez com que a calota
de gelo do Ártico parece derreter. Mesmo assim, alguns
sugerem que, já que não estamos seguros da extensão do problema,
pouco ou nada devemos fazer. A incerteza deve, porém,
levar-nos a agir hoje mais resolutamente, e não menos.

Um efeito global pode ser enfrentado com uma mudança
tributária globalmente consensual. Isso não quer dizer aumento
geral de tributação, mas simplesmente a substituição em cada
país de algum imposto comum por outro, específico, sobre
atividades poluidoras. Faz mais sentido tributar coisas más do
que coisas boas, como a poupança e o trabalho. A boa notícia é
que há muitas formas pelas quais melhores incentivos poderiam
reduzir as emissões. Mudanças de preços que mostrem os
verdadeiros custos sociais da energia extraída de combustíveis
fósseis devem estimular inovação e conservação. Pequenas
alterações práticas, multiplicadas por centenas de milhares de
pessoas podem fazer uma enorme diferença. Por exemplo,
plantar árvores em volta das casas ou mudar a cor de telhados
em clima quente, para que reflitam a luz do sol, podem produzir
uma grande economia na energia consumida pelo ar
condicionado.

Só temos um planeta e devemos cuidar dele. O aquecimento
global é um risco que simplesmente não podemos mais
ignorar.

(Adaptado de Joseph E. Stiglitz. O Globo, Opinião, 19 de novembro de
2006)

O governo inglês divulgou recentemente o que é até agora o mais detalhado estudo sobre custos e riscos econômicos do aquecimento global ... (início do texto)

O adjetivo flexionado no mesmo grau em que se encontra o grifado acima está também grifado na frase:

Alternativas
Comentários
  • O mesmo grau encontra-se na letra "c". Grau superlativo absoluto analítico, pois, o adjetivo é modificado por um advérbio.
  • O adjetivo sublinhado no comando da questão é um adjetivo superlativo relativo, logo a resposta correta só pode ser a letra C, pois a letra A tem o adjetivo pior que é do grau superlativo absoluto sintético. A letra B tem o adjetivo mais altos ... que, que é um adjetivo comparativo. A letra C tem o adjetivo muito maior do..., que é um adjetivo superlativo relativo. A letra D tem um adjetivo simples, sem grau. E enfim a letra E o adjetivo melhores está adjetivando incentivos simplesmente.
  • Simplismente ?
    O correto é simplesmente.
  • pelos comentários, fiquei na dúvida se é grau superlativo relativo ou superlativo absoluta analítico?????
  • No meu entender é superlativo relativo, pois os relativos é quando se faz sobressair a qualidade de um ser em relação a outro. Já o analítico é modificado por advérbio.
  • No grau comparativo está a opção C como se pode observar nas seguintes passagens do texto (entre colchetes, indicam-se os elementos subentendidos a partir do contexto):

    “com a possibilidade de que se possa ganhar ritmo muito mais alto do que [aquele que] se imaginava, além de ser muito maior do que o [que havia sido] previsto anteriormente” – opção C.

    Atendendo ao enunciado, observa-se, também, um adjetivo em grau idêntico, isto é, superlativo relativo de superioridade, na passagem “evitar algumas de suas piores conseqüências”, presente na opção A, uma vez que o sentido é equivalente a “as piores conseqüências do efeito estufa podem ser evitadas”.

    Dessa forma, requer-se a troca de gabarito, de C para A.
  • anulou???? onde está falando isso?
  • nao foi anulada! é letra c mesmo.vide gabarito final.
  • "o mais detalhado estudo sobre custos e riscos econômicos do aquecimento global"

    --> O que? Está-se diante de um grau: SUPERLATIVO RELATIVO.
    --> Por que? Quando o texto diz que o governo inglês divulgou O MAIS DETALHADO estudo sobre custos... Ele compara esse estudo com os outros estudos que já vieram à tona sobre o mesmo tema. Ou seja, refere-se a um grupo específico: estudos sobre custos e riscos econômicos do aquecimento global.
  • Eu nem lebrava que existia Graus para o Adjetivo e fui pesquisar, encontrei esse quadro que me ajudou a entender melhor os Graus do Adjetivo.



    Grau dos adjetivos                                                 Adjetivo inteligente

     Grau normal                                                                inteligente

     

    Grau comparativo de inferioridade                             menos inteligente que 

     

    Grau comparativo de igualdade                                  tão inteligente quanto

     

    Grau comparativo de superioridade                           mais inteligente que

     

    Grau superlativo relativo de inferioridade                   o menos inteligente

     

    Grau superlativo relativo de superioridade                 o mais inteligente

     

    Grau superlativo absoluto analítico                            muito inteligente

     

    Grau superlativo absoluto sintético                            inteligentíssimo

     

    Bons Estudos!Fui!


ID
6391
Banca
ESAF
Órgão
MTE
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que corresponde a erro gramatical.

A história do petróleo no Brasil, dos primeiros passos até este(1) novo degrau, que é a conquista da autosuficiência, não tem nome ou fisionomia particular. Pertence, na verdade, a todos os (2) brasileiros e administradores que acreditaram na possibilidade de o nosso país desenvolver o seu setor de petróleo com competência e talento. Ela foi escrita, capítulo a(3) capítulo, por valorosos trabalhadores de várias categorias, do técnico de ponta ao mais modesto operário, e não somente(4) por esses, que labutam na linha de frente, nos trabalhos de pesquisas e análises, como também, com igual dedicação e entusiasmo, pelos que lhe(5) dão suporte, na retaguarda, inclusive no plano administrativo, essencial quando eficiente.

(Joel Mendes Rennó, Jornal do Brasil, 19/04/2006)

Alternativas
Comentários
  • ..., pelos que lhes dão suporte,...
  • Erro de concordancia..

    lhes dão... Tudo ok nas demais opções
  • Retirando os encaixes, (informações acessórias), podemos perceber que o pronome oblíquo LHE é OBJETO INDIRETO do verbo DAR e refere-se ao pronome demonstrativo "esses", que, por sua vez, remete aos trabalhadores, do técnico, operário.


    ...por esses, como também pelos que lhe(5) dão suporte.

     Concluindo: "esses" está no plural, o OBJETO INDIRETO LHE deve concordar.

    ...por esses, como também pelos que dão suporte a eles.
    ...por esses, como também pelos que lhes dão suporte.

    Acho que é isso.
  • ...Pelos que lhes dão suporte, ou seja, dão suporte a eles. 

    gaba E


ID
9460
Banca
ESAF
Órgão
MRE
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise as sentenças a seguir, à luz da seguinte norma gramatical:

Os particípios dado e visto têm valor passivo e concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem.

(Extraído do Manual de Redação da Presidência da República)


Aponte a sentença que não cumpre a norma gramatical
supracitada.

Alternativas

ID
13915
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-AL
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

1    No que diz respeito à esfera política, a
     democratização se coloca em vários planos e tem como
     exigência primordial o reconhecimento dos diversos sujeitos
4   e das causas que defendem. Esse reconhecimento está
     diretamente ligado à ruptura com a tradição conservadora,
     cuja visão política hierarquiza as formas de participação e
7   não reconhece os vários campos de conflitos e contradições
     sociais presentes na sociedade.

Maria Betânia Ávila.
Democracia radical em foco.
Internet: . Acesso em 16/7/2004 (com adaptações).

Julgue os itens subseqüentes, relativos ao texto acima.

Mantêm-se a correção gramatical e as relações semânticas do texto ao se substituir a conjunção "e" (R.6) por vírgula.

Alternativas
Comentários
  • "Esse reconhecimento está diretamente ligado à ruptura com a tradição conservadora, cuja visão política hierarquiza as formas de participação e não reconhece os vários campos de conflitos e contradições sociais presentes na sociedade."
    Trecho do texto meio confuso... necessita-se atenção para resolver a questão.

    Reconhecimento está diretamente ligado à:
    - ruptura com a tradição conservadora (cuja visão política hierarquiza as formas de participação e não reconhece os vários campos de conflitos); e

    - contradições sociais presentes na sociedade.

    Acho que separando assim fica mais fácil de entender, né?

    Substituindo o segundo "e" por vírgula a parte " contradições sociais presentes na sociedade" ficaria como sendo explicação de "ruptura com...".

    Abraço.

  • O Fábio fez um ótimo comentário, entretanto eu havia entendido que a substituição pretendida pela questão seria em relação à primeira conjunção "e".
  • Acho que o "e" poderia ser substituído por "como também"

  • e, é Conjução Aditiva

    A virgula não cumpre essa identidade de adicionar no que se refere ao texto.

  • visão política hierarquiza as formas de participação e  não reconhece os vários campos de conflitos e contradições 
         sociais presentes na sociedade. 

     

    Visão politica hieraquiza as formas de participação, não RECONHCEM os vários campos de conflitos e contradições.

    Acredito que, para empregar a vírgula no lugar do E, mudaria o sentido e a correção gramatical, pois quem não reconheceria os campo do conflito seria " formas de participação" e não mais " Visão política. Isso exigiria a concordância adequada em " [[[As quais]]] [[que]] não RECONHCEM os campos de conflito 

     

     

     

  • L SILVEIRA: O erro não está no plural. Mesmo com a vírgula, não se encaixaria "reconhecem". É só se perguntar: Quem reconhece? A tradição conservadora RECONHECE. Para ser "reconhecem", a frase teria que ser modificada para "as tradiçoes conservadoras".

     

  • Esse ´´E`` que acabamos de ver na questão é uma conjunção aditiva!

    Portanto, a substituição pela vírgula não seria viável nesta ocasião!

  • Lendo já se percebe a quebra de leitura

  • "e" conjunção ADITIVA. Substituindo o " e" pela vírgula altera o sentido. Incluindo a vírgula seria uma enumeração e não adição.

  • verbo.l


ID
20203
Banca
FCC
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se à
crônica abaixo.
Facultativo
Estatuto dos Funcionários, artigo 240: "O dia 28 de
outubro será consagrado ao Servidor Público" (com
maiúsculas).
Então é feriado, raciocina o escriturário que, justamente,
tem um "programa" na pauta para essas emergências. Não,
responde-lhe o Governo, que tem o programa de trabalhar; é
consagrado, mas não é feriado.
É, não é, e o dia se passou na dureza, sem ponto
facultativo. Saberão os groenlandeses o que seja ponto
facultativo? (Os brasileiros sabem) É descanso obrigatório no
duro. João Brandão, o de alma virginal, não entendia assim, e lá
um dia em que o Departamento Meteorológico anunciava: "céu
azul, praia, ponto facultativo", não lhe apetecendo a casa nem
as atividades lúdicas, deliberou usar de sua "faculdade" de
assinar o ponto no Instituto Nacional da Goiaba, que, como é do
domínio público, estuda as causas da inexistência dessa
matéria-prima na composição das goiabadas.
Encontrou cerradas as grandes portas de bronze, ouro e
pórfiro
(*), e nenhum sinal de vida nos arredores. (...) Tentou
forçar as portas, mas as portas mantiveram-se surdas e nada
facultativas.
(...) João decidiu-se a penetrar no edifício,
galgando-lhe a fachada e utilizando a vidraça que os serventes
sempre deixam aberta. E começava a fazê-lo com a teimosia
calma dos Brandões quando um vigia brotou da grama e puxouo
pela perna.
- Desce daí, moço. Então não está vendo que é dia de
descansar?
(...) Então não sabe o que quer dizer facultativo?
João pensava saber, mas nesse momento teve a
intuição de que o verdadeiro sentido das palavras não está no
dicionário; está na vida, no uso que delas fazemos. Pensou na
Constituição e nos milhares de leis que declaram obrigatórias
milhares de coisas, e essas coisas, na prática, são facultativas
ou inexistentes. Retirou-se, digno, e foi decifrar palavras
cruzadas.
(*) Pórfiro = tipo de rocha; pedra cristalina.
(Carlos Drummond de Andrade, Obra completa. Rio de
Janeiro: Aguilar, 1967, pp. 758-759)

Apresentam um mesmo radical as palavras sublinhadas na frase:

Alternativas
Comentários
  • Mesmo radical significa mesma base de significado. Dúvidas de português? Escreva andremartins@yahoo.com
  • as palavras da letra 'a' são derivadas do latim, raciocínio:ratiocinium e razoável:rationabilis, daí então temos o mesmo radical.
  • que palhaçada,tbm não sabia disso!!!!!!!!
  • raciocínio = RACIOCINAR; razoável = RAZÃO => A RAZÃO VEM DO ATO DE RACIOCINAR
    desagradado = AGRADAR ; consagrado CONSAGRAR
    apetecia = APETECER; agradava = AGRADAR
    inventar = INVENÇÃO; investir = INVESTIR
    cronistas = CRÔNICA; artistas = ARTE

    LETRA A
  • RADICAIS DE ORIGEM LATINA - significado - exemplo

    CADO - que cai - cadente
    CAPITI - cabeça - capital
    COLA - que habita - silvícola
    CRUCI - cruz - cruciforme
    DICO - que diz - maledicente
    DOCEO - que ensina - docente
    FERO - que contém ou produz - mamífero
    FERRI - ferro - ferroviário
    FICO - que faz ou produz - benéfico
    FIDE - fé - fidedigno
    FORME - forma - biforme
    FRATER - irmão - fraterno
    GENA - nascido em - alienígena
    LOCO - lugar - localidade
    LUDO - jogo - ludoterapia
    OPERA - trabalho - operário
    PEDE - pé - bípede
    PISCI - peixe - piscicultura
    PUER - criança - puerial
    QUERO - que procura - inquérito
    RADIO - raio - radioterapia
    SILVA - floresta - silvícola
    SUI - a si mesmo - suicida
    TANGO - que toca - tangível
    UMBRA - sombra - penumbra
    VOCI - voz - vociferar
    VORO - que come - carnívoro
  • Não sei do que alguns estão reclamando!!  Mais fácil que essa, impossível!! Letra A, de cara!!
    Razão, razón, razione, razonar, razonável, etc...... era óbvio....
  • E quando vou saber se a questão refere-se ao significado de radical que todos conhecemos, como no caso da letra D?

    INVentar
    INVestir

    CHUPA FCC!!!
  • R.I.D.I.C.U.L.O

  • Que palhaçada de questão! Tenho cara de dicionário de latim?

  • Alguém fala para a FCC que Latim não estava no Edital

  • Pra mim é letra "D"! Tem que ver o edital da época.

  • radical não é diferente de raiz? gostaria de ouvir a explicalção de um professor, na minha opinião a pergunta foi mal formulada. 

  • 1- A palavra Raciocínio é um Substantivo, porém, como indica Ação, verifica-se que é uma Derivação Regressiva (Onde o substantivo é formado através do verbo), logo o verbo Raciocinar é que é a palavra Primitiva.

    2- Sendo verbo, verifica-se que a letra (a) de Raciocin + (a) + r, indica Primeira Conjugação e sua conjugação poderá ser:

    eu raciocin | o
    tu raciocin | as
    ele raciocin | a
    nós raciocin | amos
    vós raciocin | ais
    eles raciocin | am

    Logo, o Radical da palavra é Raciocínio é RACIOCIN e (O) é a Vogal Temática.

    3- A Palavra Razoável é um adjetivo e é invariável, logo o Radical é própria palavra (Razoável);

    4- Os Radicais RAZOÁVEL e RACIOCIN NÃO SÃO IGUAIS, então acho que existe um equívoco na questão.

    5- Agora com relação a Raiz que é diferente de Radical, aí sim as duas palavras tem a mesma raiz (do latim RATIO)

  • Deveria anular isso, fui na letra D

  • Questão mal formulada! Raiz é o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras, consideradas do ângulo histórico. É a raiz que encerra o sentido geral, comum às palavras da mesma família etimológica. Radical é o elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático. É encontrado através do despojo dos elementos secundários (quando houver) da palavra. Por exemplo: cert-o cert-eza in-cert-eza ou seja, RESPOSTA CORRETA SERIA LETRA : D
  • Errei essa porque, infelizmente, o meu latim não é muito bom! Vou de D todas as vezes que eu fizer essa questão. Radical é diferente de raiz. Avante!

  • RAIZ É DA ONDE A PALAVRA VEIO. É A ORIGEM DA PALAVRA.

    RADICAL É A PARTE QUE ENGLOBA AFIXOS.


ID
20428
Banca
FCC
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 8 referem-se ao texto
abaixo.

     "O folhetim é frutinha de nosso tempo", disse Machado
de Assis numa de suas deliciosas crônicas. E volta ao assunto
na crônica seguinte.
     "O folhetinista é originário da França [...] De lá espalhouse
pelo mundo, ou pelo menos por onde maiores proporções
tomava o grande veículo do espírito moderno; falo do jornal." E
Machado tenta "definir a nova entidade literária", procura
esmiuçar a "organização do novo animal". Mas dessa nova
entidade só vai circunscrever a variedade que se aproxima do
que hoje chamaríamos crônica. E como na verdade a palavra
folhetim designa muitas coisas, e, efetivamente, nasceu na
França, há que ir ver o que o termo recobre lá na matriz.
     De início, ou seja, começos do século XIX, "le feuilleton"
designa um lugar preciso do jornal: "o rez-de-chaussée"
? résdo-
chão, rodapé
?, geralmente o da primeira página. Tinha uma
finalidade precisa: era um espaço vazio destinado ao
entretenimento. E pode-se já antecipar, dizendo que tudo o que
haverá de constituir a matéria e o modo da crônica à brasileira
já é, desde a origem, a vocação primeira desse espaço
geográfico do jornal, deliberadamente frívolo, oferecido como
chamariz aos leitores afugentados pela modorra cinza a que
obrigava a forte censura napoleônica. ("Se eu soltasse as
rédeas da imprensa", explicava Napoleão ao célebre Fouché,
seu chefe de polícia, "não ficaria três meses no poder.")

(MEYER, Marlyse, Folhetim: uma história. 2 ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2005, p. 57)

Atenção: As questões 3 e 4 referem-se ao fragmento que segue.

E pode-se já antecipar, dizendo que tudo o que haverá de constituir a matéria e o modo da crônica à brasileira já é, desde a origem, a vocação primeira desse espaço geográfico do jornal, deliberadamente frívolo, oferecido como chamariz aos leitores afugentados pela modorra cinza a que obrigava a forte censura napoleônica.

Considerado o contexto, é correto afirmar que, no fragmento acima,

Alternativas
Comentários
  • ... haverá de constituir aquilo que estamos acostumados a identificar ...

    ...geralmente o da primeira página. Tinha uma
    finalidade precisa: era um espaço vazio destinado ao
    entretenimento. E pode-se já antecipar, dizendo que tudo o que
    haverá de constituir a matéria e o modo da crônica à brasileira
    já é, desde a origem, a vocação primeira desse espaço
    geográfico do jornal, deliberadamente frívolo, oferecido como
    chamariz aos leitores afugentados pela modorra cinza a que
    obrigava a forte censura napoleônica....


     
  • Faltou destacar na frase (alternativa c) a qual "o" ele se refere: Procurei o livro o dia todo, mas nao o encontrei. Ficaria mais fácil.
  • Gileno, os 2 primeiros "o" não são pronomes, mas artigos.
  • Alguém mais preparado poderia comentar???

    CTRL C + CTRL V não ajuda em nada
  • porque a alternativa D está errada? esses texto da FCC mata qualquer pessoa.
    verbo no gerundio, não significa ´´ainda a realizar?´´
    se alguém puder responder...
  • olhando com mais atenção, percebe-se que a alternativa B é a correta, pois:


    B -  o emprego da expressão haverá de constituir é revelador de que a ocorrência referida já é de pleno conhecimento da autora?

    resposta: sim, se olharmos no texto, vemos que: ´´E pode-se já antecipar, dizendo que tudo o que haverá de constituir a matéria e o modo da crônica à brasileira já é, desde a origem...´´aqui, a autora confirma seu pleno conhecimento sobre a censura napoleônica.


    agora continuo com dúvida na letra D.
  • Daiany,
    Cheguei no gabarito "b" por eliminação das outras.
    Considerei a "D" errada, pois "caso se possa dizer", abre uma possibilidade do que se afirma.
    Já a forma verbal "dizendo", pode ser entendida como certeza do que diz, desde que observado o "desenrolar" do texto.
    Espero ter ajudado, mesmo que tardio.
    Abraços.
  • a) São "jás" diferentes, um vale por "agora", o outro não. Acho que o primeiro é absoluto. O que importa é que aparentam ser diferentes.

    b) correta por eliminação das demais...

    c) um "o" é artigo (procurei o livro), o outro obviamante é pronome; como não diz a qual "o" se refere... cabe recurso

    d) hã?

    e) crônica não é o sujeito. Talvez seja vocação, não importa; importa que não é crônica.

  • Pra mim a letra " C " está certa, o último " O "é pronome sim. 

  • Conseguir um cargo no banco tá mais díficil que  tribunal!

  • Na Letra C

    O pronome do texto "em tudo o que" é demonstrativo e pode ser substituído por aquilo

     

    "Procurei o livro o dia todo, mas não o encontrei"

    Os 2 primeiros "o" são artigos e o terceiro é um pronome oblíquo átono que pode se substituído por "ele"

     

    O Erro da alternativa é falar que são do mesmo tipo

  • na (c) Procurei o livro o dia todo, mas não o encontrei. Esse "o" não é pronome, mas sim SUBSTANTIVO

    na (d) "dizendo" é gerúndio e "possa" é presente do subjuntivo

    na (e) o verbo "ser" em: "tudo o que haverá de constituir [...] já é" se refere ao pronome indefinido "tudo"


ID
20683
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Banco do Brasil
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para os itens de 1 a 14

1 Os bancos médios alcançaram um de seus
melhores anos em 2006. A rigor, essas instituições não
optaram por nenhuma profunda ou surpreendente mudança
4 de foco estratégico. Bem ao contrário, elas apenas voltaram
a atuar essencialmente como bancos: no ano passado a
carteira de crédito dessas casas bancárias cresceu 39,2%,
7 enquanto a carteira dos dez maiores bancos do país
aumentou 26,2%, ambos com referência a 2005.
É apressado asseverar que essa expansão do
10 segmento possa gerar maior concorrência no setor. Vale
lembrar, apenas como comparação, que a chegada dos
bancos estrangeiros (nos anos 90) não surtiu o efeito
13 esperado quanto à concorrência bancária. Os bancos
estrangeiros cobram o preço mais alto em 21 tarifas. E os
bancos privados nacionais, médios e grandes, têm os preços
16 mais altos em outras 21. O tamanho do banco não determina
o empenho na cobrança de tarifas. O principal motivo da
fraca aceleração da concorrência do sistema bancário é a
19 permanência dos altos spreads, a diferença entre o que o
banco paga ao captar e o que cobra ao emprestar, que não se
altera muito, entre instituições grandes ou médias.
22 Vale notar, também, que os bons resultados dos
bancos médios brasileiros atraíram grandes instituições do
setor bancário internacional interessadas em participação
25 segmentada em forma de parceria. O Sistema Financeiro
Nacional só tem a ganhar com esse tipo de integração. Dessa
forma, o cenário, no médio prazo, é de acelerado movimento
28 de fusões entre bancos médios, processo que já começou.
Será um novo capítulo da história bancária do país.


Gazeta Mercantil, Editorial, 28/3/2007.

A relação semântico-sintática entre o período que termina em "parceria" (L25) e o que começa com "O Sistema Financeiro" seria corretamente explicitada por meio da conjunção Entretanto.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO, pois a conjunção ENTRETANTO traria uma idéia de oposição, o que não é cabível nos trechos em análise.

  • Eentretanto oposição.

    Caberia Portanto conclusão.

  • A conjunção supracitada remete uma ideia de adversidade (entretanto, todavia, porém...), tornando, dessa maneira, a relação semântico-sintática inapropriada, visto que, o que tornaria adequada seria uma conjunção conclusiva, tais como: por isso, logo, por conseguinte, consequentemente...


    Bons estudos!

  • ENTRETANTO--ADVERSIDADE---PARCERIA ??? ERRADO, NÃO FUI NEM PRO TEXTO.

  • R: ERRADO. Para manter a relação semântico-sintática os períodos deveriam ser ligados por uma conjunção conclusiva e não uma conjunção adversativa.

  • errei por entender que a participação dos bancos internacionais poderia ser negativa

  • A relação semântico-sintática entre o período que termina em "parceria" (L25) e o que começa com "O Sistema Financeiro" seria corretamente explicitada por meio de uma das conjunções Logo; pois (posposto ao verbo); portanto; assim; então; por isso; por conseguinte; por consequência; consequentemente; de modo que; desse modo; destarte.

  • A conjunção ENTRETANTO é ADVERSATIVA. O correto seria incluir uma conclusão conclusiva.

  • nacionalista errou a questão

  • nao há contradição na frase

  • Li umas 10x pra ver se não tinha nenhuma pegadinha!


ID
74647
Banca
FCC
Órgão
TRT - 21ª Região (RN)
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere as frases abaixo:

I. De que você se queixe, eu aceito; só não admito de que você não busque superar sua dor.

II. A fraqueza de que ele mais acusa em si mesmo é aquela de que muitos de nós não nos conformamos: a covardia.

III. A suspeição de que sua doença seja grave só fez crescer o temor de que tenhamos sido injustos com o nosso amigo.

O emprego da expressão de que está plenamente adequado APENAS em

Alternativas
Comentários
  • I. De que você se queixe, eu aceito; só não admito de que você não busque superar sua dor.

    Queixar DE                         Buscar ALgo (o que)

    II. A fraqueza de que ele mais acusa em si mesmo é aquela de que muitos de nós não nos conformamos: a covardia.

    Acusar alguem DE algo           Conformar COM

    III. A suspeição de que sua doença seja grave só fez crescer o temor de que tenhamos sido injustos com o nosso amigo.

    Suspeitar DE        TEmor DE

     

  • Na frase I, há duas orações subordinadas substantivas objetivas diretas, por isso não devem ser precedidas de preposição.

    Que você se queixe eu aceito; só não admito que você não busque superar sua dor.

    Na frase II, temos orações adjetivas.
    pronome relativo “que” é o objeto direto, por isso não pode ser precedido da preposição “de”
    Na outra oração adjetiva, “muitos de nós” é o sujeito e o verbo pronominal “nos conformamos” rege, na realidade, a preposição “com”.

    A fraqueza que ele mais acusa em si mesmo é aquela com que muitos de nós não nos conformamos: a covardia

    Na frase III, as orações “de que sua doença seja grave” e “de que tenhamos sido injustos com o nosso amigo” são subordinadas substantivas
    completivas nominais e as preposições “de” foram corretamente inseridas, porque foram exigidas pelos substantivos “suspeição” e “temor”.

    A suspeição de que sua doença seja grave só fez crescer o temor de que tenhamos sido injustos com o nosso amigo.

    gabarito letra E
    bons estudos!

ID
84238
Banca
FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE
Órgão
BNB
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o uso de sufixos presentes nos seguintes períodos: "São aqueles que, em princípio, têm um ambiente político-econômico mais estável que os demais [...]"

I. Naquele Banco não havia nem um orelhão.

II. O gerente do Banco sorria do narigão do diretor.

III. Meu Banco é um paizão para mim.

IV. O funcionário da Carteira de Investimentos foi chamado de santarrão pelo cliente.

Em que opção os itens indicam períodos cujos sufixos não expressam apenas significação de tamanho?

Alternativas
Comentários
  • Narigão é nariz grande meeeesmo! Não conheço outro significado! Hehehe...Mas, nos demais casos, além de expressar o "aumentativo" os sufixos também proporcionam outros significados nas palavras:Santarrão: falso beato, hipócrita, fingido.Orelhão: aparelho telefônico.Paizão: alguém atencioso, cuidadoso, que está sempre "ao seu lado".
  • Fiquei em duvida no SORRIA por que ele é um prefixo, mais a letra A no final ,mais em fim acertei


ID
89353
Banca
FUNRIO
Órgão
PRF
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Outra de elevador

''Ascende'' , dizia o ascensorista. Depois: " Eleva-se." " Para cima." " Para o alto." Escalando." Quando perguntavam: " Sobe ou desce?", respondia: "A primeira alternativa." Depois dizia "Descende", "Ruma para baixo", "Cai controladamente." " A segunda alternativa." " Gosto de improvisar", justificava-se. Mas como toda a arte tende para o excesso, chegou ao preciosismo. Quando perguntavam "Sobe?", respondia: "É o que veremos..." Nem todo o mundo compreendia, mas alguns os instigavam. Quando comentavam que devia ser uma chatice trabalhar em elevador, ele respondia: "Tem seus altos e baixos", como esperavam. Respondia, criticamente, que era melhor que trabalhar em escala, ou que não se importava, embora o seu sonho fosse um dia, comandar alguma coisa que andasse para os lados. E quando ele perdeu o emprego, porque substituíram o elevador antigo do prédio por um moderno automático, daqueles que têm música ambiental, disse: "Era só me pedirem - eu também canto."

(Luis Fernando Veríssimo - jornal O Globo, 2002)

O elemento em destaque em cada vocábulo que deve ser identificado como um morfema, indicador de ação em processo é:

Alternativas
Comentários
  • Correto “c)”• a) controladamente - mente. - Sufixo utilizado na formação de advérbio, -mente (é o único sufixo adverbial)- Exemplos: Vagarosamente, rapidamente, felizmente, propriamente, etc.• b) chatice - ice. - Sufixo que forma substantivo a partir de adjetivos.- Exemplo: Velhice• c) escalando - ndo. - -ando(a) (ação furtiva aplicada a um indivíduo = doutorando, vestibulando); - Exprime um fato em desenvolvimento e exerce funções próprias do advérbio e do adjetivo:- Exemplos:O menino estava chorando. (função de adjetivo)Pensando, encontra-se uma solução. (função de advérbio)• d) ambiental - al. - Forma substantivo com ideia de coleção, agrupamento:- Exemplos: Algodoal, laranjal, etc.- também forma adjetivos:Exemplos: Espacial, colonial, etc.• e) pedirem - rem. - O futuro do conjuntivo forma-se juntando as terminações (sufixos de tempo-modo-aspecto e pessoa-número) -r, -res, -r, -rmos, -rdes, -rem ao tema da forma do pretérito perfeito.
  • Morfemas são unidades mínimas de caráter signficativo, capazes de se articularem entre si para constituir uma palavra.
    Se dividem em: radical(elemento principal da palavra), desinência(elemento que indica as flexões de gênero, número e grau)
    e afixos (elementos secundários que se juntam para formar palavras novas quem podem ser prefixos e sufixos)
    Exs:
     

    Autonomia

    Casas

    Sobrevivência

    auto= radical

    a= desinência de gênero
    s= desinência de número

    sobre= prefixo

     

  • Gerundio -
     Esta forma nominal pode e deve ser usada para expressar uma ação em curso ou uma ação simultânea a outra,
    ou para exprimir a idéia de progressão indefinida.
  • Resposta Letra C

    Podemos observar que o sufixo - ndo, leva a ação em andamento

    Ex:. Faze ndo, anda ndo  e etc....

  • Gerúndio - Noção de continuidade.

  • Gab. letra C

    O que são morfemas?

    -Os morfemas são unidades ou elementos de significação que formam as palavras, bem como alteram o seu significado. Também podem ser chamados de elementos mórficos. FONTE:https://www.todamateria.com.br/morfemas/

    .

    Exemplos de morfemas:

    Radicais;

    Vogais temáticas;

    Desinências;

    Prefixos;

    Sufixos;

    .

    Morfema modalidade sufixo NDO indica ação em processo.

  • Gerúndio - Ação em curso.


ID
93043
Banca
FCC
Órgão
DNOCS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A exploração dos recursos naturais da Terra permite à
humanidade atingir patamares de conforto cada vez maiores.
Diante da abundância de riquezas proporcionada pela natureza,
sempre se aproveitou dela como se o dote fosse inesgotável.
Essa visão foi reformulada. Hoje se sabe que a maioria dos
recursos naturais de que o homem depende para manter seu
padrão de vida pode desaparecer num prazo relativamente curto,
e que é urgente evitar o desperdício. Um relatório publicado
recentemente dá a dimensão de como a exploração desses
recursos saiu do controle e das consequências que isso pode
ter no futuro. O estudo mostra que o atual padrão de consumo
de recursos naturais pela humanidade supera em 30% a
capacidade do planeta de recuperá-los. Ou seja, a natureza não
dá mais conta de repor tudo o que o bicho-homem tira dela.
A exploração abusiva do planeta já tem consequências

visíveis. A cada ano, desaparece uma área equivalente a duas
vezes o território da Holanda. Metade dos rios do mundo está
contaminada por esgoto, agrotóxicos e lixo industrial. A degradação
e a pesca predatória ameaçam reduzir em 90% a oferta
de peixes utilizados para a alimentação. As emissões de CO2
cresceram em ritmo geométrico nas últimas décadas, provocando
o aumento da temperatura do globo.

Evitar uma catástrofe planetária é possível. O grande
desafio é conciliar o desenvolvimento dos países com a
preservação dos recursos naturais. Para isso, segundo os
especialistas, são necessárias soluções tecnológicas e políticas.
O engenheiro agrônomo uruguaio Juan Izquierdo, do Programa
das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, propõe que
se concedam incentivos e subsídios a agricultores que
produzam de forma sustentável. "Hoje a produtividade de uma
lavoura é calculada com base nos quilos de alimentos produzidos
por hectare. No futuro, deverá ser baseada na capacidade
de economizar recursos escassos, como a água", diz ele.

Como mostra o relatório, é preciso evitar a todo custo

que se usem mais recursos do que a natureza é capaz de repor.
(Adaptado de Roberta de Abreu Lima e Vanessa Vieira. Veja,
5 de novembro de 2008, pp. 96-99)

... e das consequências que isso pode ter no futuro.(1° parágrafo)

O pronome grifado acima substitui corretamente, considerando-se o contexto,

Alternativas
Comentários
  • Correta letra d) a exploração descontrolada dos recursos naturais da Terra...Justificativa: "Um relatório publicado recentemente dá a dimensão de como a EXPLORAÇÃO DESSES RECURSOS SAIU DO CONTROLE e das consequências que isso podeter no futuro".
  • O pronome isso substitui corretamente o que se refere na alternativa "D" , vejam que no trecho retirado do texto -a seguir- que a exploração referida é a exploração descontrolada dos recursos naturais da Terra:
    Um relatório publicado
    recentemente dá a dimensão de como a exploração desses
    recursos saiu do controle e das consequências que isso pode
    ter no futuro.
  • O que isso tem a ver com redação oficial? 
  • Vamos lá, primeiro arganizamos a oração.
    OBS: Oração = 1 ou mais verbos, Ok?
    Uma oração sempre é uma frase, mas nem toda frase é uma oração. Pois pode haver frases sem verbo.
     Um relatório publicado recentemente dá a dimensão de como a exploração desses
    recursos saiu do controle e das consequências que isso pode
    ter no futuro.
    1 - Um relatório publicado recentemente dá a dimensão de como a exploração desses
    recursos saiu do controle 
    2 - Um relatório publicado recentemente dá a dimensão das consequências que isso pode
    ter no futuro.
    Pegunta-se : O que pode causar consequências no futuro?
    Resposta : a exploração desses recursos 

  • Completando:
    Isso é pronome demostrativo :
    Pode fazer referência aos elementos do texto (função anafórica ou catafórica);
    Pode substituir algum termo, expressão, oração ou idéia, evitando sua repetição, no papel de termos vicários

    Quando faz referência a algo já mencionado no texto, ou seja, a algo que está no “paSSado” do texto,
    deve-se usar ESSE / ESSA / ISSO (com o SS do paSSado).

    Se a referência ainda vier a ser apresentada (pertence ao fuTuro), usa-se
    ESTE / ESTA / ISTO (com o T do fuTuro)
    Referência PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI - Português em exercícios


ID
99748
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-PB
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nas frases

I. O mau julgamento político de suas ações não preocupa os deputados corruptos. Para eles, o mal está na mídia impressa ou televisiva.

II. Não há nenhum mau na utilização do Caixa 2. Os recursos não contabilizados não são um mau, porque todos os políticos o utilizam.

III. É mau apenas lamentar a atitude dos políticos. O povo poderá puni-los com o voto nas eleições que se aproximam. Nesse momento, como diz o ditado popular, eles estarão em mal lençóis.

o emprego dos termos mal e mau está correto APENAS em

Alternativas
Comentários
  • I. O mau julgamento político de suas ações não preocupa os deputados corruptos. Para eles, o mal está na mídia impressa ou televisiva. (CORRETA)II. Não há nenhum mau (MAL) na utilização do Caixa 2. Os recursos não contabilizados não são um mau (MAL), porque todos os políticos o utilizam.III. É mau apenas lamentar a atitude dos políticos. O povo poderá puni-los com o voto nas eleições que se aproximam. Nesse momento, como diz o ditado popular, eles estarão em mal (MAUS) lençóis.Regra: MAL - BEM MAU - BOM
  • Mal - Bem
    Mau - Bom

    Logo a primeira está correta :

    O mau julgamento... o mau pode ser substituido por Bom ... Para eles, o mal está na mídia impressa ... O mal pode ser substituido por Bem
    Só vc fazer issso nas outra que vc vai conseguir acertar esse tipo de questão

    Reeposta Letra A
    Bons Estudos Pessoal !!
    Paulo.
  • Diferenças entre mal e mau.

    A palavra mau é um adjetivo utilizado para acompanha um susbstantivo. Opõe - se a bom e pode ser utilizado no plural e no feminino.

    A palavra mal pode ser um advérbio de modo, uma conjunção ou substantivo.

    No item I temos:

    "O mau julgamento político de suas ações não preocupa os deputados corruptos. Para eles, o mal está na mídia impressa ou televisiva." Neste período mau acompanha o substantivo julgamento e mal um substantivo para a oração. Quem está na mídia impressa ou televisiva? O Mal.fonte:http://www.alunosonline.com.br/portugues/mal-e-mau.html
  • Nao entendi por que o III nao esta correto

  • Nao entendi por que o III nao esta correto

  • Wagner, o correto é "maus lençóis"


ID
108736
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira que enfrentou no Brasil, Levine resolveu fazer um levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir como diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais atrasados - do ponto de vista temporal, bem entendido - do mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o número de relógios corretamente ajustados e a eficiência dos correios. Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o povo mais pontual. Já as oito últimas posições no ranking são ocupadas por países pobres.
O estudo de Robert Levine associa a administração do tempo aos traços culturais de um país. "Nos Estados Unidos, por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos", diz o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte público?

(Veja, 02.12.2009)

Analisar escreve-se com s porque é derivada da palavra análise, que tem s em seu radical. A palavra em que o mesmo processo justifica o emprego do s é

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA  LETRA ( C )  PESQUISAR-PESQUISADOR

  • É o tipo de questão que nem precisa perder tempo lendo o texto, vai direto conferir as alternativas. 


    Letra c - pesquisa com radical s.

  • PESQUIS- radicarl AR- verbo regular

  • Gab - C

     

  • gab:c

    pesquisa =pesquisador


ID
116515
Banca
FCC
Órgão
TRE-CE
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O mercado não deixa de ser uma criatura assaz estranha, pois ela é apresentada como se fosse portadora de vontade. Ouvimos freqüentemente que o mercado "quer" isto ou aquilo, que ele tem tal ou qual expectativa, como se
tratássemos com um ente volitivo, dotado de desejos, paixões e esperanças. Como uma criança mimada, se a sua vontade é contrariada, o seu mau humor imediatamente se manifesta, expressando-se na queda das bolsas, no aumento
da cotação do dólar e do dito risco Brasil.
Não se trata, evidentemente, de negar que o mercado tenha regras que devem ser obedecidas, sob pena de uma disfunção total do corpo social e econômico. Seguir
regras faz parte de qualquer comportamento, sem que daí se infira necessariamente que obedecer a um conjunto de regras torna esse conjunto um ser dotado de vontade. Se sigo regras de trânsito, daí não se segue que essas regras "queiram" tal ou qual coisa, senão no sentido derivado de que seres volitivos impuseram a si mesmos esse conjunto de regras. (...)
No domínio econômico observamos dois tipos de processos, de essência diferente, que tendem a ser identificados, sobretudo na vida política e, mais
especificamente, eleitoral. Se um determinado governo, seguindo certas políticas, não segue regras econômicas básicas, ele certamente produzirá um descalabro completo das contas públicas e uma desorganização total das relações
socioeconômicas. As experiências socialistas e comunistas do século XX são plenas de ensinamento nesse sentido, pois, ao serem conduzidas contra o mercado, produziram regimes totalitários com milhões de mortos. A supressão das liberdades democráticas foi a sua primeira manifestação mais visível.
Não se pode, contudo, dizer que o mercado não comporte um leque muito variado de políticas, algumas muito distantes entre si. (...)
Quem quer determinadas políticas, e não outras, são os agentes econômicos, sociais e políticos que, dependendo das orientações seguidas, não "querem" a sua implementação. Como não se assumem diretamente, apresentam os seus interesses sob uma forma impessoal, como se uma entidade coletiva e mirabolante não quisesse certas ações. Toda política favorece determinados interesses e contraria outros, sem que se possa dizer que exista uma política de custo zero que beneficiaria todos os agentes envolvidos. Uma política que favoreça as exportações e a substituição de importações, por exemplo, irá contrariar outros interesses que são hoje satisfeitos. Uma política de redistribuição de renda necessariamente tirará de alguns para favorecer os mais carentes.
A especulação que temos observado no mercado financeiro obedece precisamente a esse jogo de interesses contrariados ou favorecidos, em que simples rumores de subida ou de descida de determinados candidatos nas
pesquisas de opinião produzem lucros para alguns e prejuízos para outros. Em alguns casos, os rumores relativos a essas pesquisas nem se confirmam, porém lucros e perdas não cessam de ser produzidos. E o que é pior: os prejuízos dizem respeito a todo o País.


(Denis Lerrer Rosenfeld, O Estado de S. Paulo, agosto
de 2002)

Uma política de distribuição de renda necessariamente tirará de alguns... (final do 5o parágrafo)

O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima está na frase:

Alternativas
Comentários
  • OBEDECER( VERBO TRANSITIVO INDIRETO) PREPOSIÇÃO A.-----OBEDECE A -----.TIRAR( VERBO TRANSITIVO INDIRETO)PREPOSIÇÃO DE-------TIRARÁ DE------.
  • Nesse tipo de questao deve-se atentar para o fato de que, embora o verbo seja VTDI, a pergunta refere-se ao complemento que esta na frase. Nao se deve buscar nas alternativas um objeto direto e indireto, por exemplo.
  • a) Manifestar = VERBO INTRANSITIVO NESTE CASO

    b) Tornar = VERBO DE LIGAÇÃO

    c) segue = VERBO TRANSITIVO DIRETO

    d) produzir = VERBO TRANSITIVO DIRETO

    e) obedecer= VERBO TRANSITIVO INDIRETO. (CERTA)

  • É necessário o real entendimento da questão;pois, Embora o verbo tirar seja VTDI, nesta questão ela só pede o objeto indireto que se encontra na Letra E, pois quem obedece obedece a alguém; sendo, porntato VTI pedindo objeto indireto.
  • NA VERDADE O VERBO DE LIGAÇÃO QUE HÁ NA LETRA B É "DOTADO". TODAVIA, CONTINUA EQUIVOCADA E O GABARITO É A LETRA E.

  • e

    tirará esta como verbo transitivo indireto. O outro verbo que exige preposição é obedece 

  • Gabarito E.

    A questao solicitou complemento e nao preposiçao.

  • Uma política de distribuição de renda necessariamente tirará de alguns... 

    [o verbo "tirará", na referida frase é um VTI, embora seu emprego mais usual seja como VTDI (tirar algo de alguém). No máximo, poderia-se alegar que há um OD oculto na frase mas, o fato é que não há um OD explícito.]

    O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima está na frase:

    A) o seu mau-humor imediatamente se manifesta... VI

    B) torna esse conjunto um ser dotado de vontade. VTD + OD + Predicativo do objeto

    C) não segue regras econômicas básicas. VTD

    D) produziram regimes totalitários com milhões de mortos. VTD

    E) a especulação obedece precisamente a esse jogo de interesses.VTI


ID
117832
Banca
FCC
Órgão
TRE-CE
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A idéia de que o povo é bom e que deve, por conseguinte, ser o titular da soberania política, provém, sem dúvida, de Rousseau. Mas o pensamento do grande filósofo sobre esse ponto era muito mais complexo e profundo do que podem supor alguns de seus ingênuos seguidores.
Do fato de que o homem é sempre bom, e que a sociedade o corrompe, não se seguia logicamente, no pensamento de Rousseau, a conclusão de que as deliberações do povo fossem sempre boas. "Cada um procura o seu bem, mas nem sempre o enxerga. O povo nunca é corrompido, mas é freqüentemente enganado, e é então que ele parece querer o mal" - advertia o filósofo.
É aí que se insere a sua famosa distinção entre vontade geral e vontade de todos. Aquela "só diz respeito ao interesse comum; a outra, ao interesse privado, sendo apenas a soma de vontades particulares". Para Rousseau, nada garantiria que a vontade geral predominasse sempre sobre as vontades particulares. Ao contrário, ele tinha mesmo da vida em sociedade uma visão essencialmente pessimista. Sustentava que os povos são virtuosos apenas na sua infância e juventude. Depois, corrompem-se irremediavelmente.
Não há, pois, maior contra-senso interpretativo do que afirmar que o princípio da soberania absoluta do povo tem origem em Rousseau. Na verdade, ele, que sempre foi um moralista, preocupado antes de tudo com a reforma dos costumes, descria completamente de qualquer remédio jurídico para os males da humanidade.



(Fábio Konder Comparato)

A vontade de todos diz respeito ao interesse privado, sendo apenas a soma de interesses particulares.

Considerado o contexto, o elemento sublinhado na frase acima tem o mesmo sentido de

Alternativas
Comentários
  • a) embora seja. ( dá uma idéia de concessão)

    b) a fim de ser. (dá uma idéia de finalidade)

    c) mesmo que fosse. (Subjuntivo = dá idéia de possibilidade)

    d) a menos que seja. (Subjuntivo = dá idéia de possibilidade)

    e) uma vez que é. Resposta CORRETA
     

  • Na segunda oração  a palavra "sendo" está dando ideia de afirmação, portanto nesse caso a alternativa E seria a mais adequada visto que ela(a alternativa E) não deixaria de expressar tal afirmação. 

  • e


ID
117859
Banca
FCC
Órgão
TRE-CE
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A idéia de que o povo é bom e que deve, por conseguinte, ser o titular da soberania política, provém, sem dúvida, de Rousseau. Mas o pensamento do grande filósofo sobre esse ponto era muito mais complexo e profundo do que podem supor alguns de seus ingênuos seguidores.
Do fato de que o homem é sempre bom, e que a sociedade o corrompe, não se seguia logicamente, no pensamento de Rousseau, a conclusão de que as deliberações do povo fossem sempre boas. "Cada um procura o seu bem, mas nem sempre o enxerga. O povo nunca é corrompido, mas é freqüentemente enganado, e é então que ele parece querer o mal" - advertia o filósofo.
É aí que se insere a sua famosa distinção entre vontade geral e vontade de todos. Aquela "só diz respeito ao interesse comum; a outra, ao interesse privado, sendo apenas a soma de vontades particulares". Para Rousseau, nada garantiria que a vontade geral predominasse sempre sobre as vontades particulares. Ao contrário, ele tinha mesmo da vida em sociedade uma visão essencialmente pessimista. Sustentava que os povos são virtuosos apenas na sua infância e juventude. Depois, corrompem-se irremediavelmente.
Não há, pois, maior contra-senso interpretativo do que afirmar que o princípio da soberania absoluta do povo tem origem em Rousseau. Na verdade, ele, que sempre foi um moralista, preocupado antes de tudo com a reforma dos costumes, descria completamente de qualquer remédio jurídico para os males da humanidade.



(Fábio Konder Comparato)

É preciso corrigir a forma sublinhada na frase:

Alternativas
Comentários
  • Sim, a vontade geral quase nunca sobrepuja as vontades particulares, mas por quê? :)
  • POR QUE = Pelo qual, por qual razão, por qual motivo.(motivo)Ex. "Ó mar, por que não apagas,(..)"POR QUÊ = Final de frase ou seguido de pausa forte. Ex: "Mas por quê?- quis ele saber."PORQUE = Uma vez que, visto que, pois ou para que. Ex: "Eu canto porque o instante existe(...)"PORQUÊ= Sinônimo de O motivo, A razão. É substantivo e sempre aparece antecedido de um determinante. Ex: " Desconheço O porquê de sua recusa."
  • USOS DO PORQUE:

     

    PORQUE= substitui-se por pois, é usado em respostas e explicações.

    Ex: Sou um perdedor porque as mulheres não me dão atenção.

     

    POR QUE= caráter interrogativo, usado no começo ou para estabelecer relação com termo anterior (caso da alternativa E).

    Ex: Por que minha ex me deixou?

     

    POR QUÊ= caráter interrogativo, usado no final.

    Ex: Minha ex me deixou. Por quê?

     

    Porquê= causa, razão.

    Ex: Minha ex me deixou e nem disse o porquê.

  • Essas questões de 2002 não voltam mais, que pena rsrs....
  • Emprego de “porquês

    Por que (separado e sem acento)

    1) Expressão adverbial interrogativa de causa (ou explicação), podendo aparecer em interrogações diretas e indiretas. Nesse caso, pode estar explícito ou não o termo “motivo” (“razão”). Veja.

    Por que razão o homem maltrata a natureza?

    Por que o homem maltrata a natureza?

    Ninguém sabe por que razão o homem maltrata a natureza.

    Ninguém sabe por que o homem maltrata a natureza.

    2) Expressão relativa com função anafórica. Nesse caso, equivale a uma das seguintes expressões: pelo qual, pelos quais, pela qual, pelas quais.

    A estrada por que vim é tranquila. (por que = pela qual)

    O fax por que enviei a texto é antigo. (por que = pelo qual)

    Obs.1: Também se usa “por que” quando a palavra “que” funciona como pronome indefinido adjetivo (equivalendo a “qual”). Nesse caso, “por que” equivale a “por qual”.

    Você sabe por que caminho ela está vindo?

    Obs. 2: Cuidado. Por vezes o segmento “por que” corresponde à seguinte morfologia: a preposição “por” é exigida por um termo anterior; e “que” é conjunção integrante. Veja:

    Minha luta por que você supere isso é grande.

    Por quê (separado e com acento) 

    Também tem valor adverbial interrogativo. O acento ocorre diante de pausas fortes. Veja:

    O homem maltrata a natureza por quê?

    O homem maltrata a natureza, mas ninguém sabe por quê.

    Ninguém sabe por quê, mas o homem maltrata a natureza.

    Ela admitiu o homicídio, mas explicar por quê será difícil.

    Porque (junto e sem acento)

    Trata-se sempre de conjunção: seja explicativa, seja causal, seja final.

    Não chore, porque me daria pena.

    Não chorei porque não tive vontade.

    Não chorarei porque não demonstre fragilidade.

    Você se assustou porque eu gritei?

    Porquê (junto e com acento)

    Trata-se de substantivo.

    Ninguém sabe o porquê, mas o homem maltrata a natureza.


ID
119677
Banca
IBFC
Órgão
ABDI
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que há uma palavra formada por derivação parassintética:

Alternativas
Comentários
  • A derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma dependente, ou seja, os dois afixos não podem se separar, devem ser usados ao mesmo tempo, pois sem um deles a palavra não se reveste de nenhum significado.Ex.: anoitecer ( a- prefixo e -ecer sufixo), neste caso, não existem as palavras anoite e noitecer, pois os afixos não podem se separar.
  • Pela derivação parassintética formam-se verbos que geralmente usam os mesmos prefixos (EN ouA) e os mesmos sufixos (ECER ou AR).

    EM - verbo -ECER    ex: empobrecer

    EM - verbo - AR    ex: engordar

    A - verbo - ECER    ex: anoitecer

    A - verbo - AR    ex: ajoelhar

    Gabarito: A

    Processo de formação das palavras dos demais itens?

    b) derivação prefixal e sufixal

    c) composição por justaposição

    d) composição por aglutinação

     

  • Parassintética

    1 - quando há um sufixo E um prefixo simultaneamente.

    2 - não se pode retirar o sufixo nem o prefixo porque a palavra não terá significado.

    EX: anoitecer

    Radical: noit             Prefixo: a             Sufixo: ecer

    Não existe: anoite (tirando o sufixo)     Não existe: noitecer (tirando o prefixo)

  • CORRETO LETRA A.
    DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA NÃO CONSEGUE FORMAR PALAVRA TIRANDO O PREFIXO OU SUFIXO. AnoiteCER. Não forma palavra ANOITE nem NOITECER.

    B) imoral

    C)  SOL

    D) ÁGUA
  • a) Anoitecer -> derivação parassintética. (é a alternativa correta) Nela há prefixo(-a) e sufixo(-ecer), porém,não são formadas novas palavras se os suprimirmos. Observe que não existe noitecer ou anoite. (Obs: à noite existe, mas é locução verbal)
    b) Imoralidade -> derivação prefixal e sufixal , tendo sido acrescido o prefixo "I-" e o sufixo "-ade".
    c) Girassol -> composição por justaposição, pois não tiveram sua integridade fonética afetada.Obs : Temos na palavra uma consoante de ligação, o "s", que liga o verbo gira a palavra sol.
    d) Aguardente -> composição por aglutinação, que diferentemente da palavra anteriormente mencionada, teve sua integridade fonética afetada.Perdeu uma letra.
  • Isso mesmo ...não existe a palavra anoite...nem noitecer......então obrigatoriamente  é necessário o prefixo e sufixo entrarem juntos.


  •  a)anoitecer- correto

     b)imoralidade - derivação por prefixação & sufixação

     c)girassol - processo de composição de formação de palavras por justaposição

     d)aguardente - processo de composição de formação de palavras por aglutinação

  • Questões desse tipo da IBFC sempre cai para não erra mais parassintética sempre seu prefixo ou sufixo tirando um deles vai ficar sem.sentido a palavra não exite então sera Parassintética (cuidado para não confundir com a prefixal e sufixal pois ai nesse caso se tira uma ou outro sempre terá sentido) Fé foco determinação rumo a PMSE

  • A: de aprovação. #PMSE

  • Anoitecer

    Trata-se de uma derivação parassintética, ou seja, quando há acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo

    (PESTANA, pág. 154).

    Para diferenciar de uma derivação prefixal e sufixal - tire um dos termos - se a palavra não tiver mais sentido, então será uma parassíntese.

    Ex.: Envelhecer (tirando o prefixo "en": velhecer não existe, assim como tirando o sufixo "ecer" também não existiria a palavra envelhe.)

    Imoralidade

    Trata-se de um derivação prefixal e sufixal, onde há entrada de afixos, mas não de forma simultânea.

    (PESTANA, pág. 155).

    Ao contrário da parassintética, ao retirar o prefixo ou o sufixo, a palavra ainda existirá:

    Ex.: Leal > desleal > deslealdade

    Girassol

    Nesse caso há uma composição por justaposição, pois há a junção de duas palavras sem que se perca alguma letra.

    Gira + sol = Girassol (os elementos estão simplesmente justapostos, conservando a integridade das palavras).

    Em "girassol" houve uma alteração na grafia (acréscimo de um "s") justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra.

    Ex.: passatempo, quinta-feira, couve-flor

    Material de apoio: soportugues.com.br/secoes/morf/morf6.php

    Aguardente

    Nesse caso há uma composição por aglutinação, pois há a perda da sua integridade silábica, ou seja, de alguma letra.

    Lembrar do significado do verbo aglutinar:

    Segundo o dicionário priberam:

    A·glu·ti·nar 

    1. Fazer aderir ou aderir a um ou mais elementos;

    2. Unir ou unirem-se coisas ou seres diferentes. = JUNTAR, REUNIR

    Ex.: Fidalgo (filho de algo), aguardente (água ardente), pernalta (perna alta)

    *Bons estudos!

  • mesmo processo de AMANHECER vem da palavra MANHA

    Se retirar o prefixo A a palavra não terá sentido

    radical MANH

    No caso ANOITECER vem da palavra NOIT

    Se retirar o prefixo A nao tem mais sentido

  • Ótima explicação! Obrigada Ana Alves


ID
119695
Banca
IBFC
Órgão
ABDI
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere a palavra "cantassem" e as afirmações que se seguem:

I. Trata-se de um verbo conjugado no pretérito imperfeito do indicativo.

II. A letra grifada é chamada de vogal temática.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • I. Pretérito imperfeito do subjuntivo:)
  • e vogal temática? oq seria? alguém poderia dar exemplos? obrigada!
  • A vogal temática indica a conjugação a que o verbo pertence, 1ª, 2ª ou 3ª conjugação.

    Por exemplo:
    CantAr - vogal temática A - 1ª conjugação;
    VivEr - vogal temática E - 2ª conjugação;
    SorrIr - vogal temática I - 3ª conjugação.

    Espero ter ajudado.
    Abraços!
  • "Cantassem" está no pretérito imperfeito do SUBJUNTIVO.

    Verbo cantar

    Pretérito imperfeito do indicativo: Pretérito imperfeito do subjuntivo:
    eu cantava se eu cantasse
    tu cantavas se tu cantasses
    ele/ela cantava se ele/ela cantasse
    nós cantávamos se nós cantássemos
    vós cantáveis se vós cantásseis
    eles/elas cantavam se eles/elas cantassem
  • Cantassem = Subjuntivo (Expressa dúvida,possibilidade) Vogal temática A -> cantAr
  • Modo indicativo =(transmite uma ação certa e real)

    Já o modo subjuntivo =(transmite uma ação possível, porém incerta)

    Fé foco determinação e a realização de um Sonho PMSE meu ultimo concurso na militar e essa ou ser policia civil vamos lá treinar varias questões ate o braço cair e a lagrima de sangue descer kkkkkkkk

  • Não seria uma LETRA DE LIGAÇÃO? que está entre o RADICAL e o SUFIXO

    VOGAL DE LIGAÇÃO. Pois a palavra não é cantar, e sim "cantassem"...

  • VOGAL TEMÁTICA= PRIMEIRA VOGAL APÓS O RADICAL.
  • Vogal temática: A vogal temática é um morfema cuja função essencial é ligar o radical às desinências que formam as palavras. Essa junção constitui o tema (radical + vogal temática), ao qual são acrescentadas as desinências. Tanto os verbos quanto os nomes apresentam vogais temáticas. Por isso, elas podem ser classificadas em nominais e verbais.

    Exemplo: Mesas; Casas.

  • I - pretérito imperfeito do subjuntivo

  • I - pretérito imperfeito do subjuntivo


ID
119701
Banca
IBFC
Órgão
ABDI
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que aparece um adjetivo no grau superlativo sintético:

Alternativas
Comentários
  • GRAU SUPERLATIVO Usa-se o grau superlativo para intensificar uma característica de um ser em relação a outros seres. Subdivide-se em: - superlativo absoluto » que pode ser sintético ou analítico; - superlativo relativo » que pode ser de superioridade ou inferioridade.Sintético: é composto pelo adjetivo + sufixo. Exemplos: As duplas sertanejas são riquíssimas. Ele é um fortíssimo candidato. fONTE:http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/josebferraz/adjetivo001.asp
  • Os adjetivos podem variar conforme o grau. Por exemplo: Maria está feliz, ou Maria está muito feliz. Nos casos em que o adjetivo é intensificado (muito feliz, bastante inteligente, menos veloz), tem-se o grau superlativo do adjetivo. Se a característica não é comparada com outros seres (Maria é muito feliz, e pronto. Não se entra na questão se ela é mais ou menos feliz que outras pessoas), o superlativo é absoluto. Caso contrário, é relativo.

    O grau superlativo absoluto pode ser, ainda, analítico - em que a flexão é feita com um advérbio (muito, extremamente, super) - ou sintético, em que a própria palavra varia. Geralmente isso ocorre com o acréscimo do sufixo -imo. Mas nem sempre a flexão é tão simples.

    Por exemplo:

    Superlativo

    Grau normal
    Superlativos
    ágil agilíssimo
    agradável agradabilíssimo
    agudo acutíssimo ou agudíssimo
    alto altíssimo, sumo ou supremo

  • Gabarito: B

    A) comparativo de superioridade

    C) superlativo absoluto analítico

    D) superlativo relativo de superioridade

  • Correta letra B

    Quando a palavra está no Grau superlativo sintético, acrescentasse os sufixos : -íssimo, -imo, -rimo. Ex. : A Lara é felicíssima

    Bons Estudos !!!
    Abraço.

    Pedro

  • Complementando...

    Grau Superlativo Absoluto

    • Grau Superlativo Analítico: Anteposição de advérbios de intensidade ao adjetivo. Ex."É uma aluna bastante inteligente"
    • Grau Superlativo Sintético: Acrescenta-se sufixos ao adjetivo, como: -íssimo, -imo, -rimo. Ex: "A Lara é felicíssima"

    Grau Superlativo Relativo


    • Grau Superlativo Relativo de Superioridade: Ex."Mariana é a mais linda do mundo."
    • Grau Superlativo Relativo de Inferioridade: Ex."Sulmara é a menos inteligente de todas as cachorras "


    fonte: Wikipédia
  • O superlativo pode ser relativo ou absoluto e cada um pode ser classificado de outras maneiras.

    1) Superlativo relativo - ocorre uma comparação ou a qualidade de um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres.
    Pode ser:

    Comparativo de igualdade.
    Ex.: A garota é tão inteligente quanto sua mãe.

    Superlativo relativo de inferioridade.
    Ex.: João é o menos estudioso da turma.

    Superlativo relativo de superioridade.
    Exs.: Ela é mais velha do que eu. (item a)
    Aquele professor é o mais rígido da sala. (item d)

    2) Superlativo absoluto - o adjetivo é intensificado, mas a característica não é comparada com a de outros seres.
    Pode ser:

    Superlativo absoluto analítico: o adjetivo vem acompanhado de um advérbio (muito, bastante, extremamente etc).
    Ex.: Ele está muito nervoso (item c).

    Superlativo absoluto sintético: o próprio adjetivo é flexionado.
    Ex.: Fez um quadro belíssimo (item b - resposta correta).

  • a)Ela é mais velha do que eu.( adjetivo superlativo comparativo de superioridade)

    b)Fez um quadro belíssimo.( adjetivo superlativo absoluto sintético)

    c)Ele está muito nervoso.( adjetivo superlativo absoluto analitico)

    d)Aquele professor é o mais rígido da escola.( adjetivo superlativo relativo de superioridade)

  • LETRA ( B )     GRAU DO ADJETIVOGRAU COMPARATIVO   =  DE IGUALDADE ( COMO,QUANTO,QUÃO)

                                                      COMPARATIVO  = DE INFERIORIDADE ( MENOS DO QUE ou MENOS QUE)

                                                     COMPARATIVO = DE SUPERIORIDADE ANALÍTICO ( MAIS DO QUE ou MAIS QUE )

                                                    COMPARATIVO = DE SUPERIORIDADE SINTÉTICO ( MAIOR DO QUE ou MAIOR QUE )

                                       GRAU   SUPERLATIVO =   ABSOLUTO ANALÍTICO ( INTELIGENTE, EXTREMO,CÉLEBRE) (SEM SUFIXO)

                                                                                                 ABSOLUTO SINTÉTICO (INTELIGENTÍSSIMO, CELEBÉRRIMO, EXTREMAMENTE, BELÍSSIMO.)( COM SUFIXO FORMANDO UM ADJETIVO)

                                                                      =   RELATIVO DE SUPERIORIDADE ( O  MAIS)

                                                                      =     RELATIVO DE INFERIORIDADE   ( MENOS)

  • Ótimo comentário Samia, obrigada


ID
119716
Banca
IBFC
Órgão
ABDI
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas:

Foi dizer ____ ela que o contrato estava suspenso ____ um mês.

Alternativas
Comentários
  • Quando usar: a e há?a - com referência ao futuro:Daqui a três dias o verei.há - com referência ao passado:Marina esteve aqui há um mês.Há três dias não o vejo.O "há" pode ser substituído por "faz" quando se referir a tempo passado:Marina esteve aqui faz um mês.Faz três dias que não o vejo.
  • Foi dizer a ela -

    Não se usa crase antes de pronomes pessoais e de tratamento.

    que o contrato estava suspenso há um mês 

    Usa-se há indicando tempo, pode ser substituído por FAZ .
  • Retificando o comentário da colega acima. Não se usa Crase antes de pronomes de tratamento. EXCETO nos seguintes casos: DONA, MADAME, SENHORA, SENHORITA.*
  • 1. Basta fazer a substituição do pronome pessoal do caso reto feminino ELA pelo masculino ELE: Foi dizer a ele. Note que não resultou em AO, portanto não há crase. Mudemos a frase: Foi dizer à aluna = Foi dizer AO aluno. Se a palavra posterior ao A for um substantivo, dever-se-á ser substituída por um substantivo masculino. NUNCA TROQUE A CLASSE GRAMATICAL para a dica dar certo, ok?
    2. … suspenso HÁ = tempo decorrido
    HÁ = tempo passado
    A = tempo futuro Daqui a algumas semanas, faremos a prova. Há meses, estamos estudando.



    Fonte: 
    http://dudaprof.blogspot.com.br/2011/06/questoes-de-lingua-portuguesa.html
  • Completando o comentário do ALAN E CIA:

    Em relalação ao uso de Crase antes do pronome de tratamento DONA é muito controverso.
    Há autores que dizem ser caso facultativo, e outros, como o caso de Renato Aquino no seu livro Português para Concursos, a crase antes de Dona deveria ser usada apenas quando antecedida de adjetivo.

    Por ex:

    Referiu-se a Dona Augusta.
    Referiu-se à simpática Dona Augusta.

ID
120181
Banca
FCC
Órgão
SEFIN-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O valor da informação

Um indivíduo participa da vida social em proporção ao
volume e à qualidade das informações que possui, mas,
especialmente, em função de suas possibilidades de aproveitálas
e, sobretudo, de sua possibilidade de nelas intervir como
produtor do saber. Isso significa que, nas discussões acerca
das condições sociais da democracia, algumas questões
merecem ser focalizadas.

Como os indivíduos recebem a informação? Quais as
informações que lhes são dadas? Quando o são? Quem as dá?
Com que fim são fornecidas ? para serem fixadas mecanicamente
ou para lhes dar liberdade de escolha e margem de
iniciativa?

São questões decisivas, se a discussão da democracia
for a sério.

(Adaptado de Marilena Chauí, Cultura e democracia)

É preciso corrigir a redação da seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • Investigar detalhadamente os aspectos em que se envolve a informação, é uma condição da qual o cidadão consciente não deve se abster.Quem se abstem, se abstem DE alguma coisa...:)
  • Investigar detalhadamente os aspectos em que se envolve a informação (,) é uma condição DA qual o cidadão consciente não deve se abster.Para que a frase fique 100% correta, é necessário retirar a vírgula, pois está separando o sujeito do predicado.sujeito: Investigar detalhadamente os aspectos em que se envolve a informação predicado: é uma condição DA qual o cidadão consciente não deve se abster.
  • É preciso corrigir o item C. Devido somente à vírgula que não pode separar o verbo do sujeito.

  • para mim o erro da questão está na colocação pronominal, uma vez que o "não" atrai o se.
    Assim, a alternativa ficaria correta: Investigar detalhadamente os aspecots em que se envolve a informação, é uma condição pelo qual o cidadão consciente não se deve abster. ou não deve abster-se.
  • Sintetizando os comentários dos colegas, 3 erros ocorrem na alternativa C.

    O primeiro deles: separação do sujeito e do predicativo por vírgula.
    Investigar detalhadamente os aspectos em que se envolve a informação, é uma condição pela qual o cidadão consciente não deve se abster.
    Isso é uma condição (...)
    Logo, a vírgula deve ser retirada.


    Segundo erro: regência do verbo pronominal abster-se. Quem se abstém, se abstém DE alguma coisa.
    (...) é uma condição da qual o cidadão consciente não deve se abster.

    Terceiro erro: a colocação do pronome. Ocorre o seguinte com a colocação do mesmo em locuções verbais:
    1º - Verbo auxiliar + infinitivo ou gerúndio (sem palavra atrativa)
    Quero-lhe dizer o que aconteceu.
    Quero dizer-lhe o que aconteceu

    2º - Palavra atrativa + verbo auxiliar + infinitvo/gerúndio

    Infinitivo
    Não lhe quero dizer o que aconteceu.
    Não quero dizer-lhe o que aconteceu.

    Gerúndio
    Não lhe ia dizendo a verdade.
    Não ia dizendo-lhe a verdade.

    (não no meio!)
    Logo: (...)não deve se abster
    Não se deve abster.
    ou Não deve abster-se.


    Investigar detalhadamente os aspectos em que se envolve a informação é uma condição da qual o cidadão consciente não se deve abster.

    Investigar detalhadamente os aspectos em que se envolve a informação é uma condição da qual o cidadão consciente não deve abster-se.

  • Bons os comentários. Mas devo alertá-los de que a colocação pronomial não está errada na oração.
     
    Como se trata de locução verbal, antigamente a regra determinava que o pronome deveria vir antes ou depois. Hoje, todavia, tal regra foi mitigada. Vem se admitindo a colocação do pronome entre os verbos da locução, ainda que haja partícula atrativa. 
    Exemplo:
    Não me devo calar.
    Não devo me calar.
    Não devo calar-me.
    Domingos Paschoal Cegalla traz na sua gramática um exemplo de Carlos Drummond de Andrade: "Não posso me confessar autor dessas barbaridades."

    O que não se admite é colocar o pronome oblíquo após verbo no particípio.

    Além dos exemplos de Domingos Cegalla, também encontrei essa informação no site http://www.mundovestibular.com.br/articles/456/1/COLOCACAO-PRONOMINAL/Paacutegina1.html:

    Obs.: Antigamente se usava o hífen quando o pronome vinha depois do verbo auxiliar (Ela quis-me dizer...). Hoje em dia, esse procedimento não mais tem sido adotado, apesar de ainda ser considerado correto. Além disso, mesmo nos casos em que há ímã antes da locução, tem sido aceita a colocação do átono no meio dela.
  • Pra mim a A também está INCORRETA. Alguém pode me explicar? 
    Se ele não intervier (FUTURO DO SUBJUNTIVO) .... tornam-se inoperantes (creio que devia estar no futuro, pois caso contrário temos um erro de paralelismo, descontado sempre, inclusive na redação!). O certo não é tornar-se-ão inoperantes?

    Se alguém souber, por favor mande um recado pra mim! Obrigada...
  • A não está correta. Duas respostas na questão. Pode isso?

  • Resposta: Letra "C"

    É equivocado o emprego da virgula após "informação" , haja vista que esta isola o sujeito oracional - Investigar detalhadamente os aspectos em que envolve a informação - do seu verbo - é.

  • No item 'A', o pronome 'que' não atrai o 'se'? Assim, o correto não seria "as informação de que dispõe SE tornam inoperantes"?

  • Cariri Cariri, esse "que" não é pronome relativo, mas sim conjunção integrante que introduz oração subordinada substantiva completiva nominal.

  • Para mim a letra B possui erro de virgulação. Alguém poderia me ajudar, por favor? Obrigada!
  • GABARITO C

     

    Reescrevendo a alternativa C fica melhor para analisá-la.

     

    - Uma condição pela qual o cidadão consciente não deve se abster é investigar detalhadamente os aspectos em que se envolve a informação.

  • Quanto à letra B: "A fonte das informações deve ser absolutamente confiável, para que os indivíduos não sejam ludibriados e levados a interpretações errôneas."

    Vírgula posicionada antes de expressão que indique FINALIDADE é FACULTATIVA, sendo que o seu uso demonstra DESTAQUE à expressão, quando o autor quer destacar a expressão de finalidade.


ID
120487
Banca
FCC
Órgão
SERGAS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quando auxiliar já é fazer

Há muita senhora que se refere a sua empregada
doméstica como "minha auxiliar". Evita a secura da palavra
"empregada" por lhe parecer pejorativa ou politicamente
incorreta. As mais sofisticadas chegam a se valer de "minha
assistente" ou, ainda, "minha secretária" ? em que ganham, por
tabela, o status de executiva ou diretora de departamento. Mas
fiquemos com "auxiliar", e pensemos: auxiliar exatamente em
qual tarefa? Pois são muitos os casos em que a dona de casa
não faz absolutamente nada, a não ser administrar aquilo em
que sua "auxiliar" está de fato se empenhando: preparando o
almoço, lavando e guardando a louça, limpando a casa, lavando
e passando a roupa de toda a família etc.

É muito comum a situação de alguém pegar no batente,
fazer todo o serviço pesado e ser identificado como "auxiliar", ou
"estagiário", ou "assistente", quando não tachado de "provisório"
ou "experimental". Não se trata de uma implicância com certas
palavras; trata-se de reconhecer a condição injusta de quem faz
o essencial como se cuidasse apenas do acessório. Lembro-me
de que, no meu segundo ano de escola, a professora adoeceu
no meio ano. Durante todo o segundo semestre foi substituída
por uma jovem, que era identificada como "a substituta". "Você
está gostando da substituta?". "Será que a substituta vai dar
muita lição?". Ela dava aulas tão bem ou melhor do que a
primeira professora, mas não era reconhecida como mestra:
estava condenada a ser "a substituta".

Tais situações nos fazem pensar no reconhecimento que
deixa de ser prestado a quem mais fez por merecer. Quando o
freguês satisfeito elogia o proprietário de um restaurante pela
ótima refeição, não estará se esquecendo de alguém? Valeume,
a propósito, a lição de um amigo, quando, depois de um
almoço num restaurante, comentei: "Boa cozinha!". Ao que ele
retrucou: "Bom cozinheiro!". E será que esse cozinheiro tinha
um bom "auxiliar"?

(Manuel Praxedes de Sá, inédito)

Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

Alternativas
Comentários
  • Errei a questão, mas ainda acho que o correto desta frase seria:"Nem sempre é fácil, conforme pondera o autor do texto, IDENTIFICAR o verdadeiro responsável por um trabalho arduamente executado"Se alguem tiver uma boa explicação para o resultado da questão, gostaria de sabê-la!!!Bons estudos!
  • A letra E está incorreta, pois todos sabem que quem faz todo o trabalho é o auxiliar.

  • As respostas erradas mais marcadas são a (B) e (D).

    Por que a (B) está errada? Pelo fato de não ser uma denúncia? Pelo fato de não ser trabalho pesado?

    E a (D)? Parece definição correta de eufemismo?

    []s

  • a) O autor considera de que...

    b) ... cujo o...

    c) ...que sequer se reconhece...

    d) Constuma-se chamar-se   

         (obs: esse foi o possível erro que encontrei, pois entendo que o verbo "adotar", no final, deve mesmo ficar no infinitivo não flexionado)

    e) Por eliminação seria o gabarito.

         (mas não conseguir analisar esse "se" de "identificar-se", alguém ajuda?)

  • e) Nem sempre é fácil, conforme pondera o autor do texto, identificar-se o verdadeiro responsável por um trabalho arduamente executado.

    ênclise: pronome depois do verbo

    caso  da assertiva: depois de qualquer pontuação. Ex.: Hoje, lembrei-me de você.

  • A) considera (de ) que - quem considera , considera algo

    B) cujo (o) mérito - não se coloca artigo definido depois de cujo

    C) erro de concordância da primeira oração com a segunda e na segunda oração erro de concordância entre "professoras e reconhece "

    D) ..... Para "adotarem"....

    E) gabarito

  • Porra pensei que era uma questão de interpretação e não pra analizar os erros. Enunciado foi fraco.

  • kkkkkkkkkkkk a Lilian Reckziegel também achou que era pra interpretar o texto.

  • gente, o erro da letra D é de concordância, o certo seria *constumam-se chamar*


ID
120493
Banca
FCC
Órgão
SERGAS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quando auxiliar já é fazer

Há muita senhora que se refere a sua empregada
doméstica como "minha auxiliar". Evita a secura da palavra
"empregada" por lhe parecer pejorativa ou politicamente
incorreta. As mais sofisticadas chegam a se valer de "minha
assistente" ou, ainda, "minha secretária" ? em que ganham, por
tabela, o status de executiva ou diretora de departamento. Mas
fiquemos com "auxiliar", e pensemos: auxiliar exatamente em
qual tarefa? Pois são muitos os casos em que a dona de casa
não faz absolutamente nada, a não ser administrar aquilo em
que sua "auxiliar" está de fato se empenhando: preparando o
almoço, lavando e guardando a louça, limpando a casa, lavando
e passando a roupa de toda a família etc.

É muito comum a situação de alguém pegar no batente,
fazer todo o serviço pesado e ser identificado como "auxiliar", ou
"estagiário", ou "assistente", quando não tachado de "provisório"
ou "experimental". Não se trata de uma implicância com certas
palavras; trata-se de reconhecer a condição injusta de quem faz
o essencial como se cuidasse apenas do acessório. Lembro-me
de que, no meu segundo ano de escola, a professora adoeceu
no meio ano. Durante todo o segundo semestre foi substituída
por uma jovem, que era identificada como "a substituta". "Você
está gostando da substituta?". "Será que a substituta vai dar
muita lição?". Ela dava aulas tão bem ou melhor do que a
primeira professora, mas não era reconhecida como mestra:
estava condenada a ser "a substituta".

Tais situações nos fazem pensar no reconhecimento que
deixa de ser prestado a quem mais fez por merecer. Quando o
freguês satisfeito elogia o proprietário de um restaurante pela
ótima refeição, não estará se esquecendo de alguém? Valeume,
a propósito, a lição de um amigo, quando, depois de um
almoço num restaurante, comentei: "Boa cozinha!". Ao que ele
retrucou: "Bom cozinheiro!". E será que esse cozinheiro tinha
um bom "auxiliar"?

(Manuel Praxedes de Sá, inédito)

O autor reluta em aceitar o emprego da palavra "auxiliar", já que considera essa palavra uma espécie de mascaramento, pois há muita gente que, ao se valer dessa palavra, acaba por assinalar essa palavra com uma afetação hipócrita.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  • "considera", no contexto, é VTD. Logo, "essa palavra" deve ser substituída por pronome adequado para OD.

    "LHE" é utilizado apenas para OI. Letras (C), (D), (E) estão fora!

    "assinalar", no contexto, é VTD. Logo, "essa palavra" deve ser substituída por pronome adequado para OD.

    Novamente, a letra (B) está errada ao usar "lhe assinalar".

    Resposta. (A)

    []s

  • "Mesmo (a)" nunca pode ser usado para retomar termos!

  • O pronome oblíquo “lhe” é substituto dos objetos indiretos, ou seja, dos complementos que possuem preposição. Enquanto os pronomes o, a, os, as e variações como lo, la são dos objetos diretos.


  • O pronome oblíquo “lhe” é substituto dos objetos indiretos, ou seja, dos complementos que possuem preposição. Enquanto os pronomes o, a, os, as e variações como lo, la são dos objetos diretos.


  • O pronome oblíquo “lhe” é substituto dos objetos indiretos, ou seja, dos complementos que possuem preposição. Enquanto os pronomes o, a, os, as e variações como lo, la são dos objetos diretos.



  • O pronome oblíquo “lhe” é substituto dos objetos indiretos, ou seja, dos complementos que possuem preposição. Enquanto os pronomes o, a, os, as e variações como lo, la são dos objetos diretos.


    Ex: Respondeu (VTI) ao chefe prontamente. Respondeu-lhe prontamente. ---> Aqui cabe o "lhe"

    Ex: Considerou (VTD) o rapaz inteligente. Considerou-lhe inteligente. ----> Aqui não cabe o "lhe"



  • Ex: Respondeu (VTI) ao chefe prontamente. Respondeu-lhe prontamente. ---> Aqui cabe o "lhe" pois o verbo RESPONDER é VTI


    Ex: Considerou (VTD) o rapaz inteligente. Considerou-lhe inteligente. ----> Aqui não cabe o "lhe", pois o verbo CONSIDERAR é VTD


  • GABARITO: LETRA  A

    ACRESCENTANDO:

    Em caso de VTD com terminações S, R ou Z retire as terminações coloque -LO(s)/-LA(s)

    VTD com terminação em som nasal, mantenha as terminações e coloque -NO(s)/-NA(s)

    VTD com qualquer outra terminação coloque -O(s)/-A(s);

    VTI só em casos do pronome oblíquo -lhe

    FONTE: QC


ID
136183
Banca
ESAF
Órgão
MPOG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que completa corretamente a sequência de lacunas no texto abaixo.

Se hoje ___(1)___é mais fácil, pelo menos para boa parte da humanidade, livrar-nos da fome e dos leões, se nos é mais fácil debelarmos boa parte das doenças que ____(2)___ a humanidade no decorrer da história, a contrapartida parece ser que não ___(3)___ fugir do desemprego, e, quando sim, não do trabalho desvairado, do temor da absolescência, do esgotamento nervoso, do estresse, da depressão. Cabe perguntar: é a tecnologia a responsável ___(4)___ mudança de nossa visão de mundo, ou é a nossa visão de mundo que conduz ___(5)_ __ mudanças tecnológicas? A pergunta é oportuna porque nos leva a questionar se não temos o poder de mudar o rumo de nossas vidas, de modifi car nossa própria visão de mundo, e ___ (6)___ modifi car o próprio mundo.

(Filosofi a,ciência&vida, ano III, n. 27, p. 32, com adaptações)

Alternativas
Comentários
  • d) 1 nos -- 2 assolaram -- 3 conseguimos -- 4 pela -- 5 a -- 6 de. 

     

    Matei essa pela crase.

    visão de mundo que conduz ___(5)_ __ mudanças tecnológicas?

    procurei dentre as alternativas alguma que tivesse o  às (que seria objeto de crase" conduz a+as = às, porem como não tem essa opção, isto me levpu a crer que era aquela regra de crase, qdo a esta no singular e a palavra bo plural não a crase, ou seja, por ai, vc ja matava a questão.

     

    A crase e as palavras no plural

    A crase no singular não deve ser empregada junto a palavras no plural.

    O fenômeno da crase existe quando há uma fusão (ou contração) entre a preposição "a" e o artigo definido feminino "a". Logo, se a palavra seguinte à preposição "a" for feminina, mas plural, o acento grave indicativo da crase é dispensado.

    Outra opção de corretude da construção com a crase é apresentar a contração entre a preposição "a" e o artigo definido feminino plural "as" diante de palavras femininas no plural, resultando na forma "às".

    Exemplos

    As mudanças propostas são pertinentes às caderneta de poupança. [Inadequado]
    As mudanças propostas são pertinentes a caderneta de poupança. [Adequado]

    Na verdade, as histórias de bruxas pertenciam a fantasias infantis. [Inadequado]
    Na verdade, as histórias de bruxas pertenciam às fantasias infantis. [Adequado]

    Fonte: www.nilc.icmc.usp.br

  • Alguém poderia explicar por que não pode ser a letra B??
  • Justamente por causa da crase....Como crase é a fusão da preposição + artigo..

    a mudanças tecnológicas , não podemos usar o artigo no singular antes de palavra no plural..(Neste caso o sentido está indeterminado)..
     

    agora se nas opçoes tivessem "às", aí sim poderia... às mudanças tecnológicas  (Neste caso o sentido está determinado)
     

  • Como o colega disse acima.....

    O que me salvou também foi a crase..rsrsrssrrs

    Ufa....

  • Solução:  D.
    Nas   alternativas    A e C,  a   locução  verbal “   TEM  ASSOLADO”  deve  vir    com   o  verbo  auxiliar  no  plural,  ou seja,  TÊM  ASSOLADO;  porque  o  seu   sujeito  ( DOENÇAS) é  pluralizado       .     O   uso   de   crase  na  quinta   lacuna  é  vedado,  por ser  proibido  o uso   de  crase     no  singular  antes   de    palavras  no  plural.      Logo,  as  alternativas     B  e   E  são  excluídas.  Sobrou  a  alternativa D;  se a   substituirmos    nas  lacunas    do   texto,   veremos   que   é  a  opção   correta.       
  • Em (1) não poderíamos empregar "para nós" ou "nós", porque o pronome a ser utilizado não tem função de sujeito do verbo ser. Assim, o emprego do oblíquo átono "nos" está correto, pois este possui função de O.D. do verbo ser.

    Essa foi a análise da opção (1), mas como estou no início dos estudos, gostaria de opiniões.

    Estou correto?

  • 2 - BOA PARTE DAS DOENÇAS QUE ASSOLARAM/TEM ASSOLADO:   sujeito formado por expressão partitiva (“BOA parte”)  acompanhada de especificador no plural (“DAS DOENÇAS ”), o verbo pode ser conjugado das duas formas.


ID
136186
Banca
ESAF
Órgão
MPOG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que as duas possibilidades propostas para o preenchimento das lacunas do texto resultam em um texto coerente e gramaticalmente correto.

O desempenho econômico de uma nação não está necessariamente atrelado a seu desenvolvimento sustentável. Um país pode crescer vertiginosamente, ___(a)___ performance econômica invejável, porém ___ (b)___custas da degradação de seu patrimônio. Por isso, especialistas discutem uma nova maneira de se calcular o PIB, ___(c)___em conta os índices de sustentatibilidade e a preservação dos recursos naturais.
A ideia, totalmente inovadora, vai ao encontro ____(d)___ algumas necessidades básicas a serem cumpridas para viabilizar o crescimento sustentável, principalmente nos países em desenvolvimento. Apesar ___(e)___crise fi nanceira que assombra as economias mundiais, os emergentes passam por um momento de crescimento, e investimentos em infra-estrutura básica tornam-se primordiais para assegurar a sustentatibilidade.

(Adaptado de João Geraldo Ferreira, Crescimento acelerado, garantia do desenvolvimento sustentável? Correio Braziliense, 7 de setembro de 2009)

Alternativas
Comentários
  • e apresentar / apresentando
    são as únicas plavras q resultam em um texto coerente e gramaticamente correto

    Resposta Letra A
    Bons Estudos Pessoal !!

    Paulo.
  • Não existe sujeito preposicionado em língua portuguesa.

    Apesar de a crise financeira....
  • Na verdade, há um caso em que pode haver  sujeito preposicionado:

    Sujeito de verbo no infinitivo, porém temos que separar a preposição do artigo...

    Ex. Está na hora de o artista apresentar o espetáculo...

    OBS: NO CASO DA LETRA "e" FICOU ERRADO, POIS NÃO TEM O VERBO NO INFINITIVO.

  • Fiquei com dúvida na letra A por conta dessa vírgula... Se colocássemos "e apresentar".... já que tem a conjunção "e", a vírgula não deveria ser suprimida?   Essa vírgula antes da conjunção "e" não tornaria o texto gramaticalmente incorreto, já que via de regra não se separam palavras ligadas por dita conjunção  ?


    Se alguém puder me dar uma explicação e enviar uma mensagem na minha página, agradeço!
  • Colega sasa1:
    A vírgula antes da conjunção "e" pode ser usada em alguns casos, um deles é justamente esse quando o sentido for de contraste, oposição.
    Ex: Estudei muito, e não entendi nada.
  • Continuo não entendendo porque está certa a letra A), sendo que  é o mesmo sujeito. Não consigo ver contradição entre "crescer vertiginosamente  x apresentar performance econômica invejável" 


    :(

    Alguém poderia ajudar?

     

  • A letra E está errada.

     

    O trecho "apesar de a crise financeira" está errado, pois a expressão "crise financeira" não é sujeito. Portanto, o correto é "apesar da crise".

  • Alguém pode explicar para a mim a alternativa B?


ID
136192
Banca
ESAF
Órgão
MPOG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os fragmentos abaixo constituem sequencialmente um texto e foram adaptados de Afonso C. M. dos Santos, Linguagem, memória e história: o enunciado nacional (publicado em: Ferreira, L. & Orrico, E., Linguagem, identidade e memória social, p. 2-25). Assinale a opção que apresenta o trecho transcrito com erros gramaticais.

Alternativas
Comentários
  • Ficaria muito grato se alguém me explicasse a razão dessa questão está e a correta ... pode mandar uma mensagem para meu nick mesmo.
  • O erro esta em "desviaria-se" o correto seria desviar-se-ia, já que o verbo esta no futuro do pretérito e nesse caso usa-se a mesóclise.

  • O erro está na separação indevida por vírgula do sujeito do predicado. Entre o verbo, nesse caso o de ligação "é", e o predicativo do sujeito não poderia haver a vírgula. O correto seria:  O termo fantasme é importado da psicanálise..........
    A ordem correta de prevalência é: PRÓCLISE, DEPOIS MESÓCLISE E POR ÚLTIMO A ÊNCLISE.
    OBS: Porém, quando ocorrer de verbo no futuro do pretérito ou do presente iniciar o período, a regra é a MESÓCLISE obrigatória.

    Bom estudo a todos!!!!
  • Desta forma, o correto é dessa forma, pois retorna o termo anterior.

  • de onde sempre é esperado >>> onde é sempre esperado.
    regência de esperar não pede ''de''.


ID
136489
Banca
FCC
Órgão
MPE-SE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Jornalismo e universo jurídico

É frequente, na grande mídia, a divulgação de informações ligadas a temas jurídicos, muitas vezes essenciais para a conscientização do cidadão a respeito de seus direitos. Para esse gênero de informação alcançar adequadamente o público leitor leigo, não versado nos temas jurídicos, o papel do jornalista se torna indispensável, pois cabe a ele transformar informações originadas de meios especializados em notícia assimilável pelo leitor.
Para que consiga atingir o grande público, ao elaborar uma notícia ou reportagem ligada a temas jurídicos, o jornalista precisa buscar conhecimento complementar. Não se trata de uma tarefa fácil, visto que a compreensão do universo jurídico exige conhecimento especializado. A todo instante veem-se nos meios de comunicação informações sobre fatos complexos relacionados ao mundo da Justiça: reforma processual, controle externo do Judiciário, julgamento de crimes de improbidade administrativa, súmula vinculante, entre tantos outros.
Ao mesmo tempo que se observa na mídia um grande número de matérias atinentes às Cortes de Justiça, às reformas na legislação e aos direitos legais do cidadão, verifica-se o desconhecimento de muitos jornalistas ao lidar com tais temas. O campo jurídico é tão complexo como alguns outros assuntos enfocados em segmentos especializados, como a economia, a informática ou a medicina, campos que também possuem linguagens próprias. Ao embrenhar-se no intrincado mundo jurídico, o jornalista arrisca-se a cometer uma série de incorreções e imprecisões linguísticas e técnicas na forma como as notícias são veiculadas. Uma das razões para esse risco é lembrada por Leão Serva:


Um procedimento essencial ao jornalismo, que necessariamente induz à incompreensão dos fatos que narra, é a redução das notícias a paradigmas que lhes são alheios, mas que permitem um certo nível imediato de compreensão pelo autor ou por aquele que ele supõe ser o seu leitor. Por conta desse procedimento, noticiários confusos aparecerão simplificados para o leitor, reduzindo, consequentemente, sua capacidade real de compreensão da totalidade do significado da notícia.

(Adaptado de Tomás Eon Barreiros e Sergio Paulo França de Almeida. http://jus2.uol.com.br.doutrina/texto.asp?id=1006)


Atente para as seguintes afirmações:

I. Haverá alteração de sentido caso se suprimam as vírgulas do segmento Um procedimento essencial ao jornalismo, que necessariamente induz à incompreensão dos fatos que narra, é a redução das notícias (...).
II. Ainda que opcional, seria desejável a colocação de uma vírgula depois da expressão Ao mesmo tempo, na abertura do 3º parágrafo.
III. Na frase Não se trata de uma tarefa fácil, visto que a compreensão do universo jurídico exige conhecimento especializado, pode-se, sem prejuízo para o sentido, substituir o segmento sublinhado por fácil: a compreensão.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I. Haverá alteração de sentido caso se suprimam as vírgulas do segmento Um procedimento essencial ao jornalismo, que necessariamente induz à incompreensão dos fatos que narra, é a redução das notícias (...).
    Correto

    Um procedimento essencial ao jornalismo, que necessariamente Oração explicativas
    Um procedimento essencial ao jornalismo que necessariamente Oração restritivas

    II. Ainda que opcional, seria desejável a colocação de uma vírgula depois da expressão Ao mesmo tempo, na abertura do 3º parágrafo.
    Correto

    Ao mesmo tempo = advérbio logo pode ser isolado por vírgulas

  • d-I e III, somente.

    II - não se deve colocar a vírgula, mudará o sentido

  • Pessoal, acredito que a correta seja a LETRA E.

    Vocês concordam com o gabarito?


ID
142774
Banca
FIP
Órgão
Câmara Municipal de São José dos Campos - SP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa correta. Os prefixos RE-, ANTE-, PERI-, SEMI- e ANTI-, nessa ordem, significam:

Alternativas
Comentários
  • ex.: refazer; anteposto; perímetro; semiaberto; antídoto.
  • RE - repetição 

    ANTE - posição anterior

    PERI - em torno de

    SEMI - metade

    ANTI - oposição

    Logo a alternativa correta é a letra D, bons estudos !!

  • d)

    repetição- replay
    posição anterior - antescedente
    em torno de -perimetro-
    metade - semi-inteligente
    oposição - anti-europa


ID
143656
Banca
FIP
Órgão
Câmara Municipal de São José dos Campos - SP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa correta. Com relação à palavra AMAR, pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • "Am" seria o radical,já que é a parte da palavra que não se modifica e que é a estrutura origem da palavra.
    Ex:AMar,AMor,AMarei,AMante etc..
    "a" seria a vogal temática,já que é a vogal que liga para a desinência verbal,que no caso é infinitivo.
    Ex:Na palavra Amor,a vogal temática seria "o",já que é a vogal que liga à desinência nominal "r".Obs:Amor não é verbo,mas sim substantivo,então sua desinência seria nominal.
    "r" seria a desinência verbal,que no caso é infinitivo.Poderia ser no participio(Amado por exemplo),no caso seria "do" a desinência,ou poderia ser no gerundio(amando) que no caso a desinência seria "ndo"!
    Alternativa correta,letra A.
  • Acredito que no caso da palavra  "amor"  não haveria vogal temática como foi dito no comentário anterior, pois os nomes terminados em consoantes não apresentam vogais temáticas nominais assim como os nomes terminados em vogais tônicas. Liga-se a uma vogal temática nominal a desinência de número.
    Vogais temáticas nominais: são -a,-e e -o, quando átonas finais, como em mesa, artista, busca, perda. Nesses casos, não poderíamos pensar que essas terminações são indicadoras de gênero. É a essas vogais que se liga a desinência indicadora de plural: carro-s, mesa-s.
    Exemplos de nomes terminados em vogais tônicas e em consoantes e que, portanto, não apresentam vogais temáticas nominais: sofá, café, caqui; feliz, roedor.
  • Muito interessante o comentário da colega acima. Eu pesquisei muito e achei difícil encontrar alguma palavra com vogal temática nominal antes de consoante. No entanto, achei a palavra "amor" no site http://pt.wikibooks.org/wiki/Portugu%C3%AAs/Estrutura_das_palavras  em que o autor afirma q nessa palavra, a letra "o" funciona sim, como vogal temática.

  • Vogal temática
    É o elemento que, nos verbos, serve para indicar a conjugação. São três:
    a - para verbos de 1ª conjugação: fal+A+r
    e - para verbos de 2ª conjugação: varr+E+r
    i - para verbos de 3ª conjugação: part+I+r
    Curiosidade: O verbo pôr e seus derivados (compor, repor, impor etc.) incluem-se na 2ª conjugação, pois a sua forma original em português é poer.
    A vogal temática também pode aparecer nos nomes. Neste caso, sua função é a de preparar oradical para receber as desinências.
    mares = mar (radical) + e (vogal temática) + s (desinência nominal de número plural)

    Fonte: Português Esquematizado - Agnaldo Martino.
  • Letra A


ID
148561
Banca
FCC
Órgão
MPU
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Empregou-se de acordo com o padrão culto a forma grifada em:

Alternativas
Comentários
  • Discordo do gabarito, pois na letra E quem desconfia, desconfia de alguma coisa ou de algo, entao teria que ser Desconfio de que ele seja espião, entendo q a letra correta seria a d O susto emudeceu ele, então tem caráter de posse.
  • acredito que a alternativa D esteja errada em virtude de o verbo emudecer ser transitivo direto, e ao invés de se empregar o pronome "LHE"  correto seria empregar o pronome "O".
  • Concordo com o colega. O Gabarito está errado.Quem desconfia, desconfia de alguma coisa. Então a alternativa E não pode estar correta.
  • Concordo com o colega. O Gabarito está errado.Quem desconfia, desconfia de alguma coisa. Então a alternativa E não pode estar correta.
  • " O assunto dessa questão foi SINTAXE DE REGÊNCIA. Vejamos cada uma das opções.(A) A regência do substantivo ANALOGIA admite as preposições ENTRE (duas) ou DE uma COM outra. Na construção, melhor seria a primeira: “Afirmou que a analogia ENTRE duas obras é claramente notada.”.(B) O verbo HABITUAR-SE rege a preposição A: “Habituou-se A observar os menores detalhes de cada tela do pintor.”.(C) O adjetivo LADEADO aceita duas preposições: DE / POR, sem alteração de sentido.(D) O verbo EMUDECER é transitivo direto na construção. Por isso, está incorreto o emprego do pronome oblíquo “lhe”, que se presta a exercer a função de objeto INDIRETO. Após a correção, a frase seria: “O susto emudeceu-o/a”.(E) Abrindo o DICIONÁRIO PRÁTICO DE REGÊNCIA VERBAL (material que indicamos em nossas aulas), deparamo-nos com a seguinte regência do verbo DESCONFIAR:“1. TD (transitivo direto). Desconfiar que... = julgar, supor. ‘Desconfio que ele seja espião.’.”Você notou o exemplo que o brilhante lingüista apresentou para a primeira acepção do verbo DESCONFIAR?É exatamente a mesma construção apresentada na opção E da questão 20.Isso porque, quando o complemento verbal indireto (objeto indireto) vem sob forma de oração (“que ele seja espião”), admite-se a omissão da preposição.O mesmo ocorre com outros verbos:CONCORDAR – Alguém concorda COM alguma coisa. Mas, quando o objeto indireto vem sob forma oracional, podemos omitir a preposição: “Eu concordo QUE todos devemos nos unir.”.DISCORDO – Alguém discorda DE alguma coisa. Novamente, podemos omitir a preposição com complemento oracional: “Eu discordo QUE todo homem é igual.”.Esses são apenas alguns exemplos. Há muitos outros. Por isso, na hora da prova, todo cuidado é pouco!" http://www.pontodosconcursos.com.br/professor.asp?menu=professores&busca=&prof=100&art=3168&idpag=7
  •  Qual a resposta a ser marcada?  A meu ver, nenhuma delas está certa? As formas corretas seriam estas:

    A) Analogia a

    B) Habitou-se a...

    C) Ladeado por...

    D) Emudece-o...

    E ) Desconfio de que (afinal, quem desconfia, desconfia de algo ou de alguém...)

     

     

  • Perfeito o comentário da Vivi abaixo...

    Vou apenas transcrever a explicação da alternativa E para facilitar consultas...

    (E) Abrindo o DICIONÁRIO PRÁTICO DE REGÊNCIA VERBAL (material que indicamos em nossas aulas), deparamo-nos com a seguinte regência do verbo DESCONFIAR:

    “1. TD (transitivo direto). Desconfiar que... = julgar, supor. ‘Desconfio que ele seja espião.’.”

    Você notou o exemplo que o brilhante lingüista apresentou para a primeira acepção do verbo DESCONFIAR?

    É exatamente a mesma construção apresentada na opção E da questão 20.

    Isso porque, quando o complemento verbal indireto (objeto indireto) vem sob forma de oração (“que ele seja espião”), admite-se a omissão da preposição.

    O mesmo ocorre com outros verbos:

    CONCORDAR – Alguém concorda COM alguma coisa. Mas, quando o objeto indireto vem sob forma oracional, podemos omitir a preposição: “Eu concordo QUE todos devemos nos unir.”.

    DISCORDAR – Alguém discorda DE alguma coisa. Novamente, podemos omitir a preposição com complemento oracional: “Eu discordo QUE todo homem é igual.”.

    Esses são apenas alguns exemplos. Há muitos outros. Por isso, na hora da prova, todo cuidado é pouco!

  • vendo um comentário de um professor, ele explica que: "tratando-se de conjunção integrante, que introduz uma oração subordinada substantiva objetiva indireta, é possível omitir o elemento prepositivo".

    eu tbm não sabia dessa possibilidade... dai, cai na casca de banana.

  • QUESTÃO DE SINTAXE DE REGÊNCIA.

    .(A) A regência do substantivo ANALOGIA admite as preposições ENTRE (duas) ou DE uma COM outra.

    Na construção, melhor a primeira: “Afirmou que a analogia ENTRE duas obras é claramente notada.”.

    (B) O verbo HABITUAR-SE rege a preposição A: “Habituou-se A observar os menores detalhes de cada tela do pintor.”.

    (C) O adjetivo LADEADO aceita duas preposições: DE / POR, sem alteração de sentido.

    (D) O verbo EMUDECER é VTD na construção. SENDO ASSIM, está incorreto o emprego do pronome oblíquo “lhe”, (que se presta a exercer a função de objeto INDIRETO)" LHE = SÓ COM VTI". A frase seria: “O susto emudeceu-o/a”.

    (E) DICIONÁRIO DE REGÊNCIA VERBAL ; regência do verbo DESCONFIAR:“1. TD (transitivo direto). Desconfiar que... = julgar, supor. ‘Desconfio que ele seja espião.’A acepção do verbo DESCONFIAR...É exatamente a mesma construção apresentada na opção E da questão 20.

    Isso porque, quando o complemento verbal indireto (objeto indireto) vem sob forma de oração (“que ele seja espião”), admite-se a omissão da preposição.O mesmo ocorre com outros verbos:

    CONCORDAR – Alguém concorda COM alguma coisa. Mas, quando o objeto indireto vem sob forma oracional, podemos omitir a preposição: “Eu concordo QUE todos devemos nos unir.”.

    DISCORDO – Alguém discorda DE alguma coisa. Novamente, podemos omitir a preposição com complemento oracional: “Eu discordo QUE todo homem é igual.

    http://www.pontodosconcursos.com.br/professor.asp?menu=professores&busca=&prof=100&art=3168&idpag=7


ID
161065
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Janelas de ontem e de hoje

Os velhinhos de ontem costumavam, sobretudo nos fins
de tarde, abrir as janelas das casas e ficar ali, às vezes com os
cotovelos apoiados em almofadas, esperando que algo
acontecesse: a aproximação de um conhecido, uma correria de
crianças, um cumprimento, uma conversa, o pôr do sol, a
aparição da lua.
Eles se espantariam com as crianças e os jovens de hoje,
fechados nos quartos, que ligam o computador, abrem as
janelas da Internet e navegam por horas por um mundo de
imagens, palavras e formas quase infinitas.
O homem continua sendo um bicho muito curioso. O
mundo segue intrigando-o.
O que ninguém sabe é se o mundo está cada vez maior
ou menor. O que eu imagino é que, de suas janelas, os
velhinhos viam muito pouca coisa, mas pensavam muito sobre
cada uma delas. Tinham tempo para recolher as informações
mínimas da vida e matutar sobre elas. Já quem fica nas janelas
da Internet vê coisas demais, e passa de uma para outra quase
sem se inteirar plenamente do que está vendo. Mudou o tempo
interior do homem, mudou seu jeito de olhar. Mudaram as
janelas para o mundo - e nós seguimos olhando, olhando,
olhando sem parar, sempre com aquela sensação de que
somos parte desse espetáculo que não podemos parar de olhar,
seja o cachorro de verdade que se coça na esquina da padaria,
seja o passeio virtual por Marte, na tela colorida.

(Cristiano Calógeras)

Está correto o emprego da expressão sublinhada na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Errada - "de onde" indica lugar
    b) Errada - "o por que", deve ser junto e com acento (o porquê)
    c) Errada - "aonde" indica movimento, nessa situação usa-se "onde"
    d) Errada - após "cujo(a)" não se usa artigo
    e) Correta
  • a) Vovó é do tempo donde as pessoas ficavam....(donde é usado para dar a ideia de origem)b) Os meninos de hoje não entendam o por quê...(porque aqui é substantivo, por derivação impropria.)c) Eram simpáticas aquelas casinha onde...(aonde só se usa quando passar ideia de movimento)d) Praticamente não mais se constroem casas cujas janelas... (nunca artigo ao lado de cujo)
  • Alguém sabe qual verbo pede a preposição "em"?

    Não sei se está certo, mas na letra E o emprego do pronome cujo está correto porque dá a idéia de posse entre janelas e casas (janelas das casas). E o  Em? 
  • Caro Fabrício, na minha humilde opinião a regência EM está para FIQUEM.

    Fiquem em janelas observando.
  • Resposta: E
    O pronome relativo “cujas”, equivalente ao possessivo “suas” relaciona o
    substantivo “janelas” com “casas”; a preposição “em” é uma exigência do adjunto adverbial de lugar “em cujas janelas” (= em suas janelas). Observemos:
    oração principal São raras as casas;

    oração adjetiva restritiva em cujas janelas as pessoas fiquem observando a vida das ruas (= as pessoas fiquem observando a vida das ruas em suas janelas).

    a) Errado – somente se usa “onde” em referência a lugar. No caso desta alternativa deveria usar-se “em que” ou no “qual”, visto que o pronome relativo não se refere a lugar. Observemos as orações:
    principal Vovó é do tempo;
    subordinada adjetiva restritiva em
    que (ou no qual) as pessoas ficavam demoradamente nas janelas das casas


    b) Errado Usa-se “porquê” – substantivo”, com o significado de “motivo” quando estiver precedido de artigo ou de outro determinante.
    Correção: Os meninos de hoje talvez não entendam
    o porquê de os velhinhos ficarem à janela.


    c) Errado Uma vez que há indicação de valor semântico de posse, deve usar-se o pronome relativo “cujas”, equivalente a “suas”. Vejamos:
    oração principal Eram simpáticas aquelas
    casinhas;
    oração subordinada adjetiva restritiva cujas (cujas = suas) janelas davam diretamente
    para a calçada


    d) Errado Jamais se usa artigo depois do pronome relativo “cujo” e flexões.
    Correção:
    Praticamente não mais se constroem casas cujas janelas se abram sobre a calçada.

    http://www.portuguesdobrasil.net/pdf/fcc_tecnico_judiciario.pdf

  • Vamos em frente!


ID
162127
Banca
FCC
Órgão
TCE-AL
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Propósitos e liberdade

Desde que nascemos e a nossa vida começou, não há
mais nenhum ponto zero possível. Não há como começar do
nada. Talvez seja isso que torna tão difícil cumprir propósitos de
Ano Novo. E, a bem da verdade, o que dificulta realizar qualquer
novo propósito, em qualquer tempo.
O passado é como argila que nos molda e a que estamos
presos, embora chamados imperiosamente pelo futuro.
Não escapamos do tempo, não escapamos da nossa história.
Somos pressionados pela realidade e pelos desejos. Como
pode o ser humano ser livre se ele está inexoravelmente
premido por seus anseios e amarrado ao enredo de sua vida?
Para muitos filósofos, é nesse conflito que está o problema da
nossa liberdade.
Alguns tentam resolver esse dilema afirmando que a
liberdade é a nossa capacidade de escolher, a que chamam
livre-arbítrio. Liberdade se traduziria por ponderar e eleger entre
o que quero e o que não quero ou entre o bem e o mal, por
exemplo. Liberdade seria, portanto, sinônimo de decisão.
Prefiro a interpretação de outros pensadores, que nos
dizem que somos livres quando agimos. E agir é iniciar uma
nova cadeia de acontecimentos, por mais atrelados que estejamos
a uma ordem anterior. Liberdade é, então, começar o
improvável e o impensável. É sobrepujar hábitos, crenças,
determinações, medos, preconceitos. Ser livre é tomar a
iniciativa de principiar novas possibilidades. Desamarrar. Abrir
novos tempos.
Nossa história e nosso passado não são nem cargas
indesejadas, nem determinações absolutas. Sem eles, não
teríamos de onde sair, nem para onde nos projetar. Sem
passado e sem história, quem seríamos? Mas não é porque não
pudemos (fazer, falar, mudar, enfrentar...) que jamais
poderemos. Nossa capacidade de dar um novo início para as
mesmas coisas e situações é nosso poder original e está na raiz
da nossa condição humana. É ela que dá à vida uma direção e
um destino. Somos livres quando, ao agir, recomeçamos.
Nossos gestos e palavras, mesmo inconscientes e
involuntários, sempre destinam nossas vidas para algum lugar.
A função dos propósitos é transformar esse agir, que cria
destinos, numa ação consciente e voluntária. Sua tarefa é a de
romper com a casualidade aparente da vida e apagar a
impressão de que uma mão dirige nossa existência.
Os propósitos nos devolvem a autoria da vida.

(Dulce Critelli. Folha de São Paulo, 24/01/2008)

É a liberdade que dá à vida uma direção.

O termo sublinhado na frase acima exerce a mesma função sintática do termo sublinhado em:

Alternativas
Comentários
  • Sou péssima nesse tipo de questão, mas procuro raciocinar da seguinte forma:
    A liberdade dá (a quem?) à vida (o que?) uma direção;
    ... começar (o que?) o improvável.
  • O verbo "DAR" é VTDI. Quem dá algo, dá algo a alguém.É a liberdade que dá à vida uma direção. DÁ = VTDIOI = à vidaOD = uma direçãoa) Sem passado e sem história, poderíamos ser livres? (nós poderíamos ser livres = PS) b) Liberdade seria, a meu ver, um sinônimo de decisão.(sinônimo de decisão = complemento nominal) c) Somos livres a cada vez que, agindo, recomeçamos.(locução adverbial) d) Liberdade seria, pois, começar o improvável.(OD) e) A liberdade nos liberta, o passado é argila que nos molda.(sujeito)
  • Vamos lá,

    "É a liberdade que dá à vida uma direção."

    Quem dá, dá algo a alguém.

    Deu a quem ?  à vida. (observe que há preposição, então este é o objeto indireto).

    Deu o que ? uma direção. (não há preposição, portanto este é o objeto direto)


    Vamos procurar o OBJETO DIRETO:

    a) Sem passado e sem história, poderíamos ser livres?  (SUJEITO +VERBO AUXILIAR + VERBO DE LIGAÇÃO + PREDICATIVO DO SUJEITO)

    ERRADA.


    b) Liberdade seria, a meu ver, um sinônimo de decisão. (SUBSTANTIVO ABSTRATO + TERMO PASSIVO "Alguma coisa é sinônimo de decisão", então COMPLEMENTO NOMINAL)

    ERRADA.

    c
    ) Somos livres a cada vez que, agindo, recomeçamos. ("A cada vez que"  equivale a "sempre", dando ideia de tempo.  É então uma LOCUÇÃO ADVERBIAL DE TEMPO).


    d) Liberdade seria, pois, começar o improvável. (Quem começa, começa ALGUMA COISA. Começou o que ? "o improvável". Portanto, OBJETO DIRETO).

    CORRETA!

    e) A liberdade nos liberta, o passado é argila que nos molda. ( Quem liberta ? a liberdade. Sujeito que pratica a ação, portanto SUJEITO).

    ERRADA.

    Abraços e sucesso!



ID
162136
Banca
FCC
Órgão
TCE-AL
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Propósitos e liberdade

Desde que nascemos e a nossa vida começou, não há
mais nenhum ponto zero possível. Não há como começar do
nada. Talvez seja isso que torna tão difícil cumprir propósitos de
Ano Novo. E, a bem da verdade, o que dificulta realizar qualquer
novo propósito, em qualquer tempo.
O passado é como argila que nos molda e a que estamos
presos, embora chamados imperiosamente pelo futuro.
Não escapamos do tempo, não escapamos da nossa história.
Somos pressionados pela realidade e pelos desejos. Como
pode o ser humano ser livre se ele está inexoravelmente
premido por seus anseios e amarrado ao enredo de sua vida?
Para muitos filósofos, é nesse conflito que está o problema da
nossa liberdade.
Alguns tentam resolver esse dilema afirmando que a
liberdade é a nossa capacidade de escolher, a que chamam
livre-arbítrio. Liberdade se traduziria por ponderar e eleger entre
o que quero e o que não quero ou entre o bem e o mal, por
exemplo. Liberdade seria, portanto, sinônimo de decisão.
Prefiro a interpretação de outros pensadores, que nos
dizem que somos livres quando agimos. E agir é iniciar uma
nova cadeia de acontecimentos, por mais atrelados que estejamos
a uma ordem anterior. Liberdade é, então, começar o
improvável e o impensável. É sobrepujar hábitos, crenças,
determinações, medos, preconceitos. Ser livre é tomar a
iniciativa de principiar novas possibilidades. Desamarrar. Abrir
novos tempos.
Nossa história e nosso passado não são nem cargas
indesejadas, nem determinações absolutas. Sem eles, não
teríamos de onde sair, nem para onde nos projetar. Sem
passado e sem história, quem seríamos? Mas não é porque não
pudemos (fazer, falar, mudar, enfrentar...) que jamais
poderemos. Nossa capacidade de dar um novo início para as
mesmas coisas e situações é nosso poder original e está na raiz
da nossa condição humana. É ela que dá à vida uma direção e
um destino. Somos livres quando, ao agir, recomeçamos.
Nossos gestos e palavras, mesmo inconscientes e
involuntários, sempre destinam nossas vidas para algum lugar.
A função dos propósitos é transformar esse agir, que cria
destinos, numa ação consciente e voluntária. Sua tarefa é a de
romper com a casualidade aparente da vida e apagar a
impressão de que uma mão dirige nossa existência.
Os propósitos nos devolvem a autoria da vida.

(Dulce Critelli. Folha de São Paulo, 24/01/2008)

Ser livre é tomar a iniciativa de principiar novas possibilidades. Desamarrar. Abrir novos tempos.

No trecho acima, entende-se que Desamarrar e Abrir novos tempos exercem a mesma função sintática de

Alternativas
Comentários
  • O que é ser livre? É tomar a iniciativa; é desamarrar; é abrir novos tempos.
  • Trata-se de uma enumeração de predicativo do sujeito oracional, mas o autor, ao invés de usar a vírgula, usou o ponto-parágrafo.Também ficaria correto se escrevéssemos:Ser livre é tomar a iniciativa de principiar novas possibilidades, Desamarrar, Abrir novos tempos.Ser livre é(tomar a iniciativa de principiar novas possibilidades) = PS,(Desamarrar) = PS,(Abrir novos tempos) = PS.Ser livre é isso. aquilo. Aquilo.
  • Alternativa correta B: Tomar a iniciativa de desamarrar é que nos tornará livres e não o contrário, por isso que estaria incorreta a alternativa C.

  • A questão trata da função sintática, que no caso é a de Predicativo do Sujeito, visto que temos um Predicado Nominal na questão.

    Ser livre é tomar a iniciativa de principiar novas possibilidades. .

    Ser livre é Desamarrar

    Ser livre é Abrir novos tempos.


ID
170386
Banca
FCC
Órgão
BACEN
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A marcha ainda é lenta, mas o caminho para a renda
mista insinua-se promissor. Analistas atestam o esforço dos
investidores em ser menos acanhados e até sua disposição
incipiente para considerar alguns riscos em troca de embolsar
ganhos mais vultosos. O ambiente, por sua vez, tem se mostrado
cada vez mais propício a uma passagem gradual.


Com a expectativa no mercado de que a elevação da
taxa Selic seja interrompida pelo Banco Central e de que a
reversão da trajetória ocorra este ano, a remuneração dos
fundos de renda fixa - que, historicamente, detêm a preferência
nacional - tende a se tornar menos atraente.

Ao mesmo tempo, especialistas sabem que a plena
inclinação à renda variável continua restrita, pois o poupador
brasileiro é carente de atrevimento. Daí se presume que a renda
mista possa seguir na conquista de mais adesões.


(Adaptado de Estadão Investimentos, abril 2005, p. 42)

Considerando-se as afirmativas abaixo, a respeito de aspectos lingüísticos constantes do texto, está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  •  Alternativa correta letra C.

    Lembrar que verbos derivados de ter e vir: a 3 pessoa do singular recebe acento agudo e a 3 pessoa do plural recebe acento circunflexo.

    Ex: ele detém- eles detêm.

    Como fundos está no plural a concordância é com a forma detêm.

  • Comentário objetivo:

    a) a uma passagem gradual e na conquista de mais adesões são complementos verbais de mesmo valor. ERRADO!
    "a uma passagem gradual" é um complemento nominal que complementa "propício" e não um complemento verbal.

    b) incipiente tem o mesmo significado da palavra análoga insipiente. ERRADO!
    São parônimos:
    inCipiente = iniCiante
    inSipiente = inSano, imprudente

    c) detêm é forma de plural, porque seu sujeito, que, tem como referente fundos de renda fixa. PERFEITO!

    d) ganhos mais vultosos - o adjetivo grifado admite a forma variante vultuosos. ERRADO!
    Vultoso é algo grande, muito volumoso. Já vultuoso vem do termo “vultuosidade”, que significa uma congestão da face, na qual o rosto e os lábios do doente ficam inchados.

    e) A expressão cada vez mais propício pode ser substituída, com o mesmo sentido, por sempre mais rentável. ERRADO!
    Perderia o sentido o complemento nominal "a uma passagem gradual".


ID
173674
Banca
VUNESP
Órgão
CETESB
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Que coreanos comam cachorros é um fato antropológico
que não deveria causar maior surpresa nem revolta. Franceses
deliciam-se com cavalos e rãs, chineses devoram tudo o que se
mexe - aí inclusos escorpiões e gafanhotos - e boa parte das
coisas que não se mexem também. Os papuas da Nova Guiné,
até algumas décadas atrás, fartavam-se no consumo ritual dos
miolos de familiares mortos. Só pararam porque o hábito estava
lhes passando o kuru, uma doença neurológica grave.
Nosso consolidadíssimo costume de comer vacas configura,
aos olhos dos hinduístas, nada menos do que deicídio.
A não ser que estejamos prontos a definir e impor um universal
alimentar, é preciso tolerar as práticas culinárias alheias, por mais
exóticas ou repugnantes que nos pareçam.

(Hélio Schwartsman, Folha de S.Paulo, 14.11.2009)

Assinale a alternativa em que um adjetivo no superlativo está formado como em consolidadíssimo.

Alternativas
Comentários
  •  Alternativa correta letra D.

    O adjetivo consolidadíssimo está no superlativo absoluto.

    O superlativo absoluto se classifica em Analítico e Sintético.

    A.S. Analítico: palavra intensificadora + adjetivo:

    Ex: Ele estava muito feliz.

     

    A.S.sintético: adjetivo+ sufixo( íssimo, imo , érrimo)

    Ex: A casa é belíssima.

    Ou seja, o adjetivo consolidadíssimo é um adjetivo superlativo sintético e dentro das alternativas, o adjetivo que tem a mesma classificação é boníssimo.

     

  • Complementando: O que se faz referência ao superlativo absoluto boníssimo é a palavra BOM.

  • Complementando... rs !

    Processo mnemônico para nunca mais esquecer esse detalhe !!!

    Superlativo SINTÉTICO = SUFIXO ... ex: prefixo + ...íssimo (boníssimo. )

    Superlativo ANALÍTICO = ADVÉRBIO... ex: MUITO feliz.

    Bons estudos



  • GRAU DO ADJETIVO

    Para expressar as variaçôes de intensidade, o adjetivo apresenta-se em dois graus: comparativo e supelativo.

    1- Grau comparativo:
    O grau comparativo estabelece uma comparação entre dois ou mais seres.Pode ser:
    a) de igualdade: Este caminho é tão longo quanto aquele.
    b) de inferioridade: Este caminho é menos longo que aquele.
    c)de superioridade: Este caminho é mais longo que aquele.

    2-Grau superlativo
    O grau superlativo pode ser:
    a) relativo: relaciona a característica de um ser em relação a outros. Pode ser:
    de inferioridade: Ele é o menos fraco do grupo.
    de superioridade: Ele é o mairo fraco do grupo

    b) absoluto: a característica de um ser é intensificada sem relação com outros seres. Ocorre de duas formas:
    analítica: a intensificação se faz com o auxílio de um advérbio de intensidade:
    Este aparelho é muito fraco.
    sintética: a intensificação se faz com o auxílio de um sufixo:
    Este aparelho é fraquíssimo


    Fonte: Gamática da Língua Portuguesa  para concursos- Nilson Teixeira de Almeida
  • Será que o autor ainda mantém sua opinião quanto a tolerância às práticas culinárias alheias exóticas ou repugnantes?

  • Assertiva D

    adjetivo no superlativo está formado como em consolidadíssimo.= boníssimo.


ID
176953
Banca
ESAF
Órgão
MPU
Ano
2004
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leitor, que já tens direito _____ uma cadeira na câmara ________ ; que já estás _______ na fatal casa dos - enta, _______ se começa a rolar pelo plano inclinado dos pés-de-galinha nas ______ de lua; leitor benévolo, que és pai e avô de fresca data, _______ alguns minutos de atenção.

(Baseado em França Júnior)

Alternativas
Comentários
  • Não achei tão fácil assim!
    Fiz por eliminação! Talvez ajude quem também teve dificuldade!
    Pela primeira e última lacuna a preencher, conseguimos acertar as outras!

    Na primeira, temos que saber se o "a" recebe, ou não, crase.
    Pela regra: não se usa crase antes de artigo indefinido.

    Assim, fica: "...que já tens direito uma cadeira..." 

    Na última lacuna, temos que saber duas coisas:
    1) em qual pessoa os verbos de todo o trecho foram conjugados, para que o verbo da lacuna também seja. 
    Analisemos os verbos: tens, estás, és ... Todos estão conjugados na segunda pessoa do singular (tu).
    2) em qual tempo e modo verbal o último verbo deverá ser conjugado.
    Como nas alternativas só foi dado o verbo PRESTAR, e o trecho  "...alguns minutos de atenção" dá uma ideia de ordem, pedido, teremos que conjugar o verbo PRESTAR, na segunda pessoa do singular e no modo imperativo. 
    A regra da conjugação do modo imperativo afirmativo é:
    *verbos das pessoas ele, nós, eles --> iguais aos verbos do presente do subjuntivo;
    *verbos das pessoas tu, vós --> iguais aos do presente do indicativo, excluindo a letra "s".

    Presente do indicativo     Imperativo afirmativo   Presente do subjuntivo
    Eu presto                                           Que eu preste
    Tu prestas------------>Presta tu                Que tu prestes
    Ele presta                  Preste ele <----------Que ele preste
    Nós prestamos             Prestemos nós <-------Que nós prestemos
    Vós prestais----------->Prestai vós               Que vós presteis
    Eles prestam               Prestem eles<---------Que eles prestem

    Assim, fica: "Presta-me alguns minutos de atenção"

  • não entendi foi nada!


ID
178126
Banca
FGV
Órgão
MEC
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atentado à Democracia

Um relatório da Associação Nacional de Jornais (ANJ)
revelou que, nos últimos doze meses, foram registrados no
Brasil 31 casos de violação à liberdade de imprensa. Destes,
dezesseis são decorrentes de sentença judicial - em geral,
proferida por juízes de primeira instância. Trata-se de uma
anomalia e de uma temeridade. Anomalia porque há muito o
Judiciário tem mostrado seu compromisso com a defesa da
liberdade de imprensa e do livre pensamento, que é princípio
fundamental dos regimes democráticos e cláusula pétrea da
Constituição. A derrubada, pelo Supremo Tribunal Federal, da
Lei de Imprensa, instrumento de intimidação criado no regime
militar, é só um exemplo recente dessa convicção. Assim, um
juiz que, de forma monocrática, decide impor a censura a um
veículo passa a constituir uma aberração dentro do poder que
ele representa. A frequência com que esse tipo de atitude tem
se repetido é uma ameaça aos valores democráticos do país e
tem como consequência prática e deletéria o prejuízo do
interesse público, já que se priva a sociedade do direito à
informação.

(Veja, 26/08/2009)

Nas alternativas a seguir, a frase em que o vocábulo sublinhado pertence a uma classe gramatical diferente de todas as demais ocorrências é:


Alternativas
Comentários
  •  Só lembrando que para saber se o QUE é pronome relativo, basta substituí-lo por O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS.

    E para se saber se o QUE é conjunção integrante, substitui-se por ISSO

    pronto.

  • DICA: Basta olhar para o termo que vem antes do QUE, se for um VERBO, normalmente o que será uma CONJUNÇÃO. Se for um SUBSTANTIVO, quase sempre será um PRONOME RELATIVO.
  • Segue comentário do prof. Albert Iglésia...

    Em "revelou que", o vocábulo sublinhado é conjunção integrante, pois introduz o complemento(objeto direto) do verbo transitivo direto 'revelar'.
    Nas demais opções, o 'que' é pronome relativo, pois se refere a um termo antecedente('juiz', 'poder', 'frequência', 'defesa da liberdade de imprensa e do livre pensamento'), substituindo-o na oração adjetiva que inicia.


    :)
  • Se for possível substituir o que por "isso" ou "disso" é conjunção integrante. Se for possível substituir por "o qual" e seus variantes é pronome relativo.

  • Alternativa A

     

    Um relatório da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) revelou isso. Isso o que?

    Res.:  que, nos últimos doze meses...".(conjunsao integrante) - oração subordinada substantiva objetiva direta.

     As demais é pronome relativo "que" pode ser substituido pelo  (o qual).

     

  • A FGV, naquele tempo, ainda tinha um pouco de coração

  • O primeiro QUE é conjunção integrante, os demais, pronome relativo. Para identificar uma conjunção integrante vale o macete de trocar o QUE por ISTO.


ID
183640
Banca
IDECAN
Órgão
TRE-RS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dois amigos conversavam, quando passa uma mulher e cumprimenta um deles, que fala:
? Eu devo muito a essa mulher...
? Por quê? Ela é a sua protetora?
? Não, ela é a costureira da minha esposa.
(http://www.mundodaspiadas.com/; 20/05/2010. Postado por Ricardo em 30/05/2006)

A lacuna que deve ser preenchida pela forma grafada como na piada ? Por quê ?, ou pela forma por quê, para que esteja em conformidade com o padrão culto escrito, é a da frase:

Alternativas
Comentários
  • por que=quando se equivale a PELO QUAL.

    porque=quando se tratar de uma conjunçao explicativa ou casual.

    por quê= final de frase.

    porquê=quando se tratar de substantivo,neste caso virá precedido de artigo.

  • Alguns exemplos:

    1. POR QUE = por qual motivo: "É difícil dizer POR QUE (por qual motivo) estas coisas acontecem."

    2. PORQUE = causa ou explicação: "Não melhora PORQUE (causa) falta vontade política."

    3. POR QUÊ = junto de pontuação: "Estás preocupado, POR QUÊ?"

    4. PORQUÊ = substantivo: "Aprendendo um PORQUÊ, podemos aprender todos os porquês."

    Gabarito letra "c": Ele está tão apreensivo POR QUÊ? (explicação n. 3)

  • a) Eu não sei o ...... de sua indecisão.
    Eu não sei o porquê de sua indecisão.
    Está na função de substantivo, logo o porquê é junto e com acento
     
    b) ...... foi tão inábil na condução do problema?
    Por que foi tão inábil na condução do problema?
    Está se referindo a “POR QUAL MOTIVO”, “POR QUAL RAZÃO”
     
    c) Ele está tão apreensivo ......?
    Ele está tão apreensivo por quê?
    Está se referindo a “POR QUAL MOTIVO”, “POR QUAL RAZÃO”, porém está no final da frase, logo é separado e com acento
     
    d) Decidiu-se somente ontem ...... dependia de consulta à família.
    Decidiu-se somente ontem porque dependia de consulta à família.
    Está exercendo a função de um conjunção explicativa, podendo ser substituído pelo pois
     
    e) A razão ...... partiu sem avisar ainda é desconhecida.
    A razão por que partiu sem avisar ainda é desconhecida.
    Pode ser substituído pelo pronome relativo “qual”, ficando: A razão pelo qual partiu [...]
  • POR QUE como pronome interrogativo em ordem inversa tem que vir separado e com acento circunflexo.
    POR QUE ELE ESTÁ TÃO APREENSIVO?
    ELE ESTÁ TÃO APREENSIVO POR QUÊ?
  • Toda vez que o "por que" bater num acento ele cria um galo na cabeça, ou seja, terá acento.

  • Aula massa de 4 minutos: https://www.youtube.com/watch?v=-cDcdtlPdAw



  • PORQUE = pois

    POR QUÊ(?!.)

    O PORQUÊ (o motivo, a razão)

    POR QUE= resto

  • ALTERNATIVA A – ERRADA – Deve-se empregar a forma “porquê” – junto e com acento. Trata-se do substantivo. Perceba que ele está acompanhado de artigo definido masculino.

    ALTERNATIVA B – ERRADA - Deve-se empregar a forma “Por que” – separada e sem acento. Trata-se de pronome interrogativo, introduzindo interrogativa direta. Note a equivalência com a expressão “por que motivo”.

    ALTERNATIVA C – CERTA - Deve-se empregar a forma “por quê” – separada e com acento. Trata-se de pronome interrogativo, em final de interrogativa direta. Como o “quê” encerra a interrogativa, ele será tônico e precisará ser acentuado. Note a equivalência com a expressão “Por que motivo”.

    ALTERNATIVA D – ERRADA - Deve-se empregar a forma “porque” – junto e sem acento. Trata-se de conjunção explicativa/causal. Note a equivalência com “pois”.

    ALTERNATIVA E – ERRADA – Deve-se empregar a forma “por que” – separada e sem acento. Trata-se da junção da preposição “por” com o pronome relativo “que”. Note a equivalência com a expressão “pela qual” – A razão ...... partiu sem avisar... = A razão pela qual partiu sem avisar ...

    Resposta: C 

  • Dica:"quê" acentuam-se antes de um ponto(. ! ?) ou vírgula.


ID
196708
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a afirmativa correta em relação ao período: "Criou-se recentemente um projeto voltado para a população carente do município".

Alternativas
Comentários
  • Letra B

    Substantivo é tudo o que pode ser precedido de artigo

    Um projeto;a população;do município(de+o)

     

    Grande abraço e bons estudos.

  • A) ERRADO. Carente é um adjetivo, pois dá qualidade, características ao substantivo "população".

    B) CORRETO.

    C)ERRADO.  Recentemente é um advérbio, complementa o verbo da frase. Adjetivos são palavras que expressam a qualidade, as características de um substantivo.

    D) ERRADO. São artigos: a, o, as, os (definidos); um, uma, uns, umas (indefinidos). "Para" é uma preposição.

    E) ERRADO. Pronomes relativos são aqueles utilizados para não repetirmos um substantivo na frase. Ex: o, a, lhe. Verbos não são pronomes relativos.

  • MANHA PARA ACHAR SUBSTANTIVO:

    SUBSTANTIVO É AQUELA PALAVRA QUE PODE SER DERMINADA POR UM ARTIGO DEFINIDO:

    O PROJETO;  A POPULAÇÃO;   OS MUNICÍPIOS  ETC...

     

    BONS ESTUDOS!!!!!!

  • GABARITO: LETRA B

    ACRESCENTANDO:

    Mnemônico

    Substantivo: dar nome a SAEQS

    - S eres
    - A ções
    - E stado
    - Q ualidade
    - S entimentos

    Adjetivo: 
    Indica QUACAO do substantivo

    - QUA lidade
    - CA racterística

    FONTE: QC


ID
202216
Banca
FCC
Órgão
SEFAZ-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Imagens da História

O livro Revoluções, organizado por Michel Löwy, de
500 páginas, é um terrível e fascinante painel da história dos
séculos XIX e XX. "As fotos de revoluções revelam ao olhar do
observador uma qualidade mágica ou profética que as torna
sempre atuais, subversivas", escreve o organizador.
Você pode multiplicar por 10 o surrado clichê de que
uma imagem vale por mil palavras, quando o assunto são revoluções
políticas, e o professor Löwy dá razões para tanto: "É
claro que as fotografias não podem substituir o historiador, mas
elas captam o que nenhum texto escrito pode transmitir: certos
rostos, certos gestos, certas situações, certos movimentos. A
fotografia possibilita que se veja, de modo concreto, o que
constituiu o espírito singular de cada revolução". A foto das
usinas Krupp, continua o pesquisador, não acrescenta nada,
mas o senhor Krupp cumprimentando Hitler, em companhia de
outros industriais e banqueiros, é um documento fascinante
sobre a cumplicidade entre capitalistas alemães e nazistas.

(Adaptado de Carlos Haag, PESQUISA Fapesp, no 167)

As expressões de que e por que preenchem corretamente, nessa ordem, as lacunas da frase:

Alternativas
Comentários
  •  GABARITO: LETRA E

    As revoluções de que essas fotos constituem um notável depoimento acarretam traumas por que ninguém quer passar.

    Entendi da seguinte maneira: "As revoluções de que são constituídas essas fotos." (constituídas de algo). Espero ter raciocinado da maneira correta.

    Obervação: "Por que" quando separado, quer dizer: Por qual razão / por qual motivo.

  • a) organizar = VTD -> não cabe "DE QUE"

    b) informar = VTDI -> informar alguem sobre/de algo |  ficou famoso PORQUE (POIS) apresenta imagens fortes...

    c) refere A QUE

    d) Sobre as quais tanto já se escreveu

    e) CORRETA

  • O "por que" da letra E se trata de um pronome relativo: "traumas pelos quais ninguém quer passar"; "traumas por que ninguém quer passar". O erro da questão (e eu errei justamente por isso, só depois me dei conta) é que te induz a pensar que o "por que" é um dos "porquês" e não um pronome relativo...

    Bom estudo!

  • Verbo constituir => pede preposição DE
    Verbo passar => pede preposição POR
  • Fiquei em dúvida entre as letras C e E.

    c) O batido clichê ...?... se refere o texto não explica o fato por que (pelo qual) ficou tão famoso o livro de Michel Löwy.
       
    Pensemos na regência: Quem se refere, se refere
    a algo - logo, não caberia a expressão "de que", e sim "a que" (O batido a que se refere)


    e) As revoluções ...?... essas fotos constituem um notável depoimento acarretam traumas por que (pelos quais) ninguém quer passar.

    Pensemos na regência: "essas fotos se constituem
    de um notável..." Nesse caso o verbo constituir exigiu a preposição de. Por isso se encaixa perfeitamente com a expressão "de que"





  • "As fotos constituem um notável depoimento das revoluções..."

  • Não entendi o erro da b. Quem se informa se informa de.

     

    Não seria correta pq?

  • Para a questão ficar correta, deveria haver uma vírgula depois de notável depoimento. Não devem ter colocado de propósito, para confundir. Mas a frase ficou truncada.

  • O erro da letra B está na segunda parte. Não deveria ser por que, e sim porque, visto que tem o sentido de "pois".


ID
202399
Banca
FEPESE
Órgão
SEFAZ-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1: S.O.S. Português

O sistema ortográfico em português é misto, ou seja, algumas palavras são grafadas de acordo com o cri­tério fonético - a pronúncia -, enquanto outras são escritas com base na etimologia. Obsessão, obcecar e obcecado são exemplos de palavras que seguem o critério etimológico, pois obedecem à grafia latina, de onde provieram. Ocorre que obcecado e obsessão não têm a mesma origem, ou seja, não provêm da mesma raiz latina, diferentemente de obcecar e obcecado. [...] Em síntese, obcecado e obsessão têm origens diversas, daí as grafias diferentes.

Outras palavras da língua portuguesa costumam des­pertar esse mesmo tipo de dúvida, como acender (atear fogo) e ascender (subir). A primeira provém do latim accendere, e a segunda do latim ascendere. As duas têm exatamente a mesma pronúncia, mas são escritas de modo diferente porque a raiz delas não é a mesma.

A melhor maneira de ter certeza sobre a grafia de uma palavra, então, é a consulta a um bom dicionário, em que se encontra também a origem dela.

TERRA, Ernani. Nova Escola. São Paulo: Abril, p. 22, mar. 2010.

Considere as afirmativas abaixo, relacionadas ao Texto 1.

1. Na frase "Outras palavras da língua portuguesa costumam despertar esse mesmo tipo de dúvida.", a palavra sublinhada funciona como um substantivo, porque pode aceitar o artigo definido, como no exemplo: "o despertar da dúvida".

2. Na frase ".algumas palavras são grafadas de acordo com o critério fonético - a pronúncia -, enquanto outras são escritas com base na etimologia." ocorre um caso de ambiguidade, pela omissão do termo "palavras", na segunda oração, permitindo que se dê ao enunciado interpretações alternativas.

3. Se o primeiro período do texto fosse reescrito como segue: "O sistema ortográfico em português é misto: algumas palavras são grafadas de acordo com o critério fonético, a pronúncia, enquanto outras são escritas com base na etimologia.", ele estaria pontuado corretamente, de acordo com as regras da gramática normativa.

4. Se o sujeito (sublinhado) das orações do seguinte período "Ocorre que obcecado e obsessão não têm a mesma origem, ou seja, não provêm da mesma raiz latina." fosse substituído por "obsessão", a grafia dos demais elementos da frase resultante não se alteraria.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • 1. Na frase "Outras palavras da língua portuguesa costumam despertar esse mesmo tipo de dúvida.", a palavra sublinhada funciona como um substantivo, porque pode aceitar o artigo definido, como no exemplo: "o despertar da dúvida". - ERRADA! Neste caso, funciona como verbo.    2. Na frase ".algumas palavras são grafadas de acordo com o critério fonético - a pronúncia -, enquanto outras são escritas com base na etimologia." ocorre um caso de ambiguidade, pela omissão do termo "palavras", na segunda oração, permitindo que se dê ao enunciado interpretações alternativas. - ERRADO! Não há ambiguidade na questão em discussão!    3. Se o primeiro período do texto fosse reescrito como segue: "O sistema ortográfico em português é misto: algumas palavras são grafadas de acordo com o critério fonético, a pronúncia, enquanto outras são escritas com base na etimologia.", ele estaria pontuado corretamente, de acordo com as regras da gramática normativa. - CORRETO!   4. Se o sujeito (sublinhado) das orações do seguinte período "Ocorre que obcecado e obsessão não têm a mesma origem, ou seja, não provêm da mesma raiz latina." fosse substituído por "obsessão", a grafia dos demais elementos da frase resultante não se alteraria. - ERRADO! Caso fosse substuído apenas por OBSESSÃO, o verbo flexionado "TÊM" perderia o acento gráfico, o verbo "PROVÊM" receberia acento agudo. Ou seja, claramento indo de encontro a proposta da questão.

ID
203920
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a única alternativa em que o antônimo da palavra grifada foi indicado entre colchetes:

Alternativas
Comentários
  • resposta A

    leniente é o mesmo que " dá alívio" "dá calma" , adjetivo derivado de leniência.

     

     

  • envilecer (ê) - Conjugar
    v. tr.
    1. Tornar vil, aviltar, deslustrar.
    v. intr. e pron.
    2. Tornar-se vil, desprezível.
    3. Fig. Diminuir em preço, em valor.

     

    PARA QUEM LEU RÁPIDAMENTE E ERROU!!!

     

     

     

  • a) leniente: tolerante

    b) cogestão: "ainda não é uma palavra registrada no dicionário". Todavia por interpretação sintática podemos afirmar que é uma prática de gestão por consenso de duas ou mais partes, ou empresas.No tocante a gestão de saúde fica bem claro pois no Brasil se dá uma gestão tripartíte (Estado, Sociedade e Hospital/profissional de saúde).

    c) dissipação: desaparecer, sumir, acabar.

    d) empáfia: Orgulho vão, soberba; vaidoso, convencido, pretensioso. [Na gíria, também se diz: metido.] .

    e) envilecimento: estado de uma pessoa ou se algo em degradação. Estado de algo em aviltamento, vileza: na qualidade de vil, degradante, rebaixado, humilhado. 


     


ID
206161
Banca
FEPESE
Órgão
SEFAZ-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

K. Anders Ericsson, sueco grandalhão, barbudo e entusiástico, é professor de Psicologia na Florida State University, na qual recorre à pesquisa empírica para determinar o quanto do talento é "natural" e o quanto é adquirido. Conclusão: o atributo que em geral denominamos "talento bruto" é muito superesti­mado. "Muita gente acha que as pessoas nascem com limitações inatas", diz. "Mas dispomos de muito poucas evidências concretas de que alguém seja capaz de alcançar qualquer espécie de desempenho excepcio­nal sem se dedicar ao autoaperfeiçoamento". Ou, em outros termos, a excelência - no futebol, no piano, na cirurgia ou em programação de computadores - quase sempre é conquistada, não inata.

E é verdade, como sua avó sempre lhe dizia, que a prática realmente faz a perfeição. Mas não só a prática desordeira, ao acaso. O domínio de uma área, a mes­tria, decorre do que Ericsson denomina "prática delibe­rada", o que significa mais que tocar ao piano a escala de C menor 100 vezes ou treinar saques de tênis até deslocar o ombro. A prática deliberada tem três com­ponentes básicos: definição de objetivos específicos, obtenção de feedback imediato e concentração tanto em técnicas quanto em resultados.

As pessoas que se tornam excelentes em determinada área nem sempre são as mesmas que parecem "super­dotadas" quando crianças ou jovens. Isso sugere que, quando se trata de escolher o que fazer na vida, as pessoas devem fazer o que amam - sim, sua avó tam­bém lhe disse isso - porque, se você não amar o que faz, dificilmente se empenhará o suficiente para ser bom no que faz.

LEVITT, Steven D.; DUBNER, Stephen J. Super Freakonomics. O lado oculto do dia a dia. Trad. Afonso Celso da Cunha Serra. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, p. 56-57. (adaptado)

Leia atentamente as afirmativas abaixo.

* No período "É verdade que a prática realmente faz a perfeição", a oração sublinhada é uma oração .........., isto é, ela é o .......... de "É verdade".

* Na expressão "saques de tênis", "de tênis" é um .......... de "saques".

* O substantivo "criança" tem um só gênero, quer se refira a menino ou menina. Esse tipo de substantivo é chamado, em termos de gênero, de ........... .

* O substantivo "jovem" tem uma só forma para o masculino e o feminino. O que faz a distinção de gênero é o artigo ou o adjetivo que o acompanham. Esse tipo de substantivo é chamado, em termos de gênero, de .......... .

Assinale a alternativa que preenche correta e sequencialmente as lacunas das afirmativas acima.

Alternativas
Comentários
  • Um substantivo comum de dois gêneros é um substantivo que tem dois valores de gêneros possíveis, sendo que a escolha de um valor não tem consequências morfológicas (a palavra mantém-se inalterada independentemente do gênero) mas tem consequências sintáticas, pois este substantivo tem a capacidade de desencadear alterações morfológicas nas palavras que com ele concordam. Ex: «o intérprete/a intérprete, o jurista/a jurista».

    Um substantivo sobrecomum é um substantivo que não admite contrastes de gênero, nem marcados morfologicamente nem marcados sintaticamente, apesar de referir entidades de um e outro sexo. Ex: «a pessoa, a criança, o indivíduo, o cônjuge, a testemunha, a estrela (de cinema)».

    Um substantivo epiceno é um substantivo que designa animais e que possui apenas um gênero gramatical, embora possa referir animais de ambos os sexos. Ex.: «a cobra, a águia, o jacaré, a onça, a foca». O gênero natural do animal a que um nome epiceno se refere pode ser desambiguado pela aposição de «macho» ou «fêmea» ao nome, sem concordância de gênero entre este e o elemento aposto: «uma cobra-macho, um gavião-fêmea». Por vezes, o termo «epiceno» é utilizado também para falar de nomes sobrecomuns.

  • Excelente questão, só não absorvi bem esse complemento nominal.

  • Complemento Nominal  x  Adjunto Adnominal

    CN --> Se  for ADVÉRBIO ou ADJETIVO completando o nome = com certeza será CN;

    Aa--> Se for NUMERAL, ARTIGO, ADJETIVO, NUMERAL ADJETIVO, PRONOME ADJETIVO ou LOCUÇÃO ADJETIVA, SUBSTANTIVO CONCRETO  = será Aa.
                 Se for Substantivo abstrato --> CUIDADO! Pois pode ser Aa ou CN.

    **Para diferenciarmos Substantivo abstrato do CN e do Aa fazemos o seguinte:


    - CN--> (paciente/ alvo) --> Ex: Tenho necessidade de sua ajuda (mudando a ordem da frase ficaria: "sua ajuda é necessária", ou seja, consigo trocar a ordem da frase sem mudança de sentido e percebo que "de sua ajuda" é o alvo/passivo); A ocupação portuguesa só se efetivou no final do século, com a fundação do Forte dos Reis Magos e da Vila de Natal. ( o Forte foi fundado, é alvo).

    - Aa--> (agente/ ativo) --> Dá posse, qualifica, caracteriza, determina o substantivo. Ex:  Desafiam a imaginação do homem. ( a imaginação é do homem, dá sentido de posse); Os 500 quilômetros de praias garantem um lugar especial para o turismo. ( quais quilômetros? o de praia, tb deu posse);

    Espero ter ajudado!
  • substantivo

    SOBRECOMUM = o substantivo é tão comum, tão comum que não muda nada!!  ;0)

    ela foi vítima
    ele foi vítima


    COMUM DE 2 GÊNEROS = muda apenas o atigo

    o estudante
    a estudante
  • Resultado "A"

    Já daria para descartar 3 opcões só resolvendo a 1ª.

    "É verdade que a prática realmente faz a perfeição"

    É verdade = oração principal

    que a prática realmente faz a perfeição = oração subordinada

    sujeito da oração = a prática

    O sujeito está na oração subordinada e por isso a oração é = oração subordinada substantiva
     

  • Professor,  a questão foi anulada?



  • a)substantiva subjetiva ; sujeito ; complemento nominal ; sobrecomum ; comum de dois gêneros.

    Nao ordem padrão o periodo fica:

    que a prática realmente faz a perfeição É verdade.
    Logo, a  oração trem funcao de sujeito porque pratica a ação do verbo principal na oração. Saque de tênis é CN porque de tênis porque tem função passiva na oração. Compara com Saque do Joao, no qual Joao tem função ativa - é ele que faz o saque. No caso em saque de tênis, tênis não faz o saque.

    Gêneros:

    Sobrecomum - genero fixo independente do sexo do sujeito. A criança, o capanga, a mula etc.

    Comum de 2 gêneros - palavra não altera independente do sexo, somente artigo. A desinência de genero nao se difere. e.g.: o/a pianista. o/a estudante

    epiceno - generos dos animais. e.g.: centopeia macho/fêmea.

     

  • Por que "Saque de Tenis" é C.N?

    alguem pra explicar?


ID
206164
Banca
FEPESE
Órgão
SEFAZ-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

K. Anders Ericsson, sueco grandalhão, barbudo e entusiástico, é professor de Psicologia na Florida State University, na qual recorre à pesquisa empírica para determinar o quanto do talento é "natural" e o quanto é adquirido. Conclusão: o atributo que em geral denominamos "talento bruto" é muito superesti­mado. "Muita gente acha que as pessoas nascem com limitações inatas", diz. "Mas dispomos de muito poucas evidências concretas de que alguém seja capaz de alcançar qualquer espécie de desempenho excepcio­nal sem se dedicar ao autoaperfeiçoamento". Ou, em outros termos, a excelência - no futebol, no piano, na cirurgia ou em programação de computadores - quase sempre é conquistada, não inata.

E é verdade, como sua avó sempre lhe dizia, que a prática realmente faz a perfeição. Mas não só a prática desordeira, ao acaso. O domínio de uma área, a mes­tria, decorre do que Ericsson denomina "prática delibe­rada", o que significa mais que tocar ao piano a escala de C menor 100 vezes ou treinar saques de tênis até deslocar o ombro. A prática deliberada tem três com­ponentes básicos: definição de objetivos específicos, obtenção de feedback imediato e concentração tanto em técnicas quanto em resultados.

As pessoas que se tornam excelentes em determinada área nem sempre são as mesmas que parecem "super­dotadas" quando crianças ou jovens. Isso sugere que, quando se trata de escolher o que fazer na vida, as pessoas devem fazer o que amam - sim, sua avó tam­bém lhe disse isso - porque, se você não amar o que faz, dificilmente se empenhará o suficiente para ser bom no que faz.

LEVITT, Steven D.; DUBNER, Stephen J. Super Freakonomics. O lado oculto do dia a dia. Trad. Afonso Celso da Cunha Serra. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, p. 56-57. (adaptado)

Analisando morfologicamente cada uma das palavras da frase "Muita gente acha que as pessoas nascem com limitações inatas", temos, sequencialmente:

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA CORRETA LETRA B

     

    Muita (pronome indefinido)

    gente (substantivo comum)

    acha (verbo)

    que (conjunção subordinativa integrante)

    as (artigo definido)

    pessoas (substantivo comum)

    nascem (verbo)

    com (preposição)

    limitações (substantivo comum)

    inatas (adjetivo)

  • RESPOSTA B

    quem só leu "muito" marcou a letra "A".


ID
206173
Banca
FEPESE
Órgão
SEFAZ-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

K. Anders Ericsson, sueco grandalhão, barbudo e entusiástico, é professor de Psicologia na Florida State University, na qual recorre à pesquisa empírica para determinar o quanto do talento é "natural" e o quanto é adquirido. Conclusão: o atributo que em geral denominamos "talento bruto" é muito superesti­mado. "Muita gente acha que as pessoas nascem com limitações inatas", diz. "Mas dispomos de muito poucas evidências concretas de que alguém seja capaz de alcançar qualquer espécie de desempenho excepcio­nal sem se dedicar ao autoaperfeiçoamento". Ou, em outros termos, a excelência - no futebol, no piano, na cirurgia ou em programação de computadores - quase sempre é conquistada, não inata.

E é verdade, como sua avó sempre lhe dizia, que a prática realmente faz a perfeição. Mas não só a prática desordeira, ao acaso. O domínio de uma área, a mes­tria, decorre do que Ericsson denomina "prática delibe­rada", o que significa mais que tocar ao piano a escala de C menor 100 vezes ou treinar saques de tênis até deslocar o ombro. A prática deliberada tem três com­ponentes básicos: definição de objetivos específicos, obtenção de feedback imediato e concentração tanto em técnicas quanto em resultados.

As pessoas que se tornam excelentes em determinada área nem sempre são as mesmas que parecem "super­dotadas" quando crianças ou jovens. Isso sugere que, quando se trata de escolher o que fazer na vida, as pessoas devem fazer o que amam - sim, sua avó tam­bém lhe disse isso - porque, se você não amar o que faz, dificilmente se empenhará o suficiente para ser bom no que faz.

LEVITT, Steven D.; DUBNER, Stephen J. Super Freakonomics. O lado oculto do dia a dia. Trad. Afonso Celso da Cunha Serra. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, p. 56-57. (adaptado)

Assinale com ( V ) as afirmativas verdadeiras e com ( F ) as falsas.

( ) Os verbos denominar e dispor ("denominamos" e "dispomos", sublinhados no texto) estão conjugados na primeira pessoa do plural do presente do modo Indicativo.
( ) Em "Sua avó sempre lhe dizia", o verbo dizer está conjugado na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do modo Indicativo.
( ) Os vocábulos "superestimado" e "superdotadas" (sublinhados no texto) apresentam o prefixo "super", que significa "em excesso, em posição superior".
( ) Os vocábulos evidência, espécie e tênis são acentuados devido à mesma regra de acentuação gráfica.
( ) Os vocábulos "grandalhão" e "dificilmente" (sublinhados no texto) apresentam os sufixos ão e mente, respectivamente, sendo que o primeiro (ão) é um sufixo nominal aumentativo e o segundo (mente) é um sufixo adverbial.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • verdadeira - as duas formas verbais estão no presente do indicativo, primeira pessoa do plural.

    falsa - o verbo está conjugado no pretérito imperfeito do modo indicativo.

    verdadeira - o prefixo " super" está presente nas duas palavras e tem o significado de posição superior.

    falsa - não é a mesma regra. " evidência" é acentuada por ser uma paroxítona terminada em ditongo crescente;" espécie", também é paroxítona terminada em ditongo crescente, mas "tênis" é uma paroxítona terminada em "is". a regra nao é a mesma para as três palavras.

    verdadeira - O "ao" é um sufixo que designa aumentativo, enquanto " mente" é um sufixo que forma adverbio de modo.  

  • VERDADEIRO - Denominamos e dispomos estão conjugados na primeira pessoa do plural. Nós denominamos ou dispomos

    FALSO - Dizia está conjugado no Pretérito Imperfeito do Indicativo ( Ele dizia ) terceira pessoal do singular. Dizer está conjugado no Infinitivo do Imperativo ( para dizer ele/ela)  terceira pessoa do singular.

    VERDADEIRO - O prefixo super apresenta excesso, posição superior  da normal Ex. Superestimado quer dizer q ele está muito estimado mais que o normal

    FALSO - Evidência paroxítona terminada em ditongo. Espécie paroxítona terminada em ditongo ie. Tênis paroxítona terminada em S. Portanto não é a mesma regra.

    VERDADEIRO - Mente sufixo adverbial. Ão sufixo nominal

     

    Resposta Letra C

    Bons Estudos Pessoal !!

    Paulo.

  • Complementando:

    Penso que exista erro também no sufixo de grandalão = grand (radical) = alhão (sufixo).

    Logo, somente o (âo) não seria o sufixo correto da palavra em questão.

    Abs


  • Exemplos de sufixos nominais designativos de aumento (sufixos aumentativos).
    -ão: portão, mulherão, grandalhão, comilão, narigão.

    Nem sempre, porém, este sufixo traz ideia aumentativa, como em "cartão, portão, cordão"

    Fonte: Prof. Rodrigo Bezerra
  • Letra C

    Vamos lá:

    Os verbos denominar e dispor ("denominamos" e "dispomos", sublinhados no texto) estão conjugados na primeira pessoa do plural do presente do modo Indicativo. (certo )  nós dispomos e nós denominamos
     
    Em "Sua avó sempre lhe dizia", o verbo dizer está conjugado na terceira pessoa do singular do pretérito IMperfeito do modo Indicativo. (errado)
    Imperfeito terminação :ava/ia
    perfeito terminação : ei /i
    m-q-perfeito terminação :ra

     Os vocábulos "superestimado" e "superdotadas" (sublinhados no texto) apresentam o prefixo "super", que significa "em excesso, em posição superior". (Certa)
     Os vocábulos evidência, espécie e tênis são acentuados devido à mesma regra de acentuação gráfica. (errado) Todas são paroxítonas,mas as 2 primeiras são acentuadas por causa do ditongo crescente e a ultíma pela regra normal de acentuação de paroxítonas.

     Os vocábulos "grandalhão" e "dificilmente" (sublinhados no texto) apresentam os sufixos ão e mente, respectivamente, sendo que o primeiro (ão) é um sufixo nominal aumentativo e o segundo (mente) é um sufixo adverbial. (certa) não tem o que se explanar a questão já comenta tudo.

    Espero que seja isso...se não for tenham paciência,também estou aprendendo.


ID
207943
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A literatura é necessária à política quando ela dá voz
àquilo que não tem voz, quando dá um nome àquilo que ainda
não tem um nome, e especialmente àquilo que a linguagem política
exclui ou tenta excluir. Refiro-me, pois, aos aspectos, situações,
linguagens tanto do mundo exterior como do mundo
interior; às tendências reprimidas no indivíduo e na sociedade.
A literatura é como um ouvido que pode escutar além daquela
linguagem que a política entende; é como um olho que pode ver
além da escala cromática que a política percebe. Ao escritor,
precisamente por causa do individualismo solitário do seu trabalho,
pode acontecer explorar regiões que ninguém explorou
antes, dentro ou fora de si; fazer descobertas que cedo ou tarde
resultarão em campos essenciais para a consciência coletiva.
Essa ainda é uma utilidade muito indireta, não intencional,
casual. O escritor segue o seu caminho, e o acaso ou as
determinações sociais e psicológicas levam-no a descobrir alguma
coisa que pode se tornar importante também para a ação
política e social.
Mas há também, acredito eu, outro tipo de influência,
não sei se mais direta, mas decerto mais intencional por parte
da literatura, isto é, a capacidade de impor modelos de linguagem,
de visão, de imaginação, de trabalho mental, de correlação
dos fatos, em suma, a criação (e por criação entendo
organização e escolha) daquele gênero de valores modelares
que são a um tempo estéticos e éticos, essenciais em todo
projeto de ação, especialmente na vida política.
Se outrora a literatura era vista como espelho do mundo,
ou como uma expressão direta dos sentimentos, agora nós não
conseguimos mais esquecer que os livros são feitos de palavras,
de signos, de procedimentos de construção; não podemos
esquecer que o que os livros comunicam por vezes permanece
inconsciente para o próprio autor, que em todo livro há uma
parte que é do autor e uma parte que é obra anônima e coletiva.
(Adaptado de Ítalo Calvino, Assunto encerrado)

Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

Alternativas
Comentários
  • A - A força da literatura não se manifesta apenas na beleza que ela erige no plano estético, mas também no valor ético em que ela se alça.

               O verbo erigir é transitivo direto, porém não exige preposição, de neste caso, em seu objeto.

    B - A tese pela qual o autor mostra-se convicto é a de que a literatura deve ser reconhecida como linguagem em cuja força está na construção.

                Não existe nenhuma regência que exija essa preposição "em".

    C - Correta.

    D - Não se usa preposição antes do pronome relativo cujo, salvo se por exigência do verbo, assim a preposição estará se referindo ao verbo e não ao pronome relativo, o que não é o caso.    No segundo caso o certo seria ....dúvida, e cuja produção se voltam todas as expectativas.

  • Complementando o comentário do colega David..

    LEtra E está errada.

    e) Sempre haverá divergências quanto ao grau de inconsciência do qual as obras são escritas e quanto às metas onde ela, de fato, consegue chegar.

    CHEGAR A algum lugar, portanto, o correto seria Aonde ela, de fato, consegue chegar.

  • Gabarito : LETRA C

    Eu fiz essa questão, vendo pelas palavras sublinhadas, logo vendo se estavam devidamente correto.
    Eu fiquei em duvida da letra C e A, mas analisei e vi que o termo " de que ", estava errado, pois não precisava empregar o 'de'

    Bons Estudos !!

    • a) A força da literatura não se manifesta apenas na beleza de que ela erige no plano estético, mas também no valor ético em que ela se alça.
    • b) A tese da pela qual o autor mostra-se convicto é a de que a literatura deve ser reconhecida como linguagem em cuja força está na construção.
    • c) Calvino mostra-se um entusiasta da tese segundo a qual caberia às obras literárias a função de falar aquilo sobre o que se costuma calar. (correta)
    • d) O autor é um romancista e crítico italiano de cujo valor não pairam quaisquer dúvidas, e a em cuja produção se voltam todas as expectativas.
    • e) Sempre haverá divergências quanto ao grau de inconsciência com do qual as obras são escritas e quanto às metas aonde ela, de fato, consegue chegar.
  • Explicando por que a alternativa c esta correta (só para complementar os comentários)

    O perigo da questão é esquecer que o pronome relativo qual é sempre antecedido de artigo ( que concorda com o elemento antecedente) e achar que o "a" que o antecede é a preposição exigida pelo verbo após ( caberia). Se assim fosse existiria a sobrando e, portanto a alternativa estaria errada mesmo. Vejamos que não há excessos de "a":


    ... da tese segundo a ( artigo que antecede o pronome relativo qual e concorda com tese) qual caberia às a ( preposição exigida pelo verbo caberia) + as (artigo do substantivo obras) obras literárias

    Falar aquilo sobre o que? Resposta: o que se costuma calar.
    Ficou na ordem direta mesmo

     

  • Não entendo o uso da palavra segundo qual verbo que a exige?
  • quando fiz a questão, pensei que a C estava errada por conta do SOBRE o que. O pronome relativo QUE não pode ser antecedido de preposição. Alguém sabe me explicar porque esse pensamento está errado?
  • questao do capiroto


ID
208114
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um tango para lá de desafinado

Uma imagem, uma constatação, uma estatística e uma frase
resumem o estado das coisas na Argentina. A imagem: pedreiros
acrescentando mais um andar às lajes das favelas de Buenos Aires.
Enquanto a atividade da construção civil em geral está em queda,
as precárias villas portenhas não param de crescer - na falta de
espaço, para cima. A constatação: a quantidade cada vez maior de
galões de água expostos sobre carros estacionados, principalmente
na periferia da capital argentina. Este é o sinal convencionado
pelos proprietários para anunciar que seus veículos usados estão
à venda. Mais automóveis enfeitados com galões, mais pessoas
com necessidade urgente de dinheiro. A estatística: a mortalidade
infantil na província de Buenos Aires subiu 8% em 2007. Tudo
isso
dá a ideia de que algo vai muito mal na Argentina. A população
da capital que vive em moradias irregulares aumentou 30%
nos últimos dois anos. Três em cada quatro argentinos dizem não
ganhar o suficiente para cobrir os gastos diários. E, no mesmo ano
em que o PIB da Argentina cresceu incríveis 8,7%, o mais básico
dos indicadores sociais só piorou na principal província do país.
Favelas em expansão, renda relativa em baixa e bebês morrendo -
no mínimo, o governo deveria estar reconsiderando suas políticas
econômicas e sociais. A presidente argentina diz que não é o caso.
Formulada por Cristina Kirchner em um comício da campanha
para as eleições legislativas do próximo domingo, eis a frase:
"Encontramos o caminho e devemos segui-lo e aprofundá-lo".

(Veja, 24.06.2009)


O sentido expresso pelo prefixo na palavra desafinado, no título do texto, também está presente na palavra destacada em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    desafinado = não afinado

    d) Ele era incapaz de resolver um problema com agilidade.  Não capaz
    Ambas palavras possuem formação por derivação prefixal . O DES e o IN são prefixos latinos de negação.

    a) Eles teriam de cooperar com a nova administração do prédio.  Operar junto ; trabalhar junto O prefixo latino CO significa "companhia"
    b) Trabalhou tanto e não salvou o documento, por isso o refezFazer novamente O prefixo latino RE significa "repetição"
    c) No subtítulo do texto, havia uma palavra que não conhecia.  Titulo posto por baixo de outro; título secundário O prefixo latino SUB significa "posição de inferioridade"
    e) Era preciso esfriar o leite antes de acrescentar-lhe o café. Tornar frio O prefixo ES significa "movimento para fora"
  • A questão pede o mesmo sentido do PREFIXO "des"...

    De todas as alternativas o IN de incapaz apresenta o mesmo objetivo que é contrariar o sentido da paravra. Os demais prefixos não apresentam a mesma conotação. coo; re; sub; es;
  • Desafinado - Não está afinado.

    Incapaz - Não é capaz.

  • Desafinado - Não está afinado.

    Incapaz - Não é capaz.

  • Desafinado - Não está afinado.

    Incapaz - Não é capaz.

  • Prefixos de Origem GREGA de NEGAÇÃO

    Prefixos : a-, des-, im-, i-, in


ID
208120
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um tango para lá de desafinado

Uma imagem, uma constatação, uma estatística e uma frase
resumem o estado das coisas na Argentina. A imagem: pedreiros
acrescentando mais um andar às lajes das favelas de Buenos Aires.
Enquanto a atividade da construção civil em geral está em queda,
as precárias villas portenhas não param de crescer - na falta de
espaço, para cima. A constatação: a quantidade cada vez maior de
galões de água expostos sobre carros estacionados, principalmente
na periferia da capital argentina. Este é o sinal convencionado
pelos proprietários para anunciar que seus veículos usados estão
à venda. Mais automóveis enfeitados com galões, mais pessoas
com necessidade urgente de dinheiro. A estatística: a mortalidade
infantil na província de Buenos Aires subiu 8% em 2007. Tudo
isso
dá a ideia de que algo vai muito mal na Argentina. A população
da capital que vive em moradias irregulares aumentou 30%
nos últimos dois anos. Três em cada quatro argentinos dizem não
ganhar o suficiente para cobrir os gastos diários. E, no mesmo ano
em que o PIB da Argentina cresceu incríveis 8,7%, o mais básico
dos indicadores sociais só piorou na principal província do país.
Favelas em expansão, renda relativa em baixa e bebês morrendo -
no mínimo, o governo deveria estar reconsiderando suas políticas
econômicas e sociais. A presidente argentina diz que não é o caso.
Formulada por Cristina Kirchner em um comício da campanha
para as eleições legislativas do próximo domingo, eis a frase:
"Encontramos o caminho e devemos segui-lo e aprofundá-lo".

(Veja, 24.06.2009)


Analise as afirmações:

I. Em - ... galões de água expostos sobre carros... - a preposição sobre poderia ser substituída por sob, sem prejuízo de sentido.

II. Fazem o plural da mesma forma que o substantivo galões as palavras cidadão, mamão e órfão.

III. O feminino de chefe se faz da mesma forma que presidente em - A presidente argentina...

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  •  GABARITO: LETRA B

  • Tanto "a presidenta" como "a presidente" são formas tidas como corretas embora alguns professores entendam que "a presidenta" seja desnecessário.

    Aliás está isso tá virando uma questão mais política do que de Português: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u725397.shtml

  • Realmente as duas formas estão corretas. Tanto pode ser "a presidente" como "a presidenta". Teve um linguístico muito famoso que foi à TV e disse que a Dilma que irá escolher a forma com que ela deseja ser chamada. Se durante suas entrevistas, palestras, eventos, ela se intitular "a presidente" temos que chamá-la de "a presidente, do mesmo jeito se ela se chamar de "a presidenta".

  • Errei essa questão, pensando que o feminino de presidente seria presidenta, e o de chefe, chefa.
     

  • III - Segundo Evanildo Bechara, tanto PRESIDENTE como PRESIDENTA estão corretos quando se tratar de feminino! O mesmo ocorre com as palavras PARENTE e PARENTA, GOVERNANTE e GOVERNANTA. Pode-se usar indiferentemente o feminino variável ou invariável.

    Já com relação ao feminino de CHEFE o autor não recomenda, eis que o substantivo feminino CHEFA assumiu um SENTIDO PEJORATIVO!

     

    II - galões - cidadãos - mamões - órfãos

     

    I - SOBRE é extamente o contrário de SOB.

  • GABARITO B

    I. SOBRE - EM CIMA
    SOB - DEBAIXO DE


    II. GALÃO - GALÕES
    CIDADÃO - CIDADÃOS
    MAMÃO - MAMÕES
    ORFÃO - ORFÃOS


    III. CHEFE - SUBSTANTIVO COMUM DE DOIS GENÊROS
    PRESIDENTE - SUBSTANTIVO COMUM DE DOIS GENÊROS
  • Queridos parceiros,
    Me espantei com a média dos votos atribuída a cada comentário nesta questão, tendo em vista a perfeição de cada teor - digno em verdade de MÁXIMA nota! - todos merecem o reconhecimento e respeito pelo apoio espontâneo em fundamentar as respostas trazendo o conhecimento facilitado nesta via acessível e fabulosa aqui criada e por todos nós cultivada! Sejamos honestos e respeitosos!

    Um beijo carinhoso a todos aqueles de boa fé, de boas intenções!
  • A forma "presidenta" é ABSOLUTAMENTE CORRETA e registrada no VOLP - Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, documento máximo de nossa língua no Brasil.Em geral, os termos terminados em "-nte" não sofrem variação de gênero como "cliente" ou "paciente". Isso ocorre ( e vale sempre lembrar que há muitos casos de exceção em nossa língua) em algumas palavras como parente, presidente, governante, elefante. Observe que em algumas delas a terminação, na verdade, é "ante" e não "ente". O VOLP não registra a forma "chefa". Lá constam "chefado", "chefança".  Portanto, "chefe" representa os dois gêneros, assim como "presidente", que embora assuma a forma "presidenta", também é considerado substantivo de dois gêneros.
  • Ainda bem que não temos mais esse problema. 

  • O feminino de presidente é  A PRESIDENTE assim como também PRESIDENTA. E na questão está dizendo que se faz da mesma forma (mesma forma, subentende para os dois casos possíveis. Se para CHEFE TAMBÉM ADOTASSE CHEFA)       III. O feminino de chefe se faz da mesma forma que presidente em - A presidente argentina... 

    No caso específico da Petista Dilma apenas, é PRESIDANTA.

    Questão deveria ser anulada, nenhum dos casos está correto. 

    Foco, força e fé!

  • Pessoal, olhem a data. Na época não havia presidentA. 

  • Há duas opções: a chefe OU a chefa. A forma “chefa” só é usada informalmente. Isso significa que é melhor usar a forma comum dos dois gêneros (o chefe/ a chefe): “Ela é a nossa chefe”.


ID
230143
Banca
FUNCAB
Órgão
DETRAN-PE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Teste em simulador mostra os riscos de dirigir usando
o celular


Pesquisadores da Universidade de Utah, nos
Estados Unidos, usam um simulador para mostrar os efeitos
do telefone celular nos motoristas. O aparelho de US$ 100 mil
consegue até monitorar para onde a pessoa está olhando. O
envio de mensagens de texto é uma das atividades que mais
distrai ao volante.

Um motorista usando o celular tem quatro vezes
mais chances de provocar um acidente. Essa possibilidade é
a mesma para uma pessoa que bebeu e tem 0,8 de álcool no
sangue. Até aparelhos que deixam as mãos livres, como o
bluetooth, não eliminam os riscos.

"Gastamos milhões equipando os carros com air
bags, melhores freios e pneus para que fiquem mais seguros,
mas o número de fatalidades no trânsito permanece
constante. Um dos motivos é o aumento da distração com
outros equipamentos dentro dos veículos", analisa David
Strayer, professor de psicologia, responsável pela pesquisa
da Universidade de Utah.

AestudanteAnne MacLaren, de 19 anos, foi uma das
voluntárias no simulador. Durante o teste, ela acabou batendo
no carro da frente quando mandava mensagem de texto.
Entre outros candidatos, muitos perderam a entrada que
deveriam pegar e alguns nem viram que tinham passado por
ela.

Os motoristas superestimam suas habilidades de
serem 'multitarefas' no volante. A maioria dos americanos
reconhece o perigo, mas continua usando o telefone,
passando mensagens de texto e acessando a internet.Alguns
até abrem os laptops e outros aparelhos eletrônicos,
transformando o carro em um centro de entretenimento.

Como a legislação difere entre os estados
americanos, pesquisas frequentes ajudam a estimular o
debate. Em 2003, um estudo da Universidade de Harvard
concluiu que distrações provocadas pelo uso do telefone
celular levam a 2600 mortes no trânsito todo ano, além de
330 000 colisões com ferimentos moderados ou leves.

(gl.globo.com/notícias/mundo - acesso em 08/03/2010)

Assinale a opção em que todas as palavras grifadas foram, correta e respectivamente, classificadas entre parênteses.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A

    NA LETRA B) O CORRETO É PREPOSIÇÃO - ADJETIVO, CONJUNÇÃO E ADJETIVO

    NA LETRA C) PRONOME - SUBSTANTIVO - PREPOSIÇÃO - LOCUÇÃO ADVERBIAL

    NA LETRA D) PRONOME - ARTIGO - PRONOME - CONJUNÇÃO

    NA LETRA E) PREPOSIÇÃO - CONJUNÇÃO - PREPOSIÇÃO - ADJETIVO

     

  • A letra "a" está correta!

    Então vamos às correções...

    b)
    com         - preposição
    melhores  - adjetivo que se refere aos freios.
    e             - conjunção em vez de preposição
    seguros   - adjetivo que se refere à pneus.  


    c)
    suas          - pronome possessivo
    habilidades - substantivo e não adjetivo
    de              - preposição
    no volante   - adjunto adverbial e não  locução adjetiva


    d)
    outros   - Embora "outro" significar "diferença,diferente", a NGB o considera pronome e não adjetivo. 
    a          - artigo definido, preposição estaria errado.
    que      - pronome relativo
    que      - conjunção substantiva


    e)
    de              -  preposição
    que             - conjução
    a                - preposição e não artigo, repare o numeral.
    moderados  - adjetivo


    Boa Sorte!

ID
235285
Banca
CETAP
Órgão
AL-RR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sucesso tem fórmula

Durante séculos, a Inglaterra dominou os mares e, dessa
forma, muito mais do que os mares. Para isso tinha os melhores navios.
E, para tê-los, precisava de excelentes carpinteiros navais. Com a
tecnologia do ferro, os navios passaram a ter couraça metálica.
Impossível manter a superioridade sem caldeireiros e mecânicos
competentes. Uma potência mundial não se viabiliza sem a potência
dos seus operários.
A Revolução Industrial tardia da Alemanha foi alavancada pela
criação do mais respeitado sistema de formação técnica e vocacional
do mundo. Daí enchermos a boca para falar da "engenharia alemã".
Mas, no fim das contas, todos os países industrializados montaram
sistemas sólidos e amplos de formação profissional. Para construir
locomotivas, aviões, naves espaciais.
Assim como temos a Olimpíada para comparar os atletas de
diferentes países, existe a Olimpíada do Conhecimento (World Skills
International). É iniciativa das nações altamente industrializadas, que
permite cotejar diversos sistemas de formação profissional. Competese
nos ofícios centenários, como tornearia e marcenaria, mas também
em desenho de websites ou robótica.
Em 1982, um país novato nesses misteres se atreveu a
participar dessa Olimpíada: o Brasil, por meio do Senai. E lá viu o seu
lugar, pois não ganhou uma só medalha. Mas em 1985 conseguiu
chegar ao 13º lugar. Em 2001 saltou para o sexto. Aliás, é o único país
do Terceiro Mundo a participar, entra ano e sai ano.
Em 2007 tirou o segundo lugar. Em 2009 tirou o terceiro,
competindo com 539 alunos, de sete estados, em 44 ocupações. É isso
mesmo, os graduados do Senai, incluindo alunos de Alagoas, Goiás e
Rio Grande do Norte, conseguiram colocar o Brasil como o segundo e o
terceiro melhor do mundo em formação profissional! Não é pouca
porcaria para quem, faz meio século, importava banha de porco,
pentes, palitos, sapatos e manteiga! E que, praticamente, não tinha
centros de formação profissional.
Deve haver um segredo para esse resultado que mais parece
milagre, quando consideramos que o Brasil, no Programa Internacional
de Avaliação de Alunos (Pisa), por pouco escapa de ser o último. Mas
nem há milagres nem tapetão. Trata-se de uma fórmula simples,
composta de quatro ingredientes.
Em primeiro lugar, é necessário ter um sistema de formação
profissional hábil na organização requerida para preparar milhões de
alunos e que disponha de instrutores competentes e capazes de
ensinar em padrões de Primeiro Mundo. Obviamente, precisam saber
fazer e saber ensinar. Diplomas não interessam (quem sabe nossa
educação teria alguma lição a tirar daí?).
Em segundo lugar, cumpre selecionar os melhores candidatos
para a Olimpíada. O princípio é simples (mas a logística é
diabolicamente complexa). Cada escola do Senai faz um concurso,
para escolher os vencedores em cada profissão. Esse time participa
então de uma competição no seu estado. Por fim, os times estaduais
participam de uma Olimpíada nacional. Dali se pescam os que vão
representar o Brasil. É a meritocracia em ação.
Em terceiro lugar, o processo não para aí. O time vencedor
mergulha em árduo período de preparação, por mais de um ano. Fica
inteiramente dedicado às tarefas de aperfeiçoar seus conhecimentos
da profissão. É acompanhado pelos mais destacados instrutores do
Senai, em regime de tutoria individual.
Em quarto, é preciso insistir, dar tempo ao tempo. Para passar
do último lugar, em 1983, para o segundo, em 2007, transcorreram 22
anos. Portanto, a persistência é essencial.
Essa quádrupla fórmula garantiu o avanço progressivo do
Brasil nesse certame no qual apenas cachorro grande entra. Era
preciso ter um ótimo sistema de centros de formação profissional. Os
parâmetros de qualidade são determinados pelas práticas industriais
consagradas, e não por elucubrações de professores. Há que aceitar a
idéia de peneirar sistematicamente, na busca dos melhores candidatos.
É a crença na meritocracia, muito ausente no ensino acadêmico.
Finalmente, é preciso muito esforço, muito mesmo. Para passar na
frente de Alemanha e Suíça, só suando a camisa. E não foi o ato
heróico, mas a continuidade que trouxe a vitória.
A fórmula serve para toda competição: qualidade valorizada,
seleção dos melhores, prática obsessiva e persistência. Quem aplicar
essa receita terá os mesmos resultados.

Claudio de Moura Castro
Fonte: Revista Veja n. 2153

"Portanto, a persistência é essencial". O conectivo "Portanto" denota:

Alternativas
Comentários
  •  Gabarito Letra B.

    CONJUNÇÕES COORDENATIVAS CONCLUSIVAS
    - Valores semânticos:  conclusão, fechamento, finalização ...  logo, portanto, por isso, por conseguinte,
    pois (posposto ao verbo), então, destarte, dessarte ...
    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.

    http://www.euvoupassar.com.br/

  • Portanto, a persistência é essencial - esse conectivo  (portanto) exprime uma conclusão da idéia  contida na outra oração coordenada.

  • AS CONJUNÇÕES COORDENATIVAS CONCLUSIVAS INDICAM UMA CONCLUSÃO, OU SEJA, A SEGUNDA ORAÇÃO É UMA CONCLUSÃO DA PRIMEIRA; SÃO ELAS: LOGO, PORTANTO, ASSIM, POR CONSEGUINTE, ENTÃO E POIS.

  • Conjunções coordenativas conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, pois (deslocado) . São aquelas que estabelecem uma relação de conclusão. Tem de haver um dado pressuposto na outra oração.

    Exemplos: Os países latino-americanos, sozinhos, são fracos: portanto deverão unir-se.

    O médico mentiu para o paciente; por conseguinte cometeu uma falta ética.

  • b) Conclusão.

  • b-

    conjunções/locuções conjuntivAS que expressam conclusao: destarte, pois, logo, entao,portanto


ID
245854
Banca
FMZ - AP
Órgão
SEAD-AP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um dos conceitos mais importantes da filosofia de bem viver é a prática diária do aquietamento da mente - a meditação. A técnica não exige crença, tampouco habilidade. Como perfeitamente coloca o psicólogo britânico John Clark em seu livro A Map of Mental States (Um Mapa dos Estados Mentais): "A meditação é um método pelo qual a pessoa se concentra mais e mais sobre menos e menos". Porém, em um mundo no qual recebemos continuamente milhares de estímulos sensoriais, em que somos pressionados a saber cada vez mais e sempre há mais para conhecer, em que a competição e o movimento são contínuos e sempre maiores, parar não é tarefa fácil, ainda que seja extremamente simples.

Meditar é parar - estacionar, gradativamente, o fluxo de ondas mentais. Quando o corpo fica imóvel e a mente silencia, o que acontece mesmo? Com a palavra, o genial físico Albert Einstein: "Penso 99 vezes e nada descubro, paro de pensar e a verdade me é revelada".

ALERTA RELAXADO

O exercício diário da meditação limpa as impurezas impregnadas em nossa mente, como medo, raiva, ansiedade e culpa. Classificadas na Ayurveda (a tradicional medicina indiana) como mais perigosas toxinas que existem, essas emoções negativas nos desequilibram e quando se transformam em hormônios de estresse, causam envelhecimento precoce. Portanto, ao meditar, praticamos um exercício de rejuvenescimento - ao mesmo tempo em que aumentamos a produtividade, a criatividade, a concentração e a inteligência. Mais: a mente apaziguada auxilia na prevenção de doenças e acelera a recuperação física. E ainda é a melhor ferramenta para o autoconhecimento, o autodesenvolvimento e a realização espontânea dos desejos.

Agora, vamos à ação: coluna ereta solas dos pés firmes apoiadas no chão, feche os olhos e coloque atenção na respiração. Observe o ar entrando e saindo dos pulmões. E só. Em inglês, o estado meditativo é definido "restful alertness", que pode ser traduzido como "estado de alerta relaxado".

Não é uma delícia? Pratique hoje por 5 minutos, e amanhã, e depois e, gradativamente, vá aumentando esse tempo. O ideal é chegar a meia hora diária. Melhor ainda se conseguir meditar ao amanhecer e no fim do dia. Mas se entre o ideal e o possível a distância é grande, não se incomode. Faça o que der para a sua realidade. Você verá que nesse processo, a cada dia, fica mais fácil viver. Simples assim.

Fonte: Márcia de Luca, Revista Gol, nº 85, abril/2009, p.110.

No trecho "A meditação é um método pelo qual a pessoa se concentra mais e mais sobre menos e menos", os termos mais e menos

Alternativas
Comentários
  • C- excluem-se por veicularem ideias antagônicas.

  • Não há como ser a C à medida que, apesar de mais e menos serem antagônicos, no texto não há esta representação.

    Reescrevendo, ficaria:

    A pessoa se concentra cada vez mais, sobre menos coisas.

    Há sim uma relação de adversidade, antagonismo, dicotomia... Mas os termos em si não se anulam

    A alternativa que mais esta a par é a letra D


ID
245860
Banca
FMZ - AP
Órgão
SEAD-AP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um dos conceitos mais importantes da filosofia de bem viver é a prática diária do aquietamento da mente - a meditação. A técnica não exige crença, tampouco habilidade. Como perfeitamente coloca o psicólogo britânico John Clark em seu livro A Map of Mental States (Um Mapa dos Estados Mentais): "A meditação é um método pelo qual a pessoa se concentra mais e mais sobre menos e menos". Porém, em um mundo no qual recebemos continuamente milhares de estímulos sensoriais, em que somos pressionados a saber cada vez mais e sempre há mais para conhecer, em que a competição e o movimento são contínuos e sempre maiores, parar não é tarefa fácil, ainda que seja extremamente simples.

Meditar é parar - estacionar, gradativamente, o fluxo de ondas mentais. Quando o corpo fica imóvel e a mente silencia, o que acontece mesmo? Com a palavra, o genial físico Albert Einstein: "Penso 99 vezes e nada descubro, paro de pensar e a verdade me é revelada".

ALERTA RELAXADO

O exercício diário da meditação limpa as impurezas impregnadas em nossa mente, como medo, raiva, ansiedade e culpa. Classificadas na Ayurveda (a tradicional medicina indiana) como mais perigosas toxinas que existem, essas emoções negativas nos desequilibram e quando se transformam em hormônios de estresse, causam envelhecimento precoce. Portanto, ao meditar, praticamos um exercício de rejuvenescimento - ao mesmo tempo em que aumentamos a produtividade, a criatividade, a concentração e a inteligência. Mais: a mente apaziguada auxilia na prevenção de doenças e acelera a recuperação física. E ainda é a melhor ferramenta para o autoconhecimento, o autodesenvolvimento e a realização espontânea dos desejos.

Agora, vamos à ação: coluna ereta solas dos pés firmes apoiadas no chão, feche os olhos e coloque atenção na respiração. Observe o ar entrando e saindo dos pulmões. E só. Em inglês, o estado meditativo é definido "restful alertness", que pode ser traduzido como "estado de alerta relaxado".

Não é uma delícia? Pratique hoje por 5 minutos, e amanhã, e depois e, gradativamente, vá aumentando esse tempo. O ideal é chegar a meia hora diária. Melhor ainda se conseguir meditar ao amanhecer e no fim do dia. Mas se entre o ideal e o possível a distância é grande, não se incomode. Faça o que der para a sua realidade. Você verá que nesse processo, a cada dia, fica mais fácil viver. Simples assim.

Fonte: Márcia de Luca, Revista Gol, nº 85, abril/2009, p.110.

O título "Silêncio, por favor" é estruturado predominantemente por meio de

Alternativas
Comentários
  • O silêncio, O favor: substantivos = nomes

    por: preposição

    resp. letra D

  • OLÁ PESSOAL!!!!
     
    NOME : QUALQUER PALAVRA QUE SIGA A FLEXÃO NOMINAL, OU SEJA, A DECLINAÇÃO EM CONTRAPOSIÇÃO À FLEXÃO VERBAL.

    SILÊNCIO: SUBSTANTIVO MASCULINO
    FAVOR: SUBSTANTIVO MASCULINO
    POR: PREPOSIÇÃO

    LETRA D - CERTA

ID
260125
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A frase correta é:

Alternativas
Comentários
  • a) Ele acabou sendo malquisto porque sistematicamente obstrói obstrui as votações; se antevir antevisse o que lhe o espera na próxima sessão, certamente mudará mudaria de atitude.

    b) Ele diz que sua invejável capacidade de aurir exaurir forças quando tudo parece perdido se deve ao fato de ter provido provindo de família muito humilde.

    c) Confirmo o que havia dito a semanas atrás há semanas / semanas atrás: se me aprazer aprouvesse tornar a vê-la depois de tanto tempo e dissabores, lá estarei estaria; senão, não contem comigo.

    d) Sob o pretexto de pôr fim ao litígio, fizeram-nos entrar em acordo; agora, ou o encerram eles, ou o fazemos nós, recorrendo à força da lei.

    e) A maneira porque como se comporta não é a mais adequada, mas tudo isso são sinais da idade provecta (a velhice): que lhe seja dado o direito e a alegria de conduzir-se à a seu bel prazer.

  • a) Ele acabou sendo malquisto porque sistematicamente obstrui as votações; se antevir o que lhe espera na próxima sessão, certamente mudará de atitude.

    b) Ele diz que sua invejável capacidade de exaurir forças quando tudo parece perdido se deve ao fato de ter provindo de família muito humilde.

    c) Confirmo o que havia dito (há) semanas atrás: se me aprouver tornar a vê-la depois de tanto tempo e dissabores, lá estarei; senão, não contem comigo.

    d) Sob o pretexto de pôr fim ao litígio, fizeram-nos entrar em acordo; agora, ou o encerram eles, ou o fazemos nós, recorrendo à força da lei.

    e) A maneira por que se comporta não é a mais adequada, mas tudo isso são sinais da idade provecta: que lhe seja dado o direito e a alegria de conduzir-se à seu bel prazer.


  • Há outros vocábulos de diferentes classes gramaticais que cumprem valor  conjuntivo  indicando  alternância,  como ora...ora,  já...já,  quer...quer, seja...seja, bem...bem. Eles devem ser duplos e iniciar cada uma das orações alternativas. Não é de rigor, mas o uso da vírgula se fortalece por bons autores separando orações cujo conectivo é repetido: 

    Ora narrava, ora comentava. 


    PORTUGUÊS P/ TRTs 12ªR e 18ªR (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) 

    PROFESSOR TERROR



ID
260275
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O cenário é o luxuoso resort Four Seasons. Sua
decoração sofisticada, com colunas de mármore, lustres
monumentais de cristal e detalhes das escadarias em ouro,
atiça os olhos do turista. Câmera em punho, o ímpeto de
registrar o ambiente logo é interrompido por um dos
funcionários. “É proibido fotografar os homens vestindo roupas
brancas e as mulheres em trajes pretos”, exclamou. Restrições
desse tipo dentro de um hotel internacional são, no mínimo,
estranhas aos olhos ocidentais. No entanto, quando o resort em
questão está localizado em Doha, capital do Catar, ter cuidado
com as fotos é apenas uma das milhares de regras e imposições a serem respeitadas na cidade.

Nas ruas, nos museus ou nos shoppings de Doha,
sempre existe alguém para impedir os retratos. E se você
conseguir tirar uma foto escondido vai perceber as pessoas
cuidadosamente tampando o rosto. Isso porque o Catar, país
que acaba de ser eleito sede da Copa do Mundo de 2022, vive
sob os preceitos da religião muçulmana. Lá, as mulheres não
podem exibir seus rostos fora de suas residências e adotam as
burcas como traje. As menos tradicionais se escondem apenas
com lenços e véus
.


(Natália Mestre, “A cidade dos contrastes”. ISTOÉ PLATINUM,
n. 22, Dezembro/Janeiro 2011, p. 72)

Nas ruas, nos museus ou nos shoppings de Doha, sempre existe alguém para impedir os retratos. E se você conseguir tirar uma foto escondido vai perceber as pessoas cuidadosamente tampando o rosto. Isso porque o Catar, país que acaba de ser eleito sede da Copa do Mundo de 2022, vive sob os preceitos da religião muçulmana.

Considerado o trecho acima, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • a) A substituição de alguém por “pessoas” mantém a correção da frase.
    F- o verbo deve se flexionar: existem
    b) O segmento para impedir os retratos expressa uma causa.
    F- finalidade
    c) Substituindo para impedir os retratos por “afim de que os retratos sejam impedidos”, preservam-se o sentido e a correção originais.  
    F- muda o sentido.
    d) Em Isso porque, o elemento destacado, não remetendo a nenhuma palavra, expressão ou segmento do texto, foi empregado apenas como forma de realce.F- O ”isso” remete a situação anteriormente descrita
    e) Substituindo Isso porque o Catar [...] vive sob os preceitos da religião muçulmana por “Isso acontece em função de o Catar [...] viver sob os preceitos da religião muçulmana”, a correção da frase é mantida. V
  • Sobre a alternativa C:

    Escrevemos afim, quando queremos dizer semelhante. (O gosto dela era afim ao da turma.)

    Escrevemos a fim (de), quando queremos indicar finalidade. (Veio a fim de conhecer os parentes. /

  • DICA :

    Para+Verbo no infinito: FINALIDADE  - SEMPRE!!

    Dica de professora de cursinho e cai MUITO
    • a) A substituição de alguém por “pessoas” mantém a correção da frase.
    • Errado: Alguém é um pronome indefinido e Pessoas substantivo feminino. No caso se trocasse por pessoas deveria alterar o verbo Existe por Existem.
    • b) O segmento para impedir os retratos expressa uma causa.
    • Errado: Conforme destacado pela colega, expressa finalidade.
    •  c) Substituindo para impedir os retratos por “afim de que os retratos sejam impedidos”, preservam-se o sentido e a correção originais.
    • Errado: Afim é adjetivo e significa semelhante, por afinidade. A fim indica finalidade.
    •  d) Em Isso porque, o elemento destacado, não remetendo a nenhuma palavra, expressão ou segmento do texto, foi empregado apenas como forma de realce.
    • Errado: Este Isso está sendo empregado na função cognoscitiva, logo serve para indicar aquilo que já foi mencionado em um contexto. Neste caso o isso retornou ao contexto anterior.
    •  e) Substituindo Isso porque o Catar [...] vive sob os preceitos da religião muçulmana por “Isso acontece em função de o Catar [...] viver sob os preceitos da religião muçulmana”, a correção da frase é mantida.
    • Certo: o sentido continua o mesmo e não houve erro gramatical.
  • Só porque não faz sentido, não significa que a frase esteja com erros de coesão!


ID
260293
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos


I - Errata

• (ed, dc) 1. Lista de retificação de erros que saíram
impressos em uma publicação. A errata é geralmente
impressa em página separada (colada no início ou no fim
do exemplar, ou simplesmente encartada solta) e em
papel diferente do que foi usado na publicação. Traz a
indicação de erros, o número das páginas onde se en-
contram e as formas corrigidas. Alguns profissionais
distinguem errata de corrigenda: este último termo, no
caso, é aplicado para erros redacionais ou de conteúdo,
ao passo que errata diz respeito principalmente a erros de
composição ou de montagem, que escaparam aos
revisores e saíram impressos na publicação. 2. Cada um
dos erros relacionados nessa lista.


(Carlos Alberto Rabaça e Gustavo Guimarães Barbosa.
Dicionário de comunicação. 2. ed. rev. e atualizada.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2001, p. 276)

II - O dicionário de onde foi extraído o verbete acima contém
uma página com o título CONVENÇÕES UTILIZADAS
NESTA OBRA, e nela se lê:


1. Áreas e acepções

Este dicionário inclui definições em 23 áreas, indicadas da
seguinte forma:
• (av) recursos audiovisuais
• (cn) cinema
• (co) teoria da comunicação
• (dc) documentação
• (ed) editoração, artes gráficas

etc.

Traz a indicação de erros, o número das páginas onde se encontram e as formas corrigidas.

No período acima, onde está empregado em conformidade com o padrão culto escrito, o que NÃO ocorre na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Já no primeiro capítulo, onde a heroína foi caracterizada, pressentia-se seu destino. (local: no primeiro capítulo)

    b) O colégio onde recebeu os primeiros ensinamentos é este que se vê na foto. (local: no colégio)

    c) Não sabia onde poderia buscar auxílio, mas tinha certeza de consegui-lo. (local: buscar auxílio em algum lugar)

    d) Moro hoje onde sempre quis morar. (local: morar em)

     e) Ele é sempre hostil, é onde quando perde a razão.

  • O pronome "onde" só tem uma regra, qual seja, somente pode ser usado para indicar lugar.

  • ONDE Utilizado quando o referente for lugar, ou qualquer coisa que a isso se

    assemelhe (livro, jornal, página etc.) – “A gaveta onde guardei o dinheiro

    foi arrombada.”; pode ser substituído por “em que”

  • 1º- A palavra onde indica lugar, lugar físico e, portanto, não deve ser usada em situações em que a idéia de lugar não
    esteja presente.
    - Não se deve confundir onde com aonde. O a da palavra aonde é a preposição a que se acrescenta e que indica
    movimento, destino. O aonde só pode ser usado quando na expressão existir a idéia de destino. 

    Ex: Ir a algum lugar.
    Chegar a algum lugar.
    Levar alguém a algum lugar.
    Dirigir-se a algum lugar. 

    Não se pode usar aonde com o verbo morar.
    Ex: Aonde você mora? Errado. O certo é “Onde você mora ?”/ “Em que lugar você mora?” 

  • Pessoal, "buscar" dá ideia de movimento. Logo, deveria ser "aonde", não?
  • 5)  Pronome Relativo ONDE

     

    O pronome relativo "onde" aparece apenas no período composto, para substituir um termo da oração principal numa oração subordinada. Por essa razão, em um período como "Onde você nasceu?", por exemplo, não é possível pensar em pronome relativo: o período é simples, e nesse caso, "onde" é advérbio interrogativo.

     

    Na língua culta, escrita ou falada, "onde" deve ser limitado aos casos em que há indicação de lugar físico, espacial. Quando não houver essa indicação, deve-se preferir o uso de em queno qual (e suas flexões na qual, nos quais, nas quais) e nos casos da ideia de causa / efeito ou de conclusão.

     

    Por Exemplo:

     

    Quero uma cidade tranquila, onde possa passar alguns dias em paz.


    Vivemos uma época muito difícil, em que (na qual) a violência gratuita impera.

     

    Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint39.php

  • gabarito: E
    onde: lugar


ID
264670
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Petrobras
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O emprego da palavra/expressão destacada está INCORRETO em:

Alternativas
Comentários
  • Resposta letra A

    MAL é o contrário de BEM; e
    MAU é o contrário de BOM;

    Por isso dizemos, LOBO MAU, pois o contrário seria LOBO BOM; e dizemos MAL-HUMORADA, pois o contrário seria BEM-HUMORADA!!

    Em uma palavra como mal-humorado, justifica-se o emprego do hífen com a regra de que “se ligam por hífen os elementos das palavras compostas em que se mantém a noção da composição, isto é, os elementos das palavras compostas que mantêm a sua independência fonética, conservando cada um a sua própria acentuação, porém formando o conjunto perfeita unidade de sentido.
  • a) Estava mau-humorado
    Advérbio de modo. demonstrando "como estava". Neste caso utiliza-se MAL com L.

    b) ... a razão por que
    Quando substituivel pelo pronome relativo pelo qual e flexões ( pela qual, pelas quais, pelos quais ), utiliza-se o por que.

    c) ... ententer aonde ela pretendia chegar
    aonde ( idéia de movimento ), não expressando ideia de movimento utiliza-se onde.

    d)...senão dignidade 
    Senão = caso contrário, a não ser.    Se não = caso não ( orações condicionais).

    e)...acerca de eleição.
    Acerca de = sobre, a respeito de.     A cerca de = uma distancia aproximada.     Há cerca de =  tempo aproximado      


  • Só complementando:

    amau é adjetivo, antônimo de bom

    mal pode ser:
    advérbio de modo, antônimo de bem (mal-educada, mal-humorada)
    conjunção subordinativa temporal - sinônimo de assim que, qual (mal chegou e já teve que sair)
    substantivo - deve ser precedido de artigo ou outro determinante (esse mal é difícil de curar)


    b) "por que" - preposição por + pronome que. Equivale a pelo qual, por qual
    "por quê" - quando o pronome interrogativo se posiciona no fim da frase, ou aparece seguido de pausa forte (você reclama de tudo, por quê, meu filho?). Recebe o acento circunflexo 
    "porque" - conjunção, equivale a uma vez quevisto quepoispara que
    "porquê" - substantivo. Aparece sempre antecedido de um determinante


    c) Embora os clássicos não tenham feito distinção entre essas duas palavras, a tendência atual é a seguinte: onde é usado em verbos que exprimem permanência (Onde fica a loja?); aonde é usado com verbos que indicam movimento, deslocamento (aonde iremos?)


    dse não equivale a caso nãosenão equivale a do contráriomas sima não serdefeitomácula. No caso de defeito e mácula tem valor de substantivo e deve ser antecedido de determinante ("Nem um senão no todo dela existe" (Alberto de Oliveira))


    e) "Acerca de" significa a respeito de, sobre.
    "Cerca de" significa aproximadamente.
    "Há cerca de", que vem do verbo haver, é utilizado para indicar existência de algo ou tempo decorrido. Pode ser substituído por existe(m) ou faz (indicando tempo decorrido). Ex: Estamos aguardando o ônibus há cerca de vinte minutos
    No "A cerca de", o A é preposição, utilizada em a cerca de para marcar distância no espaço e no tempo futuro. Ex: Vimos o acidente a cerca de 50 metros de onde estávamos
  • Mal = contrario de bem  =  macete: bLem (gravei assim)

    CORAGEM! EM FRENTE!

ID
276208
Banca
ESAF
Órgão
CVM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que ocorre erro na transcrição e adaptação do texto de Conjuntura Econômica, de setembro de 2010 – vol. 64 – n. 9.

O mecanismo de câmbio flutuante, quando acompanhado de razoável mobilidade de capitais, provê um meio automático através do qual o equilíbrio se configura(a). Elevações de consumo ou investimento da parte de residentes geram pequenas elevações de juros que majoram a entrada de capitais externos, desta forma valorizando(b) a moeda doméstica. Tal valorização reduz as exportações e aumenta as importações, meio pelos quais(c) se compensa, liquidamente, a preços possivelmente constantes, o acréscimo inicial de procura por bens e serviços provocado por possíveis expansões de absorção interna. Tudo pode ocorrer muito bem até o ponto em que(d) os déficits na conta corrente do balanço de pagamentos passem(e) a gerar um montante do passivo externo líquido do país, que dá início a um processo de desconfiança dos provedores de crédito líquido em moeda estrangeira. Quando isso ocorre, há uma necessidade de reverter tais déficits, confi gurando, em última instância, que o sucesso no combate à inflação no período inicial pode ter significado, em boa parte, uma transferência de problemas para o futuro.

Alternativas
Comentários
  • "...meio pelos quais(c) se compensa..."

    pelos quais deve concordar com "meio" e com o verbo "compensar", que estão no singular.
    Portanto, alternativa correta, letra C
  • c) meio pelo qual se compensa

  • Está confusa a umeração desta questão....
  • c) Tal valorização reduz as exportações e aumenta as importações, meio pelo qual se compensa, liquidamente, a preços possivelmente constantes, o acréscimo inicial de procura por bens e serviços 

  • O pronome relativos estava se referindo ao 'meio', o qual está no singular... flexão de número do pronome relativo está errada.

    As formas corretas podem ser:

    ... meio pelo qual... ou ...meios pelos quais... (o negrito corresponde à modificação)

  • O erro está no Item C do texto, mas que se encontra na opção D das alternativas.


ID
285268
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A vida após a morte

Muitos cientistas, talvez a maioria, não acreditam em
Deus,muito menos na vida após amorte.Os argumentos não
são fáceis de contestar. Um professor de matemática me
perguntou o que existia de mágico no número 2. "Por que
você não acredita que teremos três ou quatro vidas, cada uma
num estágio superior?" O que faria sentido, disse ele, seriam
o número zero, 1 e infinito. Zero vida seria a morte; uma vida,
aquela que temos; e infinitas vidas, justamente a visão
hinduísta e espírita.
Outro dia, um amigo biólogo me perguntou se eu
gostaria de conviver bilhões de anos ao lado dos ectoplasmas
de macaco, camundongo, besouro e formiga, trilhões de
trilhões de vidas após a morte. "Você vai passar a eternidade
perguntando: 'É você, mamãe?', até finalmente encontrá-la."
Não somos biologicamente tão superiores aos animais como
imaginávamos 2 000 anos atrás. "É uma arrogância humana",
continuou meu amigo biólogo, "achar que só nós merecemos
uma segunda vida."
O cientista Carl Sagan adverte, como muitos outros,
que vida só se tem uma e que devemos aproveitar ao máximo
a que temos. "Carpe diem", ensinava o ator Robin Williams,
"curtam o sexo e o rock and roll." Sociólogos e cientistas
políticos vão argumentar que o céu é um engenhoso truque
das classes religiosas para manter as massas "bem-
comportadas e responsáveis".
Aonde eu quero chegar é que, dependendo de sua
resposta a essa questão, seu comportamento em terra será
criticamente diferente. Resolver essa dúvida religiosa logo no
início da vida adulta é mais importante do que se imagina.
Obviamente, essa questão tem inúmeros ângulos e
dimensões mais completas do que este curto ponto de vista,
mas existe uma dimensão que poucos discutem, o que me
preocupa. Eu, pessoalmente, acredito na vida após a morte.
Acredito que existem até provas científicas compatíveis com
as escrituras religiosas. A genética mostra que você
continuará vivo, depois de sua morte, no DNA de seus filhos.
Seu DNA poderá ser eterno, ele continuará "vivo" em nossa
progênie, nos netos e bisnetos. "Nossa" vida continua;
geração após geração, teremos infinitas vidas, como pregam
os espíritas e os hindus.
Mais interessante ainda, seus genes serão
lentamente misturados, através do casamento de filhos e
netos, com praticamente os de todos os outros seres
humanos da Terra. Seremos lentamente todos irmãos ou
parentes, uma grande irmandade, como rezam muitos textos
místicos e religiosos. Por isso, precisamos ser mais
solidários, fraternos uns com os outros, e perdoar, como
pregam todas as religiões. A pessoa que hoje você está
ajudando ou perseguindo poderá vir a ser o bisavô daquela
moça que vai umdia se casar comseu bisneto.
Seremos todos um, católicos, anglicanos,
protestantes, negros, árabes e judeus, sem guerras religiosas
nem conflitos raciais. É simplesmente uma questão de tempo.
Por isso, temos de adotar um estilo de vida "bem-comportado
e responsável", seguindo preceitos éticos e morais úteis às
novas gerações.
Não há dúvida de que precisaremos curtir mais o dia
a dia, mas nunca à custa de nossos filhos, deixando um
planeta poluído, cheio de dívidas públicas e previdenciárias
para eles pagarem. Estamos deixando um mundo pior para
nós mesmos, são nossos genes que viverão nesse futuro.
Inferno nessa concepção é deixar filhos drogados, sem
valores morais, sem recursos, desempregados, sem uma
profissão útil e social. Se não transmitirmos uma ética robusta
a eles, nosso DNA terá curta duração.
“Estar no céu” significa saber que seus filhos e netos
serão bem-sucedidos, que serão dignos de seu sobrenome,
que carregarão seus genes com orgulho e veneração.
Ninguém precisa ter medo da morte sabendo que seus genes
serão imortais. Assim fica claro qual é um dos principais
objetivos na vida: criar filhos sadios, educá-los antes que
alguém os “eduque” e apoiá-los naquilo que for necessário.
Por isso, as mulheres são psicologicamente mais bem
resolvidas quanto a seu papel no mundo do que os homens,
com exceção das feministas.
Homens que têm mil outros objetivos nunca se
realizam, procurando a imortalidade na academia ou
matando-se uns aos outros. Se você pretende ser imortal,
cuide bem daqueles que continuarão a carregar seu DNA,
com carinho, amor e, principalmente, dedicação.

(Stephen Kanitz, in Veja, 21 de maio de 2008)


Em: "Um professor de matemática me perguntou o que existia de mágico no número 2.", as palavras grifadas correspondemàs seguintes classes gramaticais:

Alternativas
Comentários
  • Pronome demonstrativo:

    Indicam posição de algo em relação às pessoas do discurso, situando-o no tempo e/ou no espaço. São: este (a/s), isto, esse (a/s), isso, aquele (a/s), aquilo. Isto, isso e aquilo são invariáveis e se empregam exclusivamente como substitutos de substantivos.

    As formas mesmo, próprio, semelhante, tal (s) e o (a/s) podem desempenhar papel de pronome demonstrativo.

    o, a, os, as são demonstrativos quando equivalem a aquele (a/s), isto (Leve o que lhe pertence);
  • A partícula "o", quando for classificada como pronome demonstrativo, poderá ser substituída por aquele ou aquilo



    Que Deus nos abençoe.
  • o "que" nesse caso é pronome relativo? o que quando pronome relativo não retoma um termo anterior?
    alguém poderia explicar?

  • O ''que'' quando pronome relativo se refere a um termo antecedente quando ele for um substantivo ou pronome.

    Nesse caso, ele antecede o ''o'' que é pronome demonstrativo.

     

ID
285277
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A vida após a morte

Muitos cientistas, talvez a maioria, não acreditam em
Deus,muito menos na vida após amorte.Os argumentos não
são fáceis de contestar. Um professor de matemática me
perguntou o que existia de mágico no número 2. "Por que
você não acredita que teremos três ou quatro vidas, cada uma
num estágio superior?" O que faria sentido, disse ele, seriam
o número zero, 1 e infinito. Zero vida seria a morte; uma vida,
aquela que temos; e infinitas vidas, justamente a visão
hinduísta e espírita.
Outro dia, um amigo biólogo me perguntou se eu
gostaria de conviver bilhões de anos ao lado dos ectoplasmas
de macaco, camundongo, besouro e formiga, trilhões de
trilhões de vidas após a morte. "Você vai passar a eternidade
perguntando: 'É você, mamãe?', até finalmente encontrá-la."
Não somos biologicamente tão superiores aos animais como
imaginávamos 2 000 anos atrás. "É uma arrogância humana",
continuou meu amigo biólogo, "achar que só nós merecemos
uma segunda vida."
O cientista Carl Sagan adverte, como muitos outros,
que vida só se tem uma e que devemos aproveitar ao máximo
a que temos. "Carpe diem", ensinava o ator Robin Williams,
"curtam o sexo e o rock and roll." Sociólogos e cientistas
políticos vão argumentar que o céu é um engenhoso truque
das classes religiosas para manter as massas "bem-
comportadas e responsáveis".
Aonde eu quero chegar é que, dependendo de sua
resposta a essa questão, seu comportamento em terra será
criticamente diferente. Resolver essa dúvida religiosa logo no
início da vida adulta é mais importante do que se imagina.
Obviamente, essa questão tem inúmeros ângulos e
dimensões mais completas do que este curto ponto de vista,
mas existe uma dimensão que poucos discutem, o que me
preocupa. Eu, pessoalmente, acredito na vida após a morte.
Acredito que existem até provas científicas compatíveis com
as escrituras religiosas. A genética mostra que você
continuará vivo, depois de sua morte, no DNA de seus filhos.
Seu DNA poderá ser eterno, ele continuará "vivo" em nossa
progênie, nos netos e bisnetos. "Nossa" vida continua;
geração após geração, teremos infinitas vidas, como pregam
os espíritas e os hindus.
Mais interessante ainda, seus genes serão
lentamente misturados, através do casamento de filhos e
netos, com praticamente os de todos os outros seres
humanos da Terra. Seremos lentamente todos irmãos ou
parentes, uma grande irmandade, como rezam muitos textos
místicos e religiosos. Por isso, precisamos ser mais
solidários, fraternos uns com os outros, e perdoar, como
pregam todas as religiões. A pessoa que hoje você está
ajudando ou perseguindo poderá vir a ser o bisavô daquela
moça que vai umdia se casar comseu bisneto.
Seremos todos um, católicos, anglicanos,
protestantes, negros, árabes e judeus, sem guerras religiosas
nem conflitos raciais. É simplesmente uma questão de tempo.
Por isso, temos de adotar um estilo de vida "bem-comportado
e responsável", seguindo preceitos éticos e morais úteis às
novas gerações.
Não há dúvida de que precisaremos curtir mais o dia
a dia, mas nunca à custa de nossos filhos, deixando um
planeta poluído, cheio de dívidas públicas e previdenciárias
para eles pagarem. Estamos deixando um mundo pior para
nós mesmos, são nossos genes que viverão nesse futuro.
Inferno nessa concepção é deixar filhos drogados, sem
valores morais, sem recursos, desempregados, sem uma
profissão útil e social. Se não transmitirmos uma ética robusta
a eles, nosso DNA terá curta duração.
“Estar no céu” significa saber que seus filhos e netos
serão bem-sucedidos, que serão dignos de seu sobrenome,
que carregarão seus genes com orgulho e veneração.
Ninguém precisa ter medo da morte sabendo que seus genes
serão imortais. Assim fica claro qual é um dos principais
objetivos na vida: criar filhos sadios, educá-los antes que
alguém os “eduque” e apoiá-los naquilo que for necessário.
Por isso, as mulheres são psicologicamente mais bem
resolvidas quanto a seu papel no mundo do que os homens,
com exceção das feministas.
Homens que têm mil outros objetivos nunca se
realizam, procurando a imortalidade na academia ou
matando-se uns aos outros. Se você pretende ser imortal,
cuide bem daqueles que continuarão a carregar seu DNA,
com carinho, amor e, principalmente, dedicação.

(Stephen Kanitz, in Veja, 21 de maio de 2008)


Em “Não somos biologicamente tão superiores aos animais como imaginávamos 2000 anos atrás.”, o único adjetivo da frase foi utilizado no grau:

Alternativas
Comentários
  • A única flexão de grau propriamente dita dos adjetivos é entre o grau normal e o grau superlativo absoluto. Exemplos: atual - atualíssimonegro - nigérrimofácil - facílimo. Algumas palavras ainda admitem o grau comparativo. Exemplos: grande - maiorpequeno - menorbom - melhor (não confundir com o advérbio bem - melhor. Exemplo: Esse ébom, aquele é melhor ≠ Ele fez bem, você fez melhor).

    Nos demais casos, o grau é indicado não por flexões, mas por advérbios. São distintos os seguintes graus:

    • Comparativo de igualdade: Usa-se para expressar que um ser tem um grau de igualdade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: tanto...quanto...assim como...,tão...quanto...do mesmo jeito que..., e outras variações. Por exemplo: "Fulano é tão alegre quanto sicrano".
    • Comparativo de superioridade: Usa-se para expressar que um ser tem um grau de superioridade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: mais...que ou mais...do que. Exemplo: "José é mais alegre que Pedro".
    • Comparativo de inferioridade: Usa-se para expressar que um ser têm um grau de inferioridade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: menos...que ou menos...do que. Exemplo: "José é menos alegre que Pedro".
    • Superlativo absoluto (analítico): Exprime um aumento de intensidade sobre o substantivo determinado pelo adjetivo, sem compará-lo com outros da mesma espécie. Exemplo: "José é muito alto".
    • Superlativo absoluto (sintético): É expresso com a participação de sufixos. O mais comum é –íssimo. Exemplo: “Trata-se de um artista originalíssimo”, “Seremostolerantíssimos”.
    • Superlativo relativo de superioridade: Exprime uma vantagem de um ser entre os demais da mesma espécie. Exemplo: "José é o mais alto de todos".
    • Superlativo relativo de inferioridade: Exprime uma desvantagem de um ser entre os demais da mesma espécie. Exemplo: "José é o menos alto


    Gabarito - D

    Note que há uma capiciosa forma de enganar o candidato. Apesar do uso da palavra superior,  a idéia é vincular uma comparação igualitária entre os "atores" envolvidos no texto.


ID
291328
Banca
FMP Concursos
Órgão
MPE-MT
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O que você precisa saber para fazer um planeta melhor.

Para começo de conversa, entenda _____________ é tão importante reduzir o
consumo de três _____________ _____________ nos dias de hoje.
ÁGUA. Ela até cai do céu, mas é um recurso esgotável e raro em muitos lugares do
mundo. Se em apenas cinco minutos você escovar os dentes com a torneira
escancarada, 12 litros de água potável serão _____________ .

ENERGIA ELÉTRICA. O consumo cada vez mais requer a construção de usinas
hidrelétricas, e mais florestas vão desaparecer para dar lugar a elas. Acredite: o
simples gesto de desligar as luzes dos ambientes quando estiverem vazios pode ajudar
a evitar mais hidrelétricas.

COMBUSTÍVEIS. A queima dos fósseis, como o diesel e a gasolina, é a maior
responsável pela emissão de gases do aquecimento global. Segundo o urbanista e ex-
prefeito de Curitiba Jaime Lerner, “nas grandes cidades são produzidos 75% de todo o
CO2 jogado na atmosfera”. Pense nisso antes de entrar no carro só para ir à padaria da
esquina.

Manual de Etiqueta Planeta Sustentável. Editora Abril. São Paulo. 2007.

Assinale a alternativa que apresenta um segmento sublinhado com a mesma função morfológica de SÓ, última linha do texto.

Alternativas
Comentários
  • A função do termo "" no texto é "ADVÉRBIO", equivalente a " SOMENTE". Assim, também estaria correta a frase. "... Pense nisso antes de entrar no carro somente para ir à padaria da esquina"

    A - O termo "alerta" é identificado com advérbio, e por isso NÃO É VARIÁVEL . Correta

    B - O termo " sós" é identificado como adjetivo, equivalente a " sozinhos" . Errada

    C- O termo " meias" é identificado como adjetivo, e por isso é VARIÁVEL. Errada 

    D-  O termo " bastantes" é identificado como adjetivo, equivalente a " suficientes" . Errada

    E - O termo " cada" é identificado como pronome indefinido. Errada
  • Lembrando que agora é ideia, e não idéia

    Abraços

  • Em linguística, Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. A peculiaridade da morfologia é estudar as palavras olhando para elas isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período. A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição.

    Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.

    Fonte: Site Só Português

    A palavra "só" exerce função morfológica de advérbio, e por isso, a alternativa que apresenta outro advérbio em destaque é a alternativa A - "alerta".


ID
296515
Banca
FGV
Órgão
Senado Federal
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que o vocábulo seja palavra primitiva.

Alternativas
Comentários
  • palavra primitiva é aquela que não é oriunda de outra palavra. Através dela provêm outros termos.

    A - Derivação regressiva ( ou desverbal)  que consiste na troca de um verbo pelas vogais "a", "e" "o" resultando em um substantivo abstrato
                                       Combater ( verbo)= primitiva                       Combate ( substantivo abstrato) = derivado

    B - Célula é o diminutivo de "cella" (palavra de origem latin) que significa pequena caixa ou caixinha, que era aonde ficavam as células, quando vivas, da cortiça.

    D - Derivação prefixal que consite no acréscimo de um prefixo a um radical. O prefixo "pos" significa posição posterior.

    E - A palavra amizade vem do latim amicus que tem origem na palavra amore cujo significado é " amar", ou seja, amizade também é uma forma de amor.
  • LEite também vem do Latim. E agora, champs?


ID
316255
Banca
FCC
Órgão
TRE-RN
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

João e Maria

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você
Além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinês
(...)
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Sim, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido

Chico Buarque e Sivuca

I. Nos versos Agora eu era o herói e A gente agora já não tinha medo, o uso do advérbio agora mostra-se inadequado, pois os verbos conjugados no pretérito imperfeito designam fatos transcorridos no tempo passado.

II. Em Finja que agora eu era o seu brinquedo e Sim, me a mão, os verbos grifados estão flexionados no mesmo modo.

III. Substituindo-se a expressão a gente pelo pronome nós nos versos A gente agora já não tinha medo e Acho que a gente nem tinha nascido, a forma verbal resultante, sem alterar o contexto, será teríamos.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I. errado: agora está corretamente empregado pq denota uma mutação semantica de interpretação de como o autor era visto no passado e como é visto atualmente: o autor que já foi considerado não herói no passado, no momento da fala, estava sendo considerado herói

    II. correto:
    finja: imperativo
    : imperativo

    III. errado:
    tinha: pretérito imperfeito do indicativo
    teríamos: futuro do pretérito do indicativo
  • I- Pretérito Imperfeito - Ação ocorrida no passado INACABADA (errada)

    II- PRESENTE DO SUBJUNTIVO(correta)

    III- Tínhamos seria o correto(errada)
  • Correta, LETRA D.

    Verbo no Imperativo afirmativo:

    Verbo fingir
    -
    finge
    finja
    finjamos
    fingi
    finjam

    Verbo dar

    -
    dá
    dê
    demos
    dai
    dêem
  • Conjugação do v.fingir no presente do subjuntivo:
    finja
    finjas
    finja
    finjamos
    finjais
    finjam

    Conjugação v.dar no presente do subjuntivo:

    dês

    dêmos
    deis

    deem
  • Alguém poderá fazer a gentileza de elucidar melhor o erro na afirmativa I? Não entendi direito...

    Bons estudos!
  • ERRADA I. Nos versos Agora eu era o herói e A gente agora já não tinha medo, o uso do advérbio agora mostra-se inadequado, pois os verbos conjugados no pretérito imperfeito designam fatos transcorridos no tempo passado. 

    Obs: é adequado já que o texto trata de um PASSADO HISTÓRICO.


    Outro exemplo:

    Ex. Naquele momento, Caim mata a Abel.


    O Verbo matar está no presente, mas isso aconteceu no passado. É fato que

    Abel não está sendo morto no momento em que o emissor fala. Esse é o “presente

    histórico”, utilizado para tornar mais próximo e mais emocionante o que

    está sendo narrado.



    CERTA II. Em Finja que agora eu era o seu brinquedo e Sim, me dê a mão, os verbos grifados estão flexionados no mesmo modo. 

    OBS: ambas estão no modo IMPERATIVO



    ERRADA III. Substituindo-se a expressão a gente pelo pronome nós nos versos A gente (nós) agora já não tinha (teríamos) medo e Acho que a gente (nós) nem tinha (tínhamos) nascido, a forma verbal resultante, sem alterar o contexto, será teríamos. 

    OBS: o erro está em generalizar os dois verbos.


ID
324922
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

CIDADE MARAVILHOSA?

Os camelôs são pais de famílias bem pobres, e, então, merecem nossa simpatia e nosso carinho; logo eles se
multiplicam por 1000. Aqui em frente à minha casa, na Praça General Osório, existe há muito tempo a feira hippie.
Artistas e artesãos expõem ali aos domingos e vendem suas coisas. Uma feira um tanto organizada demais: sempre
os mesmos artistas mostrando coisas quase sempre sem interesse. Sempre achei que deveria haver um canto em que
qualquer artista pudesse vender um quadro; qualquer artista ou mesmo qualquer pessoa, sem alvarás nem licenças.
Enfm, o fato é que a feira funcionava, muita gente comprava coisas – tudo bem. Pois de repente, de um lado e outro,
na Rua Visconde de Pirajá, apareceram barracas atravancando as calçadas, vendendo de tudo - roupas, louças, frutas,
miudezas, brinquedos, objetos usados, ampolas de óleo de bronzear, passarinhos, pipocas, aspirinas, sorvetes, canivetes.
E as praias foram invadidas por 1000 vendedores. Na rua e na areia, uma orgia de cães. Nunca vi tantos cães no Rio, e
presumo que muita gente anda com eles para se defender de assaltantes. O resultado é uma sujeira múltipla, que exige
cuidado do pedestre para não pisar naquelas coisas. E aquelas coisas secam, viram poeira, unem-se a cascas de frutas
podres e dejetos de toda ordem, e restos de peixes da feira das terças, e folhas, e cusparadas, e jornais velhos; uma poeira
dos três reinos da natureza e de todas as servidões humanas.
Ah, se venta um pouco o noroeste, logo ela vai-se elevar, essa poeira, girando no ar, entrar em nosso pulmão
numa lufada de ar quente. Antigamente a gente fugia para a praia, para o mar. Agora há gente demais, a praia está
excessivamente cheia. Está bem, está bem, o mar, o mar é do povo, como a praça é do condor – mas podia haver menos
cães e bolas e pranchas e barcos e camelôs e ratos de praia e assaltantes que trabalham até dentro d’água, com um
canivete na barriga alheia, e sujeitos que carregam caixas de isopor e anunciam sorvetes e quando o inocente cidadão
pede picolé de manga, eis que ele abre a caixa e de lá puxa a arma. Cada dia inventam um golpe novo: a juventude é
muito criativa, e os assaltantes são quase sempre muito jovens.

Rubem Braga

Assinale a alternativa em que NÃO ocorre um adjetivo em grau superlativo:

Alternativas
Comentários
  • “...e presumo que muita gente anda com eles...”, a palavra em destaque não é um adjetivo em grau superlativo e sim um pronome adjetivo indefinido.

    Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o substantivo com o qual se relacionam, juntando-lhe uma característica.

    Ex. Muita gente não me entende. (muita = pronome adjetivo indefinido).
  • a)  “Os camelôs são pais de família bem pobres...” grau superlativo absoluto analítico (pobres = adjetivo)

    b) “Uma feira um tanto organizada demais:...” grau superlativo absoluto analítico (organizada = adjetivo)

    c) “...a praia está excessivamente cheia." grau superlativo absoluto analítico (cheia = adjetivo)

    d) “...os assaltantes são quase sempre muito jovens” grau superlativo absoluto analítico (jovens = adjetivo)

    e) “...e presumo que muita gente anda com eles...”. (gente = substantivo ; muita = pronome indefinido)


ID
326902
Banca
FUNCAB
Órgão
IDAF-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.

      O processo de licenciamento de Angra III foi mais uma demonstração de como estamos despreparados para conceber uma sociedade que, efetivamente, seja a base para a preservação do planeta. Falas de autoridades públicas, de editoriais e até de alguns ambientalistas defenderam esse tipo de energia com argumentos de que se trata de uma energia limpa, já que não agrava o efeito estufa, e que o Brasil precisa reforçar sua matriz energét ica para se desenvolver a taxas cada vez maiores. Sem contar o absurdo de chamar de energia limpa a fissão nuclear e o seu perigoso lixo atômico, fica evidente que poucos se perguntam sobre as consequências ambientais de se defender cada vez mais o desenvolvimento. Para frear o drama ambiental planetário que se avizinha, precisamos é de menos desenvolvimento e de menos consumo de energia e de recursos naturais.
      Entrou na moda a expressão desenvolvimento sustentável. Empresários verdes, ambientalistas, setores sociais variados agora adoram usar esse termo ecológico. Mas a realidade é que qualquer desenvolvimento, por menor que seja, não é sustentável. A não ser que sejam estancados o crescimento populacional planetário e essa busca desesperada para atingirmos o modelo consumista predatório da natureza das naçõesmais ricas.
       De que maneira participamos do ciclo perverso que começa na extração dos recursos naturais, passa pela produção e distribuição e chega até ao consumidor? Conhecer a cadeia que rege o consumo fica muito claro em vídeo, que circula pela internet, realizado pela ativista Annie Leonard, o original Story Of Stuff. Essa animação bem construída explica a desastrosa cadeia que começa devastando o meio ambiente até chegar ao inconsequente consumidor.
       Já se foi o tempo em que se alimentar e vestir era algo complementar à vida do indivíduo. Hoje em dia, esses hábitos se tornaram uma corrida insana para quem quer que seja se sentir alguém. Os manipuladores da indústria da moda não se cansam de alternar tendências, para que a cada estação tenhamos que renovar o guarda-roupa da cabeça aos pés . Com os eletrodomésticos e eletrônicos em geral, a coisa fica mais cabeluda. Mal aprendemos a utilizar um novo laptop- e já explode no mercado outro mais repleto de possibilidades! Para resistir à pressão do mercado, é preciso muita força de vontade. E como nem todo mundo tem, aí eles fazem a festa! Dessa forma, subvertemos a lei natural e o ser humano passa a valer menos que o sistema por ele criado. Carros, sapatos, computadores descartáveis, uma corrida desenfreada em busca do último modelo para alimentar a cadeia de
objetos descartáveis para pessoas descartáveis.
       Mas o que fazer e como fazer para parar esse movimento destrutivo? Conhecer os ensinamentos de grandes filósofos como Platão, Buda, Jesus, Gandhi e tantos outros que dedicaram suas vidas para mostrar que a verdadeira realidade se encontra no interior do ser humano. O grande vazio é que nos faz comer demais, comprar demais, amar demais sem conseguir suprir a fome existencial. Para esses líderes espirituais, uma maior consciência do nosso Eu Superior se refletirá num contato mais próximo com a natureza, produzindo uma sociedade mais consistente e feliz. E sem dúvida faz parte dessa busca sermos capazes de viver uma vida mais frugal.

(RESENDE, Célia & LIMA, Ronie. JB Ecológico: 07 / 01/ 2008, p. 54)

Acerca do vocabulário a seguir, usado no texto, todos os comentários são pertinentes, COM EXCEÇÃO do que se lê em:

Alternativas

ID
327037
Banca
FUNCAB
Órgão
IDAF-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.

      O processo de licenciamento de Angra III foi mais uma demonstração de como estamos despreparados para conceber uma sociedade que, efetivamente, seja a base para a preservação do planeta. Falas de autoridades públicas, de editoriais e até de alguns ambientalistas defenderam esse tipo de energia com argumentos de que se trata de uma energia limpa, já que não agrava o efeito estufa, e que o Brasil precisa reforçar sua matriz energét ica para se desenvolver a taxas cada vez maiores. Sem contar o absurdo de chamar de energia limpa a fissão nuclear e o seu perigoso lixo atômico, fica evidente que poucos se perguntam sobre as consequências ambientais de se defender cada vez mais o desenvolvimento. Para frear o drama ambiental planetário que se avizinha, precisamos é de menos desenvolvimento e de menos consumo de energia e de recursos naturais.
      Entrou na moda a expressão desenvolvimento sustentável. Empresários verdes, ambientalistas, setores sociais variados agora adoram usar esse termo ecológico. Mas a realidade é que qualquer desenvolvimento, por menor que seja, não é sustentável. A não ser que sejam estancados o crescimento populacional planetário e essa busca desesperada para atingirmos o modelo consumista predatório da natureza das naçõesmais ricas.
       De que maneira participamos do ciclo perverso que começa na extração dos recursos naturais, passa pela produção e distribuição e chega até ao consumidor? Conhecer a cadeia que rege o consumo fica muito claro em vídeo, que circula pela internet, realizado pela ativista Annie Leonard, o original Story Of Stuff. Essa animação bem construída explica a desastrosa cadeia que começa devastando o meio ambiente até chegar ao inconsequente consumidor.
       Já se foi o tempo em que se alimentar e vestir era algo complementar à vida do indivíduo. Hoje em dia, esses hábitos se tornaram uma corrida insana para quem quer que seja se sentir alguém. Os manipuladores da indústria da moda não se cansam de alternar tendências, para que a cada estação tenhamos que renovar o guarda-roupa da cabeça aos pés . Com os eletrodomésticos e eletrônicos em geral, a coisa fica mais cabeluda. Mal aprendemos a utilizar um novo laptop- e já explode no mercado outro mais repleto de possibilidades! Para resistir à pressão do mercado, é preciso muita força de vontade. E como nem todo mundo tem, aí eles fazem a festa! Dessa forma, subvertemos a lei natural e o ser humano passa a valer menos que o sistema por ele criado. Carros, sapatos, computadores descartáveis, uma corrida desenfreada em busca do último modelo para alimentar a cadeia de
objetos descartáveis para pessoas descartáveis.
       Mas o que fazer e como fazer para parar esse movimento destrutivo? Conhecer os ensinamentos de grandes filósofos como Platão, Buda, Jesus, Gandhi e tantos outros que dedicaram suas vidas para mostrar que a verdadeira realidade se encontra no interior do ser humano. O grande vazio é que nos faz comer demais, comprar demais, amar demais sem conseguir suprir a fome existencial. Para esses líderes espirituais, uma maior consciência do nosso Eu Superior se refletirá num contato mais próximo com a natureza, produzindo uma sociedade mais consistente e feliz. E sem dúvida faz parte dessa busca sermos capazes de viver uma vida mais frugal.

(RESENDE, Célia & LIMA, Ronie. JB Ecológico: 07 / 01/ 2008, p. 54)

Com relação ao comentário sobre o significado do sufixo destacado nas palavras, há evidente equívoco em:

Alternativas
Comentários
  • Letra D.

    X é um verbo!

  • Justificativa da banca:

    d) primeiro, o sufixo "vel" não exprime a noção de “provido ou cheio de”, mas a de “possibilidade”: “realizável” é algo “possível” de realizar-se”; “sustentável”, algo “que tem a possibilidade de sustentar-se”. Além disso, esses nomes não derivam de substantivos, mas de verbos. 

     
  • d)

    sustena &-descartá sao verbos

  • GABARITO: D

    Sufixo "vel" forma adjetivo a partir de verbo

    passível de X, em que X é um verbo

    ex.:

    comer = comestível

    sustentar = sustentável

    descartar = descartável


ID
329173
Banca
FGV
Órgão
DETRAN-RN
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Convivas de boa memória

Há dessas reminiscências que não descansam antes que a pena ou a língua as publique. Um antigo dizia arrenegar
de conviva que tem boa memória. A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a
memória fraca seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e basta.
Não, não, a minha memória não é boa. Ao contrário, é comparável a alguém que tivesse vivido por hospedarias, sem
guardar delas nem caras nem nomes, e somente raras circunstâncias. A quem passe a vida na mesma casa de família,
com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição.
Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram! Eu não atino com a das que enfiei
ontem. Juro só que não eram amarelas porque execro essa cor; mas isso mesmo pode ser olvido e confusão.
E antes seja olvido que confusão; explico-me. Nada se emenda bem nos livros confusos, mas tudo se pode meter
nos livros omissos. Eu, quando leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em chegando ao fim, é
cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele. Quantas ideias finas me acodem então! Que de reflexões
profundas! Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas, todos me aparecem agora com as suas águas,
as suas árvores, os seus altares, e os generais sacam das espadas que tinham ficado na bainha, e os clarins soltam as
notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma imprevista.
É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo. Assim preencho as lacunas alheias; assim podes também
preencher as minhas.

(Assis, de Machado. Dom Casmurro – Editora Scipione – 1994 – pág. 65)

O emprego da palavra “o” em “O que faço, em chegando ao fim...” (3º§) é o mesmo que se encontra em:

Alternativas
Comentários
  • Trata-se de pronome demonstrativo equivalente a "aquilo": "Aquilo que faço, em chegando ao fim..."

    Em todas as alternativas  - exceto a b) - estão sublinhados artigos definidos, inclusive na alternativa c), em que ocorre elipse da palavra "cor".
  • Perfeito o comentário do colega Aluísio Macambira!
    Dava para ficar numa dúvida danada entre a (B) e (C) !!! Mas recorrendo ao texto, a dúvida acaba!

    [AQUILO] que faço, em chegando ao fim...”

    a) “[...] com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição.”
    "os" = artigo de "móveis e costumes, pessoas e afeições"

    b) “Como eu invejo [AQUELES] que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram!”

    c) “Eu não atino com a das que enfiei ontem.”
    Dava para ficar na dúvida se o "a" é demonstrativo! Mas indo ao texto, veremos que não! O valor demonstrativo está em "das"!
    "Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram! Eu não atino com a [cor] das que enfiei
    ontem."


    d) “[...] é cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele.”
    "os" = artigo de "olhos"

    e) “Assim preencho as lacunas alheias; assim podes também preencher as minhas.”
    "as" = artigo de "lacunas"

    []s
  • Só complementando o comentário acima, ambos são pronome com função sintática de sujeito





  • Victor, não seria como função de objeto? "Eu faço o" e "Eu invejo os"
  •             Na verdade, o pronome demostrativo da expressão "O que faço, em chegando ao fim...” se apresenta como OBJETO DIRETO do verbo fazer; já o da expressão "Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram!” , como SUJEITO do verbo esquecer.

    Abraço amigos.
    Adilson
  • Com o devido respeito, discordo dos colegas acima.

    Em "O que faço, em chegando ao fim, é cerrar os olhos e evocar todas", 

    temos várias orações.

    A oração principal é 

    "O é cerrar os olhos e evocar todas" ou "Aquilo é cerrar os olhos (...)".

    O papel de "O", pronome demonstrativo, é de sujeito.

    O verbo "É" executa papel de verbo de ligação, como geralmente é o verbo SER.

    A oração "cerrar os olhos(...)" é uma oração subordinada substantiva predicativa do sujeito reduzida de infinitivo.

    Há outra oração importante em: "que faço". Esta é uma oração subordinada adjetiva restritiva.
    O papel do pronome relativo "que" é de objeto direto. "(eu) faço que". Quem faz, faz alguma coisa.


    Já na oração  “Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram!”, temos o seguinte:

    "os" também é um pronome demonstrativo e tem papel de objeto direto

    Quem inveja, inveja alguém, logo exige um objeto direto.

    A oração "que não esqueceram a cor " é uma oração subordinada adjetiva restritiva. O papel do pronome relativo "que" é de sujeito.
  • Na minha opinião, essa questão não foi bem elaborada.

    O "o" a que se refere (grafado entre aspas e em MINÚSCULO) deveria se referir ao "o" de "...ao fim".

    Assim a questão tonra-se ambígua, levando os candidatos à confusão de que o "o" pode se referir tanto à ocorrência do primeiro "o" quanto à do segundo.

    Como o "o" foi gravado em minúsculo, deveria se referir só ao segundo "o" na frase.

    Concordam?

    Aí a alternativa correta ficaria, na minha opinião, a letra D.

    Abraço!
  • Ouso discordar de você, Rafael.

    A única ocorrência da PALAVRA "o" encontra-se no início da frase, em: "O que faço...".Mesmo que o examinador tenha errado ao colocar o "o" minúsculo entre aspas (o que indica que o termo foi retirado do texto).
    No trecho: "...ao fim..." , temos a palavra "ao", que embora seja a contração a+o (prep.+art.), continua sendo a palavra "ao".
    Se fôssemos destrinchar as palavras (como você sugeriu) teríamos outro "o" em: "O que faço..." ("faço" - verbo irregular (fazer) = radical + desinência ("o") ) 

    Não irei me ater ao conceito de "PALAVRA", pois ele ainda não é definido em consenso pela doutrina linguistica. Deixo, porém, um link para um artigo, caso alguém esteja interessado. http://www.radames.manosso.nom.br/gramatica/palavra.htm
  •    “O que faço, em chegando ao fim..."   O = Aquilo (pronome demonstrativo)

    Aquilo que faço = Eu faço aquilo  (O = função sintática de OD do verbo fazer)

    b) "Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram!” 

    os = aqueles (pronome demonstrativo) = Eu invejo aqueles que não esqueceram

    os = OD do verbo invejar ; os = sujeito do verbo esquecer

    c) Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram! Eu não atino com a das que enfiei 

    ontem.

    a = artigo    cor = está elíptica

    de + as = das    ou   de + aquelas = daquelas

    das calças = daquelas calças =  (das = daquelas) adjunto adnominal


ID
330130
Banca
FGV
Órgão
DETRAN-RN
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O emprego da palavra “o” em “O que faço, em chegando ao fim...” (3º§) é o mesmo que se encontra em:

Alternativas
Comentários
  • Letra b.

    O "o" da questão é um pronome demonstrativo = equivale a "aquilo".

    a) “[...] com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição.”  (artigo masculino plural)
    b) “Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram!”  (correto! Pronome demonstrativo. Equivale a "aqueles")
    c) “Eu não atino com a das que enfiei ontem.”  (artigo feminino singular. Está subentendida a palavra "cor")
    d)“[...] é cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele." (artigo masculino plural)
    e) “Assim preencho as lacunas alheias; assim podes também preencher as minhas.”  (artigo femino plural)

    Lembrando que só será artigo se antes de Numeral/ Pronome/ Substantivo e Adjetivo.

ID
332344
Banca
FGV
Órgão
FIOCRUZ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Se telefonar, não dirija

       O uso de telefones celulares revolucionou a comunicação
entre as pessoas de forma que muitos esqueceram como
vivíamos sem este aparelho fundamental à evolução da
espécie. Tão logo um cidadão adquire o santo instrumento
da felicidade humana, imediatamente se torna seu escravo.
Viciado em fazer ligações e responder imediatamente a
chamados.
      Qualquer dúvida, por mais banal que seja, torna-se uma
urgência inadiável. A mão se estende rapidamente ao celular.
A ligação é feita. Alívio geral. Na maior parte do dia, isso,
além de cômico, não faz muito mal. Exceto ao bolso.
      Caso a pessoa esteja dirigindo, no entanto, falar ao
telefone pode se transformar em tragédia. O estudo de
dados científicos realizado há cinco anos demonstrou,
claramente, a relação entre o uso do telefone celular e o
aumento do risco de acidentes automobilísticos graves.
      A maioria dessas pesquisas aponta para um momento de
4 a 5,9 vezes maior chance de o motorista se distrair e bater
o carro. Recentemente, foram disseminados ao redor do
mundo aparelhos capazes de garantir ao motorista a
possibilidade de continuar a sua conversa telefônica sem
precisar segurar o celular com uma das mãos. Os famosos
métodos hands free, ou mãos livres: são fones de ouvido
ligados diretamente ao telefone ou a tecnologia blue tooth,
conectados sem fio, e ainda equipamentos viva-voz. Todos
permitem telefonar mantendo as mãos ao volante.
      O problema parecia ter sido resolvido, mas estudos
publicados recentemente chamam a atenção para o perigo
dessas tecnologias. Umas pesquisa realizada na
Universidade do Arizona, em Phoenix, demonstrou que o
emprego de equipamentos hands free não conseguiu reduzir
de forma clara os riscos de acidentes automobilísticos. Basta
falar ao telefone, segurando ou não o aparelho, que este
risco aumenta em mais de quatro vezes. O estudo demons-
trou que dirigir enquanto se fala ao telefone tem o mesmo
nível de risco de acidentes que dirigir bêbado, intoxicado por
etanol.
      O problema do uso do celular ao volante não é das mãos,
mas de cérebro. Problema de foco e atenção. Quando um
indivíduo fala ao telefone, ele mobiliza uma parte importante
do cérebro, responsável pela capacidade de atenção.
      Os especialistas em segurança de trânsito sugerem leis
para banir totalmente o uso do celular ao volante dos carros.
Vai ser uma guerra contra os lobbies da indústria dos
celulares e de seus acessórios.

(Carta Capital, julho 2009)

Celular é um adjetivo que se transformou em substantivo masculino, em função da elipse do vocábulo telefone, que antecedia esse adjetivo. O caso em que houve o mesmo é:

Alternativas
Comentários
  • o gabarito é letra c, no entanto a letra a também está correta, pois na palavra micro-ondas está subentendido o substantivo "aparelho".
  • O gabarito é letra c), porém a alternativa a) também está correta. Vejamos cada uma das duas alternativas)

    c) MUNICIPAL - nesse caso houve a omissão da palavra "Teatro". Teatro Municipal ( originalmente), com a eclipse da palavra teatro ( termo que antecede Municipal) o adjetivo municipal se transforma em substantivo ( da mesma forma que TELEFONE CELULAR, com a retirada da palavra telefone.

    a) MICRO-ONDAS - Essa palavra é um adjetivo que se origina de FORNO MICRO-ONDAS ou APARELHO MICRO-ONDAS. Com a omissão da palavra forno verifica-se a mudança de gênero de ADJETIVO PARA SUBSTANTIVO. Micro-ondas que originalmente é um adjetivo, com a omissão do termo forno se transforma em um substantivo da mesma forma que ocorreu com TELEFONE CELULAR ( ou seja, com a retirada do termo telefone, a palavra celular que era adjetivo se transformou em substantivo.

    Espero ter ajudado!
    Forte abraço a todos!
    Raphael Resende

  • Com a devida vênia, permita-me discordar. A palavra micro-ondas não era um adjetivo, como a palavra celular, que veio de célula. Ondas é um substantivo. Adicionar o falso prefixo micro (falso porque tem sentido também se estiver isolado) antes deste apenas especifica o próprio substantivo. Então, micro-ondas já é um substantivo, que signifa ondas em "tamanho" micro. E não um adjetivo (que acompanha um nome). Para testar, tente aplicá-lo como adjetivo em outros nomes ao invés dos comumente usados (forno e aparelho): A praia micro-ondas. Não faz sentido, o que é uma praia micro-ondas? Agora veja a frase: A praia de micro-ondas. Ah, agora entendi, existem ondas muito pequenas nessa praia. Micro-ondas, então, é igual a qualquer outro substantivo, que, quando for para adjetivar um outro substantivo, precisa de preposição "de". Por exemplo, o substantivo papel. O barco papel não faz sentido (no máximo como o nome do próprio barco, o barco se chama papel). Mas, o barco de papel sim faz sentido, é um barco feito de papel (qualificou o substantivo barco). A expressão o forno micro-ondas está equivocada, o correto é o forno de micro-ondas e aparelho de micro-ondas, semelhantes a expressões como barco de papel. Logo, na expressão o micro-ondas, a elipse ocorreu com "forno de". Desse modo, em o forno de micro-ondas, o "de micro-ondas" é uma locução adjetiva (e sintaticamente um adjunto adnominal) e não um adjetivo. Em "o telefone celular", celular é um adjetivo. Creio que seja essa a (sutil) diferença entre a origem das duas expressões, que tornou o item A errado. 

    Na Letra C, Municipal é um adjetivo (de município), como já exposto pelos colegas, logo, completamente igual a celular (de célula).

    Se eu tiver errado na minha interpretação, por favor me corrijam. =D
  • Concordo, uma vez que micro-ondas não se refere somente ao nosso conhecido aparelho de micro-ondas, mas sim a qualquer um que utilize as micro-ondas em seu funcionamento. Note que temos as micro-ondas, demonstrando seu valor substantival.
  • Comentário Perfeito de Hélio Miranda que tirou um monte de dúvida com seu comentário resumidor.

    Não há nenhum equívoco e 5 estrelas para o seu comentário.

    Valeu!
  • Perfeito comentário de Hélio Miranda. Apenas uma observação: Pela lógica da questão de adjetivos que se transformam em substantivos [telefone celular(adj.) -> o celular(subs.)], olhei no dicionário Priberam online que Municipal pode também ter o significado [popular]  de 'soldado da antiga Guarda Municipal', o que talvez pode-se inferir que Municipal transformou-se em substantivo através da elipse do vocábulo guarda. Ou seja: Guarda Municipal(adj.) -> o Municipal(subs.).

  • Tem questão da FGV (mais recente) que trata micro-ondas igual celular. Fiquem atentos!


ID
336637
Banca
FUNCAB
Órgão
IDAF-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.

      O processo de licenciamento de Angra III foi mais uma demonstração de como estamos despreparados para conceber uma sociedade que, efetivamente, seja a base para a preservação do planeta. Falas de autoridades públicas, de editoriais e até de alguns ambientalistas defenderam esse tipo de energia com argumentos de que se trata de uma energia limpa, já que não agrava o efeito estufa, e que o Brasil precisa reforçar sua matriz energét ica para se desenvolver a taxas cada vez maiores. Sem contar o absurdo de chamar de energia limpa a fissão nuclear e o seu perigoso lixo atômico, fica evidente que poucos se perguntam sobre as consequências ambientais de se defender cada vez mais o desenvolvimento. Para frear o drama ambiental planetário que se avizinha, precisamos é de menos desenvolvimento e de menos consumo de energia e de recursos naturais.
      Entrou na moda a expressão desenvolvimento sustentável. Empresários verdes, ambientalistas, setores sociais variados agora adoram usar esse termo ecológico. Mas a realidade é que qualquer desenvolvimento, por menor que seja, não é sustentável. A não ser que sejam estancados o crescimento populacional planetário e essa busca desesperada para atingirmos o modelo consumista predatório da natureza das naçõesmais ricas.
       De que maneira participamos do ciclo perverso que começa na extração dos recursos naturais, passa pela produção e distribuição e chega até ao consumidor? Conhecer a cadeia que rege o consumo fica muito claro em vídeo, que circula pela internet, realizado pela ativista Annie Leonard, o original Story Of Stuff. Essa animação bem construída explica a desastrosa cadeia que começa devastando o meio ambiente até chegar ao inconsequente consumidor.
       Já se foi o tempo em que se alimentar e vestir era algo complementar à vida do indivíduo. Hoje em dia, esses hábitos se tornaram uma corrida insana para quem quer que seja se sentir alguém. Os manipuladores da indústria da moda não se cansam de alternar tendências, para que a cada estação tenhamos que renovar o guarda-roupa da cabeça aos pés . Com os eletrodomésticos e eletrônicos em geral, a coisa fica mais cabeluda. Mal aprendemos a utilizar um novo laptop- e já explode no mercado outro mais repleto de possibilidades! Para resistir à pressão do mercado, é preciso muita força de vontade. E como nem todo mundo tem, aí eles fazem a festa! Dessa forma, subvertemos a lei natural e o ser humano passa a valer menos que o sistema por ele criado. Carros, sapatos, computadores descartáveis, uma corrida desenfreada em busca do último modelo para alimentar a cadeia de
objetos descartáveis para pessoas descartáveis.
       Mas o que fazer e como fazer para parar esse movimento destrutivo? Conhecer os ensinamentos de grandes filósofos como Platão, Buda, Jesus, Gandhi e tantos outros que dedicaram suas vidas para mostrar que a verdadeira realidade se encontra no interior do ser humano. O grande vazio é que nos faz comer demais, comprar demais, amar demais sem conseguir suprir a fome existencial. Para esses líderes espirituais, uma maior consciência do nosso Eu Superior se refletirá num contato mais próximo com a natureza, produzindo uma sociedade mais consistente e feliz. E sem dúvida faz parte dessa busca sermos capazes de viver uma vida mais frugal.

(RESENDE, Célia & LIMA, Ronie. JB Ecológico: 07 / 01/ 2008, p. 54)

Acerca do vocabulário a seguir, usado no texto, todos os comentários são pertinentes, COM EXCEÇÃO do que se lê em:

Alternativas

ID
355648
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na frase “O gentil cidadão ofereceu um pastelzinho para o escrivão”. A flexão correta dos termos sublinhados no plural é:

Alternativas
Comentários
  • PLURAL DAS PALAVRAS TERMINADAS EM ÃO:

    A maioria muda a  terminação de ÃO para ÕES:  balões, anfitriões, zangões, feijões, botões...
    Neste grupo inclui-se todos os aumentativos: casarões, chapelões...

    Um pequeno número muda a terminação de ÃO para ÃES:  alemães, cães, capitães, ESCRIVÃES, pães...

    Outro pequeno grupo muda a terminação de ÃO para ÃOS:  CIDADÃOS, cortesão, irmãos, mãos...
    Neste grupo incluem -se todas as palavras paroxítonas: acórdãos, bênçãos...

    TEM QUE DECORAR.
    BONS ESTUDOS A TODOS
  • De acordo com a oração a alternativa A...

    Cidadãos - pasteizinhos - escrivães
  • Complementando o comentário do coléga acima, pensem:

    Pastel => Pastéis => Pasteiszinhos

    Bar => Bares => Barezinhos...

    Simples.... mas chato!
  • O plural de cidadão é CIDADÃOS

    O plural de pastelzinho é feito em duas etapas: (1) levamos separadamente para o plural tanto pastel quanto zinho, que são os elementos que compõem este diminutivo: pastéis +  zinhos; (2) unimos agora tudo de novo ocasião em que cai o acento e o S desaparecepasteizinhos

    o plural de escrivão é ESCRIVÃES

  • PESSOAL MAS O PLURAL  PODE SER FEITO DE DUAS FORMAS

    TANTO   


    PASTEIZINHOS 

    QUANTO 

    PASTELZINHOS

    SERÁ Q EXISTE PREFERÊNCIA EM CONCURSO?

    ALGUÉM ME CORRIJA SE EU ESTIVER ERRADO 

  • Para passar palavras terminadas em R, L e ÃO para o diminutivo plural existem 4 passos:

    Exemplo: Papel

    1. Pluralizar - papéis
    2. Cortar o S - papéi
    3. Somar zinho(a) - papeizinho
    4. Repor o S - papeizinhos


    Espero ter ajudado! :)

ID
366847
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TermoMacaé
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que é possível substituir, de acordo com a norma culta, a expressão grifada pela palavra “onde”.

Alternativas
Comentários
  •  
    ondar
     
         
         
    Definição Aurélio

    onde

    [Do lat. unde, ‘donde’.]
    Advérbio.
    1.Em que lugar; no qual lugar.
    2.Bras. N.E. Prov. port. Quando, enquanto.

    Pronome.
    3.Em que:
    Gosto da casa onde moro. [Cf. aonde.]


    Onde quer que. 1. Em qualquer lugar onde.
    De onde. 1. De que lugar; do lugar em que.
    De onde a onde. 1. De tempos a tempos; de onde em onde:
    “na rua, havia o silêncio das horas mortas: somente, de onde a onde, se ouviam os tamancos de algum raro noctívago, batendo no lajedo da calçada” (Antero de Figueiredo, Jornadas em Portugal, p. 291).

    De onde em onde. 1. V. de quando em quando:
    De onde em onde ia de férias a Lourenço Marques.” (Antônio Silva Graça, A Viagem ao Fim da História, p. 107.)
    2. Aqui e ali:
    De onde em onde via-se o campo queimado.

    Por onde. 1. Pelo qual lugar; pelo lugar em que.
  • somente na A o termo grifado indica lugar.
  • 1º- A palavra onde indica lugar, lugar físico e, portanto, não deve ser usada em situações em que a idéia de lugar não 
    esteja presente. 
    - Não se deve confundir onde com aonde. O a da palavra aonde é a preposição a que se acrescenta e que indica 
    movimento, destino. O aonde só pode ser usado quando na expressão existir a idéia de destino. 

    Ex: Ir a algum lugar. 
    Chegar a algum lugar. 
    Levar alguém a algum lugar. 
    Dirigir-se a algum lugar. 

    Não se pode usar aonde com o verbo morar. 
    Ex: Aonde você mora? Errado. O certo é “Onde você mora ?”/ “Em que lugar você mora?” 

    Há muita confusão entre aonde e onde. Um exemplo é uma letra de Belchior, “Divina Comédia Humana”, na qual ele 
    diz: 
    “.... viver a Divina Comédia Humana onde nada é eterno....” 
    Em “... viver a Divina Comédia Humana ...” não existe a idéia de lugar. É, apenas, uma situação que seria vivida. Nela, 
    na Divina Comédia Humana, nada é eterno. 

    Portanto, o correto seria não usar a palavra onde substituindo-a por “em que” ou “na qual”. 
    O autor preferiu usar essa forma do dia-a-dia, mas não admissível pela norma culta. Resumo: Não se pode usar a 
    palavra onde para ligar idéias que não guardem entre si a relação de lugar. 
    Diga “A rua onde mora”, “A cidade onde vive” 
  • "onde" é local, posição.
    É marcar e partir para o abraço!
    []s
  • Aonde = é usado com verbos locativos de movimento (ir, chegar, dirigir-se, levar).

    Onde = é usado com verbos locativos que não indicam movimento local (morar, residir, situar, estar)

  • Onde significa "em que lugar".
    Aonde significa "a que lugar". Donde significa "de que lugar".
      Ex. Onde (em que lugar) você colocou minha carteira?       Aonde (a que lugar) você vai, menina?       Donde (de que lugar) tu vieste?
  • "onde" é pronome relativo (retoma um termo referente a lugar físico).

    a) certo. "em que" retoma cinema que é lugar físico, logo, pode ser substituído por "onde"

    b) ideia de tempo

    c) ideia de condição

    d) o "que" retoma situação que não é lugar físico, logo, não pode ser substituído por "onde"

    e) "no qual" retoma tempo, logo, não pode ser subsituído por "onde"


ID
499243
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a única alternativa em que a expressão “porque” deve vir separada:

Alternativas
Comentários
  • b) O regramento do protocolo está contido no § 2º do art. 525, e não no art. 524, daí porque por que (motivo) foi necessária a alteração.

    Dica: Coloque a palavra "motivo" ou "razão" depois de "por que". Se der certo, escreva separado, sem acento.
  • Usos dos porquês:

    A) porquê: é um substantivo, e deverá ser sempre precedido por um artigo, pronome ou numeral;
    Ex: Não entendi o porquê de tudo aquilo.

    B) porque: é uma conjunção que liga duas orações, indicando causa, finalidade ou explicação. Para facilitar, pode-se substituir por "já que", "pois" ou "afim de";
    Ex: Estudava porque queria passar no teste.

    C) por que: quando há a união entre por + pronome interrogativo "que" ou pronome relativo "que". Pode-se substituir por  "por qual", pelos quais", "por qual razão" para facilitar;
    Ex: Por que você chora?
    Não entendi por que todos estão assim.

    D) por quê: sempre que a palavra "que" vier no final da frase, o acento é colocado, não importando qual preposição venha antes (de, para, por).
    Ex: Você tem medo de quê? Você fala baixo por quê?
  • Correta "B"
    Emprego dos Porquês
    POR QUE
    A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). Equivale a "por qual razão", "por qual motivo":
    Exemplos: Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa.
    Por que você comprou este casaco?
    Há casos em que por que representa a sequência preposição + pronome relativo, equivalendo a"pelo qual" (ou alguma de suas flexões (pela qual, pelos quais, pelas quais).
    Exemplos: Estes são os direitos por que estamos lutando.
    O túnel por que passamos existe há muitos anos.
    POR QUÊ
    Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo "que"passa a ser tônico.
    Exemplos: Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê?
    Será deselegante se você perguntar novamente por quê!
    PORQUE
    A forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa.
    Exemplos: Vou ao supermercado porque não temos mais frutas.
    Você veio até aqui porque não conseguiu telefonar?
    PORQUÊ
    A forma porquê representa um substantivo. Significa "causa", "razão", "motivo" e normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, por exemplo).
    Exemplos: Não consigo entender o porquê de sua ausência.
    Existem muitos porquês para justificar esta atitude.
    Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê.
    Veja abaixo o quadro-resumo:
    Forma Emprego Exemplos
    Por que Em frases interrogativas (diretas e indiretas)
    Em substituição à expressão "pelo qual" (e suas variações)
    Por que ele chorou? (interrogativa direta)
    Digam-me por que ele chorou. (interrogativa indireta)
    Os bairros por que passamos eram sujos.(por que = pelos quais)
    Por quê No final de frases Eles estão revoltados por quê?
    Ele não veio não sei por quê.
    Porque Em frases afirmativas e em respostas Não fui à festa porque choveu.
    Porquê Como substantivo Todos sabem o porquê de seu medo.
    http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono26.php
  • Uso dos porquês

    Porque
    • Em frases afirmativas ou negativas, quando pode
    ser substituído por pois. Ex: Venha porque precisamos
    de você.
    • Para introduzir justificativas ou causas em frases
    declarativas, no início ou no meio de respostas. Ex: Ela
    não veio porque não quis.

    Porquê
    • Em qualquer tipo de frase, desde que antecedido
    de artigo ou pronome. Ex: Não me interessa o porquê
    de sua ausência.

    Por que
    • Quando equivale a pelo qual (e suas flexões). Ex:
    Essa é a rua por que passamos.
    • Quando equivale a “por que razão”. Ex: Eis por que
    não te amo mais.
    • No início de perguntas. Ex: Por que ela não veio?

    Por quê
    • No final de frases interrogativas. Ex: Ela não veio por
    quê?
    • Quando a expressão estiver isolada. Ex: Nunca mais
    volto aqui. Por quê?

ID
499255
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a alternativa que NÃO apresenta vício de linguagem:

Alternativas
Comentários
    • a) Não haverão greves e não faltará os alimentos essenciais . há
    • Usado com o sentido de "existir", o verbo "haver" fixou-se no português padrão como impessoal (verbo que não tem sujeito e fica sempre na terceira pessoa do singular.
    •  b) Certos redatores cobrem a língua portuguesa de estranhos vícios que desconsertam a nós, brasileiros, considerados artesões da palavra e da habilidade verbal.
    • -O Sujeito é um pronome indefinido plural - o verbo pode permanecer na 3ª pessoa do plural ou concordar com o pronome pessoal que indica o todo:

    • -que nos desconsertam (Pronome relativo atrai pronome átono)...
    •  c) Revoltarão-se se for violado o direito de o consumidor dispor de todas as informações necessárias para a realização do negócio.
    • Revoltar-se-ao (A mesóclise é obrigatória com o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito início de frase)
    •   e) Ouvimo-los dizer “vamos se ver um dia desses”. (vamos se ver, parece que vai ver a si próprio)
    • vamos nos ver ...
  • A opção B tem dois erros:
    Não é desconsertam e sim desconCertam.

    E o plural de artesão (o profissional) é artesãos. Artesões é usado apenas quando o sentido é do enfeite. Ex: "Os artesões da igreja foram produzidos por artesãos pernambucanos".
  • Entendo que na letra A haver tem sentido de OCORRER e não de existir. Acredito que o único erro seja faltará, que deveria ser faltarão.
  • Mariana, no que tange a alternativa "a", o verbo "haver" está com sentido de existir de " as greves não existirão...." e ,sendo assim, será impessoal ficando na terceira pessoa do singular ( Concordo em parte com a Cleo)... No entanto o verbo faltar deve concordar com o termo " os alimentos essenciais", logo, deve ficar na terceira pessoa do plural...( Concordo em parte com vc).

    " Não haverá greves e não faltarão os alimentos essenciais"
  • Cléo,

    Creio que na alternativa B o sujeito seja REDATORES. Além disso, nós é pronome oblíquo tônico, pois exige a preposição A, não valendo a regra da atração.

    Parece-me mais plausível a explicação do Chico.
  • Alguém sabe dizer o porquê do erro da alternativa E??


ID
521887
Banca
VUNESP
Órgão
SAP-SP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere a frase – Não se sabe ao certo quem foram os responsáveis pela agressão a moças obesas em uma festa de estudantes.

Assinale a alternativa em que a preposição a está corretamente substituída.

Alternativas
Comentários
  • contra (preposição): em oposição, desacordo

     pela agressão a (contra) moças obesas
  • Para mim esta questão não está correta pois, independentemente da preposição "a" equivaler a "contra", o objeto indireto "moças" deferia vir acompanhado do artigo "as", vocês não acham? 

    "Não se sabe ao certo quem foram os responsáveis pela agressão a + as = às moças obesas em uma festa de estudantes."
  • Não, Danielle.. a questão se refere a moças obesas num sentido genérico. Se fosse "às moças obesas que conheço" deveria ter o artigo definido; mas não é o caso. (:
  • A regência do verbo agredir pede a preposição "contra", com isso quem agride, agride CONTRA.

  • Assertiva B

    Não se sabe ao certo quem foram os responsáveis pela agressão a moças obesas em uma festa de estudante. = Contra

  • questão para não zerar


ID
521890
Banca
VUNESP
Órgão
SAP-SP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto. Uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) pede o fim do apedrejamento no Irã. A resolução ainda condena Teerã __________ silenciar opositores. O Brasil optou __________ não se manifestar sobre o assunto.

A mesma preposição que preenche, corretamente, ambas as lacunas é

Alternativas
Comentários
  • A resolução ainda condena Teerã __________ silenciar opositores. O Brasil optou __________ não se manifestar sobre o assunto. 

    condenar por silenciar

    optar - quem opta, opta por
  • Eu nunca comento questões, mas vou dizer... Questãozinha ridícula !


  • não se fazem mais questões como antigamente viu....

  • A preposição POR dar ideia de causalidade quando se referir a um verbo no infinitivo. E a preposição PARA dar ideia de FINALIDADE.

  • Gabarito C

    Trecho. Uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) pede o fim do apedrejamento no Irã. A resolução ainda condena Teerã por silenciar opositores. O Brasil optou por não se manifestar sobre o assunto.

    1ºpor = com sentido de "sobre"

    2ºpor = com sentido de "optar" optou por isso ao invés daquilo.

  • Assertiva C

    O Brasil optou _____por._____ não se manifestar sobre o assunto


ID
570013
Banca
FCC
Órgão
BACEN
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   O segredo da acumulação primitiva neoliberal         

          Numa coluna publicada na Folha de São Paulo, o jornalista Elio Gaspari evocava o drama recente de um navio de crianças escravas errando ao largo da costa do Benin. Ao ler o texto – que era inspirado , o navio tornava-se uma metáfora de toda a África subsaariana: ilha à deriva, mistura de leprosário com campo de extermínio e reserva de mão-de-obra para migrações desesperadas.

           Elio Gaspari propunha um termo para designar esse povo móvel e desesperado: “os cidadãos descartáveis”. “Massas de homens e mulheres são arrancados de seus meios de subsistência e jogados no mercado de trabalho como proletários livres, desprotegidos e sem direitos.” São palavras de Marx, quando ele descreve a “acumulação primitiva”, ou seja, o processo que, no século XVI, criou as condições necessárias ao surgimento do capitalismo.

          Para que ganhássemos nosso mundo moderno, foi necessário, por exemplo, que os servos feudais fossem, à força, expropriados do pedacinho de terra que podiam cultivar para sustentar-se. Massas inteiras se encontraram, assim, paradoxalmente livres da servidão, mas obrigadas a vender seu trabalho para sobreviver

          Quatro ou cinco séculos mais tarde, essa violência não deveria ter acabado? Ao que parece, o século XX pediu uma espécie de segunda rodada, um ajuste: a criação de sujeitos descartáveis globais para um capitalismo enfim global.

          Simples continuação ou repetição? Talvez haja uma diferença – pequena, mas substancial – entre as massas do século XVI e os migrantes da globalização: as primeiras foram arrancadas de seus meios de subsistência, os segundos são expropriados de seu lugar pela violência da fome, por exemplo, mas quase sempre eles recebem em troca um devaneio. O protótipo poderia ser o prospecto que, um século atrás, seduzia os emigrantes europeus: sonhos de posse, de bem-estar e de ascensão social.

          As condições para que o capitalismo invente sua versão neoliberal são subjetivas. A expropriação que torna essa passagem possível é psicológica: necessita que sejamos arrancados nem tanto de nossos meios de subsistência, mas de nossa comunidade restrita, familiar e social, para sermos lançados numa procura infinita de status (e, hipoteticamente, de bem-estar) definido pelo acesso a bens e serviços. Arrancados de nós mesmos, deveremos querer ardentemente ser algo além do que somos.

          Depois da liberdade de vender nossa força de trabalho, a “acumulação primitiva” do  neoliberalismo nos oferece a liberdade de mudar e subir na vida, ou seja, de cultivar visões, sonhos e devaneios de aventura e sucesso. E, desde o prospecto do emigrante, a oferta vem se aprimorando. A partir dos anos 60, a televisão forneceu os sonhos para que o campo não só
devesse, mas quisesse, ir para a cidade.

          O requisito para que a máquina neoliberal funcione é mais refinado do que a venda dos mesmos sabonetes ou filmes para todos. Trata-se de alimentar um sonho infinito de perfectibilidade
e, portanto, uma insatisfação radical. Não é pouca coisa: é necessário promover e vender objetos e serviços por eles serem indispensáveis para alcançarmos nossos ideais de status, de bem-estar e de felicidade, mas, ao mesmo tempo, é preciso que toda satisfação conclusiva permaneça impossível.

          Para fomentar o sujeito neoliberal, o que importa não é lhe vender mais uma roupa, uma cortina ou uma lipoaspiração; é alimentar nele sonhos de elegância perfeita, casa perfeita e corpo perfeito. Pois esses sonhos perpetuam o sentimento de nossa inadequação e garantem, assim, que ele seja parte inalterável, definidora, da personalidade contemporânea.

          Melhor deixar como está. No entanto, a coisa não fica bem. Do meu pequeno observatório psicanalítico, parece que o permanente sentimento de inadequação faz do sujeito neoliberal
uma espécie de sonhador descartável, que corre atrás da miragem de sua felicidade como um trem descontrolado, sem condutor, acelerando progressivamente por inércia – até que os
trilhos não agüentem mais.

(Contardo Calligaris, Terra de ninguém. São Paulo: Publifolha, 2002)


Sonhos não faltam; há sonhos dentro de nós e por toda parte, razão pela qual a estratégia neoliberal convoca esses sonhos, atribui a esses sonhos um valor incomensurável, sabendo que nunca realizaremos esses sonhos.

Evitam-se as viciosas repetições dos elementos sublinhados na frase acima substituindo-os, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  • O pronome lhe é usado para pessoa e não para objetos e é objeto indireto. creio que esta questão está errada

  • Há sonhos ...
    Verbo haver no sentido de existir é impessoal e o que lhe segue é OBJETO DIRETO.
    Pronome Oblíquo Átono usado para OBJETO DIRETO --> o, os, a, as
    Não se inicia período com P.O.A (Pronome Oblíquo Átono)
    Há-os

    ...a estratégia neoliberal convoca esses sonhos,
    Convocar: verbo transitivo direto.
    Pronome Oblíquo Átono usado para OBJETO DIRETO --> o, os, a, as
    os convoca

    atribui a esses sonhos um valor incomensurável,
    Atribuir: VTDI
    Atribuir algo[um valor incomensurável] a alguma coisa [esses sonhos]
    Pronome Oblíquo Átono usado para OBJETO INDIRETO --> lhe, lhes
    Não se inicia período com P.O.A
    atribui-lhes

    sabendo que nunca realizaremos esses sonhos.
    Realizar: VTD
    Pronome Oblíquo Átono usado para OBJETO DIRETO --> o, os, a, as
    NUNCA: Palavra invariável atrai o P.O.A
    os realizaremos

    Letra e)
  • Realmente os gramáticos falam que "lhe" só é usado para pessoa.
    Mas se o pronome "lhe" é só para pessoa, como ficaria então?

    atribui...?

    Se levarmos isso em conta erraremos muitas questões de concurso.

    Aguardo alguém que saiba explicar melhor que eu.
    ;-)
  • O pronome 'lhe' não é usado somente para pessoas, mas para campo semântico de pessoa, podendo incluir no conceito também objetos.
    Infelizmente não tenho nenhum exemplo para demonstrar a diferença, mas vou providenciar. De qualquer maneira a dica para diferenciar o que é e o que não é campo semântico de pessoa é verificar se o termo em questão responde a pergunta 'a quem?' (campo semântico de pessoa) e 'a que' (não é campo semântico de pessoa).
  • "a estratégia neoliberal convoca esses sonhos"
    Pq "os convoca", existe alguma apartícula atrativa????
  • PRONOME LHE(S) EMPREGADO PARA PESSOAS
    também aprendi na tenra idade esta falácia...mas o correto é:
    Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a função de complemento verbal, ou seja, objeto direto ou objeto indireto
    As formas oblíquas o, a, os, as devem ser empregadas como complemento de verbos transitivos diretos...
    Ex:   José convidou      Maria     para o baile
                        V.T.D.         Obj Dir
    convidar é Verbo Transitivo Direto
               José convidou-a      para o baile         
                                      Obj Dir
     O "a" representa Maria da primeira oração portanto este "a" é objeto direto
    As formas oblíquas LHE, LHES, devem ser empregados como complemento de verbos transitivos INDIRETOS
    Ex:
        O filho obedece    ao pai                    obedecer é verbo transitivo indireto
                        V.T.I.        Obj Ind
       O filho obedece-lhe                         O "lhe" representa "ao pai" da primeira oração portanto é objeto indireto
                                 Obj Ind
    O que na prática acontece é que a maiorida dos verbos bitransitivos (aqueles verbos que ao mesmo tempo são transitivos diretos e indiretos)
    são V.T.D para coisas e V.T.I. para pessoas, vejam:
    Verbo entregar: quem entrega, entrega ALGO                             Verbo agradecer: quem agradece, agradece ALGO
                                                                           A ALGUÉM                                                                                                      A ALGUÉM
    Verbo pedir: quem pede, pede ALGO
                                                             A ALGUÉM
    percebam, se é obrigatório o uso do pronome obliquo LHE na substituição do Objeto Indireto e na maioria das vezes o Obj Ind é uma pessoa, na nossa tenra idade a Professora em vez de nos ensinar a regra correta SIMPLIFICAVA TUDO DIZENDO      "O LHE É PARA PESSOA...." sabendo disso a CESPE a FCC a ESAF sempre colocam uma questão dessa.
    Lembro ainda que as formas oblíquas ME, TE, NOS, VOS tanto podem ser Obj Diretos quanto Obj Indiretos.
    Ex: Entregou-me        o pacote                                           Deixe-me                 DEIXAR É V.T.D
                          Obj Ind      Obj Dir                                                     Obj Dir
       
         Entregou-me       para a polícia                                   Obedeca-me              OBEDEDECER É V.T.I
                         Obj Dir      Obj Ind                                                          Obj Ind
    Fonte: Curso Prático de Gramática, autor Ernani Terra. 5ª edição, 2011. pg 152.
              e   Prof Aguinaldo da rede LFG.

  • O pronome LHE só substitui Obj Ind que se inicia com a preposição 'A' ou 'PARA'

    Mandei flores para Radegondes
    Mandei-lhe flores                                          tambem poderia escrever: Mandei-as para Radegondes  ou ainda     Mandei-lhas  (lhe+as)

    Obs:
    abaixo alguns verbos ( os que mais vemos nos concursos) QUE NÃO ADMITEM O PRONOME LHE. 

    Assisti ao filme-------------------assisti a ele      ( no sentido de ver é V.T.I.)
    Visei ao cargo---------------------visei a ele         ( no sentido de desejar é V.T.I.)
    Aspirei ao cargo------------------aspirei a ele     ( no sentido de desejar é V.T.I.)
    Obedeci ao regulamento------obedeci a ele   ( referindo-se a coisa não admite o lhe)

  • Pessoal, também não entendi o motivo da próclise em "os convoca". Se alguém souber explicar, mande-me um recado, por favor...
  • Sonhos não faltam; há sonhos dentro de nós e por toda parte, razão pela qual a estratégia neoliberal convoca esses sonhos,

    Sujeito: A estrátegia neoliberal


    A próclise é FACULTATIVA quando o sujeito vier expresso e o verbo não iniciar a oração
  • Alguém poderia me ajudar a compreender o porquê da substituição do complemento verbal de "realizaremos" por  "os" esta correta, visto que  a regra diz que os complementos dos verbos terminados em r, s ou z, devem ser substituídos por "lo, la (s)"???
  • Ferdinando é muito simples, o pronome nunca atrai o pronome átono caso obrigatório de próclise ( pronome antes do vebo). Logo não podemos colocar : nunca lo realizaremos. 
    ( ficaria bem esquisito, você concorda? deste modo o correto é trazer o pronome átono para antes do verbo ) 
    NUNCA OS REALIZAREMOS.
  • Essa é difícil viu... os convoca tem atrativo...
    "Há-os" posso estar desatualizado mas nunca vi esta expressão...
    Acho melhor anular a questão..
  • O mais correto seria atribui a ele, visto que se refere a algo! o mesmo raciocínio do verbo obedecer.
  • Sonhos não faltam; há sonhos dentro de nós e por toda parte, razão pela qual a estratégia neoliberal convoca esses sonhos, atribui a esses sonhos um valor incomensurável, sabendo que nunca realizaremos esses sonhos
    há-os - os convoca - atribui-lhes - os realizaremos

    vamos analisar:
    -há-os. caiu no desuso, porem esta correto...de modo que nao se pode usar próclise depois de virgula. no caso os ha estaria errado.
    -os convoca. certo...posso estar enganado..mas aqui temos um caso de proclise, pois esses é pronome demonstrativo, e pronome demosntrativos pedem próclise
    -atribui-lhes.certo..verbo inicia oração e ha virgula antes do verbo....no caso nao pode haver próclise...mas de acordo com o comentário da amiga acima, eu tambem acho q seria mais apropriado atribui a eles.enfim...
    -os realizaremos.certo...como ja dito antes...nunca é palavra com sentido negativo...nesse caso pede obrigatoriamente próclise
  • O Pronome Oblíquo Átono -lhe, -lhes, são usados em objeto indireto ou adjunto adnominal sendo:

    -lhe, lhes = A ELE = OI
    -lhe, -lhes = DELE = ADJ ADNOMINAL

    e não apenas para pessoa.

    Rodrigo
  • No cursinho que fiz a minha prof falou que so o CESPE
    considera lhe para pessoas, as outras bancas o lhe
    pode ser para pessoas ou objetos.
  •  Michele R. e Ludmilla:


    DICAS PARA ATRAÇÃO DOS PRONOMES:

    NARIS-D

    N- negativas: não,nunca,jamais ninguém...
    A- adverbios: hoje,amanhã,sempre...
    R-relativas: que ,qual ,cujo...
    I-Indefinidos: tudo, nada,nenhum...
    S- Sujeito ou subordinadas
    D- demonstrativos: estes,aqueles,....

    a estratégia neoliberal convoca esses sonhos....
    a estratégia neoliberal: sujeito
    Convocar: verbo transitivo direto.
    Pronome Oblíquo Átono usado para OBJETO DIRETO --> o, os, a, as
    os convoca
  • A FCC aceita LHE para pessoas e objetos!

    Já ouvi falar que Cespe também aceita assim, mas não tenho certeza.
  • Comentado por Ferdinando há 2 meses.
    Alguém poderia me ajudar a compreender o porquê da substituição do complemento verbal de "realizaremos" por  "os" esta correta, visto que  a regra diz que os complementos dos verbos terminados em r, s ou z, devem ser substituídos por "lo, la (s)"???

    ================================

    Isso é um erro clássico! O perigo é decorar sem entender!
    Veja:
    "sabendo que nunca realizaremos esses sonhos. "
    "esses sonhos" é OD -> então iremos usar O,A,OS,AS.
    é masculino plural -> usaremos "OS". O pronome é o "OS" e não "LOS" (ou LA/LO/LAS/LOS) !!!
    Se vc utilizá-lo antes, use "OS"; depois, existe a regra do R,S,Z e vc acrescenta "L" ao pronome!



     
  • Sempre analisar o verbo!!!

    LHE = função fixa para objeto indireto
    O(s) / A (s) = função fixa para objeto direto

    Lembrando que a ênclise NUNCA pode ser usada para o futuro.
  • Muito bem observado pelo colega Mateus. Trago mais algumas informações:

    ASPIRAR

    O verbo aspirar pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.

    Transitivo direto: quando significa “sorver”, “tragar”, “inspirar” e exige complemento sem preposição.

    - Ela aspirou o aroma das flores.
    - Todos nós gostamos de aspirar o ar do campo.

    Transitivo indireto: quando significa “pretender”, “desejar”, “almejar” e exige complemento com a preposição “a”.

    - O candidato aspirava a uma posição de destaque.
    - Ela sempre aspirou a esse emprego.

    Obs: Quando é transitivo indireto não admite a substituição pelos pronomes lhe(s). Devemos substituir por “a ele(s)”, “a ela(s)”.

    - Aspiras a este cargo?
    - Sim, aspiro a ele. (e não “aspiro-lhe”).

    ASSISTIR

    O verbo assistir pode ser transitivo indireto, transitivo direto e intransitivo.

    Transitivo indireto: quando significa “ver”, “presenciar”, “caber”, “pertencer” e exige complemento com a preposição “a”.

    - Assisti a um filme. (ver)
    - Ele assistiu ao jogo.
    - Este direito assiste aos alunos. (caber)

    Transitivo direto: quando significa “socorrer”, “ajudar” e exige complemento sem preposição.

    - O médico assiste o ferido. (cuida)

    Obs: Nesse caso o verbo “assistir” pode ser usado com a preposição “a”.

    - Assistir ao paciente.

    Intransitivo: quando significa “morar” exige a preposição “em”.

    - O papa assiste no Vaticano. (no: em + o)
    - Eu assisto no Rio de Janeiro.

    “No Vaticano” e “no Rio de Janeiro” são adjuntos adverbiais de lugar.



    VISAR

    Pode ser transitivo direto (sem preposição) ou transitivo indireto (com preposição).
    Quando significa “dar visto” e “mirar” é transitivo direto.

    - O funcionário já visou todos os cheques. (dar visto)
    - O arqueiro visou o alvo e atirou. (mirar)

    Quando significa “desejar”, “almejar”, “pretender”, “ter em vista” é transitivo indireto e exige a preposição “a”.

    - Muitos visavam ao cargo.
    - Ele visa ao poder.

    Nesse caso não admite o pronome lhe(s) e deverá ser substituído por a ele(s), a ela(s). Ou seja, não se diz: viso-lhe.

    Obs: Quando o verbo “visar” é seguido por um infinitivo, a preposição é geralmente omitida.

    - Ele visava atingir o posto de comando.

    Fonte: Infoescola

  • o pronome oblíquo "lhes" se refere apenas as pessoas? entao como pode a e estar certa? atribui-lhes
  • Atribui VTDI. Quem atribui, atribui algo a alguém.
    A estratégia neoliberal é que atribui aos sonhos (lhes) um valor. Pense na estratégia liberal como um conjunto que represente algou ou um ser. Adicione esta exceção a regra de pessoas.

    Pelo Houaiss atribuir é  bitransitivo
    1 conceder alguma coisa a alguém com caráter de prerrogativa; dar, conferir
    Ex.: a lei atribui-lhe poderes especiais 
     transitivo direto e bitransitivo
    2 considerar (alguém ou algo) causador, autor ou possuidor de (algo); imputar
    Exs.: atribuem-lhe defeitos que não tem
     atribuíram ao mau tempo o atraso do avião 
     bitransitivo
    3 incumbir (alguém) de (algo)
    Ex.: a. certa tarefa a um auxiliar 
     pronominal
    4 tomar para si; arrogar-se, reivindicar
    Ex.: atribui-se direitos que não tem 
  • lhe(s), vos – Não alteram a forma verbal.
    Ex.: Confiamos-lhes nossos segredos.
    Apresentamos-vos as metas da empresa.

    þ Observação:
    LHE (S) “VERBO (A); PESSOA”
    Ex.: Obedeço ao chefe. [Obedeço-lhe]

    LHE (S) “=DELE(A)(S)”
    Ex.: Roubaram-lhe o livro.
    [Roubaram o livro dele(a).]
  • Gabarito: E


ID
580966
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho abaixo.

Quando gotas de água fria são transportadas para grandes altitudes por fortes e rápidas correntes de ar ascendente, dentro dessas nuvens tem-se a condição ideal para a formação do granizo.

Quanto às palavras destacadas, analise as afirmações abaixo, marque V para verdadeiro ou F para falso e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.


( ) São formadas por derivação regressiva.

( ) São formadas por radical mais sufixo.

( ) As duas primeiras são paroxítonas e a última é oxítona. 

Alternativas
Comentários
  • B- F/ V/ V

  • Acredito que o gabarito correto seria a letra A

    Em transportadas, não temos sufixo, mas desinência verbal do particípio.

     


ID
580987
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que completa a lacuna corretamente, tendo em vista como exemplo as palavras destacadas.

A potência da queima dos gases sobre o pistão é calculada através de aparelhos chamados indicadores, medindo diretamente as pressões dentro do cilindro.

O (A) _________ existe quando duas letras representam o mesmo fonema.

Alternativas
Comentários
  • b) dígrafo



    Sempre que a língua recorre a duas letras para representar um só fonema, formam- se um dígrafo ou digrama. Os principais são: 



    nh: unha;     rr: carro;      sç: naa;     ch: chave;     ss: massa;   xc: exceção;    qu: quilo;     lh: palha;     sc: nascer; gu: guidão.



    O conjunto de dois fonemas representados por uma única letra recebe o nome de dífono. É o caso de táxi, em que o x representa o fonema dúplice /ks/.

ID
587851
Banca
FDC
Órgão
CREMERJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 2 – NÃO APELE PARA A AUTOMEDICAÇÃO

Superinteressante, Nov. 2010

     Diante de uma dor de cabeça alucinante ou de uma queimação no estômago depois do jantar, bate um ímpeto de correr à farmácia e liquidar o mal-estar por conta própria. Ou então, ao acordar com dor de garganta, a saída mais fácil parece ser usar aquele antibiótico receitado para outra pessoa, em outra ocasião. Tentações assim são perigosas, especialmente para quem se automedica com frequência. Para início de conversa, é muito difícil acertar em cheio no tipo de droga, na dose e no tempo de tratamento necessários para resolver um problema de saúde, principalmente uma infecção. A probabilidade de o micro-organismo envolvido na história se tornar resistente e contra-atacar é enorme. Pior: algumas substâncias, à medida que se acumulam no organismo, sobrecarregam órgãos vitais, como rins e fígado. Outras têm o poder de anular ou potencializar os efeitos de medicamentos associados a elas. No último caso, sintomas como sonolência, tontura, enjoo e falta de concentração podem perturbar o sujeito e até desencadear quadros mais graves. Não arrisque sua saú- de! Ouça um profissional antes de engolir qualquer remédio ou até mesmo um suplemento. Só eles conhecem as peculiaridades de cada substância e são capazes de prescrevê-las, garantindo a sua segurança. Você não vai querer arrumar outra dor de cabeça, vai?

Algumas palavras têm constituintes que ajudam a construir seus significados. Nas palavras abaixo, o componente negritado possui um sentido que é indicado a seguir. A indicação EQUIVOCADA é:.

Alternativas
Comentários
  • O prefixo anti é utilizado na língua portuguesa para indicar oposição a algo.

    Resposta correta é a letra A.

  • Gabarito: A

    Anti-> Oposição

    Ante-> Antes

    Basta lembrar das palavras: Anterioridade e anticorrupão

    #énasubidaqueacanelaengrossa


ID
609997
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Chesf
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

APELO

   Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa da esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

   Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, como a última luz na varanda.

E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero da salada - meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada.

    Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.

 (TREVISAN, Dalton. Apelo. In: BOSI, Alfredo, org. O conto brasileiro contemporâneo. São Paulo, Cultrix/Edusp. 975. p. 190.)



Considere os seguintes enunciados:

I. “... como a última luz na varanda”.

II. “E comecei a sentir falta das pequenas brigas...”

III. Ele a considerava como uma verdadeira companheira”.

Os termos grifados são, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Letra D

    I Artigo
    II preposição 
    III pronome
  • Alguém saberia me explicar porque a II é preposição?
  • Priscila,
    no item II o "a" é preposição pois está em uma locução verbal com verbo auxiliar aspectivo.

    1. Verbos auxiliares aspectuais

    Um verbo auxiliar aspectual ou aspectivo acrescenta ao significado do verbo principal noções de como a ação se processa. Os principais valores aspectuais veiculados pelos verbos auxiliares são o aspecto durativopermansivoiterativopontualincoativo ou inceptivoterminativo.

    Os verbos continuarcomeçarestar aacabar deandar são verbos que podem ser usados como aspectuais. p. ex.: Eu não comecei a trabalhar aindaO Pedro está a comer/comendo. (wikipédia)

    2. E ainda, na Nova Gramática da Língua Portuguesa para Concursos, de Rodrigo Bezerra, uma locução verbal pode ser formada por:
    d) Verbos auxiliares "COMEÇAR A, ENTRAR A, PASSAR A" + INFINITIVO = indicam momento inicial de uma ação. ex: " Afinal, o homem teso rendeu o flexível, e passou a falar pausado, com superlativos" (Machado de Assis)

    Espero ter ajudado!

     

  • II. “E comecei a sentir falta das pequenas brigas...” (Preposição)
    A palavra grifada é preposição, o que denota ser invariável e liga dois termos, promovendo sintaticamente uma relação de interdepência entre ambos.

    I. “... como a última luz na varanda”. (Artigo) -
    A palavra grifada é artigo, portanto é variável. "...como as últimas luzes na varanda".





  • a: artigo feminino = acompanha sempre um substantivo feminino definindo-o.

    a: pronome=o pronome substitui o nome.

    a:preposição= as preposições não exercem propriamente uma função: são consideradas conectivos, ou seja, elementos de ligação. A preposição "a" é chamada de preposição essencial. Geralmente, vem antecedida de um verbo, ou outra preposição(até).

  • Priscila, para você fazer a distinção de preposição e artigo, basta lembrar que PREPOSIÇÃO é INVARIÁVEL. Já o artigo ele varia de várias formas.


ID
612184
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que o grupo de vocábulos, a seguir, admite, exclusivamente, o artigo masculino.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito - D

    Confesso que fiquei em dúvida em relação ao termo 'Champanha'. Notem:


    Qual é a forma correta de referir-se a/o champanhe? Se diz, o champanhe ou a champanhe? Depende.
    O champanhe: vinho branco espumante, da região de Champanhe, nordeste da França, ou seja, a bebida em si.
    Ex. O champanhe está gelado.

    A Champanhe: nome da região nordeste da França. Escreve-se em maiúsculo.
    Ex. Faremos um passeio pela Champanhe.

    Consultado um colega enólogo, portanto comento essa última informação informalmente. Champanha - com 'a' no final- refere-se somente ao vinho espumante produzido na região da Champanhe. A bebida pertence ao gênero masculino por agregação da regra gramatical francesa, em se tratando de palavra de origem estrangeira.
  • a) o conceito, o poema, a sentinela (tbm usado no masc. p/ pessoa que está de vigia ou guarda);
    b) a/o atleta, o eclipse, o herpes;
    c) a quadrilha, o assalto, o hangar;
    d) o fonema, o afã, o champanha;
    e) a epígrafe, o introito, a omoplata.
  • Me desculpem se eu estiver errado, mas acredito que esta questão poderia ser anulada, pois consultando o sítio, dicionariopriberam.pt, encontrei a seguinte descrição: 

    champanha 
    (francês champagne
    s. m. ou f. = substantivo masculino ou feminino
    O mesmo que champanhe.

    Enfim, a questão utiliza palavra exclusivamente o que ao meu ver não só o ítem D, mas os demais ítens, também, não estariam correto.
  • Conforme o site da Academia Brasileira de Letras  (http://www.academia.org.br):

    champanha da terra s.f.

    champanha de cordão s.f.

    champanha s.m.

    champanhada s.f.

  • Bom, o Dicionário Aurélio diz o seguinte:

    champanha

    [Var. de champanhe.]
    Substantivo masculino.
    1. Vinho espumante, branco ou rosado, fabricado na Champagne (região a leste de Paris).
    2. P. ext. Vinho de igual tipo mas de outra procedência. [F. paral.: champanhe; f. red. (bras. gír. p. us.): champã; sin. (bras. gír. p. us.): champanhota. É frequente o uso de champanha como feminino.] 
  • a) o conceito, o poema, a sentinela

    b) o/a atleta, o eclipse, o herpes

    c) a quadrilha, o assalto, o hangar

    d) o fonema, o afã, o champanha

    e) a epígrafe, o introito, a omoplata

    a alface, a couve, a criança, a pessoa, a testemunha, a cal, a mascote, a grafite,  a dinamite, a trama, a fênix, a íris,  cataplasma, a omoplata, a enzima, a musse, a baguete, a dengue, a cólera, a sentinela , a libido, a comichão, a aguardente, a derme, a bacanal, a elipse, a apendicite, a entorse, a epígrafe...

    o cônjuge, o carrasco, o indivíduo, o apóstolo, o monstro, o algoz, o sósia, o tipo, o animal, o boia-fria, o cadáver, o dedo-duro, o defunto, o gênio, o ídolo, o líder, o membro, o pão-duro, o saca-rolhas, o formicida, o dó, o púbis, o magazine, o champanhe, o champanha,  o espécime, o mármore, o formicida, o pernoite, o ágape, o diabets, o álibi, o herpes, o eclipse, o gengibre, o alvará,  apêndice, o lança-perfume, o açúcar, o antílope, o mármore, o introito...



  • afã

    substantivo masculino

    1. 1.

      trabalho intenso, penoso; faina, lida.

      "seu a. diário não deixava tempo para o lazer"

    2. 2.

      desvelo na execução de alguma coisa; diligência, empenho, zelo.

      "com este a., concluirão a tarefa antes do prazo"

  • Alternativa correta D


    Dicionario Houaiss

     substantivo masculino

    m.q. champanhe



ID
612187
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Observe os períodos a seguir, diferentes quanto à pontuação.

I Adormeceu logo; não pôde ver o espetáculo.

II Adormeceu; logo, não pôde ver o espetáculo.

A observação atenta desses períodos permite afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Ou seja, na primeira oração "logo" é advérbio de tempo e na segunda, "logo" é conjunção coordenativa CONCLUSIVA.
  • I Adormeceu logo;  não pôde ver o espetáculo.  (logo aqui é advérbio de tempo)
    II Adormeceu;   logo, não pôde ver o espetáculo. ("logo" aqui é conjunção)

    a) no primeiro, logo é um advérbio de tempo; no segundo, uma conjunção causal. (errada)

    c) no primeiro, as orações (verbos) estão coordenadas (são completas) sem a presença do síndeto (conectivo); no segundo, com a presença de uma conjunção conclusiva (indicam conclusão - "logo") - (certa)


    É um periodo sintático composto por coordenação. 
    Chamamos oração coordenada por não exercer nenhuma função em outra oração (não influência no coompreedimento), daí ser chamada também oração independente.
    As orações coordenadas podem ou não conter a presença de conjunções

    Chamamos orações coordenadas assindéticas aquelas que não possuem conjunção.
    As orações coordenadas sindéticas são aquelas que possuem conjunção,
  • Complementando: As orações coordenadas podem ser assindéticas e sindéticas. São assindéticas quando estão simplesmente colocadas uma ao lado da outra, sem qualquer conjunção entre elas. É o primeiro caso, porque não há o "logo".
  • GABARITO: Letra "C".

    Acredito que seja importante explicar o que é síndeto, para aqueles que não sabem, para responder corretamente à questão.

    Síndeto é um termo, ou o termo, que liga uma oração coordenada à outra.


    Assim, duas orações são coordenadas quando estão juntas em um mesmo período, mas têm, ambas, estruturas individuais, como é o exemplo de:

    - Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. (Período Composto)
     

    Quanto à classificação das orações coordenadas, temos dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas Sindéticas.

    Coordenadas Assindéticas
    São orações coordenadas entre si e que
    não são ligadas através de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas.

    Coordenadas Sindéticas
    Ao contrário da anterior, são orações coordenadas entre si, mas que são ligadas por meio de uma conjunção coordenativa. 

    As orações coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Assim, voltames às afirmativas da questão para observar o que foi comentado:


    I Adormeceu logo; não pôde ver o espetáculo. Repare que aqui as orações estão coordenadas sem a presença do síndeto (conectivo, termo);

    II Adormeceu; logo, não pôde ver o espetáculo. Já na segunda oração temos
    a presença de uma conjunção conclusiva.


ID
612208
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que o termo em negrito >NÃO apresenta o valor circunstancial indicado entre parênteses.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito - E

    Nesse caso, a circunstãncia é de instrumento. 

    Abaixo, uma pequena revisão sobre o assunto. 

    O adjunto adverbial é um termo acessório da oração que obrigatoriamente exprime valor circunstancial, podendo modificar um verbo, um adjetivo, ou um advérbio. Pode vir preposicionado ou não.

    Exemplo 1: Choveu Ontem - Adjunto Adverbial de tempo.

    O termo grifado, no caso, sob uma análise sintática, é um adjunto adverbial, modificando um verbo intransitivo, de sentido pleno, que no caso é o verbo "chover". Já numa análise morfológica, o termo ontem passa a ser categorizado como um advérbio composto pela própria palavra, ou seja, os adjuntos adverbiais têm que ter obrigatoriamente um advérbio.

    Exemplo 2: Divórcio tão profundo - Adjunto Adverbial de intensidade.intimidade constante

    O termo grifado, neste caso, modifica o adjetivo profundo

    Exemplo 3: Planejamento tão satisfatoriamente estabelecido - Adjunto Adverbial de intensidade.

    O termo grifado, neste caso, modifica o advérbio satisfatoriamente

    Classificação dos adjuntos adverbiais:

    Assunto; Concessão (todavia, contudo, se bem que, muito embora, apesar disso; Ex. É bastante pitoresca, embora austera); Matéria (de, a partir de; Ex. Tão sólidas como rocha, as portas são feitas de platina); Meio (por, a, entre, etc.; Ex. Conseguiremos fugir pelos túneis); Lugar (aqui, ali, lá, acolá, acima, abaixo, dentro, fora, longe, perto, em casa, no cinema; Ex: Fomos ao cinema); Tempo (ontem, hoje, amanhã, cedo, tarde, ainda, agora; Ex: Amanhã, sairemos cedo.); Modo (bem, mal, melhor, pior, assim, velozmente e quase todos terminados em mente; Ex: Ela não está bem); Intensidade (muito, pouco, mais, menos, bastante, intensamente; Ex: Ele estudou muito); Dúvida (talvez, acaso, provavelmente; Ex: Talvez eu vá com você); Causa (Ex: As pessoas não saíram de casa, porque estava frio); Finalidade (Ex: Estudava para a prova); Instrumento (Ex: Feriu-se com a faca); Companhia (Ex: Saiu com os amigos); Afirmação (Sim, certamente, realmente; Ex: Certamente sairemos hoje); Negação (não, nunca, jamais; Ex: Nunca menospreze seus amigos); Fenômeno da Natureza ( Tsunami, Furacão, Terremoto; Ex: A cidade foi atingida por um furacão); Paladar ( azedo, amargo, doce; Ex: O frango estava azedo); Sentimento ( Triste, apaixonado, carinhoso; Ex: Manuel andava triste).
  • Augusto, seus comentários e mapas mentais são sempre muito bons! parabéns e obrigado...

ID
612244
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, as classes gramaticais a que pertencem as palavras em negrito no trecho a seguir.

"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música, não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí,encantada com a beleza da música,ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes.” (http://pensador.uol.com.br/alegria de ensinar de rubens alves/)

Alternativas
Comentários
  • Se fosse ensinar... conjunção subordinativa condicional
    não começaria.... advérbio de negação
    com partituras... preposição
    as melodias.... artigo definido
    lhe contaria... pronome pessoal oblíquo

  • 1º - A palavra 'se' não poderia ser pronome, visto que está iniciando a frase, logo é conjunção. Considerando que fosse, não poderia está iniciando no texto, pois é proibido aos pronomes óbliquo átonos. Já eliminamos as alternativas C e D.

    2º - NÃO - é advérbio de negação. Achando essa resposta, além da primeira, mataríamos a questão.

    3º -  CCOMCCOM é preposição. AS - artigo. LHE - pronome.

    Um abraço.

ID
612262
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a série em que todas as palavras estão grafadas corretamente.

Alternativas
Comentários
  • a) maciço – sedução – sanguessuga – ziguezague;

    b) ojeriza – rebuliço – sancionar – privilégio;

    c) perspicaz – prazerosamente – míssil – heroico;
       
    d) sucinto – risoto – pajem – reboliço;

    e) terebintina – vicissitude – soçobrarsuperstição.

    Laís, eu corrigi aqui o verbo soçobrar, apesar de ter visto nos dicionários on-line sossobrar. Mas aparentemente as provas só aceitam soçobrar. Obrigada pela correção! 
  • Essa questão foi anulada pela banca, pois a palavra reboliço também existe.
  • No meu dicionário só tem rebuliço (Houaiss, 2004). Porém, pesquisando em outros, encontrei que rebuliço é bagunça, confusão e reboliço é quem rebola ou tem forma de rebolo.
  • Na alternativa E a palavra SOÇOBRAR também foi grafada incorretamente.

    Significado de Soçobrar

    v.i. Afundar, submergir nas águas: o navio que soçobra.
    Fig. Cair, precipitar-se, perder-se: soçobrou no vício.
    Perturbar-se, vacilar, desanimar.
    Aniquilar-se, reduzir-se a nada: fortuna que soçobra.
    V.t. Inverter, subverter: soçobrar as instituições.
    Fig. Perder, pôr em perigo: faz soçobrar a esperança.

    http://www.dicio.com.br/socobrar/

  • O modo de saber como a palavra está certa é pela Etimologia,mas é um processo demorado....
  • Só pra complementar, segundo o Dicionário Aurélio:

    Reboliço: 
    Adjetivo.
    1. Que tem forma de rebolo.
    2. Que rebola. [Cf. rebuliço.]
    Rebuliço: 
    [De re- + bulício.]
    Substantivo masculino.
    1. Grande barulho ou bulício; bulha.
    2. Agitação, motim, desordem, confusão.
    3. Gente em alvoroço. [Cf. reboliço.] 
  • Olá, pessoal!
    Essa questão foi anulada pela organizadora.

    Bons estudos!

ID
612283
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia os fragmentos do texto a seguir e assinale a alternativa correta em relação à classificação morfológica das palavras em negrito.
[...]
Os predestinados a ter QI elevado usam óculos com armações grossas e retangulares, tênis All Star coloridos, fumam cachimbo, adornam o crânio privilegiado com chapéus (mas, cuidado: boina, nem pensar), curtem casacos xadrezes e, em quase todas as regiões do Brasil e estações do ano, enrolam um cachecol encardido no pescoço. Comumente, trajam tecidos que emulam as vestes de camponeses medievais da Bavária. Os homens cultivam uma barba cuidadosamente maltratada e as mulheres são ideologicamente a favor da chapinha e contra o cavalheirismo.
[...]
A alegria é permitida, desde que pareça ingênua. Mas é a angústia de sentir o peso do tempo e da efemeridade dos gestos que adorna a aura daqueles dotados de sensibilidade. Com ela, choverão convites para simpósios, jantares, congressos e passeios de lancha.

(http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-59/tipos-academicos/o-neoerudito-alegorico/renato terra)

Alternativas
Comentários
  • Resposta Correta: B

    QI = Substantivo
    Palavra que dá nome aos seres de um modo geral.
    No caso é um substantivo:
    Comum, pois não individualiza.
    Abstrato: pois depende de outros para existir, no caso "Os predestinados", dica: abstrato é aquele que você não consegue desenhar.

    Privilegiado: adjetivo
    Confere ao substantivo ou pronome substantivo uma qualidade, um estado, uma característica, um aspecto.
    No caso deu uma qualidade ao "crânio"

    Nem: Advérbio
    Palavra que modifica um verbo, um adjetivo ou outro advérbio.
    No texto modificou o verbo pensar.

    A: preposição
    Palavra que liga duas outras numa oração ou expressão
    No caso ligou as palavras "ideologicamente" e "favor".
    Difere do artigo que define ou indefine um substantivo.

    Desde que: Locução conjuntiva
    Palavra que liga duas orações, mas em certos casos liga duas palavras.
    Nesse caso ligou duas orações:
    "A alegria é permitida" e "pareça ingênua".
    No caso trata-se de uma conjunção subordinativa, pois a segunda oração "pareça ingênua" está subordinada a primeira que é a principal.

ID
612295
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que a classificação morfológica da palavra está INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Quem é pronome RELATIVO!

    Dica: Orações que iniciam com pronomes relativos (que, onde, qual, quais, cujo e etc) são oraçoes adjetivas.
  •  a) Ele jamais faria tal afirmação tão leviana e vil. Leviana é adjetivo.

    Isso. Adjetivo é a palavra que se refere ao substantivo, atribuindo-lhe qualidade, especificação, estado ou origem.

    Flexão de número para adjetivos compostos (Somente o último elemento deve ser flexionado)
    Mesas medico-cirúrgicas, ritmos afro-brasileiros, crises politico-sociais.

     
     b) Nunca se soube verdadeiramente quem era culpado naquela história. Quem é pronome adjetivo interrogativo.
    Quem, nesse caso, exerce a função de pronome relativo.
    Está sem preposição porque pode ser substituído por um pronome relativo.
    "Nunca se soube verdadeiramente aquele que era culpado naquela história".

     
     c) Não sei se vocês estão conscientes da situação periclitante em que nos encontramos. Se é conjunção.

    Isso. Introduz uma oração subordinada substantiva objetiva direta (note co mo o isso exerce o papel de objeto direto)
    Não sei isso.

     
     d) A essa hora, o delegado já terá feito a ocorrência. Ocorrência é substantivo.
    Isso. 

     
     e) Era mister considerar todas as particularidades daquele contrato. Mister é adjetivo.
    Aqui eu fiquei em dúvida, mas colocando da ordem direta temos:

    Considerar todas as particularidades era mister.

    Bom, um adjetivo não precisa necessariamente vir grudado ao substantivo, nesse caso, o substantivo é a forma nominal do verbo, que está no infinito.
  • Complementando o raciocínio do colega acima, colocando a frase na ordem direta temos: Alternativa e) Considerar todas as particularidades daquele contrato era mister. Temos aqui um verbo de ligação, que introduz um predicativo do sujeito, cuja função é de adjetivar o termo antecedente.
  • BOA TARDE!
    CONCORDO COM A ANA MARIA. VISTO QUE, O "QUEM" É UM PRONOME SUBSTANTIVO.
    O PRONOME ADJETIVO ACOMPANHA UM SUBSTANTIVO, E, NA FRASE, ISSO NÃO OCORRE. DESSA FORMA, TEMOS UM PRONOME SUBSTANTIVO.
  • Olá.

    Na letra "a", leviana é adjetivo, pois caracteriza o substantivo feminino afirmação."A afirmação"

    Temos na letra "b" o pronome quem, que se caracteriza como pronome relativo invariavel, e não como pronome adjetivo interrogativo.

    Sim, na letra "c", se é conjunção, classificada como conjunção subordinativa integrante, que tem como função complementar ou intergrar o sentido da primeira oração com a segunda.

    Na letra "d", ocorrência é precedida de artigo.

    Agora peço para alguém me esclarecer acerca da palavra mister, que diz ser substântivo.


    Obrigado e bons estudos.
  • Só para esclarecer melhor a alternativa (E)


    e) era mister considerar todas as particularidades daquele contrato. Mister é adjetivo. (CORRETO)

    Aqui mister não é substantivo, podemos saber isso de 2 formas:


    1) colocando na ordem direta:

    Considerar todas as particularidades era mister.


    2) o significado de mister, que está empregado no sentido de :


    >> Algo de grande importância; indispensável  necessário.


    ex: Não se faz mister correr tanto.

          Não se faz necessário correr tanto.

    Assim podemos fazer a mesma coisa com a alternativa (e)

    e) era mister considerar todas as particularidades daquele contrato.

    e) era necessário considerar todas as particularidades daquele contrato.

    Forma Direta:

    e) Considerar todas as particularidade daquele contrato era necessário.


    Bons Estudos!..

    e lembre "é a quantidade de esforço de hoje que determinará o sucesso de amanhã".


ID
637654
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Congonhas - MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É tempo de pós-amor

   Cansei de amor! Quantos filmes, entrevistas, artigos, livros sobre amor cruzaram seu caminho ultimamente? Em uma semana, assisti a um vídeo, vi um filme, li meio livro e participei de um debate na televisão. Tudo sobre amor. E ouvi as pessoas – provavelmente também eu própria – dizerem coisas pertinentes e bem ditas que, de tão pertinentes e repetidas, já se tornaram chavões comportamentais, e parecem fichas de computador dissecadas de qualquer verdade emocional. E de repente está me dando uma urticária na alma, um desconforto interno que em tudo se assemelha à indigestão.

    Estamos fazendo com o amor o que já fizemos com o sexo. Na década passada parecia que tínhamos reinventado o sexo. Não se pensava, não se falava, não se praticava outro assunto. Toda a nossa energia pensante, todo o nosso esforço vital pareciam concentrados na imensa cama que erguíamos como única justificativa da existência humana. Transformamos o sexo em verdade. Adoramos um novo bezerro de ouro.

    Mas o ouro dos bezerros modernos é de liga baixa, que logo se consome na voracidade da mass media. O sexo não nos deu tudo o que dele esperávamos, porque dele esperávamos tudo. E logo a sociedade começou a olhar em volta, à procura de um outro objeto de adoração. Destronado o sexo, partiu-se para a grande festa de coroação do amor.

  Agora, aqui estamos nós, falando pelos cotovelos, analisando, procurando, destrinchando. E desgastando. Antes, quando eu pensava numa conversa séria, direita, com a pessoa que se ama, sabia a que me referia. Mas agora, quando ouço dizer que “o diálogo é fundamental para a manutenção dos espaços”, não sei o que isso quer dizer, ou melhor, sei que isso não quer dizer mais nada. Antes, quando eu pensava ou dizia que amor é fundamental, tinha a exata noção da diferença entre o fundamental e o absoluto. Mas agora, quando eu ouço repetido de norte a sul, como num gigantesco eco, que “a vida sem amor não tem sentido”, fico com a impressão de estar ouvindo um slogan publicitário e me retraio porque sei que estão querendo me impor um produto.

    A vida sem amor pode fazer sentido, e muito. É bom que a gente recomece a dizer isso. Mesmo porque há milhões de pessoas sem amor, que viveriam bem mais felizes se de repente a voz geral não lhes buzinasse nos ouvidos que isso é impossível. O mundo só andou geometricamente aos pares na Arca de Noé. Fora disso, anda emparelhado quem pode, quando pode. E o resto espera uma chance, sem nem por isso viver na escuridão.

   Antes que se frustrem as expectativas, como aconteceu com o sexo, seria prudente descarregar o amor, tirar-lhe dos ombros a responsabilidade. Ele não pode nos dar tudo. Nada pode nos dar tudo. Porque o tudo não existe. O que existe são parcelas, que, eternamente somadas e subtraídas, multiplicadas e divididas, nos aproximam e afastam do tudo. E a matemática dessas parcelas pode ser surpreendente: quando, como está acontecendo agora, tentamos agrupá-las todas em cima de uma única parcela – o amor −, elas não se somam, pelo contrário, se fracionam, causando o esfacelamento da parcela-suporte.

     Amor criativo é ótimo, dizem todos. E é verdade. Mas melhor ainda é pegar uma parte da criatividade que está concentrada no amor, e jogá-la na vida. Solta, ela terá possibilidades de contaminar o cotidiano, permear a vida toda e voltar a abastecer o amor, sem deixar-se absorver e esgotar por ele. Dedicar-se à relação é importante, dizem todos. E é verdade. Mas qualquer um de nós tem inúmeras relações, de amizade, vizinhança, sociais, e anda me parecendo que concentrar toda a dedicação na relação amorosa pode custar o empobrecimento das outras.

   Sim, o amor é ótimo. Porém acho que vai ficar muito melhor quando sair do foco dos refletores e passar a ser vivido com mais naturalidade. Quando readquirirmos a noção de que não é mais vital do que comer e banhar o corpo em água fria nem mais tranquilizador do que ter amigos e estar de bem com a própria cara. Quando aceitarmos que não é o sal da terra, simplesmente porque a terra é seu próprio sal, e é ela que dá sabor ao amor.

(Colasanti, Marina, 1937 – Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996) 

Quanto à classe gramatical das palavras sublinhadas, tem-se a correspondência correta em:

Alternativas
Comentários
  • (a, os, as) são pronomes demonstrativos quando se referem à aquele (s),aquela (s), aquilo, isso.

    Recuso o que eles falam. (aquilo)
  • RESPOSTA CORRETA: LETRA   "A"   

    O artigo "o" é pronome demonstrativo por poder ser substiuído por "aquilo",  pronome demonstrativo.
  • Não entendi pq é a letra "a"
  • O(s), A(s) também podem ser pronome demonstrativo!

    quando:

    antecederem o QUE e puderem ser substituídos por AQUELE(S), AQUELA(S), AQUILO.

    Ex.: Não ouvi o que disseste
           Não ouvi aquilo que disseste

  • trocando:  a) “ que” = o qual ;  “o” = aquilo ( temos pronomes),

    Sendo  o “que” (pronome relativo)  e  “o” (pronome demonstrativo).

    Nas demais temos: b) “que” = isso – (Conjunção integrante) ;

    c) que =retirado da frase não altera o sentido – sem função- (partícula expletiva ou realce);

    d) para a= não podemos usar duas preposições –(artigo);  

    e)o verbo voltar no sentido de mudar para a posição anterior, fazer mudar de opinião e transitivo indireto “a” (preposição)
    Não podendo ser craseado por estar diante de verbo .

    • a) “Estamos fazendo com o amor que já fizeram com o sexo.” (2º§) – pronome demonstrativo  RESPOSTA CORRETA- "o" se referindo a aquilo
    • b) “Na década passada parecia que tínhamos reinventado o sexo.” (2º§) – pronome relativo - Conjunção integrante, "que" introduzindo Or.Subord. Substantiva Subjetiva (função de sujeito)
    • c) “... que logo se consome...” (3º§) – conjunção - Pronome Relativo
    • d) “... o diálogo é fundamental para manutenção dos espaços...” (4º§) – preposição- artigo, é variável: as manutenções, a manutenção
    • e) “... e voltar a abastecer o amor...” (7º§) – artigo- Preposição. Quem volta, volta a algo.
    •  

     

  • Se em uma frase for possível substituir o 'QUE' pelo pronome 'QUAL',  a função do 'QUE' será de pronome relativo. Caso contrário, será conjunção integrante.

      “Na década passada parecia que tínhamos reinventado o sexo.” (2º§) – pronome relativo

    No exemplo da questão, se substituírmos o
    'que' por 'o qual', fica sem sentido: ' Na década passada parecia O QUAL tínhamos..' No caso, o'que' tem função de conjunção integrante.


    ;)
  • Na verdade, acredito que na "b", o que inicia or. subord. substantiva SUBJETIVA. Isso parecia (na década passada) (isso = sujeito)
  • Quanto aos pronomes demonstrativos (o, os, as) podem ser facilmente substituídos por AQUELE, AQUELA OU AQUILO

    Quanto aos pronomes relativos "que" pode ser facilmente substituído por A QUAL, O QUAL

  • Rafael,a explicação da  Adriana é muito clara,pois quando antes do QUE vier os artigosdefinidos:a, as, o,os,é porque eles são pronomes demonstrativos.

     

  • a) “Estamos fazendo com o amor o que já fizeram com o sexo.” (2º§) – pronome demonstrativo  - VALOR de AQUILO.

  • Estamos fazendo com o amor o que já fizemos com o sexo./// Estamos fazendo com o amor aquilo que já fizemos com o sexo. Basta trocar o  "o" por " aquilo" . Pronome demostrativo

     

  • a) “Estamos fazendo com o amor o que já fizeram com o sexo.” (2º§) – pronome demonstrativo

    O QUE: CASO D.R. = Demonstrativo + RELATIVO

     

    b) “Na década passada parecia que tínhamos reinventado o sexo.” (2º§) – pronome relativo

    Parecia ISSO : Conjunção Integrante

     

    c) “... que logo se consome...” (3º§) – conjunção  

    Se = pronome

     

     

    d) “... o diálogo é fundamental para  a   manutenção dos espaços...” (4º§) – preposição

    a = artigo

     

     

    e) “... e voltar a abastecer o amor...” (7º§) – artigo

     

    Quem volta, volta A= PREPOSIÇÃO

  • Putaria, mania besta de achar que é uma questão e chutar na outra! Sabia a certa e chutei na ERRADA!

     

  • "O trocado por AQUILO

    tem que ser demonstrativo,

    se por QUE vier seguido

    esse QUE é relativo."

     

    Autora: professora Flávia Rita

    Melodia: Ciranda Cirandinha

    : )

     

     

  • Alguém pode me explicar o que é o "se" na letra C?


ID
658852
Banca
FGV
Órgão
PC-RJ
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção! As questões de 32 a 40 não estão agrupadas em torno de textos.

Assinale a alternativa em que o prefixo tenha valor semântico distinto dos demais.

Alternativas
Comentários
  • o prefixo "a" tem sentido de negação.
    a) anormal = a + normal = "não normal";
    b) apatia = "Falta de energia/Indiferença/Indolência";
    c) apneia = a + pneia(respeiração) = "Sem respirar";
    d) afasia = a + fasia (capacidade de falar) = "sem a capacidade de falar".
    e) abotoar = verbo que exprime a noção de fechar com botão. E não tem sentido de negação, como as palavras anteriores. (RESPOSTA CORRETA). 
  • Eu não tinha entendido era o comendo da questão.

  • Gabarito: E

  • Não entendo o porquê do enunciado não ser mais objetivo. Em uma prova com 100 questões, além de ter que saber a matéria, temos que desvendar cada enunciado...

  • G. E chutei rsrs
  • estou ate agr s/entender a pergunta -.-

  • Pessoal, a letra E é um VERBO, as outras opções são derivações prefixais

  • (Observação: valor semântico é o significado atribuído às palavras. Então a questão quer a alternativa que apresenta o prefixo com significado diferente das demais).

    Assinale a alternativa em que o prefixo tenha valor semântico distinto dos demais

     a) anormal = Contrário ao que é normal, habitual, regular / algo que não é normal

    b) apatia = Sentir-se indiferente ou sem emoção / não ter empatia

    c) apnéia = Ausência ou interrupção momentânea da respiração.

    d) afasia = A palavra afasia deriva do grego (A = não, ausência,) (FASIA = falar) 

    e) abotoar = prender com botões, introduzir o botão 

    A alternativa "e" demonstra uma "ação" positiva, enquanto as demais alternativas demonstram uma "ação" negativa. 

    Assim, perceba que a alternativa "e" é diferente das demais alternativas pois é a única que traz sentido totalmente oposto.

    Espero ter ajudado ! Bons estudos :)

    "O relógio de Deus não adianta nem atrasa. Não queira que tudo seja no tempo seu, o melhor vem sempre no tempo de Deus."

  • Eu li abortar kkkkkkk Putsssssss

  • ABOTOAR, é um hiato, ou seja, as vogais se separam


ID
664966
Banca
FUNCAB
Órgão
MPE-RO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um peixe 

            Virou a capanga de cabeça para baixo, e os peixes espalharam-se pela pia. Ele ficou olhando, e foi então que notou que a traíra ainda estava viva. Era o maior peixe de todos ali, mas não chegava a ser grande: pouco mais de um palmo. Ela estava mexendo, suas guelras mexiam-se devagar, quando todos os outros peixes já estavam mortos. Como que ela podia durar tanto tempo assim fora d'água?...

        Teve então uma ideia: abrir a torneira, para ver o que acontecia. Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus; dentro do tanque deixou só a traíra. E então abriu a torneira: a água espalhou-se e, quando cobriu a traíra, ela deu uma rabanada e disparou, ele levou um susto – ela estava muito mais viva do que ele pensara, muito mais viva. Ele riu, ficou alegre e divertido, olhando a traíra, que agora tinha parado num canto, o rabo oscilando de leve, a água continuando a jorrar da torneira. Quando o tanque se encheu, ele fechou-a.

– E agora? – disse para o peixe. – Quê que eu faço com você?...

Enfiou o dedo na água: a traíra deu uma corrida, assustada, e ele tirou o dedo depressa.

        – Você tá com fome?... E as minhocas que você me roubou no rio? Eu sei que era você; devagarzinho, sem a gente sentir... Agora está aí, né?... Tá vendo o resultado?...

    O peixe, quieto num canto, parecia escutar.

    Podia dar alguma coisa para ele comer. Talvez pão. Foi olhar na lata: havia acabado. Que mais? Se a mãe estivesse em casa, ela teria dado uma ideia – a mãe era boa para dar ideias. Mas ele estava sozinho. Não conseguia lembrar de outra coisa. O jeito era ir comprar um pão na padaria. Mas sujo assim de barro, a roupa molhada, imunda? – Dane-se – disse, e foi.

        Era domingo à noite, o quarteirão movimentado, rapazes no footing , bares cheios. Enquanto ele andava, foi pensando no que acontecera. No começo fora só curiosidade; mas depois foi bacana, ficou alegre quando viu a traíra bem viva de novo, correndo pela água, esperta. Mas o que faria com ela agora? Matá-la, não ia; não, não faria isso. Se ela já estivesse morta, seria diferente; mas ela estava viva, e ele não queria matá-la. Mas o que faria com ela? Poderia criá-la; por que não? Havia o tanquinho do quintal, tanquinho que a mãe uma vez mandara fazer para criar patos. Estava entupido de terra, mas ele poderia desentupi-lo, arranjar tudo; ficaria cem por cento. É, é isso o que faria. Deixaria a traíra numa lata d'água até o dia seguinte e, de manhã, logo que se levantasse, iria mexer com isso. 

        Enquanto era atendido na padaria, ficou olhando para o movimento, os ruídos, o vozerio do bar em frente. E então pensou na traíra, sua trairinha, deslizando silenciosamente no tanque da pia, na casa escura. Era até meio besta como ele estava alegre com aquilo. E logo um peixe feio como traíra, isso é que era o mais engraçado.

        Toda manhã – ia pensando, de volta para casa – ele desceria ao quintal, levando pedacinhos de pão para ela. Além disso, arrancaria minhocas, e de vez em quando pegaria alguns insetos. Uma coisa que podia fazer também era pescar depois outra traíra e trazer para fazer companhia a ela; um peixe sozinho num tanque era algo muito solitário. 

A empregada já havia chegado e estava no portão, olhando o movimento. – Que peixada bonita você pegou...

– Você viu?

– Uma beleza... Tem até uma trairinha.

– Ela foi difícil de pegar, quase que ela escapole; ela não estava bem fisgada.

– Traíra é duro de morrer, hem?

– Duro de morrer?... Ele parou.

        – Uai, essa que você pegou estava vivinha na hora que eu cheguei, e você ainda esqueceu o tanque cheio d'água... Quando eu cheguei, ela estava toda folgada, nadando. Você não está acreditando? Juro. Ela estava toda folgada, nadando. 

    – E aí?

    –Aí? Uai, aí eu escorri a água para ela morrer; mas você pensa que ela morreu? Morreu nada! Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim. Eu soquei a ponta da faca naquelas coisas que faz o peixe nadar, sabe? Pois acredita que ela ainda ficou mexendo? Aí eu peguei o cabo da faca e esmaguei a cabeça dele, e foi aí que ele morreu. Mas custou, ô peixinho duro de morrer! Quê que você está me olhando? 

– Por nada.

– Você não está acreditando? Juro; pode ir lá na cozinha ver: ela está lá do jeitinho que eu deixei. Ele foi caminhando para dentro.

– Vou ficar aqui mais um pouco

– disse a empregada.

– depois vou arrumar os peixes, viu?

– Sei.

    Acendeu a luz da sala. Deixou o pão em cima da mesa e sentou-se. Só então notou como estava cansado.

 

(VILELA, Luiz. . O violino e outros contos 7ª ed. São Paulo: Ática, 2007. p. 36-38.) 

VOCABULÁRIO:

Capanga: bolsa pequena, de tecido, couro ou plástico, usada a tiracolo. 

Footing :passeio a pé, com o objetivo de arrumar namorado(a).

Guelra: estrutura do órgão respiratório da maioria dos animais aquáticos.

Vozerio: som de muitas vozes juntas. 

Observe o uso do diminutivo nas frases:

1. “(...) E então pensou na traíra, sua TRAIRINHA, deslizando silenciosamente no tanque da pia, na casa escura.(...)”

2. “(...) – Uai, essa que você pegou estava VIVINHA na hora que eu cheguei, e você ainda esqueceu o tanque cheio d'água(...)”

A respeito da flexão sofrida pelas palavras em destaque, analise os itens a seguir:

I. O uso da forma sintética do diminutivo, na frase 1, atribui ao substantivo flexionado um sentido conotativo, contribuindo para a manifestação da afetividade do protagonista emr elação ao peixe.

II. Na frase 2, o diminutivo intensifica a ideia de vivo. Vivinho =muito vivo, bem vivo, saudável.

III. Em ambas as frases os termos flexionados têm valor denotativo, pois o sufixo diminutivo atribui a eles sua significação normal, apesar de diminuída sua intensidade.

Assinale a alternativa que aponta o(s) item(ns) correto(s).

Alternativas
Comentários
  • 1. “(...) E então pensou na traíra, sua TRAIRINHA, deslizando silenciosamente no tanque da pia, na casa escura.(...)”
    2. “(...) – Uai, essa que você pegou estava VIVINHA na hora que eu cheguei, e você ainda esqueceu o tanque cheio d'água(...)”
    A respeito da flexão sofrida pelas palavras em destaque, analise os itens a seguir:

    I. O uso da forma sintética do diminutivo, na frase 1, atribui ao substantivo flexionado um sentido conotativo, contribuindo para a manifestação da afetividade do protagonista emr elação ao peixe.
    CERTO. Conotativo - sentido figurado / Denotativo - sentido de verdade/ D de Dicionário.Assim, "trairinha" tem valor figurado, pq um peixe não pode ser "malandro", "traíra". O diminutivo da sentido de afetividade (nesse caso).
    II. Na frase 2, o diminutivo intensifica a ideia de vivo. Vivinho =muito vivo, bem vivo, saudável.
    CERTO. Aqui, o diminutivo intensifica a ideia, dando um valor de surpresa, porque o "normal" seria o peixe estar morto.
    III. Em ambas as frases os termos flexionados têm valor denotativo, pois o sufixo diminutivo atribui a eles sua significação normal, apesar de diminuída sua intensidade
    ERRADO. na opção II, ele tem sentido conotativo. A intensificação da ideia não da valor figurado ao vivinho.
  • I. O uso da forma sintética do diminutivo, na frase 1, atribui ao substantivo flexionado um sentido conotativo, contribuindo para a manifestação da afetividade do protagonista emr elação ao peixe.

    Correto:

    E então pensou na traíra, sua TRAIRINHA,
    O diminutivo indica afeto nesse contexto.

    II. Na frase 2, o diminutivo intensifica a ideia de vivo. Vivinho =muito vivo, bem vivo, saudável.

    correto:
    Uai, essa que você pegou estava VIVINHA

    equivalente a muito viva

    III. Em ambas as frases os termos flexionados têm valor denotativo, pois o sufixo diminutivo atribui a eles sua significação normal, apesar de diminuída sua intensidade.

    errado: não há registro formal nos usos acima.
  • Felipão está matando a charada das questões
  • Nos textos literários nem sempre a linguagem apresenta um único sentido, aquele apresentado pelo dicionário. Empregadas em alguns contextos, elas ganham novos sentidos, figurados, carregados de valores afetivos ou sociais.

    Quando a palavra é utilizada com seu sentido comum (o que aparece no dicionário) dizemos que foi empregada denotativamente.

    Quando é utilizada com um sentido diferente daquele que lhe é comum, dizemos que foi empregada conotativamente. Este recurso é muito explorado na Literatura.

    Logo, assertiva C correta.

    Conhecimento+dedicação+equilíbrio = sucesso.

     


ID
665113
Banca
FUNCAB
Órgão
MPE-RO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                Um peixe 

Virou a capanga de cabeça para baixo, e os peixes espalharam-se pela pia. Ele ficou olhando, e foi então que notou que a traíra ainda estava viva. Era o maior peixe de todos ali, mas não chegava a ser grande: pouco mais de um palmo. Ela estava mexendo, suas guelras mexiam-se devagar, quando todos os outros peixes já estavam mortos. Como que ela podia durar tanto tempo assim fora d'água?... Teve então uma ideia: abrir a torneira, para ver o que acontecia. Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus; dentro do tanque deixou só a traíra. E então abriu a torneira: a água espalhou-se e, quando cobriu a traíra, ela deu uma rabanada e disparou, ele levou um susto – ela estava muito mais viva do que ele pensara, muito mais viva. Ele riu, ficou alegre e divertido, olhando a traíra, que agora tinha parado num canto, o rabo oscilando de leve, a água continuando a jorrar da torneira. Quando o tanque se encheu, ele fechou-a. – E agora? – disse para o peixe. – Quê que eu faço com você?... Enfiou o dedo na água: a traíra deu uma corrida, assustada, e ele tirou o dedo depressa. – Você tá com fome?... E as minhocas que você me roubou no rio? Eu sei que era você; devagarzinho, sem a gente sentir... Agora está aí, né?... Tá vendo o resultado?... O peixe, quieto num canto, parecia escutar. Podia dar alguma coisa para ele comer. Talvez pão. Foi olhar na lata: havia acabado. Que mais? Se a mãe estivesse em casa, ela teria dado uma ideia – a mãe era boa para dar ideias. Mas ele estava sozinho. Não conseguia lembrar de outra coisa. O jeito era ir comprar um pão na padaria. Mas sujo assim de barro, a roupa molhada, imunda? – Dane-se – disse, e foi. Era domingo à noite, o quarteirão movimentado, rapazes no , bares cheios. Enquanto ele andava, foi pensando no que acontecera. No começo fora só curiosidade; mas depois foi bacana, ficou alegre quando viu a traíra bem viva de novo, correndo pela água, esperta. Mas o que faria com ela agora? Matá-la, não ia; não, não faria isso. Se ela já estivesse morta, seria diferente; mas ela estava viva, e ele não queria matá-la. Mas o que faria com ela? Poderia criá-la; por que não? Havia o tanquinho do quintal, tanquinho que a mãe uma vez mandara fazer para criar patos. Estava entupido de terra, mas ele poderia desentupi-lo, arranjar tudo; ficaria cem por cento. É, é isso o que faria. Deixaria a traíra numa lata d'água até o dia seguinte e, de manhã, logo que se levantasse, iria mexer com isso. 
Enquanto era atendido na padaria, ficou olhando para o movimento, os ruídos, o vozerio do bar em frente. E então pensou na traíra, sua trairinha, deslizando silenciosamente no tanque da pia, na casa escura. Era até meio besta como ele estava alegre com aquilo. E logo um peixe feio como traíra, isso é que era o mais engraçado. Toda manhã – ia pensando, de volta para casa – ele desceria ao quintal, levando pedacinhos de pão para ela. Além disso, arrancaria minhocas, e de vez em quando pegaria alguns insetos. Uma coisa que podia fazer também era pescar depois outra traíra e trazer para fazer companhia a ela; um peixe sozinho num tanque era algo muito solitário. A empregada já havia chegado e estava no portão, olhando o movimento. – Que peixada bonita você pegou... – Você viu? – Uma beleza... Tem até uma trairinha. – Ela foi difícil de pegar, quase que ela escapole; ela não estava bem fisgada. – Traíra é duro de morrer, hem? – Duro de morrer?... Ele parou. – Uai, essa que você pegou estava vivinha na hora que eu cheguei, e você ainda esqueceu o tanque cheio d'água... Quando eu cheguei, ela estava toda folgada, nadando. Você não está acreditando? Juro. Ela estava toda folgada, nadando. – E aí? –Aí? Uai, aí eu escorri a água para ela morrer; mas você pensa que ela morreu? Morreu nada! Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim. Eu soquei a ponta da faca naquelas coisas que faz o peixe nadar, sabe? Pois acredita que ela ainda ficou mexendo? Aí eu peguei o cabo da faca e esmaguei a cabeça dele, e foi aí que ele morreu. Mas custou, ô peixinho duro de morrer! Quê que você está me olhando? – Por nada. – Você não está acreditando? Juro; pode ir lá na cozinha ver: ela está lá do jeitinho que eu deixei. Ele foi caminhando para dentro. – Vou ficar aqui mais um pouco – disse a empregada. – depois vou arrumar os peixes, viu? – Sei. Acendeu a luz da sala. Deixou o pão em cima da mesa e sentou-se. Só então notou como estava cansado.
(VILELA, Luiz. . 7ª ed. São Paulo: Ática, 2007. p. 36-38.)

VOCABULÁRIO:
Capanga: bolsa pequena, de tecido, couro ou plástico, usada a tiracolo.
Footing: passeio a pé, com o objetivo de arrumar namorado(a).
Guelra: estrutura do órgão respiratório da maioria dos animais aquáticos.
Vozerio: som de muitas vozes juntas

Observe o uso do diminutivo nas frases:
1. “(...) E então pensou na traíra, sua TRAIRINHA, deslizando silenciosamente no tanque da pia, na casa escura.(...)"
2. “(...) – Uai, essa que você pegou estava VIVINHA na hora que eu cheguei, e você ainda esqueceu o tanque cheio d'água(...)"

A respeito da flexão sofrida pelas palavras em destaque, analise os itens a seguir:
I. O uso da forma sintética do diminutivo, na frase 1, atribui ao substantivo flexionado um sentido conotativo, contribuindo para a manifestação da afetividade do protagonista emrelação ao peixe.
II. Na frase 2, o diminutivo intensifica a ideia de vivo. Vivinho =muito vivo, bemvivo, saudável.
III. Em ambas as frases os termos flexionados têm valor denotativo, pois o sufixo diminutivo atribui a eles sua significação normal, apesar de diminuída sua intensidade.

Assinale a alternativa que aponta o(s) item(ns) correto(s).

Alternativas
Comentários
  • A alternativa III confirma as duas anteriores, mas nao existe uma resposta com as três alternativas, logicamente ela está errada.
  • O erro da III é dizer que a "intensidade" foi diminuída, quando é justamente o contrário.
  • a palavra "vivinha" intensifica mesmo ela estando no diminutivo, pois  apesar das situações adversas, ela continuava viva.
  • Galera, o erro do item III está em afirmar que os termos flexionados têm valor denotativo (real) , quando na verdade os termos "Trairinha" e "Vivinha" estão com sentido conotativo (figurado).


ID
693181
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
JUCEPE
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                           Comércio

Comércio é a troca de produtos. Antigamente, as trocas eram feitas por produtos de valor desconhecido em que cada um valorizava seu produto. Hoje, a troca é feita de forma indireta, uma pessoa troca o dinheiro pelo produto que deseja. A invenção do dinheiro contribuiu para a simplificação e promoção do desenvolvimento do comércio. O comércio pode estar relacionado com a economia formal, que é firma registrada dentro da lei, ou com a economia informal, que são firmas sem registros, ou seja, não pagam impostos. O comércio informal traz prejuízos ao país, pois clonam qualquer tipo de produto para a venda mais barata, resultando em altíssimos prejuízos. O mercado é o lugar público onde negociantes expõem e vendem seus produtos. O surgimento do mercado como um espaço físico ocorreu na Antiguidade antes da invenção do dinheiro. Independentemente da existência do dinheiro, é a oferta e a procura por mercadorias ou serviços que permitem a existência do comércio. O comércio pode ser realizado entre países, o que chamamos de comércio exterior. Nesse caso, o país se organiza para importar e exportar. Exportar é quando um produto ou bem é vendido para fora do país, e importar consiste na entrada de um produto estrangeiro no país. O comércio atacadista vende produtos em grandes quantidades, visando aos donos de mercados que recebem descontos maiores, por ainda revenderem a mercadoria, enquanto o varejista vende produtos unitários e visa aos consumidores finais para o próprio consumo do produto. Disponível em: http://www.brasilescola.com/economia/comercio.htm. Adaptado. 

Analise as proposições abaixo, tendo o texto como base:
I. “Exportar" e “importar" são palavras constituídas de um único radical precedido de prefixos, cujos significados se opõem.
II. Em: “O mercado é o lugar público onde negociantes expõem e vendem seus produtos.", tem-se um período composto, em que o termo em destaque se refere ao seu antecedente, introduzindo uma oração adjetiva.
III. Os termos “prejuízo" e “país" são acentuados porque, em ambos, o “i" representa uma vogal tônica que forma hiato com a vogal anterior.
IV. Em: “...enquanto o varejista vende produtos unitários...", o termo em destaque é grafado com j. Assim também se grafa o termo agiotajem
Estão CORRETAS

Alternativas
Comentários
  • Somente a proposição IV estar errada, pois, Palavras terminadas em -GEM se escrevem com G.

  • A palavra agiotajem está correta, consoante abaixo:

    http://books.google.com.br/books?id=M5hFYmg0s_YC&pg=RA1-PA6&lpg=RA1-PA6&dq=agiotagem+ou+agiotajem&source=bl&ots=VTZJtVjMn9&sig=cpQc_BnopbEApnKuK4rff_IOoJs&hl=pt-BR&sa=X&ei=2i2CT5zMCYT48wTC7cGbCg&ved=0CCQQ6AEwAA#v=onepage&q=agiotagem%20ou1%20agiotajem&f=false
  • "Comentado por Wrasse Lunge há aproximadamente 4 horas.
    A palavra agiotajem está correta, consoante abaixo:"

    Colega Wrasse, creio estar errada sua colocação, pois na palavra agiotaGem há 2 G's.


    Significado de Agiotagem
     
    s.f. Especulação sobre fundos ou mercadorias com vistas a lucros exagerados.
    Usura.

    Bons estudos e até logo.
  • O mercado é o lugar público onde negociantes expõem e vendem seus produtos.”, tem-se um período composto, em que o termo em destaque se refere ao seu antecedente, introduzindo uma oração adjetiva.
    Correto- oração subord. adj restrit. porque qualifica o sujeito "mercado".

    III. Os termos “prejuízo” e “país” são acentuados porque, em ambos, o “i” representa uma vogal tônica que forma hiato com a vogal anterior.
    correto: 'país' é hiato, porque "i" forma  sílaba com nenhuma outra vogal. O "s" estar junto com "i" não significa que a vogal não possa ser hiato.
  • Usa-se G e não J nas terminações: agem, igem, ugem, ege, oge:
    imagem, vertigem, penugem, bege, foge, agiotagem...

    Exceção: pajem.
  • I. “Exportar” e “importar” são palavras constituídas de um único radical precedido de prefixos, cujos significados se opõem. 

    Correta. Mesmo radical portar, precedidos de prefixos que se opoem.
    II. Em: “O mercado é o lugar público onde negociantes expõem e vendem seus produtos.”, tem-se um período composto, em que o termo em destaque se refere ao seu antecedente, introduzindo uma oração adjetiva.
     

    Correta.  Onde deve ser usado referindo-se a lugar; transforma-se em aonde e donde devido à regência dos verbos que indicam movimento.
    o
    III. Os termos “prejuízo” e “país” são acentuados porque, em ambos, o “i” representa uma vogal tônica que forma hiato com a vogal anterior. 
    Correta . Acentuam-se o  i e o  u dos hiatos quando sozinhos ou seguidos de s, desde não estejam precedidos de ditongos ou seguidos de nh: caí, saída, faísca, baú, gaúcho, balaústreos hiatos .

    IV.
     Em: “...enquanto o varejista vende produtos unitários...”, o termo em destaque é grafado com j. Assim também se grafa o termo agiotajem.  Errada. agiotagem. Não com J.
    Estão CORRETAS: I, II e III
  • Exceções: Pajem, lajem, lambujem...

    o restante das terminações são gem.
  • Pelo dicionário on line da Língua Portuguesa (www.dicio.com.br): Agiotagem: Especulação sobre fundos ou mercadorias com vistas a lucros exagerados.
    Usura. Agiotajem, não foi encontrada.

  • “O mercado é o lugar público onde negociantes expõem e vendem seus produtos"

    Orações adjetivas subordinadas são introduzidas por pronome relativo (ex: ONDE). Tem função de adjunto adnominal porque complementa de forma acessória um substantivo concreto (ex: lugar). 


  • Em caso de dúvida na grafia das palavras, utilizem a consulta de vocabulário da Academia Brasileira de Letras.

    Link: http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23
  • Apenas o item IV está incorreto, vejamos o porquê:
    Emprega-se a letra G
    nas palavras terminadas em ágio, égio, ígio, ógio, úgio (ex. pedágio, egrégio, litígio, relógio, subterfúgio); e nos substantivos terminados em GEM (vertigem, coragem, aragem, margem, agiotagem - exceções a essa regra: pajem, lajem e lambujem)
  • I - correta.
    II - ONDE é um pronome relativo substituindo lugar público. Toda vez que tempos um pronome relativo, em sequência temos uma oração adjetiva e vice e versa.
    III - correta.
    IV - AGIOTAJEM É COM "G"!!!

  • toda palavra terminada em ' AGEM, EGEM ..  Só há mudanças em =  lambujem , lajem e pajem ! 

  • AGIOTAGEM!

  • geralmente palavras terminadas em EM são todas com G ex; garagem

     

  • GABA: E

  • Correto= agiotagem

     

  • Agiotagem com G

  • GABARITO: E

    I. “Exportar" e “importar" são palavras constituídas de um único radical precedido de prefixos, cujos significados se opõem.

    -> EXPORTAR e IMPORTAR = radical "portar". Sendo "EX e IM" termos e significados diferentes.

    II. Em: “O mercado é o lugar público onde negociantes expõem e vendem seus produtos.", tem-se um período composto, em que o termo em destaque se refere ao seu antecedente, introduzindo uma oração adjetiva.

    -> "ONDE" REFERE-SE ao mercado.

    III. Os termos “prejuízo" e “país" são acentuados porque, em ambos, o “i" representa uma vogal tônica que forma hiato com a vogal anterior.

    -> Hiato é quando duas vogais estão juntas porém em sílabas vizinhas. Ou seja, a vogal "U" da palavra PREJUÍZO, fica em sílabas diferentes da SV. Assim como es "país".

    IV. Em: “...enquanto o varejista vende produtos unitários...", o termo em destaque é grafado com j. Assim também se grafa o termo agiotajem

    -> A palavra "agiotajem" está errada, pois o correto seria "agiotagem". 


ID
693964
Banca
FCC
Órgão
Prefeitura de São Paulo - SP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A frase em que a palavra destacada está empregada corretamente é:

Alternativas
Comentários
  • Correções:
    A) Só mesmo ele, com sua ousadia, podia ter-se arrogado em certos direitos.
    Verbo arrogar: Transitivo direto
    Regência: "A"

     b) Percebeu que o que fizera era uma exorbitância com suas funções.
    Regência: De

    c) No dia seguinte da postagem da carta, ela já a recebia em casa.

    Regência: "A" .
    Corrigindo:No dia seguinte "a"= no dia seguinte a ela.(a postagem).

    d) Sua função lhe incompatibilizou com muitos colegas
    Verbo incompatibiliza:VTDI.
    Regência: "o" em vez de lhe.
    reescrevendo: Sua função o (Ex. o paulo)  incompatibilizou com muitos colegas.

    E)Conforme o Gramático Nilson Teixeira de Almeida, os pronomes :aquele(s) aquela(s) e aquilo são estruturados com o acento grave quando a preposição "a" se contrair com esses pronomes.

    Pergunta para descobrir:

    "Depois de anos, resignou-se definitivamente àquele modo de vida precário."

    Quem se resigna;resigna-se a algo.
    Resposta: modo de vida precário. 
    Se=O.D
    àquele :OI.



     

  • Uma ressalva ao comentário do Rafael Nogueira:

    c) No dia seguinte da postagem da carta, ela já a recebia em casa.

    Regência: "A".

    Neste caso, pedi-se o artigo feminino "a" com preposição "a". Portanto ficaria dessa forma: No dia seguinte à postagem da carta (...).
    Para saber se tem crase ou não, substitui-se a palavra feminina por uma masculina:
    Ficaria assim: No dia seguinte ao fato (...). Portanto, tem-se crase.
    Bons estudos!

  • e) Depois de anos, resignou-se definitivamente àquele modo de vida precário. -correto: quem resigna, resigna alguma coisa a algo- resignar é verb trans. dir & indir.
  • Aí fica difícil. A banca coloca uma questão dessas, q a gente tem q saber a regência do verbo "resignar". Um verbo q não é comum. Não tem como, uma pessoa, saber a regência de todos os verbos da Língua Portuguesa!!! 
  • Pessoal, cuidado. Corrigindo o comentário do colega Rafael. Arrogar é um verbo transitivo direto.

    ar.ro.gar

    (lat arrogare) vtd 1 Apropriar-se de, tomar como próprio. vpr 2 Atribuir-se indevidamente, tomar como seu: Arrogar-se o direito de mandar.

    Fonte: dicionário Michaelis



     



  • a) Errado -...arrogado de certos direitos.
    b) Errado - ...exorbitância de suas funções.
    c) Errado - No dia seguinte a postagem...
    d) Errado - Sua função o incompatibilizou...
    e) Certo
  • a)  ARROGAR. Quanto a arrogar, trata-se de um verbo (idem):

         – transitivo direto [pede um complemento direto]: «aquele país arrogava uma liderança continental»;

         – bitransitivo [complemento direto e indireto] e: «arrogava a si [c.indireto] o direito de supremacia [c.direto]»;

         – pronominal e transitivo direto: «arrogava-se (pronome) o privilégio de liderar o grupo [c. direto]» . A frase deverá, portanto, ter a seguinte forma, com complemento direto (sem preposição): «... Só mesmo ele, com sua ousadia, podia ter-se arrogado certos direitos.

     

    b) EXORBITAR. 

    O verbo exorbitar é transitivo direto quando significa «desviar da órbita» ou «abrir muito os olhos»:

    «Exorbitaram o satélite.»

    «Exorbitou os olhos.»

    Quando significa «ultrapassar os limites do razoável» ou «ter uma necessidade excessiva», o verbo exorbitar é transitivo indireto, regendo a preposição de:

    «Ele exorbitava das suas funções.»

    «Uma decoração pesada, exorbitando de ornamentos.»

    Percebeu que o que fizera era uma exorbitância DE suas funções.

     

     

  • 'o verbo resignar pode ser: 

    1 – Transitivo (não pronominal) significando abandonar, desistir de, como em «O presidente resignou o cargo.» Note-se que o complemento/objecto directo pode não vir expresso: O presidente resignou.» 

    2 – Pronominal, significando conformar-se, aceitar. Neste caso pode ser seguido de um complemento introduzido pelas preposições: 

    com – Resignou-se com a situação. (A mais usual) 

    a – Resignou-se ao sofrimento. 

    em – Resignou-se em Deus. 

    Na expressão «resignar-se do cargo» a forma do verbo escolhida não é a adequada ao sentido que se pretende veicular. Dever-se-ia utilizar a forma não pronominal. Além disso o verbo vem seguido de um complemento introduzido pela preposição de, o que pode ser interpretado como havendo uma confusão entre a estrutura lexical de resignar e a de assistir, este, sim, a ocorrer com um complemento introduzido por de. 

    Em síntese, resignar um cargo significa abandonar um cargo, enquanto resignar-se com um cargo significa aceitá-lo, conformar-se com ele.'

    in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/resignar-um-cargo-dif-de-resignar-se-com-um-cargo/12468 [consultado em 19-10-2020]


ID
702868
Banca
AOCP
Órgão
BRDE
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                Condenados à tradição
                                        O que fizeram com a poesia brasileira

                                                                                                                                    Iumna Maria Simon

     Por um desses quiproquós da vida cultural, a tradicionalização, ou a referência à tradição, tornou-se um tema dos mais presentes na poesia contemporânea brasileira, quer dizer, a que vem sendo escrita desde meados dos anos 80.
     Pode parecer um paradoxo que a poesia desse período, a mesma que tem continuidade com ciclos anteriores de vanguardismo, sobretudo a poesia concreta, e se seguiu a manifestações antiformalistas de irreverência e espontaneísmo, como a poesia marginal, tenha passado a fazer um uso relutantemente crítico, ou acrítico, da tradição. Nesse momento de esgotamento do moderno e superação das vanguardas, instaura-se o consenso de que é possível recolher as forças em decomposição da modernidade numa espécie de apoteose pluralista. É uma noção conciliatória de tradição que, em lugar da invenção de formas e das intervenções radicais, valoriza a convencionalização a ponto de até incentivar a prática, mesmo que metalinguística, de formas fixas e exercícios regrados.
     Ainda assim, não se trata de um tradicionalismo conservador ou “passadista", para lembrar uma expressão do modernismo dos anos 20. O que se busca na tradição não é nem o passado como experiência, nem a superação crítica do seu legado. Afinal, não somos mais como T. S. Eliot, que acreditava no efeito do passado sobre o presente e, por prazer de inventar, queria mudar o passado a partir da atualidade viva do sentimento moderno. Na sua conhecidíssima definição da tarefa do poeta moderno, formulada no ensaio “Tradição e talento individual", tradição não é herança. Ao contrário, é a conquista de um trabalho persistente e coletivo de autoconhecimento, capaz de discernir a presença do passado na ordem do presente, o que, segundo Eliot, define a autoconsciência do que é contemporâneo.
     Nessa visada, o passado é continuamente refeito pelo novo, recriado pela contribuição do poeta moderno consciente de seus processos artísticos e de seu lugar no tempo. Tal percepção de que passado e presente são simultâneos e inter-relacionados não ocorre na ideia inespecífica de tradição que tratarei aqui. O passado, para o poeta contemporâneo, não é uma projeção de nossas expectativas, ou aquilo que reconfigura o presente. Ficou reduzido, simplesmente, à condição de materiais disponíveis, a um conjunto de técnicas, procedimentos, temas, ângulos, mitologias, que podem ser repetidos, copiados e desdobrados, num presente indefinido, para durar enquanto der, se der.
     Na cena contemporânea, a tradição já não é o que permite ao passado vigorar e permanecer ativo, confrontando-se com o presente e dando uma forma conflitante e sempre inacabada ao que somos. Não implica, tampouco, autoconsciência crítica ou consciência histórica, nem a necessidade de identificar se existe uma tendência dominante ou, o que seria incontornável para uma sociedade como a brasileira, se as circunstâncias da periferia pós-colonial alteram as práticas literárias, e como.
     Não estou afirmando que os poetas atuais são tradicionalistas, ou que se voltaram todos para o passado, pois não há no retorno deles à tradição traço de classicismo ou revivalismo. Eles recombinam formas, amparados por modelos anteriores, principalmente os modernos. A tradição se tornou um arquivo atemporal, ao qual recorre a produção poética para continuar proliferando em estado de indiferença em relação à atualidade e ao que fervilha dentro dela.
     Até onde vejo, as formas poéticas deixaram de ser valores que cobram adesão à experiência histórica e ao significado que carregam. Os velhos conservadorismos culturais apodreceram para dar lugar, quem sabe, a configurações novas e ainda não identificáveis. Mesmo que não exista mais o “antigo", o esgotado, o entulho conservador, que sustentavam o tradicionalismo, tradição é o que se cultua por todos os lados.
     Na literatura brasileira, que sempre sofreu de extrema carência de renovação e variados complexos de inferioridade e provincianismo, em decorrência da vida longa e recessiva, maior do que se esperaria, de modas, escolas e antiqualhas de todo tipo, essa retradicionalização desculpabilizada e complacente tem inegável charme liberador.

                                                                                                                   Revista Piauí, edição 61, 2011.


Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma sobre os elementos linguísticos empregados no texto.

Alternativas
Comentários
  • a) O emprego do sinal indicativo de crase no “a”, na expressão “a produção poética” (6.º parágrafo), não altera a correção gramatical.
    eu nao consegui visualizar essa frase...desse modo nao vou opinar sobre a frase.

    b) No fragmento “Não implica, tampouco, autoconsciência crítica” (5.? parágrafo), o emprego da preposição “em” antes da expressão “autoconsciência” não altera a correção gramatical.
    ERRADA.
    -implicar no sentido de acarretar (sentido da frase) nao admite preposição.
    -no sentido de ser chato é regido pela preposição COM.
    -no sentido de enredar, envolvere comprometer, é regido pela preposição EM.


    c) A substituição da expressão “tampouco” (5º parágrafo) pela expressão “todavia” não altera a correção gramatical e o sentido original do texto.
    ERRADA
    - tampouco é usado para repetir ] reforçar uma ação.
    - todavia é usado para opor alguma  ou restringir alguma coisa


    d) A forma verbal “exista” (7.º parágrafo) pode ser flexionada no plural para concordar com a expressão “o „antigo, o esgotado, o entulho conservador.
    CERTA
    -nesse caso(quando o verbo vem antes do sujeito) o verbo pode concordar com o nucleo do sujeito ou vai para o plural


    e) A expressão “onde”, em “Até onde vejo, as formas poéticas deixaram” (7.º parágrafo), pode ser substituída por “aonde”, sem alterar a correção gramatical.
    ERRADA.
    -o verbo VER nao pede preposição. quem ve ve alguma coisa e não A alguma coisa. esse artigo antes do pronome relativo (Aonde) é devido a alguma preposição necessária.
  • No intuito de complementar a resposta de nosso dileto colega, que acima expõe comentário quanto à questão ora em debate, faço ressalvas no que tange a alternativa de letra "A", conforme segue abaixo:

    "A TRADIÇÃO SE TORNOU UM ARQUIVO ATEMPORAL, AO QUAL RECORRE A PRODUÇÃO POÉTICA PARA...."

    Ao perguntarmos ao verbo quem é que recorre, teremos como resposta "A PRODUÇÃO POÉTICA". Logo, possuindo função sintática de sujeito da oração.
    Caso fosse empregado o sinal indicativo de crase, não mais seria classificado como sujeito, pois não existe na língua portuguesa sujeito seguido de preposição.

    Alterando, dessa maneira, a correção gramatical da frase.

    Bons estudos!!!!!!
  • É um caso especial de concordância com o sujeito composto, os núcleos estão pospostos ao verbo, potanto, o verbo no plural concordando com os núcleos ou verbo concordando com nucleo mais próximo.

    CORRETA: D
  • o verbo implicar aceita a regencia ´em´tb, nao?
  • Colega Patricia Mendes, referente ao verbo Implicar :

    -Quando retratado no sentido de ter como consequência, resultar, acarretar, classifica-se como transitivo direto. A título de análise, constatemos os exemplos subsequentes:

    EX 1: A despesa com elementos supérfluos implicará gastos desnecessários.


    Ex 2: Maior consumo implica mais despesas por parte da empresa.



    b) É Transitivo indireto – Fazendo referência a “ter implicância”:

    Ex: Os alunos implicaram com o professor.

    c) É Transitivo direto e indireto – Retratando a ideia referente a “comprometer-se, envolver-se”:

    Ex: Ela implicou-se em atos ilícitos.


    Espero ter ajudado.
  • implicar aceita regencia EM sim, mas o sentido muda.

    IMPLICAR
    -VTD
    sentido de consequencia / acarretar.
    "ex: o desrespeito à lei implica serias consequencias."
    -VTDI
    sentido de envolver / comprometer / enredar.
    "ex: falsos amigos implicaram o jornalista na conspiração."
    -VTI
    sentido de ser chato.
    "ex: ele implicava com todo mundo."
  • pessoal eu não vejo um sujeito composto, pois todas as palavras na minha opnião são adjetivos que estão dando uma certa qualidade a um só sujeito(conservador).
    o „antigo(adjeitvo), o esgotado(adjeitvo), o entulho(adjeitvo) conservador(sujeito).
    portando a letra D também esta errada

     

  • Casos em que o verbo também pode concordar com o núcleo mais próximo:

    a) Sujeito composto com núcleos pospostos ao verbo:Todos deverão chegar cedo amanhã; antes dos demais, porém, chegarás (ou chegarão) tu e o porteiro.

    b) Sujeito composto com núcleos sinônimos:
    A evolução e o progresso trouxe (ou trouxeram) a informática aos nossos lares.

    c) Sujeito composto com núcleos em gradação:
    Uma ânsia, uma aflição, uma angústia repentina começou (ou começaram) a me apertar a alma.
  • Olá pessoal!!
    A resposta é a letra "D" de Dragão!
    a) O emprego do sinal indicativo de crase no “a”, na expressão “a produção poética” (6. parágrafo), não altera a correção gramatical... "A tradição poética se tornou um arquivo atemporal, ao qual recorre a produção poética." Quem recorre, recorre a... A preposição foi para a frente do pronome relativo "o qual". Na expressão "
    a produção poética" não se deve usar o acento grave pelo fato de ser objeto direto, isto é, não há preposição; ela já foi colocada antes; um verbo  não pode ter dois complementos com preposição.
    b) No fragmento “Não implica, tampouco, autoconsciência crítica” (5. parágrafo), o emprego da preposição “em” antes da expressão “autoconsciência” não altera a correção gramatical.... Errado. O verbo implicar, neste casso, tem sentido de consequência, sendo VTD.
    c) A substituição da expressão “tampouco” (5. parágrafo) pela expressão “todavia” não altera a correção gramatical e o sentido original do texto...... Errado. Tampouco é uma expressão equivalente a "também não", "nem" ... Ex.: "Ele não estuda, tampouco trabalha" .... A expressão "todavia" é uma conjunção coordenativa adversativa, com equivalência a "mas", "porém", "entretanto", "contudo", etc.
    d) A forma verbal “exista” (7. parágrafo) pode ser flexionada no plural para concordar com a expressão “o „antigo, o esgotado, o entulho conservador.” Certo. Como já explicitado acima, a concordância é facultativa, onde o verbo concorda com todos os elementos ou com o mais próximo.
    e) A expressão “onde”, em “Até onde vejo, as formas poéticas deixaram” (7. parágrafo), pode ser substituída por “aonde”, sem alterar a correção gramatical. Errado. Não pode ser a resposta pelo sentido do verbo "ver", que é VTD, o qual não exige a preposição "a"; e ela  não pode aparecer de enxerida no pronome relativo.
    Forte abraço a todos e fiquem com Deus!!
  • Caro amigo concurseiro, quando colocamos artigo na frente de verbo, adjetivo ou advébio sustantivamos-os.

    Ex1: O bonito chegou. (adjetivo)
    Ex2: O saber é importante. (verbo)
    Ex3: O amanhã é desconhecido. (advérbio)
  • Palavras terminadas em S, R, Z; o O, A, OS, AS fica: LO, LA, LOS, LAS. Cara concurseira.
    Portanto: substantivamo-los
    .  

  • Só uma coisinha com o relação ao verbo IMPLICAR.

    Este verbo, como já foi dito, pode ser:
           VTD = no sentido de acarretar (Ex: Reforma implica mudanças) ou
           VTI = no sentido de ter implicância (antipatizar).  Só que aqui a preposição COM é obrigatória, não podendo ser outra. (Ex: Sua sogra impica COM você?)

    Como sabemos, se um verbo que tem dupla transitividade passar a ser VTD ou TDI ocorre mudança se sentido, e isso deixa a alternativa D errada (já que o sentido, na frase, é de acarretar). Porém, se na frase original tivesse o verbo implicar no sentido de antipatizar, mesmo assim a alternativa estaria errada, pois a preposição que deve ser usada é, OBRIGATORIAMENTE, COM ( não podendo, portanto, utilizar EM)  

  • A alternativa (D) é a resposta
  • Por favor, alguém poderia explicar essa questão. Obrigada!!!
  • Ionara, 
    eu fiz da seguinte maneira...

    Quando o sujeito vier depois do verbo, esse último ficará no plural... ou no singular concordando com o núcleo do sujeito que estiver mais próximo ao verbo. 
    Exemplo: Dividiram a comida a mãe, os seus filhos e os amigos de seus filhos. 
    Dividiu a comida a mãe, os seus filhos e os amigos de seus filhos. 

    Gabarito: D

  • Phillipe, muito bem observado. Questão passível de anulação porque a forma "implicar em" atende aos preceitos da norma culta também.

    http://www.brasilescola.com/gramatica/o-verbo-implicar-suas-possiveis-implicacoes-quanto.htm
  • Pessoal, segundo o 'Dicionário Prático de Regência Verbal" de Celso Pedro Luft, o verbo implicar aceita tanto a transitividade Direta, como também a Indireta.

    No entanto, a forma transitiva indireta não é considerada pela norma culta, sendo vista como um 'brasileirismo', uma 'redundância'. Além disso, o verbo possui diversos sentidos:




    'Implicar em' (VTI); 'Implicar' (VTD) :  

    1) Com a ideia de 'Dar a entender', 'fazer supor', 'pressupor':
    Ex.: Seu silêncio implicava (em) consentimento.

    2) 
     Com a ideia de 'trazer como consequência', 'acarretar', 'resultar', 'originar':
    Ex.: A supressão da liberdade implica, não raro, a violência (ou na violência).

    3) D
    e 'tornar indispensável', ''exigir' :
    Ex.: A criação artística implica (em) muita dedicação.

    'Implicar com' : Mostrar antipatia; antipatizar.
    Ex.: Implicou com a moça.


    Portanto, a banca deve ter considerado que a forma está errada por não ser aceita na norma culta. Caberia recurso.

    Espero ter ajudado.

    Bons estudos!




  • a) o emprego da crase alteraria sim a correção gramatical; (ERRADA)
    b) Implica (sem o em e sem o com) tem sentido de conseqüência ou acarretar;
    Já o implicar com o EM tem sentido de envolver, enredar ou comprometer;
    Existe ainda o implicar COM que tem o sentido de promover rixas ou mostrar má disposição para com alguém (Portanto ERRADA)
    c) tampouco tem sentido de “nem” ou “também não” já todavia tem sentido de "mas" ou Porém" (ERRADA)
    d) Correta
    e) em resumo Onde da sentido de localização e Aonde sentido de movimento (ERRADA)

  • A questão Q215081 é igual a essa e lá tem dois comentários bem elucidativos

  • implicar é verbo transitivo direto quando significa acarretar, ocasionar, logo não se deve colocar preposição.

  • "A tradição se tornou um arquivo atemporal, ao qual recorre a produção poética para continuar proliferando em estado de indiferença em relação à atualidade e ao que fervilha dentro dela." gente o prof. Arenildo Santos do QC disse que o termo " a produção poética" é sujeito nesta oração e por isso não caberia crase, mas não consigo percebê-la como sujeito alguém explica melhor?

    Ou seja, a produção poética é que recorre à tradição seria neste sentido?

  • El Elion,

     

    A produção poética recorrer ao arquivo atemporal que a tradição se tornou.

  • Essa é a regra do suj. Composto posposto ao verbo, o verbo fica no singular (concordância atrativa), ou no plural ( concordância lógica ou gramatical), têm duas possibilidades de concordância. Resposta letra D. Bons estudos.
  • Alguns poucos gramáticos aceitam a utilização da regência "implicar em" quando o verbo tiver o sentido de "originar, acarretar algo". No entanto, as bancas mais tradicionais e (como se percebe por essa questão) também a AOCP não aceitam o uso do verbo "implicar em".

  • não altera a correção gramatical; para a cespe a B estaria correta , pois a mudança de regência só muda o sentido, nota-se ,portanto, a importância de estudar a banca do seu concurso.

  • Agora entendi o sujeito não pode vir preposicionado pois o acento indicativo de crase é preposição mais artigo: A+A= À


ID
707308
Banca
FDC
Órgão
CREMERJ
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 2 – NÃO APELE PARA A AUTOMEDICAÇÃO
Superinteressante, Nov. 2010

Diante de uma dor de cabeça alucinante ou de uma queimação no estômago depois do jantar, bate um ímpeto de correr à farmácia e liquidar o mal-estar por conta própria. Ou então, ao acordar com dor de garganta, a saída mais fácil parece ser usar aquele antibiótico receitado para outra pessoa, em outra ocasião. Tentações assim são perigosas, especialmente para quem se automedica com frequência. Para início de conversa, é muito difícil acertar em cheio no tipo de droga, na dose e no tempo de tratamento necessários para resolver um problema de saúde, principalmente uma infecção. A probabilidade de o micro-organismo envolvido na história se tornar resistente e contra-atacar é enorme. Pior: algumas substâncias, à medida que se acumulam no organismo, sobrecarregam órgãos vitais, como rins e fígado. Outras têm o poder de anular ou potencializar os efeitos de medicamentos associados a elas. No último caso, sintomas como sonolência, tontura, enjoo e falta de concentração podem perturbar o sujeito e até desencadear quadros mais graves. Não arrisque sua saú- de! Ouça um profissional antes de engolir qualquer remédio ou até mesmo um suplemento. Só eles conhecem as peculiaridades de cada substância e são capazes de prescrevê-las, garantindo a sua segurança. Você não vai querer arrumar outra dor de cabeça, vai?

Algumas palavras têm constituintes que ajudam a construir seus significados. Nas palavras abaixo, o componente negritado possui um sentido que é indicado a seguir. A indicação EQUIVOCADA é:.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    Antibiótico (do grego αντί - anti + βιοτικός - biotikos, "contra um ser vivo") é qualquer remédio capaz de combater uma infecção causada por microrganismos que causam infecções a outro organismo. Não destroem vírus.

     

    "Retroceder Nunca Render-se Jamais !"
    Força e Fé !
    Fortuna Audaces Sequitur !

  • Eu demorei a aprender Carlos. Mas tudo é prática, revisa até aprender, eu também filtrava as questões pelo nível fácil.


ID
707434
Banca
FDC
Órgão
Prefeitura de Palmas - TO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 2 – QUEIMADAS ILEGAIS PROVOCAM INCÊNDIOS
Gilberto Costa

Focos de incêndio registrados no norte do estado de Roraima
ameaçam terras indígenas e unidades de conservação. De acordo com
o Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a causa dos in-
cêndios são as queimadas irregulares.
O estado, que tem a maior parte no Hemisfério Norte, sofre
com a seca causada pelo fenômeno climático El Niño, caracterizado
pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico. A parte atingida
pelo incêndio é próxima às reservas indígenas da Raposa Serra do Sol
e Yanomani. Também nessa área, acima da Linha do Equador, estão o
Parque Nacional do Viruá, a Estação Ecológica de Caracaí e a Estação
Ecológica Maracá.(...)
No verão de 1998, o estado sofreu um grande incêndio, de mais
de dois meses de duração, também provocado por queimadas ilegais
em época de grande seca provocada por El Niño. “Nós estamos
atuando para não atingir esse recorde”, disse o coronel dos Bombei-
ros do Rio de Janeiro, Wanius de Amorim, que trabalha no gabinete
do ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) e coordena as ações de
combate ao fogo em Roraima.

A alternativa abaixo que mostra um vocábulo formado por pro- cesso diferente dos demais é:

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia comentar?

    Eu chutei, acabei acertando. Mas, gostaria de tentar entender.
  • Caro Waldyr,

    Salvo melhor juízo, todas as demais palavras (alternativas "b", "c", "d" e "e") são formadas pelo processo de  transitoriedade entre substantivos e adjetivo.

    Por exemplo,
    Brasil (subs.)      --> Brasileiro (adj.)
    Ecologia (subs.) --> Ecológico (adj.)
    • a) gabinete – fenômeno <== Resposta, pois são as únicas com formação de composição.
    • b) Nacional – Pacífico 
    • c) ecológica – climático
    • d) queimadas – Brasileiro
    • e) aquecimento – renováveis
    As demais são formadas por derivação sufixal.

  • só encontrei por achar que as demais são sufixal, mas gostaria de entender melhor estas palavras.

  • qual é a palavra primitiva de nacional e pacífico? para que elas tenham recebido acréscimo de sufixo.

  • Camila, acredito que Nacional venha de Nação.

  • Ao meu ver, a alternativa A é o gabarito em função de apresentar palavras primitivas. As palavras das outras alternativas possuem palavras formadas pelo processo de derivação sufixal.
    a) gabinete – fenômeno - palavras primitivas

    b) Nacional (deriva da palavra nação) – Pacífico (deriva da palavra paz)

    c) ecológica (deriva da palavra ecologia) – climático (deriva da palavra clima)

    d) queimadas (deriva do verbo queimar) – Brasileiro (deriva da palavra Brasil)

    e) aquecimento (deriva do verbo aquecer) – renováveis (deriva do verbo renovar)
    Corrigem-me se eu estiver equivocada!


ID
734065
Banca
Exército
Órgão
EsPCEx
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quanto à estrutura e formação de palavras, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra D, os seus prefixos têm sentido de "sair, "ir para fora", "tirar"..

  • Eu queria saber o seguinte: Se em êxodo, -ex é prefixo, qual é o radical desta palavra ?

  • A- Não têm a mesma origem

    B- Não forma verbo, então não é parassintética

    C- pontiagudo e aglutinação

    D- prefixo latino EX, indica para fora. 

    E- hipotese, tem predixo grego Hipo, augnifica posição inferior

  • Sobre a primeira alternativa(A): Palavras cognatas são palavras que apresentam uma raiz e significação comum, tendo a mesma origem etimológica.

    Algumas palavras cognatas de terra:

    terrestre;

    terreno;

    Algumas palavras cognatas de mar:

    marítimo;

    marinho;

    https://www.normaculta.com.br/palavras-cognatas/

     

  • Respondendo ao Pablo mesmo após 5 ano. Ex vem do grego para "fora" e odos vem do grego para "caminho". Peguei do wikidicionário.
  • Hipó (posição inferior) prefixo originalmente GREGO hipoteca hipótese hipocrisia Fonte Bechara
  • SE ESTUDASSE BEM A GEOGRAFIA, TINHA ACERTADOOOOOOOO

    KKKK

  • Jianeli Goelzer, chato e vc nao passar seu contato ai.

  • é geografia ou portugues ?

ID
735670
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa cujas palavras possuem apenas o radical como elemento mórfico.

Alternativas
Comentários
  • Corrigam- me se tiver errada....

    Os elementos mórficos são: Radical, vogal temática, tema, desinência, afixo.....

     


  • B) Livro - Livraria


    C) Deter - Prefixo


    D) Aluno - Aluna


    E) Cantor - Cantar


    A única opção que não tem variação é a letra A.



  • O radical é a forma mínima que indica o sentido básico de uma palavra. Alguns vocábulos são constituídos apenas por radical (lápis, mar, hoje).

  • Lapiseira não existe?

  • A palavra LÁPIS, por exemplo, termina com a letra S. Porém, essa letra S não expressa número, já que "lápis" pode ser usado tanto no plural quanto no singular (tenho um lápis, tenho dois lápis). Então, nesse caso, a letra S não é desinência nominal de número. Aliás, "lápis" é um radical inteiro da própria palavra (o radical de "lápis" é "lápis"), tanto que esse radical se repete em outra palavra da família, como um sobrenome (lapiseira).


ID
739252
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Verifique nas afirmativas abaixo, onde os elementos destacados de cada vocábulo, em negrito, estão corretamente identificados e, a seguir, assinale a alternativa correta.

I. Em "Prefiro me abster nesta situação caótica", "abs-" é um prefixo indicador de negação.

II. Em "O trabalho deve ser entregue digitado", "digit-" é um radical latino que significa "dedo".

III. Em "Fiz vestibular para o curso noturno", "-urno" é um sufixo indicador de duração.

IV. Em "Esse vestido está muito indecente", "in-" é um prefixo indicador de mudança de estado.

V. Em "Quando crescer,ele será muito famoso", "-oso" é um sufixo indicador de abundância.

Alternativas
Comentários
  • I. Em "Prefiro me abster nesta situação caótica", "abs-" é um prefixo indicador de negação.  ( ERRADO ), Pois, significa afastamento, separação.

    II. Em "O trabalho deve ser entregue digitado", "digit-" é um radical latino que significa "dedo". ( CORRETO )

    III. Em "Fiz vestibular para o curso noturno", "-urno" é um sufixo indicador de duração( CORRETO )

    IV. Em "Esse vestido está muito indecente", "in-" é um prefixo indicador de mudança de estado. ( FALSO ), Pois, indica movimenro para dentro.

    V. Em "Quando crescer,ele será muito famoso", "-oso" é um sufixo indicador de abundância. ( CORRETO )

     

    Prefixos de origem latina

     

    a-, ab-, abs- : Afastamento, separação. Exemplos: aversão, abuso, abstinência, abstração

    en-, em-, in-: Movimento para dentro, passagem para um estado ou forma, revestimento. imergir, enterrar, embeber, injetar, importar

     

    GAB: LETRA D

    FONTE: https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf7.php

  • Se Urno é sufixo de duração

    Então seu radical é not ?

    Qual seu significado?


ID
739867
Banca
CEPERJ
Órgão
PROCON-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1:

                                      O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL

                                                                                                         Moacyr Scliar

     “MINHA QUERIDA DONA: quem lhe escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses. Sei que você sente muitas saudades, porque eu também sinto saudades de você. Lembro de você me pegando no colo, me chamando de filhinha, me dando papinha... Você era, e é, minha mãezinha querida, e é por isso que estou lhe mandando esta carta, por meio do cara que assina esta coluna e que, sendo escritor, acredita nas coisas da imaginação.

      Posso lhe dizer, querida, que vivi uma tremenda aventura, uma aventura que em vários momentos me deixou apavorada. Porque tive de viajar para o distante país do recall.

      Aposto que você nem sabia da existência desse lugar; eu, pelo menos, não sabia. Para lá fui enviada. Não só eu: bonecas defeituosas, ursinhos idem, eletrodomésticos que não funcionavam e peças de automóvel quebradas. Nós todos ali, na traseira de um gigantesco caminhão que andava, andava sem parar.

      Finalmente chegamos, e ali estávamos, no misterioso e, para mim, assustador país do recall. Um homem nos recebeu e anunciou, muito secamente, que o nosso destino em breve seria traçado: as bonecas (e os ursinhos, e outros brinquedos, e objetos vários) que tivessem conserto seriam consertados e mandados de volta para os donos; quanto tempo isso levaria era imprevisível, mas três meses era o mínimo. Uma boneca que estava do meu lado, a Liloca, perguntou, com os olhos arregalados, o que aconteceria a quem não tivesse conserto. O homem não disse nada, mas seu sorriso sinistro falava por si.

      Passamos a noite num enorme pavilhão destinado especialmente às bonecas. Éramos centenas ali, algumas com probleminhas pequenos (um braço fora do lugar, por exemplo), outras já num estado lamentável. Estava muito claro que para várias de nós não haveria volta.

      Naquela noite conversei muito com minha amiga Liloca -sim, querida dona, àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido. Outras bonecas juntaram-se a nós e logo formamos um grande grupo. Estávamos preocupadas com o que poderia nos suceder.

      De repente a Liloca gritou: “Mas, gente, nós não somos obrigados a aceitar isso! Vamos fazer alguma coisa!”. Nós a olhamos, espantadas: fazer alguma coisa? Mas fazer o quê?

      Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall.

      No começo, aquilo nos pareceu absurdo. Mas Liloca sabia do que estava falando. A mãe da dona dela tinha sido uma militante revolucionária e sempre falava nisso, na necessidade de mudar o mundo, de dar o poder aos mais fracos.

      Ora, dizia Liloca, ninguém mais fraco do que nós, pobres, desamparados e defeituosos brinquedos. Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem o que fazer com a gente.

      De modo, querida dona, que estamos aqui preparando a revolução. Breve estaremos governando o país do recall. Mas não se preocupe, eu a convidarei para uma visita. Você poderá vir a qualquer hora. E não precisará de recall para isso.”

                                                                                                              Folha de S. Paulo (SP) 25/2/2008



Os verbos considerados impessoais devem se manter invariáveis, no singular, segundo as normas de concordância verbal.

Há um caso de verbo impessoal no seguinte exemplo do texto:

Alternativas
Comentários
  • O verbo haver empregado no  sentido de existir, ocorrer ou na indicação de tempo decorrido:
                     
                        Há seres vivos em outros planetas?
                   Houve muitas greves no último ano.
                   Há dias não chove.


    Graça e Paz
  • Com base nessa questão, o cadidato não precisaria saber as particularidade do verbo haver para acertá-la,porque bastava ele reconstruí-la com sujeitos no plural e fazer a devida concordância.

    Detalhe: nunca presenciei uma banca tão bondosa , uma vez que o enunciado já ,praticamente, dava a dica à resposta:

    "Os verbos considerados impessoais devem se manter invariáveis, no singular, segundo as normas de concordância verbal"

    Abaixo, as questões gramaticais quanto a ele:

    "

    CONCORDÂNCIA DO VERBO HAVER

    “Haja paciência!” Todos já ouvimos essa expressão. Esse “haja” é o verbo haver no presente do subjuntivo.
    Esse verbo talvez seja o mais desconhecido quanto às suas flexões. Muitas vezes é usado sem que o usuário tenha
    consciência de que o está usando.

    “Estive aqui há dez anos”. O “há” presente na oração é o verbo haver e pode ser trocado por outro verbo: “Estive aqui
    faz dez  anos”. 

    Existem deslizes típicos de quem não conhece as características do verbo haver. Quando se diz “Há muitas pessoas na
    sala”, conjuga-se o verbo haver na terceira pessoa do singular do presente do indicativo. 

    Note que não foi feita a concordância do verbo haver com a palavra pessoas. Não se poderia dizer “Hão pessoas”.
    O verbo haver, quando usado com o sentido de existir, fica no singular. Se fosse usado o verbo existir, este sim iria para
    o plural: “Existem muitas pessoas na sala” 

    A confusão tende a aumentar quando o verbo haver é usado no passado ou no futuro. Em certo trecho, a versão feita
    pelo conjunto “Os incríveis” da canção “Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones”, diz:
    “… Não era belo mas, mesmo assim, havia mil garotas a fim….” 

    Nesta canção o verbo haver foi empregado com o sentido de existir. Logo, está correta a versão, o verbo no passado e
    no singular.
    No Brasil, fala-se “cabe dez”, “sobrou 30”, “falta 30”. Geralmente não se faz concordância. Mas, quando não é
    necessário fazer, erra-se. “Houveram muitos acidentes naquela rodovia”. Errado. 

    O correto é “Houve muitos acidentes naquela rodovia”. Haverá acidentes, houve acidentes, há pessoas, havia pessoas,
    houve pessoas. 

    Vale repetir: “O verbo haver quando empregado com o sentido de existir, ocorrer, acontecer, fica no singular,
    independentemente do tempo verbal."

    fonte:http://www.colegioweb.com.br/portugues/concordancia-dos-verbos-fazer-haver-e-ser.html



  • Confesso que cai. Considerei apenas o verbo "ver", desconsiderando o "há", de haver. 

    Já que o verbo "ver" é variável, nem me dei ao trabalho de analisar mais friamente o restante da questão. 

    Mais atenção, Rono!
  • Será que existe banca mais fácil que a CEPERJ???
    Elá já diz no enunciado o que o concursando deve fazer/procurar.
    Ela quase dá uma aula sobre verbo impessoal. rsrsrs =)
  • CARA COLEGA Karoline discordo de vc nesse ponto, sempre quando estamos fazendo uma prova estamos com pressa o que é um erro que corrigimos com o tempo apanhando o comum é não prestar atenção no enunciado e cair na besteira de marcar o que não se pede nesta questão por exemplo não existem ou se preferir não "HÁ" alternativa incorreta e sim uma regra especifica, só acertei a questão por que li novamente as bancas se utilizam desse artifício no intuito de dar corda pra vc se inforcar a propósito não é uma "CRÍTICA" e sim um "ALERTA".
  • VERBOS IMPESSOAIS:

    - Verbo haver: sentido de existir. Ex: Houve problemas.

    - Verbo haver: sentido de tempo decorrido. Ex: Há anos não nos vemos.

    - Verbo fazer: sentido de tempo decorrido. Ex: Faz anos que não nos vemos.

    - Verbos que indicam fenômenos da natureza. Ex: Choveu muito.

  • O verbo “haver”, indicando tempo passado é impessoal, ou seja, só pode ser conjugado na terceira pessoa do singular. GABARITO: A.